terça-feira, 30 de junho de 2009

CONFISSÃO DE UM DESLIZE: O ROUBO DE UMA FOTO


Mas sinceramente, ao ver essa foto na homenagem que o amigo Raphael Serafim fez ao Alex Dias Ribeiro em seu excelente blog www.full-machine.blogspot.com, eu não resisti. A foto é linda demais. Ela mostra o grande baixinho ultrapassando um dos meus pilotos favoritos de todos os tempos, Niki Lauda na chuva.

NOVA E RARA PÉROLA: REVISTA GRAND PRIX DE EFÊMERA EXISTÊNCIA


O ano era 1974, Emerson era campeão e vice, Pace ensaiava uma grandeza que o destino não lhe permitiu realizar plenamente, a construção do primeiro Formula 1 brasileiro já era uma realidade. O automobilismo brasileiro estava prestes a conhecer uma época próspera, cortada pela estupidez dos militares que proibiram as corridas no país (mas isso depois, já em 1976), a Formula Super Ve iria trazer novos talentos nas pistas e nos bastidores. Um dia, "fuçando" na minha banca de costume, 14 anos de idade e querendo achar novidades antes que o "chato" do Mané português, que sempre era o primeiro a saber das coisas recém saídas do forno, eu me deparei com ela! A revista Grand Prix, com Denny Hulme na capa, cobertura completa do GP da Argentina, vencido por golpe de sorte pelo "urso" neozelandês, companheiro de Emerson na equipe Mc laren. As páginas eram mágicas, o texto um sonho, as fotos inimagináveis para aqueles garotos acostumados ás pobres e esparsas coberturas da Quatro Rodas e da decadente Autoesporte. Foi uma revelação! Finalmente tínhamos uma publicação especializada no padrão das européias! Editora RPM ( sugestiva até no nome, demontrando ser do ramo), editores Claudio Roberto Schleder e Ricardo K. Albuquerque. Uma equipe de colaboradores brilhante, entre os quais o Ricardo Divilla. Trago aqui a capa da edição numero 2 (sim, eu tenho a coleção completa e o Mané também), em homenagem ao José Carlos Pace, o Moco, ainda na Surtees. Dentro da revista uma excelente reportagem com ele, onde exibe sua habitual franqueza e otimismo para com o futuro. Há a cobertura do GP do Brasil, vencido de forma magistral pelo Emerson, do GP de Brasilia (extra oficial) também vencido pelo Emmo, um perfil do Bino Mark II, uma seção sensacional entitulada "Anatomia de um carro de corrida" - de autoria do Divilla, um perfil de Giacomo Agostini, uma homenagem em texto do Stewart ao Cevert, e muito, muito mais. Que revista, que época! É, acho que realmente estou ficando meio saudosista....

segunda-feira, 29 de junho de 2009

ESTAMOS NA AUTOSFERA!


Uma boa iniciativa da Bárbara Franzin foi a de criar a http://www.autosfera.com.br/, um site destinado a reunir todos os blogs significantes que falam de automobilismo em língua portuguesa, facilitando a tarefa do internauta aficcionado por carros e carrinhos. Parabéns.

DITADO POPULAR: ALEGRIA DE POBRE DURA POUCO!


Acabo de saber através do excelente blog do Rodrigo Mattar que a etapa da Historic F1 Racing em Interlagos está oficialmente cancelada. Fui até o site da categoria e a confirmação está lá para quem quiser ver. Parece que houve problemas em se conseguir a verba necessária para a realização da etapa. Lamentável, mas quem sabe no ano que vem as condições permitam que tenhamos o gostinho de ver as máquinas de nossos sonhos em ação?

sábado, 27 de junho de 2009

DANCE LITTLE BABY. DANCE. SABADÃO É BOM PARA DANÇAR..

Roubado do blog do Pé de chumbo.



hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344">

UMA CENTENA NÃO É PARA QUALQUER UM. É PARA POUCOS, MUITO POUCOS. VIVA EL DOCTORE!!


Só uma notinha curta para registrar a centésima vitória do gênio das duas rodas, Valentino Rossi que hoje em Assem, na Holanda, atingiu a histórica marca de 100 vitórias em corridas válidas pelo campeonato mundial. O folclórico e carismático italiano, que faz de suas comemorações eventos à parte, venceu de forma dominante a corrida, deixando seus dois rivais pelo campeonato (antes da prova havia um tríplice empate no primeiro lugar da classificação) Lorenzo e Stoner em segundo e terceiro respectivamente.
Parabéns ao Doutor!!!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

TÚNEL DO TEMPO TOTAL: AE MAIO DE 1966


Fuçando por aqui achei esse exemplar da Autoesporte, edição de maio de 1966. A corrida 12 horas de Sebring ganhou destaque na capa ao mostrar a vitória dos Ford GTMK2 (depois GT40) com o Miles-Ruby. Dá para ter uma ideía do naipe da prova ao citar alguns nomes de pilotos participantes: Dan Gurney, Mark Donohue, Peter Revson, Lorenzo Bandini, Ludovico Scarfiotti, Jo Siffert, George Follmer, A J Foyt, Graham Hill (em dupla com ninguem menos que Jackie Stewart), Mike Parkes, Bob Bondurant, Mario Andretti, e muitos outros. Dá para dizer que era um senhor grid, não é? Aqui no Brasil o Brasinca (ah.....voces que não conhecem esse carro, pesquisem, por favor, obteve sua primeira vitória em Interlagos com o piloto Walter Hahn. Prova que tambem teve um certo Emerson Fittipaldi (Alfa Romeo Zagatto), Pedro Victor de Lamare, Mauricio Chulan, e outros. Cobertura da Taça Tasmania com vitória do escocês Jackie Stewart, seguido por Graham Hill e Jack Brabham. Um perfil desse último, como piloto e construtor. Uma matéria sobre a morte de Pininfarina, uma sobre a construção do autódromo de Curitiba e outras mais. Nada mal, para um maio de 1966, não acham?

quinta-feira, 25 de junho de 2009

PERENES SOMOS NÓS



















Hoje passei o dia todo sem computador. Um desses "bugs" inexplicáveis deixou as minhas janelas fechadas, cerradas, mudas e veladas. Labutei, labutei horas a fim para recuperar o conteúdo de meu disco rígido, e finalmente, com um pouco de sorte, consegui. Fiquei portanto muitas horas fora do "mundo". A primeira coisa que me chamou a atenção quando conectei-me novamente foi a manchete da morte da ex-pantera, Farrah Fawcett Majors. Imediatamente fui mentalmente transportado de volta aos anos 70 - aos meus anos 70 - já que cada um de nós constrói íntimamente uma galeria única, subjetiva de seu passado e dos fatos significantes que o formam. Outro dia mesmo comentei sobre a morte de David Carradine, o astro que fazia uma popularíssima série de TV, Kung Fu. As panteras também eram daquela época, importante para mim e para tantos outros de minha geração. Tantas coisas daquela época imprimiram uma marca definitiva da minha formação como homem e cidadão. A ditadura (ou ditabranda, segundos alguns) que para mim era um fato concreto mas distante, como se vivenciá-lo "in loco", não tendo referências de viver sob outro regime ou circunstâncias, fosse apenas uma circunstância acidental. Lembro-me do Brasil potência, dos ufanismos tipo "Ame-o ou deixe-o", da construção de Itaipu, da Transamazônica, das corridas de Formula Super Ve em Interlagos, da ascenção, glória e ocaso da carreira de Emerson Fittipaldi na Formula 1, do tri da seleção no México, do fiasco da mesma na Alemanha em 1974, do "polivalente" e à frente de seu tempo Cláudio Coutinho, técnico da seleção da Copa de 1978, devidamente "roubada" pelos hermanos argentinos em seu território e em sua versão (pior e mais cruel) de ditadura sul-americana. Lembro-me de tantas coisas, como se um filme passasse em minha mente. Das propagandas de TV, do surgimento da TV colorida, das roupas hoje exquisitas, da geração Disco. Lembro-me também de um negrinho talentoso e carismático que cantava com seus irmãos num grupo chamado Jackson Five, trilha sonora de tantos bailinhos caseiros onde embalávamos nosso romantismo e nossos sonhos. Esse negrinho cresceu, embranqueceu, virou super Star, passou do nível humano para o de mito, teve atribulações mil, cheguei a vê-lo ao vivo nos anos 80 na Europa. Todas essas metamorfoses não ofuscaram seu talento e sua musicalidade, mas amplificaram de maneira dramática seu apelo em busca de algum sentido. Seu desespero era latente e aparente e sua trajetória foi se tornando uma tragédia em tempo real, um rei nu e desesperado, despedaçando-se em frente ao mundo e em prol do mito que talvez jamais tenha querido ser. Este mito vai continuar por muito, muito tempo. A vida daquele menino dos anos 70 encerrou-se hoje. Michael Jackson, humano como nós, perene afinal, sucumbiu à sua própria lenda e deixa a terra, entrando na galáxia daqueles que desaparecem no auge. Elvis, Lennon, James Dean, Senna - símbolo maior para nós brasileiros. Que descanse em paz, Michael. Você nos deu muito, obrigado!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

DESSE CARDÁPIO EU GOSTO: PIZZA PARISIENSE, COM CHÁ INGLÈS E PARMESÃO ITALIANO.


Reunião hoje, dia 24 em Paris selou a paz, pelo menos temporariamente entre as partes que se digladivam pelo poder (e pelo $$$) na Formula 1. A reunião entre a Fia e a Fota deu bons resultados e segundo Max Mosley, não haverá mais o campeonato da Fota, e ele tampouco concorrerá à reeleição. Os gastos ainda deverão ser reduzidos para a temporada de 2010, mas os números dessa redução não foram revelados.

"Agora sim. Paz. Um sabor doce e uma brisa suave me alcançam, me fustigam e me trazem sensações cálidas de um porvir venturoso" - Escrevi isso, ou algo parecido quando tinha vinte anos e era um rapazola sonhador. Que bom.

terça-feira, 23 de junho de 2009

TRA LAS LÁS: O ANO NEM ESTÁ NA METADE E A "SILLY SEASON" JÁ COMEÇOU?





Durante o longo e tenebroso inverno do hemisfério norte, quando as ruas e as pistas de corridas estão cobertas de neve, a única coisa que movimenta a lucrativa indústria do automobilismo de competição por lá são os boatos, que os ingleses chamam de "Silly Season". Sempre começa em meados de novembro e atinge seu ápice em fevereiro, março, quase começando a temporada de Formula 1. Este ano, com tantos fatos sobrepondo-se intermitantemente, cisão, fusão, rebeldes com ou sem causa (ou sem calça- caso do Max Chicotinho), a boataria começou bem mais cedo. E começou pelo final, pelo cemitério. Não, não me chamem de fúnebre (sou, confesso fã de Poe, quiçá um Steven Kingezinho de vez em quando), estou apenas me referindo aos defuntos que hesitam em esfriar: Jacques Villeneuve e Ralf Schumacher. Os dois distintos senhores tiveram mais que seu quinhão de oportunidades, bem aproveitada pelo primeiro, menos pelo segundo. Mas isso foi, na década passada! Não acho que façam falta ao cenário automobilistico atual, mas a indústria de fofocas corre solta, acho que assessores de imprensa, essa praga da era dos Big Brothers, estão querendo mostrar serviço.
Soltaram também um hipotético calendário da Formula Fota (não venham com gracinhas - vamos fazer um concurso cibernético para batizar a pobrezinha) sem a inclusão, pasmem! do Brasil. Oras, oras. Como isso é possível? Ufa....vou sugerir ao prefeito da Rocinha que faça uma prova em suas vielas, a lá Mônaco, ou melhor, uma anti-Monte Carlo, nesses tempos de politicamente correto e de governo pestista, quem sabe até consigamos uma bolsa-grande premio-companheiro na favela? Lanço meu boato desde já. Depois, não vou reclamar autoria, porque como todos sabem, boatos são como mariposas: nascem lagartas, transformam-se, voam para longe e ninguém sabe o que é deles.

MAIS UMA PÉROLA: AUTOESPORTE DE OUTUBRO DE 1966



Só para dar uma aguinha na boca: edição de outubro de 1966 da revista Autoesporte. Editora FECE FECE, editor José Alexandre Quintão. Capa com o campeão da temporada o grande "Black Jack". Coberturas do GP da Itália com a vitóra da Ferrari de Ludovico Scarfiotti. GP da Alemanha em Nurburgring com vitória de Brabham debaixo de chuva. Curiosidade em Interlagos, título: Balder é o bom! (Nosso omelete estava começando sua carreira com uma DKW. Na semana de velocidade em Interlagos, 500km: A 2ª de Luizinho. Em Piracicaba mais uma vitória do meu "conterrâneo" Marinho e sua veloz DKW nº 10. Tudo em preto e branco, imagina como era fazer uma revista de automobilismo no Brasil há 43 anos atrás. E na contracapa, uma propaganda linda do Gordini. Momento saudosista puro!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

NOTINHA CURTA: ANATEL PROÍBE TELEFÔNICA DE VENDER SPEEDY

Até que enfim o orgão regulador toma algum providência contra a PIOR empresa em operação no Brasil, no que se refere a seus consumidores. Não vou aborrece-los com meus problemas com a operadora de capital espanhol, mas basta dizer que eles me venderam um speedy (junto com a TV digital que veio) em setembro do ano passado, e já me ligaram mais de dez vezes perguntando se realmente eu quero o speedy. Todas as vezes eu confirmei, e apesar de pagar mais pelo serviço de TV - que no pacote proposto teria saído mais barato- até agora nada. Desarticulada, sem a menor consideração por seus clientes, a Telefônica sempre deu uma aula de desprezo,descaso e despreparo. Tomara que a ação da ANATEL resulte em algum benefício aos consumidores.

ANÁLISE RESUMIDA DO FINAL DE SEMANA: ALEGRIA DE POBRE E ALGUMAS ESPERANÇAS





A alegria de pobre a que meu refiro é em relação a uma manchete que vi no UOL hoje de manhã: "Barrichello e Nelsinho derrubam tabu de 2009 e vencem disputa interna". Atá aí tudo bem, mas bem que eu gostaria que o Rubinho vencesse a disputa entre ele e Button na ocasião de uma das seis vitórias da equipe, e não justamente, na pior apresentação da mesma no ano até agora. Agora quanto ao Nelsinho, faça-me o favor: num autódromo que ele conhece como a palma da mão, com a estratégia de uma parada apenas, com um Alonso atrapalhado e talvez desmotivado, e o resultado final ser um décimo-segundo, comemorar o que cara-pálida? (nem sei tem tem hífen mais)
Quanto aos outros brasileiros até que não dá para lamentar muito. Na IRL os "grandes" Helinho e Tony tiveram sorte distinta. Helinho até pontuou, mas sem brilhar e Tony bateu. Os outros tiveram destino parecido e um choque entre os brazucas Mário Moraes e Rafael Matos já sugeria que o final de semana não seria daqueles. Na Indy Lights, a Bia Figueiredo conseguiu ótima vitória, principalmente por ter ficado fora de algumas etapas por problemas de patrocínio. A menina acelera direitinho e tendo André Ribeiro como empresário, seu futuro parece garantido. Na GP2 após a boa vitória do Alberto Valério no sábado, no domingo as coisas não correram tão bem, com a batida de Lucas di Grassi, o sétimo lugar de Valério (fora dos pontos, portanto) e o Grosjean marcando alguns pontinhos. Mas tem muito campeonato pela frente. Augusto Farfus que largou na pole position no WTCC em Brno na República Checa, mas teve problemas e a vitória ficou para o carismático Alessandro Zanardi.
De qualquer maneira a salientar do final de semana a ótima prova de Felipe Massa que levou uma Ferrari ao quarto posto no final, o declínio abrupto da McLaren ( a despeito da competitividade demonstrada na pista, Hamilton cometeu erros de principiante, continua sendo um fora-de-série, mas vem manchando um pouco a sua incrível média de pontos por GP).


domingo, 21 de junho de 2009

GP DA INGLATERRA: VITÓRIA INCISIVA DE VETTEL DÁ FÔLEGO A CAMPEONATO


Após todo os acontecimentos ocorridos extra-pista da última semana, a corrida em si não foi das mais interessantes, apesar do resultado ter sido bom para o campeonato. Sebastian Vettel confirmou a evolução da Red Bull Racing ( com as últimas modificações aerodinâmicas mostrou que está um passo à frente das Brawn) e o segundo lugar de seu companheiro Mark Webber deu ainda mais substância à essa constatação.
Vettel conseguiu boa vantagem sobre Rubens Barrichello na largada e foi abrindo boa vantagem sobre o brasileiro. Webber era seguido por Nakajima e atrás algumas disputas chamavam a atenção do público inglês, decepcionado talvez por não ver nenhum de seus "wonder boys" Button e Hamilton em posições de destaque. Ambos tiveram corridas discretas, Button com uma boa parte final ameaçando o quinto lugar de Nico Rosberg, chegando em sexto, seu pior resultado no ano. Hamilton se envolveu em muitas disputas pelas posições derradeiras na corrida, notadamente com Robert Kubica, Fernando Alonso e Nelsinho Piquet, chegando a rodar no processo. Felipe Massa fez excelente prova, largando bem e ganhando três posições na primeira volta, cometendo um pequeno erro em seguida e sendo superado por Button, mas depois firmou-se e chegou a um excelente quarto posto, dado às circunstâncias. Seu companheiro Kimi Raikonnen chegou em oitavo lugar. Nelsinho Piquet mais uma vez fez corrida discreta, mas pelo menos dessa vez chegou à frente de seu companheiro Fernando Alonso. Os Renault certamente precisavam de uma grande dose de trabalho. No começo da prova, a péssima narração de Cleber Machado deixou passar em branco uma ótima ultrapassem dupla de Giancarlo Fisichella e o fraquissimo Force India sobre Nelsinho e Nick Heidfeld. Este segurou Alonso por muitas voltas, mesmo com a asa dianteira de seu carro danificada. Apagadíssimos Kovalainnen e Bourdais protagonizaram um bizarro acidente de "barbeiragem" causando a desistência de ambos. Destaques? Vettel, o bom carro e momento da equipe Red Bull, a corrida de Rubinho (muito superior a Button - mas para seu azar e "timing" - sem possibilidade real de vitória hoje), a prova consistente de Felipe Massa. Não vou destacar a corrida de Mark Webber, porque realmente nada vejo de especial nele como piloto, e na prática está tomando "um pau" de seu companheiro de equipe: 8x 0 nas classificações, uma performance "Piquetiana". Mais pitacos mais tarde.

GP da Inglaterra 2009 - Silverstone - Resultado Final


DO FUNDO, BEM DO FUNDO DO BAÚ. F 3000 EM SILVERSTONE 1986

É sábado de madrugada e fuçando na net, para espantar o sono, achei esse videozinho de uma prova de F3000 em Silverstone em 1986. A curiosidade é que eu participei de uma das preliminares, de Formula Ford, obtendo um bom resultado numa chuva torrencial. Na prova principal, meu amigo Gugelmin estava lá perdido no meio do pelotão. Engraçado é que a maioria dos protagonistas daquela corrida não se destacou na Formula 1, alguns nem chegaram lá: Russel Spence, John Nielsen, Pascal Fabre (chegou mas era muito lento), Luiz Perez Sala (idem). Me faz pensar se os protagonistas de hoje da GP2 chegarão longe: Pantano, o campeão do ano passado foi praticamente esquecido. O futuro dirá.

sábado, 20 de junho de 2009

DOBRADINHA BRASILEIRA NA GP 2 EM SILVERSTONE. VALÉRIO VENCE A PRIMEIRA, DI GRASSI COMEÇA A RECUPERAÇÃO


Depois de ótima prova em que dominou desde o início, o mineiro Alberto Valério da Piquet GP obteve a sua primeira vitória no campeonato da GP em Silverstone, na primeira prova, a mais importante. Seu compatriota Lucas di Grassi foi um bom segundo colocado, recuperando-se parcialmente no campeonato em que iniciou como favorito, mas decepcionou nas primeira rodadas (apesar de ter vencido a corrida curta da Turquia). A prova começou com o pole position Romain Grosjean demonstrando que seu acerto era bom para uma volta rápida nos treinos, mas não para a corrida toda. Acabou conquistando a quinta colocação atrás do excelente mexicano Sergio Perez, que apesar de ter largado em último ameaçou tanto di Grassi, quanto ao alemão Nikko Hulkemberg, quarto colocado no final. Luiz Razia fez boa prova, tendo chegado em décimo após largar em 12º e Diego Nunes perdeu rendimento após sua parada nos boxes, chegando em 14º. Amanhã tem prova curta, as cinco e tralalá do horário brasileiro.

TREINO INTERESSANTE. PELO MENOS BUTTON NÃO ESTÁ NA POLE. VETTEL DISPARA



























O que já era bom está melhor ainda. Com as modificações efetuadas no carro da Red Bull Racing, a distância que a Brawn GP vinha mantendo em relação às outras equipes desapareceu, e as duas escuderias parecem estar no mesmo patamar de desenvolvimento técnico. A questão agora parece se resumir entre os quatro pilotos: Button, embalado pelas seis vitórias na temporada tem o "momentum" , e um companheiro um tanto quanto decepcionado com o seu próprio rendimento; já no campo da escuderia das bebidas energética, o jovem Vettel encontra forças para sustentar um desafio mais consistente, tendo em seus calcanhares um companheiro sedento de sucesso, que acima de tudo, sabe que essa é a sua chance de firmar-se de vez nas estatísticas, que frias e impessoais, não lhe são favoráveis.
Na primeira parte do treino, a grande decepção para a torcida inglesa que lotou, talvez pela última vez a histórica pista de Silverstone: Lewis Hamilton, o queridinho das massas do ano passado (quanta diferença um ano faz na Formula 1!) ficou de fora do Q2 com sua Mclaren não rendendo o esperado, e superando apenas o alemão Adrian Sutil da Force India (que havia sido a surpresa dos treinos livres de sexta feira) que bateu violentamente no guard rail.
Na segunda parte do treino a costumeira decepção, desta vez para nós, os brasileiros: Nelsinho Piquet- que anda frequentando a escolinha-de-desculpas-esfarrapadas fundada por Rubens Barrichello, ficou pelo caminho na 14ª posicão com sua Renault, que nas mais hábeis mãos do espanhol Alonso conseguiu o 10º posto na grelha de largada. A decepção foi ainda maior para nós, pois Felipe Massa não passou do 11º posto.
Na terceira parte a decepção novamente foi britânica: o "darling" da hora, Jenson Button, líder inconteste do campeonato, não conseguiu extrair o melhor de seu equipamento e larga apenas na sexta posição, desda vez superado na pista e nos cronômetros por seu companheiro Rubens Barrichello que larga na segunda posição ao lado de Vettel. A segunda fila é formada por Mark Webber e Jarno Trulli, da Toyota. O japonês Nakajima conseguiu um bom quinto lugar, logo a frente de Button e bem a frente de seu companheiro de equipe Williams, Nico Rosberg que larga na sétima posição e parece ter deixado de ser o "leão" das sextas feiras. O grid tem na sequência: Glock com a segunda Toyota, Raikkonen, Alonso e Felipe Massa. De resto as costumeiras micro-histórias típicas de um Grande Prêmio, que se pode ser interessante na pista, certamente já está destinado a ser ofuscado pelos acontecimentos extra-esportivos. Vamos esperar pelas previsões meteorológicas e pela divulgação dos pesos de largada dos bólidos, para avaliar táticas e possibilidades.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

SEXTA FEIRA: OFUSCADO PELOS ACONTECIMENTOS EXTRA PISTA, VETTEL MOSTRA FORÇA






























Após a realização dos dois primeiros treinos livres para o Grande Premio da Inglaterra de 2009, a equipe Red Bull Racing colocou seus dois pilotos firmemente no topo das tabelas de classificação. Sebastian Vettel e Mark Webber não deram chances aos seus adversários, e estreando uma série de modificações nos carros (como um entre eixos maior, adequado à pista inglesa com suas curvas longas e piso plano) . A surpresa da segunda sessão ficou por conta do alemão Adrian Sutil e sua Force India, terceiro colocado, em contraste com seu companheiro de esquadra Fisichella, firmemente plantado lá atrás. Dos brasileiros, Rubinho ficou com a sexta marca, apesar de ser evidente que a equipe Brawn não se preocupa com esses treinos ( Button, o líder disparado do campeonato ficou apenas com a 14ª posição. Fernando Alonso conseguiu a quinta posição e seu companheiro, o brasileiro Nelsinho Piquet um bom décimo posto. As Ferrari pareciam estar acertando seus carros para a prova, sem preocupação de marcar tempos expressivos, e ficaram apenas em 17º e 18º lugares. (Nota-se que o carro de Felipe Massa saía muito de frente nas curvas).
Fora da pista, espera-se a qualquer momento uma suposta "carta" de Max Mosley a respeito dos últimos desdobramentos da crise que afeta a F1.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

SUPREMA IRONIA: HA 27 ANOS ATRÁS MOSLEY E A FIA ESTAVAM EM LADOS OPOSTOS



No ano de 1982, a FIA era comandada pelo irrascível francês (e também ele membro do partido nazista, a exemplo do pai de Max Mosley, sir Osvald) Jean Marie Ballestre. Suas decisões eram quase sempre polêmicas, e ele tinha uma atitude ditatorial sobre a entidade e seus afiliados. Durante o ano de 1981 houve a chamada "Guerra entra Fisa e Foca", Fisa sendo o braço esportivo da Fia. Do lado dos construtores a "raposa" Bernnie Ecclestone tinha um advogado liso e perigoso, com o nome de Max Mosley (alguém associa os dois? ). Pois é, o cerne do problema era como sempre, a grana, ou melhor a maneira de distribui-la. Entre muitas exigências absurdas, a Fia instituiu uma cláusula obrigando os pilotos a assinarem-na assim que adquirissem a super-licença, comprometendo-se a permanecer fiel a suas equipes em qualquer circunstâncias. Bom, a história era bem mais longa, e chata. O fato é que no GP da Africa do Sul (o primeiro daquela temporada) um ex-campeão mundial voltava à ativa, Niki Lauda. E ele tinha estofo moral e temperamento para encabeçar uma briga em prol dos direitos dos pilotos e o fez, secundado por Jacques Laffite, Rene Arnoux e Didier Pironi. Os pilotos mais jovens assinaram os documentos, com medo de perderem seus postos, mas os mais estáveis resistiram e na véspera do GP decidiram se rebelar. Trancaram-se todos juntos (30 no total) num quarto de hotel e passaram a noite em conversações para defender suas posições. Elio de Angelis, exímio pianista entreteu a todos com agradáveis consertos, e Nelson Piquet, gozador nato, com as piadas. Tenho algumas fotos tiradas de uma revista "Grand Prix International", que mostra os pilotos dormindo juntos em colchões colocados no chão.

FOTA E FIA RACHAM: O IMPENSÁVEL ESTÁ PRESTES A ACONTECER


A corda estica, estica e um dia.....arrebenta. Depois de uma reunião na fábrica da equipe Renault de Formula 1 na cidade inglesa de Enstone nessa quinta feira, os oito times da Fota, decidiram organizar um campeonato paralelo já para 2010. As equipes dissidentes são: Ferrari, Renault, Toyota, Mclaren, BMW Sauber, Brawn GP, RBR e STR. As únicas equipes ainda alinhadas com a FIA são a Williams (fornece os carros para a nova categoria F2) e a Force India.

As equipes não podem continuar a arriscar os valores fundamentais do esporte e se negaram a alterar suas inscrições condicionais para a temporada de 2010. Os times não têm alternativa a não ser se preparar para um novo campeonato, que reflita os valores de seus participantes e parceiros. Esta categoria terá um governo transparente, um regulamento, além de encorajar novas inscrições e ouvir os anseios dos fãs, oferecendo ingressos mais baratos. Os melhores pilotos, estrelas, marcas, patrocinadores e promotores historicamente associadas com o mais alto nível do automobilismo estarão na nova categoria – disse um porta-voz da Fota.

Já houve situações de conflito antes, mas não a este ponto. Vem á mente a famosa greve dos pilotos durante o GP da Africa do Sul de 1982, em que no final tudo se resolveu e a prova, acabou não contando para o campeonato mundial.

Ainda não sabemos todas as implicações, mas parece que os ousados jogadores Bernie e Max subestimaram a capacidade de união e articulação das equipes que se sentiam prejudicadas por tantas medidas unilaterais. O GP da Inglaterra em Silverstone vai ferver fora da pista, uma vez que dentro dela, ninguèm espera nada mais que outro passeio de Jenson Button.

PARA CONTINUAR A IR AGUÇANDO A VONTADE

SÓ PARA IR AGUÇANDO A VONTADE: A ÚLTIMA VITÓRIA DE EMERSON, SILVERSTONE 1975

quarta-feira, 17 de junho de 2009

AVULSAS E DIVERSAS E A ESPERA DA GRANDE CORRIDA DO ANO ATÉ AGORA













































Fiquei sabendo pelo excelente blog do Speeder http://continental-circus.blogspot.com/ , da morte do piloto inglês dos anos 60, Peter Arundell. Nascido em 1933, Peter teve um início incrível na Formula 1 pela equipe Lotus, chegando em terceiro em sua estréia em Mônaco em 1964. Sua segunda corrida também lhe trouxe um podio, feito que só seria igualado por Jackie Stewart e muito mais tarde por Lewis Hamilton. Depois de um acidente, ele ficou afastado das pistas por mais de um ano, e em seu retorno já não era mais o mesmo. Que descanse em paz!
O acordo Fota-FIA também tem rendido bom espaço nos jornais e blogs mundo afora. Continuo com minha velha opinião (formada sobre tudo): marola. Vamos esperar a poeira baixar e ver quem tinha mais cartas na manga. Ou mais garrafas para vender, como diz o Ratinho.
Quanto ao GP da Inglaterra, recuso-me a acreditar que seja o último realizado em Silverstone. Mais uma das extravagâncias provocada pela ganância desmedida de senhor Bernard Ecclestone. Conheci bem a pista nos anos 80, competi lá (inclusive em preliminar de GP, e também em preliminar de F3000), tem todo um clima propício e digno de onde tudo começou em 1950. Palco de inesquecíveis duelos, ultrapassagens incríveis e muitas histórias de bastidores, se realmente for descartada, a pista vai deixar saudades. Quanto ao Grande Prêmio deste ano, tudo indica que será de Button, mas eu adoraria ver o Rubinho estragando a festa dos ingleses, e ele anda muito bem por lá. Depois da Button mania do início dos anos 2000, quase esquecido em favor de Hamilton nos dois últimos anos, em 2009 Button estava com o seu button virado para a lua mesmo, pois de quase descartado, passou a ser o "bicho papão" da temporada, ajudado em 99% por um carro que é um foguete e em 1% por um companheiro de equipe que tem mais dilemas íntimos que qualquer personagem de Shakeaspere. Que venha a prova!