segunda-feira, 30 de novembro de 2009

PARA QUE SERVEM OS TESTES DE FINAL DE ANO DA FORMULA 1?


























Os tempos mudam. Antigamente, quando a temporada acabava, algumas equipes de Formula 1 promoviam testes para avaliação dos carros das próximas temporadas e também para conhecer novos talentos, oriundos das categorias de base. Naquela época os pilotos corriam por vários anos nas categorias menores e como não havia tantos interesses comerciais, a promoção geralmente se dava por mérito esportivo. As equipes ficavam de olho em novos talentos, até porque a rotatividade era relativamente alta, devido aos acidentes, e os convidavam para ver se tinham realmente condições de pilotar os carros mais rápidos. Me lembro de quando o Emerson Fittipaldi começou a se destacar ainda na Formula 3 inglesa, o Frank Williams, que na época tinha uma equipe pequena, onde corria seu grande amigo Piers Courage (um misto de piloto rápido e milionário, que faleceu no GP da Holanda de 70). Aconselhado por alguns, resolveu declinar o convite por hora, e a sorte grande surgiu quando a Lotus, para quem ele já pilotava na Formula 2 a esta altura, resolveu lhe dar um teste. Tenho este teste numa velha revista Quatro Rodas. Rindt estava lá testando a nova Lotus 72. O segundo piloto da Lotus naquela altura era o gente-boa-pé-de-breque John Milles, e Chapman já estava pensando em alguèm mais consistente para fazer dupla com o veloz aústriaco. Pois bem, a Emerson foi assignado o velho chassis 49 e de propósito, as regulagens de molas e cambagem foram todas trocadas. O novato saiu para a pista e após duas ou três voltas, voltou aos boxes e pediu aos mecânicos que alterassem a suspensão. Chapman ficou deveras impressionado, assim como Rindt, que ainda deu umas voltas na 49 e orientou Emerson no teste. Claro, estou falando de um predestinado. Me lembro do teste de Ayrton Senna na equipe Williams em 1983. Naquela época os carros de Formula 3 produziam algo em torno de 170 hp, contra mais de 500 hp dos Formula 1 aspirados, caso do Williams. Era uma diferença brutal, muito maior que dos GP2 ou mesmo World Series de hoje em dia. Senna conhecia o circuito (Donnington Park), acertou o carro e mandou ver. Outro predestinado, claro.
Hoje em dia, um moleque de 18, 19 anos já está correndo há dez. Conhecem os circuitos, simulam nos video games, fazem academia, ou seja, chegam muito mais preparados às portas da Formula 1. Alguns, como Lewis Hamilton provam que estão prontos. Outros, como Nelsinho Piquet, demoram mais tempo. No final de ano, as equipes "presenteiam" alguns felizardos com testes. Na realidade, tudo é calculado em termos de marketing, em termos de exposição na mídia. Imaginem que agora, sem corridas, as publicações especializadas, os sites, ou mesmo as grande emissoras de TV, estejam "caçando" matérias para seus programas esportivos. O teste de uma jovem promessa pode render alguns preciosos segundos na mídia, bom para os pilotos que passam a ser vistos e reconhecidos e bom para os patrocinadores que ganham um "bônus" pelos seus polpudos investimentos.
Na prática, pouco se pode avaliar tecnicamente. Para o ano que vem os carros vão sofrer muitas modificações, inclusive na dinâmica das provas, sem poder parar para reabastecer. O bom piloto saberá interpretar as reações do carro com tanques cheios e vazios, e saberá calibrar seu desempenho de acordo.
De qualquer forma, esta semana um monte de gente vai se sentar e acelerar um bólido de Formula 1, privilégio e tanto. Para alguns será o início de algo sólido, como foi para Sebastian Buemi no ano passado. Quem se lembra de Robert Wickens? Na mesma época o canadense, também um pupilo da Red Bull young drivers program, testava por aí. Sumiu. Para alguns, daqui a alguns anos, será possível ver seus testes exibidos no blog do Rianov, e isso tampouco é de se desprezar!

domingo, 29 de novembro de 2009

SUNDAY SUNDAY


Entre safra de corridas e o pessoal inventa de tudo. Nada contra, mas "Desafio das Estrelas?" - eu acho que deveria ser no singular, porque estrela mesmo, só o Schumacher. Chamar Felipe Massa de estrela é abuso do vernáculo, né não Galvão? Assisti a corridinha de kart, que no final o Schummy deixou o "cumpadre" Massa ganhar.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

E LA NAVE VA: CONTINUANDO A MINHA SAGA




































Bom, eu estava contando que havia recebido um telefonema de um sujeito me convidando a uma reunião no interior da Inglaterra para discutirmos a respeito da moribunda Formula Talbot. Leitor inveterado como sou e sempre fui, sabia que esta categoria havia sido lançada com grande estardalhaço um ou dois anos antes, que os carros eram mais rápidos que os Formula Ford 2000, e mais lentos que os Formula 3, que eram movidos a etanol (alcool), que tinha pneus slick (novidade para mim naquela época) e tinha aerofólios. Beleza.
Cheguei ao tal Castelo, fui introduzido numa enorme sala de reuniões e havia uma série de senhores engravatados. O cara que me ligou, me esqueci seu nome (são mais de vinte anos), era careca, tinha uns 35 anos, simpático. Foram bem diretos e práticos: a Talbot tinha interesse em resgatar a categoria e para isso, iria patrocinar uns quatro ou cinco carros, para pilotos que atraíssem a atenção da mídia. Haviam combinado com umas duas equipes de ceder os carros, os motores, a manutenção. Tudo o que os pilotos teriam que fazer era estar presente nos circuitos nos dias de corrida e dos poucos treinos, esses deslocamentos seriam por nossa conta. Haveria também um seguro, para cobrir acidentes. Fiquei bem empolgado, porque os caras mostraram uma aprensentação de slides, com planejamento de retorno de mídia, essas coisas.
Naquela metade da década de oitenta na Inglaterra, durante a temporada, que vai de março a outubro, havia corridas todos os finais de semana em diversos circuitos simultaneamente! O piloto tinha que ser bem cuidadoso em fazer seu planejamento, pois eles realizam centenas de corridas por ano. A Formula Talbot já havia começado o campeonato, e os números eram desalentadores: apenas 6 ou 7 carros, pouco interesse da imprensa e pilotos inexpressivos. Além de mim, naquele dia havia outro rapaz, calado e simpático, rosto familiar, que também fora convidado a tomar parte do campeonato: seu nome era Mark Thatcher, filho da então Primeira Ministra da Inglaterra, Margareth Thatcher, a "Dama de Ferro".
Como eu era um reles Zé ninguém, um pé rapado, fiquei hiper feliz. Teria a chance de correr sem pagar nada, num carro tecnicamente interessante e me senti bastante animado com o profissionalismo da equipe da agência de publicidade. Claro que estavam interessados no sobrenome Fittipaldi, mal sabendo que eu era o "primo-pobre" - coisa que aliás eu sempre deixava claro. Fomos para um pub, tomamos algumas cervejas, e marcamos uma sessão de fotos. Pegaram minhas medidas para o macacão - o que eu usara até então era de fabricação caseira, feio demais.
Algumas semanas depois, fomos convocados para um teste no circuito de Silverstone, que eu ainda não conhecia. Fui para lá de carro, mal contendo minha ansiedade. Havia vazado na imprensa o meu nome, o de David Hunt, Damon Hill, e outros, além de Mark Thatcher. Cheguei cedo e estacionei meu velho Ford Cortina bem longe, pois todos tinham carrões e eu com aquela carroça! Mesmo assim, eu gostava do carro, pois era confortável, barato, quatro portas -útil nas noitadas londrinas, onde quase todos os brasileiros, e principalmente as brasileiras dependiam de carona. O meu macacão estava pronto, fui colocar e ficou lindo. Me senti um piloto de Formula 1. Tiramos um monte de fotos, perto dos carros, ao lado da pista, dentro dos carros. O carro em si, era uma tetéinha: pneus grossos, como falei, slicks, o motor era dois litros, rugia alto. Fizemos um intervalo para lanche e depois era pista. O chefe de equipe - não me lembro, mas vagamente acho que era o Paul Jackson que hoje comanda a equipe Manor na Formula !, abaixou-se ao meu lado e me passou umas dicas. Me disse para ir tranqüilo, pegar a "mão" no carro devagar, que ninguém estava interessado em tempos rápidos. Mais fotos seriam feitas. Havia, se não me engano uns três carros prontos. Me lembro que a empresa química ICI era a principal patrocinadora, e o cara da agência disse que eles haviam aprovado meu nome e currículo(?).
Estava frio. Entrei no carro novo, macacão novo, capacete velho e bateu um medo danado. Medo de decepcionar, de não estar à altura, de fazer papel de bobo. Logo, isso passou, pois me concentrei, passei "aquele filminho" mental de toda a minha luta para estar ali, e conclui que merecia, e como merecia, aquela chance!
Motor funcionando, um monte de gente em volta, de repente, você não enxerga mais nada. Apenas o painel do carro e a pista. Engata primeira marcha, acelera, o carro tosse um pouco, adorei o ronco do motor. A pista dos boxes é longa, mas foi percorrida rapidamente e o sinal para a pista propriamente dita estava verde, portanto, acelera peão! Silverstone é bem larga e muito, muito rápida. Você acelera fundo, o carro responde, mas dá para perceber que aprender os "macetes" do circuito leva um pouco mais de tempo. Me concentrei em conhecer o carro e a pista, sem preocupação com tempos. Minha experiência, àquela altura limitadíssima, era com carros de Formula Ford 1600, carros velhos, motores de segunda linha, pneus gastos. Foi um choque apertar o pé do acelerador e sentir realmente algum tipo de resposta. O motor de 2 litros urrava bem e batia rápido no limitador de giros, pedindo para subir uma marcha. Dei algumas voltas e voltei para os boxes. Conversei com o mecânico, que me passou algumas dicas, mediu temperaturas dos pneus e etc, e voltei. Aquele tempo nem sonhávamos em ter rádios nos carros, portanto era tudo muito empírico.
Após umas 40 voltas, já suado, com duas "rodadas" sem consequência no currículo, voltei satisfeito para os boxes. Pelo olhar dos mecânicos e do próprio Jackson, percebi que havia conseguido o principal: o respeito da equipe. Não havia marcado nenhum temporal, mas tampouco havia feito alguma besteira, e soube depois, fui o mais rápido do dia.
Voltei para Londres, achando o velho Cortina uma porcaria e postei-me ao lado do telefone nos dias que se seguiram. Corria para buscar as revistas na banca, naquela época não existia a internet, a ansiedade era grande.
A má notícia veio na forma, acreditem ou não, de um telegrama! Após quase um mês de agonia, a Talbot decidiu finalmente que não valia a pena continuar gastando dinheiro numa formula que não tinha mais salvação. Fiquei arrasado, era a segunda grande decepção em automobilismo, e certamente não seria a última.
Prometo não demorar tanto para os próximos capítulos!

CURTINHAS


-Finalmente resolvida a questão da mal sucedida venda da equipe BMW para a tal Qadbak - o nebuloso negócio foi desfeito. Assim a equipe passa novamente para o controle de Peter Sauber que é do ramo e deve ter os bolsos cheios de euros, ainda da venda da própria equipe para a BMW há cerca de quatro anos. Negócio bom este. Vende por dez, recompra por 1. Ou coisa parecida.
-No ar, no blog do Rafael Serafim, a minha entrevista. O link? vão arriscar? ok, www.full-machine.blogspot.com. Espero que gostem.
-A Force India confirmou a manutenção da dupla de pilotos que terminou a temporada, Adrian Sutil e Vitantonio Liuzzi. Acho que fizeram uma boa opção, pois ambos são velozes, motivados, e muito experientes. Alguns haverão de ficar decepcionados, como sempre acontece nesses casos, mas a vida é assim.
-A Lotus e a Manor se associaram à FOTA. Na prática isso quer dizer que estão fazendo as manobras certas de bastidores.
-Segundo o site da revista inglesa "Autosport" a Volkswagen estaria considerando passar a produzir motores para a Formula 1. O ex-piloto alemão, Hans Joachim Stuck, porta voz do braço esportivo da montadora gigante, afirmou que os planos estão adiantados e que se o regulamento for mantido e confirmado, são grandes as chances. Bom, isso.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

EFEMÉRIDE MENOR: 50 ANOS






Redondinho assim. Um número, uma data, um marco. Hora de parar?, refletir?, ponderar?...que nada. Hora de juntar forças e seguir adiante. Comemorar os poucos sucessos, bater a poeira do caminho, limpar a garganta, encher os pulmões de ar fresco, olhar adiante e seguir na caminhada. Tanta coisa por fazer, tantos sonhos em aberto. Muitas coisas boas. Família linda e querida. Os pais vivos e saudáveis. Os valores intactos. Agradecer a Deus pelas oportunidades e principalmente pelos fracassos que nos tornam mais humildes e humanos. Que venham os próximos 50, pois o relógio não para. Abraços aos amigos e aos inimigos, se os tiver, uma extensão do mesmo abraço, não sou de guerra. Muitos planos, sonhos e metas. A primeira metade da jornada (eu ia dizer um terço, mas estaria sendo um pouquinho otimista demais) está cumprida, bem ou mal. Que a próxima metade seja ainda melhor!e Obrigado a todos que torcem sinceramente por meu sucesso.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

SEM NECESSIDADE DE PALAVRAS


Um dia quando a razão e o bom senso voltarem a estes "tristes trópicos", veremos que hoje não foi um dia feliz em nossa história. Receber um imbecil como este, com pompas de chefe de estado, é insultar a inteligência de muitos.


CURTAS, CURTAS, CURTAS


Então é isso: Rosberg confirmado na nova Mercedes, antiga Brawn, e todos aguardando uma mega/blaster surpresa, a volta de Schummy pela equipe que bancou seu ingresso na Formula 1 no distante ano de 1991, comprando a vaga da Jordan e subseqüentemente da Benetton que era de Roberto Moreno.
O futuro de Kimi Raikkonen ainda é incerto, uma hora parece que ele vai tirar um ano sabático, na outra dizem que assinou com a equipe "Y" ou "Z". As pecinhas do quebra cabeças vão se encaixando, mas ainda há muitas em aberto.
De resto o fim do ano vem se aproximando rápido demais. Fim da Stock com o tricampeonato de Cacá Bueno e a primeira vitória de Luciano Burti, num autódromo totalmente defasado, Tarumã, de triste memória. Lá faleceu o italiano Giovanni Salvatti, numa corrida de Formula 2 em 1971. O futebol, para quem é palmeirense como eu, já deveria ter terminado há umas cinco rodadas...o que fica de marcante é a péssima qualidade das arbitragens. E pelo lado positivo, a reação do Fluminense, que pelo menos provou que brio, tão em falta no Parque Antártica, ainda pode salvar times da vergonha.
Em Macau as corridas da Formula 3, com vitoria do italiano Edoardo Mortara (é bom esse menino), do brasileiro Farfus no WTCC, mas o título ficou para o Gabrielle Tarquini.

sábado, 21 de novembro de 2009

O MUNDO DA VOLTAS


Me lembro que na década de setenta um jovem e esforçado chefe de equipe, literalmente "vendia o almoço para comprar o jantar", Frank Williams, e eu nutria enorme simpatia pela sua quixotesca equipe. Pilotos que eu admirava pela combatividade, pelo cavalheirismo, esportividade e outros atributos, faziam parte da equipe de então jovem Frank Williams. Eu sempre gostei de Henry Pescarollo, gostava imensamente de Carlos Pace, Arturo Merzario sempre foi um dos meus ídolos da juventude, Jacky Ickx, Howden Ganley (a quem, muitos anos mais tarde eu vim a conhecer pessoalmente), Tony Trimmer como piloto de testes (esse eu conheci bem, trabalhamos juntos), Jacques Lafitte deu suas primeiras voltas a borda de um Williams.
Em 1976, Frank encontrou um patrocinador/investidor apaixonado, um rico empresário do ramo petrolífero, aústriaco de nascimento, naturalizado canadense, Walter Wolf. Pois bem, Wolf entrou na equipe como patrocinador, comprou algumas ações e eventualmente tomou o controle de toda a operação. Frank Williams saiu da equipe de forma não muito amigável e ficou alguns meses afastado, até que um bem patrocinado piloto belga (o boa gente Patrick Neve) com alguma grana de uma cervejaria, possibilitou a compra de um chassis March e uns motores Cosworth, e shazam! a equipe Williams voltava a investir.
Vejam a ironia do destino: esta semana foi anunciado que Frank Williams e seu sócio (e engenheiro responsável) Patrick Head, venderam parte de suas ações na equipe Williams (hoje um nome consagradíssimo, tendo vencido várias vezes os campeonatos de construtores e pilotos nos últimos 30 anos), para um investidor aústriaco de nome....Wolf! Esse tal de Totó Wolf é bem jovem, parece que fez fortuna com uma empresa de informática e aquiriu uma considerável fatia das ações da equipe.
Há 30 anos atrás a equipe mudou de nome para Wolf Racing, contratou Jody Scheckter para o campeonato de 1977, venceu na estréia na Argentina, conseguiu mais duas vitórias ao longo da temporada e por pouco, não faz o que a equipe Brawn fez este ano, ou seja, sagra-se campeão logo no primeiro ano. Subsequentemente, Walter Wolf perdeu interesse e gás, e acabou vendendo a equipe para os Fittipaldi, que estavam interessados no bom projetista, o falecido Harvey Postletwaithe, e de lambuja, levaram o então piloto, Keke Rosberg. Como escrevi isso tudo de memória, sem consultar nenhuma fonte, espero que as informações estejam corretas.
De qualquer forma, há que se torcer por um homem que tem a força e a determinação de Frank Williams, preso numa cadeira de rodas há mais de três décadas e cujas conquistas são enormes, tanto no plano pessoal, quanto no esportivo!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

OFF SEASON - MAIS INTERESSANTE QUE A TEMPORADA?


Por incrível que pareça, em alguns aspectos a entre-temporada, ou seja, o período entre a temporada que terminou e a que está para se iniciar (em março de 2010) tem se mostrado mais interessante que muitas corridas. É um tal de equipe fechando, equipe nova abrindo, piloto mudando de emprego, novos pilotos vindo para o circo, velhos pilotos querendo retornar ao mesmo.
A notícia de que Kimi Raikkonen vai assinar contrato com a equipe Mercedes (antiga Brawn GP) é um alento para aqueles que como eu reconhecem no finlandês um grande talento. Essa notícia vem seguida de um desmentido, e no final, ficamos sem saber em quem acreditar. Um artigo da jornalista Alessandra Alves em seu blog, http://alessandraalves.blogspot.com/, pergunta onde estão os jornalistas especializados, aqueles que ficam fazendo campana durante vários dias nas portas das equipes para obterem informações de primeira mão? Eu concordo com ela, a maioria dos sites e blogs hoje em dia, virou veículo para as peças produzidas pelas assessorias de imprensa, que aliás são um saco em sua grande maioria. Mandam releases até de quantas vezes os seus contratantes foram ao banheiro!
De qualquer maneira, as especulações todas ainda vão encher muitas paginas de jornais, revistas e sites. Quem vai ser o melhor brit? Button ou Hamilton? Senhores, as fichas estão na mesa.Quem vai ser o mais rápido na equipe Ferrari? Alonso ou Massa? Bons assuntos para aquecer os meses de inverno deles, e refrescar os meses de verão nossos. Hasta!




terça-feira, 17 de novembro de 2009

CURTAS CURTAS CURTAS


Pessoal peço desculpas pela semi-ausência: ando adoentado e cheio de trabalho, uma combinação letal quanto à manter as coisas que a gente gosta, tais quais um blog. Mas prometo voltar com força total em breve.
-Button aparentemente vai mesmo para a Mclaren fazer dupla com Hamilton. Quais os prognósticos? Na minha humilde opinião, o Hamilton engole o champ, sem dó. Mesmo assim, uma combinação interessante, uma das atrações do ano que vem, certamente.
-Glock na Manor. Nunca gostei muito do Glock, mesmo antes da marmelada de Interlagos em 2008. Além de ser a curva descendente de uma carreira que nunca foi das mais brilhantes, pode indicar que a Renault não lhe tenha dado garantias reais de continuar no ano que vem, ou no outro.
-Di Grassi em compasso de espera. Deve ser difícil para um piloto essa parte da carreira. Muitas conversas, muitas possibilidades e tudo sempre na dependência de encontrar dinheiro e outros detalhes.
-Senna na Campos. Vai depender muito da "mão" da Dallara em acertar o carro que constrói para a Campos e em minha opinião, de ter um companheiro experiente que saiba acertar o carro também, pois se forem dois novatos na equipe, a coisa complica. Os carros de hoje, especialmente com as mudanças previstas no regulamento, demandam muita "manha" técnica, e muitas milhas de pista, o que o regulamento coíbe. De qualquer forma, Senna parece ser dotado de um incrível senso de perspectiva e é bom ver gente lúcida neste ambiente nem sempre salutar.
-Kimi parece que vai mesmo dar um tempo e tirar um ano sabático, curtindo os euros (17 milhões) que a Ferrari vai lhe pagar para dar lugar ao Alonso. Com a ida de Button para a Mclaren, que seria a casa natural de Kimi (esperto esse Hamilton - Jenson ele provavelmente - eu disse provavelmente - coloca no bolso, já o Kimi...) as opções deixaram de ser tão interessantes. Ou não? Uma dupla KK = Kimi e Kubica na Renault seria bem interessante. Veremos.

Outra coisa: quero pedir desculpas ao leitor André Canário que me mandou um e mail reclamando do longo período que fico sem publicar nada da série da minha carreira de piloto na Europa. Semana que vem prometo colocar dois capítulos e também continuar a saga "Corrida no céu". Abraços a todos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A VOLTA DAS FLECHAS DE PRATA


Agora é oficial: a Mercedes anunciou hoje que compra a equipe Brawn GP e que sai da equipe Mclaren, e que o nome da equipe será mudado para Mercedes GP Team. Várias questões ainda estão por serem esclarecidas, tais quais a dupla de pilotos. Com a iminente ida do campeão mundial Jenson Button para a rival Mclaren, espera-se que a Mercedes conte com uma dupla germânica nos seus cockpits: Nico Rosberg e Nick Heidfeld.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

UMA CORRIDA NO CÉU



Mesmo sendo Deus, Ele se aborrece ás vezes. O universo em toda sua grandeza estava chato demais para entretê-lo. Pensou, pensou, coçou a cabeça e chamou um de seus

auxiliares, o indefectível São Pedro.

“Pedro, aproxime-se. Que marasmo está este Céu. Quero que organize algo para me entreter”.

“Mas senhor... o que posso fazer para ajudá-lo? Já organizamos safáris, olimpíadas, torneios circenses. Trouxemos os melhores cantores clássicos, de ópera, bailarinos, até mesmo algumas escolas de samba. Diga-me Senhor... o que falta?”

“Pedro, você é pago para isso. Vamos, se vire. Com tantos problemas na Terra, estou mesmo precisando de algo que me entretenha.”

Pedro ia mencionar que os seus salários jamais haviam sido pagos, mas como no Céu não há Justiça do Trabalho ou coisa similar, preferiu calar-se. Havia os benefícios que talvez não encontrasse em outro emprego. Enfim, Pedro pôs-se a pensar. Nesse momento passou por ele Cristovão, santo bonachão e que sempre flanava perto da cantina do Céu, pois era comilão e sabia que coisas boas estavam saindo do forno a qualquer hora.

“Cris venha aqui. O Mestre está aborrecido e isto não é bom. Você bem sabe que quando ele se zanga quem paga o pato somos nós.”

“Não me diga, Pedrão. Não me diga. Em que posso ajudá-lo?”

“Ele me pediu para organizar algo para distraí-lo, entretê-lo, mas estou sem idéias. O que sugere?

“Hummm. Deixe-me pensar. O duro é que quando estou de estômago vazio, penso muito mal” a frase saiu com um tímido sorrisinho de canto de boca. Percebendo a deixa, Pedro chamou o amigo e colega de Santidade para dentro da cafeteria. Pediram cafés fumegantes e bolinhos divinos (não poderiam ser diferentes). O apetite de Cristovão era lendário e ele não se fez de rogado: traçou dúzias de iguarias e bebeu jarras de café e chocolate quente, deixando mesmo um pouco a escorrer pelas longas barbas grisalhas.

“Já sei: tenho uma idéia!”

“Diga logo, estou ansioso,” retrucou o pobre Pedro. Cristovão ainda ordenou uns quitutes á titulo de “saideiras”, antes de limpar a garganta e dizer:

“Vamos organizar uma corrida de carros aqui no Céu. Um autêntico Grande Prêmio, como nunca se viu na Terra!”

“Sei não. Acha uma boa idéia? Não é perigoso?”

“Perigoso, Pedro? Esqueceu que aqui é o Céu? E que muitos dos pilotos que aqui estão, correram e pagaram os riscos com suas respectivas vidas?”

“Olha. Eu não entendo muito disso. Você pode me ajudar? Mas antes vou perguntar ao Senhor, o que ele pensa da idéia. Venha comigo.”

Entraram nos aposentos divinos com muito cuidado, como sempre faziam. Uns anjos dormitavam e nem notaram a passagem dos dois Santos. Deus cochilava, com uma copia gasta da “Divina Comedia” de Dante, que ele lera e relera milhares de vezes. Um conservador, esse Deus.

“Diga-me Pedro. Olá Cristovão. A propósito, você esta engordando. Têm algo em mente?”

Pedro adiantou-se, sempre tinha a sensação de perder a fala ao dirigir-se ao Mestre. Por mais eternidades que passasse servindo-O, isso não mudava.

“Sim, Senhor. Cristóvão sugeriu uma corrida de carros. Temos os melhores pilotos aqui em cima, é só uma questão de ajustar detalhes.”

“Esplêndida idéia! Mas preste atenção: não quero o Balestre envolvido nisso. Sei que ele subiu há pouco, deixe aquele francês narigudo fora disso.”

“Ótimo Senhor. Organizaremos tudo.”

“Outra coisa. Quero a corrida numa reprodução fiel do circuito de Nurburgring. E quero todos os pilotos com um mesmo modelo de carro. Pode ser o Maserati 250F. Chamem-me de saudosista se quiserem.”

“Sim Senhor.”

***

Pedro contou com a colaboração de Cristovão e de outros Santos que gostavam de corridas. No Céu, as dimensões de tempo são diferentes, então tudo pode ser feito rapidamente. Começaram a convocar os pilotos. Nuvolari foi logo lembrado e ficou muito feliz, pois estava a muito coçando o saco e bebendo Lambrusco. O pequeno mantuano se dispôs a ajudar a convidar os colegas. Fangio foi facilmente convencido, assim como Ascari. Farina se apresentou, e sendo advogado queria saber do regulamento aprovado. Fagiolli e Rosier ficaram excitados, mas Cristovão lhes disse que apenas campeões mundiais poderiam participar, eles ficariam na reserva. Indignados, pois achavam que as regras terrenas eram injustas, mesmo assim, se ofereceram para colaborar. Gonzáles que ainda não morreu, recebeu uma mensagem num sonho, em sua Argentina e ficou com vontade de morrer, mas também não foi campeão, então ficou na vontade mesmo. Hawthorn, que bebericava o chá das cinco, ficou muito feliz em poder participar. Trintgnant, Musso e Bira mordiam os lábios de vontade, mas tampouco foram campeões. Moss foi outro que ainda não morreu e ficou sabendo da tal corrida. Foi á sua muito britânica paróquia conversar com Deus em particular e pediu para subir. Não foi atendido, pois ainda tem um tempinho por aqui, segundo o Manda-Chuva. (não, São Pedro não é o verdadeiro Manda-Chuva, ele apenas é o encarregado do departamento Hídrico do Céu).

O alvoroço era geral. O Príncipe Rainier e a belíssima Grace Kelly, ou princesa Grace se ofereceram para entregar o Troféu. Phil Hill que morreu a pouco mais de um ano, ainda perdido pelos labirintos do Céu, modestamente declinou a oferta, dizendo ter sido campeão por obra e graça da morte de seu então companheiro Von Tripps. Este, entre muitos goles de cerveja da Bavária, se disse lisonjeado, mas fora de forma. Acho que não queria encontrar-se na pista com Clark, mais uma vez. Jim Clark, pastoreando ovelhas e feliz com isso, ficou surpreso pelo convite. Em sua modéstia, apurada do outro lado, achou que não merecia ser convidado! Bruce McLaren andou sendo cogitado, afinal foi vice, mas disse que prefere ficar nos boxes. Brabham está firme na Austrália, perdeu o trem para cima algumas vezes e não tem pressa em chegar. Graham Hill, fazendo imitações para um canal de TV no Céu, adorando sua nova profissão, ficou muito feliz com o convite. John Surtees quis trocar de lugar com seu filho Henry, mas Deus não concordou. O menino vai assistir dos boxes, no entanto. Bandini e Pedro Rodrigues se ofereceram para testar e aquecer os carros e Jô Siffert quer trabalhar nos boxes. Scarfiotti vai ser bandeirinha, e Rindt achou a idéia ótima, está louco para correr. Denny Hulme não tem certeza, mas como campeão vai participar. Sente que McLaren merecia mais e sente saudades de Brabham. Bom sujeito o urso. Johnny Servoz Gavin e Lucien Bianchi querem ajudar na cronometragem assim como Jô Bonnier.

Clay Regazzoni anda furioso por aqueles três pontinhos que o privaram de ser campeão em 1974, mas disse que está disposto a ajudar. François Cevert e Elio de Angelis vão tocar piano na recepção depois da corrida e ambos deixam as mulheres do Céu em polvorosa! Mark Donohue é outro que quer ajudar de qualquer maneira, assim como Peter Revson, bronzeado como se estivesse em férias eternas no Hawai. Mike Hailwood brinca com todos e sua careca reluzente é motivo de piadas. Ronnie Peterson anda nervoso de um lado para outro, desejando não ter sido tão cavalheiro em 1978, quando ajudou Andretti a ganhar um titulo que facilmente poderia ter sido seu. Carlos Pace está por ali também, cansado de não fazer nada no Céu, animado conversando com seus grandes amigos Luiz Antonio Grecco e Marivaldo Fernandes. James Hunt com uma latinha de cerveja (proibida no Céu) nas mãos chega de mansinho, com um sorriso largo no rosto bronzeado. Patrick Depailler e Tom Pryce, acompanhados de Roger Willianson, David Purley e Tony Brise querem ajudar também. Gilles Villeneuve chega meio avoado, querendo participar de qualquer jeito e fica feliz ao saber que alguns vice campeões serão convidados também. Didier Pironi se anima, também quer muito correr. Alboreto, também vice, fica feliz e quer uma oportunidade na corrida.

Neste momento, chega Ayrton Senna, ciente de que seu lugar na corrida está seguro, e torcendo para chover. Muitos outros pilotos estão ali, desde que os boatos sobre a prova se espalharam. No Céu tudo é possível e como num passe de mágica, uma perfeita replica do velho circuito de Nurburgring aparece. Lindo, limpinho, todas as guias pintadas, os boxes tinindo e os vinte Maseratis 250F, vermelhos, alinhados lado a lado. Cada um traz o nome de seu piloto na carenagem e a curiosidade da multidão que se aproxima é crescente.

A platéia é enorme e os pilotos vão ter oportunidade de treinar para se acostumar com os carros e com a pista. O carro numero 1 traz o nome de Fangio e ele conhece bem a maquina, já correu e venceu com uma. Nuvolari carrega o número dois e seu assento tem uma pequena almofada dada sua pequena estatura. O homenzinho é minúsculo, mas atrás de um volante transforma-se num gigante! Farina tem o três e Ascari o quatro. Sendo italiano já começa a reclamar de algo, mas eu me afasto pois estou curioso para ver o resto do grid. Hawthorn vai de cinco e o seis está com Phil Hill. O sete é de Clark e todos o olham com respeito; o oito pertence a Graham Hill. Denny Hulme traz o número nove pintado abaixo de seu nome e olha o carro com curiosidade. O dez é de Pelé, mas esse foi um erro, trocaram os esportes, as bolas, e depois de um bom sermão no Santo responsável pela mancada, apagaram o nome do “Rei” e colocaram o de Rindt. Onze foi para Hunt e doze vai para Senna. O treze que no Céu não quer dizer nada ficou para McLaren, quer preferia ficar como engenheiro de pista. Clay Regazzoni, muito animado vai alinhar com o numero catorze e o quinze será de Ronnie Peterson. Um eufórico Villeneuve recebe o dezesseis, e seu desafeto Pironi o dezessete. Na verdade, eles já fizeram as pazes faz tempo, um dos gêmeos de Didier chama-se Gilles. Alboreto é o dezoito e um surpreso de Angelis recebe o dezenove. O vinte fica para Depailler e ninguém reclama. Reservas Siffert, Rodriguez e Gunnar Nilsson, que chegou agora.

continua - Os treinos.

DROPS








A indenização de Rubinho: parece que insatisfeito com as muitas manifestações contra sua pessoa no orkut, Rubens Barrichello decidiu processar o google (dono do site de relacionamentos0 e ganhou. Bem feito. acho que as pessoas públicas, principalmente aquelas que não dependem de escândalos para viver e aparecer na mídia tem mesmo que preservar suas imagens. O que é engraçado é que Barrichello vai receber do Orkut quase o mesmo que recebeu para pilotar a Brawn no ano todo!





A repercussão da entrevista de Bruno Senna à revista Veja: entre-safra de novidades, qualquer factóide vira um fato. Quando o rapaz diz que não tem ídolos, que nem o próprio tio, Ayrton ele vê como tal, parece que disse uma blasfêmia. Oras. alguns de nós precisamos de ídolos, outros não. Totalitarismo de idéias é perigoso. Se o rapaz não vê Ayrton como o semi deus que tantos insistem em enxergar, bom para ele. Afinal teve contato, convivência, afeto e isso é de sua exclusiva e muito particular visão. Repito o que disse antes: é um jovem piloto, articulado, com inteligência acima da média, não faz o tipo "boneco de ventríloquo" tão comum hoje em dia. Ponto para ele e para nós.

TAMBÉM EU ESTOU NA FILA

Esperando por minha vez. Esperando por uma virada. Esperando por algo. Perdendo meu tempo. às vezes. Quando uma canção traduz um estado de espírito, vale a pena postá-la e dividi-la com amigos.

domingo, 8 de novembro de 2009

DOMINGO A NOITE: SALADA DE FRUTAS



















Ando meio ausente daqui por motivos de (excesso) de trabalho. Alguns drops, nem sempre relacionados com automobilismo:
- O boxeador inglês David Haye de "apenas" 1.90m bateu o gigante russo Nikolai Valuev de 2.13m na cidade alemã de Nuremberg. A luta que foi chamada pela mídia de "David versus Golias" terminou com resultado igual, ou seja, a vitória do pequenino, desta vez sem a ajuda da funda.
-A expulsão da loirona da Uniban. Putz, nem era para tanto. A moça, suburbana e meio saidinha, ralava num mercadinho de bairro e a atitudade dos demais alunos foi no mínimo, estúpida. Que medievalismo absurdo: numa época de máxima exposição pública, "Big Brothers", onde as moças já entram com seus contratos com as "Playboys" da vida devidamente assinados, acho que tanto a atitude dos colegas, quanto a expulsão foi de uma atroz ignorância. Vivemos a era do "tempo real", do imediatismo fácil. Absurdo são essas faculdades meia bocas que se intitulam "Centros Universitários", que cobram uma grana preta de mensalidade e apenas mercantilizam os diplomas. Eta paisinho triste estamos vivendo sob a égide do Lulismo. Vadre retro!
-A corrida da Stock Cars não foi tão ruim assim, afinal tem carros potentes, bons pilotos e emoções. O que atrapalha, a meu ver, é um certo preconceito por parte de uma certa mídia "anti-Globo", e trapalhadas da organização, como a desclassificação e posterior reintegração de Caca Bueno. Sendo ele filho de quem é, sempre gera dúvidas. A transmissão é amadora, a narração pior ainda e a Globo trata tudo como um produto enlatado. Deveriam parar com tudo e comprar programação americana pronta, sai mais barato e bem feitinho.
-E o melhor jogador do São Paulo na rodada foi o juíz Carlos Eugênio Simon. Sendo palmeirense, este campeonatinho está dificil de engolir. Perder para o fraquíssimo Fluminense parece piada. De mau gosto.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

CURTINHAS


Andei numa correria esta semana, vocês não fazem idéia. Quero dizer que o blog está aqui, forte e rijo. Estou preparando uma ou duas surpresinhas. Uma delas é a continuação da minha infindável saga pessoal. Prometo para a semana que vem.
Enquanto isso:
-Campos confirma o Bruno Senna. Sei não, mas sempre achei que além de talento como piloto, o indivíduo tem que ser carismático e inteligente. Nesse quesito, acho o Bruno diferenciado. Veremos.
-Raikkonen talvez fique um ano no "dolce far niente". Bem faz ele, porque com a grana que a Ferrari vai lhe pagar se não correr, deveria dar uma boa recarregada nas baterias.
-A Renault talvez siga o caminho da Toyota e permaneça apenas como fornecedora de motores. Fato que passou quase despercebido em meio ao sucesso da Brawn e ao escândalo protagonizados pelos próprios franceses: a Red Bull, vice campeão mundial, usou os propulsores da Renault.
Volto mais tarde.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

PÓS-TEMPORADA COMEÇAM OS MOVIMENTOS DA VALSA


Não surpreendeu a notícia de que a Toyota está deixando a Formula 1. Após o anúncio de que a equipe Willians não mais estaria usando os motores da montadora nipônica, a não-renovação dos contratos dos pilotos Jarno Trulli (compreensível) e Timo Glock (estava numa curva ascendente) e principalmente, da sensação do final da temporada, o fast-japa Kamui Kobayashi, o anúncio da desistência era mais do que esperado.
Decepciona ver uma empresa do porte e da importância da Toyota, que nunca se estabeleceu no competitivo mundo da Formula 1 por absoluta falta de competência de seus dirigentes, jogar a toalha tão facilmente. A crise atingiu forte a empresa japonesa, mas o motivo real talvez seja a insatisfação da cúpula com a falta de vitórias. Pilotos caros e inexpressivos como Jarno Trulli e Ralf Schumacher "coletaram" seus milhões de euros sem dar muito em troca. Outros bons pilotos passaram por lá, mas foram sub aproveitados. Nomes como Mika Salo, Allan McNish, Oliver Panis e principalmente, o brasileiro Cristiano da Matta nunca tiveram equipamento vencedor.
De minha parte, acho que não vão deixar saudades, porque nunca realmente fizeram parte da Formula 1. Era uma equipe que não provocava vibração, não gerava empatia. Assim abrem caminho para a volta da Sauber. Esta sim, do ramo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

CURTAS PÓS TEMPORADA




-A Bridgestone anunciou que vai deixar de fornecer pneus para as equipes de Formula 1 a partir do final de temporada de 2010. Imagino que os custos e a imensa logística de fornecer pneus a tantas equipes durante o ano todo, as viagens intercontinentais e tudo o mais sejam amplamente recompensados pelo retorno midiático, com todos os carros levando o nome da empresa, os bonés dos pilotos, etc. Mas eu até gostava mais quando havia disputa entre duas ou mais empresas de borracha, porque adicionava um elemento a mais às muitas variáveis já existentes.
-Barrichello finalmente confirmado oficialmente na equipe Williams. Pode ser uma boa, pelo menos é o que todos os envolvidos desejam: o próprio piloto, a equipe, patrocinadores e a imensa legião de fãs do piloto, não só no Brasil, mas em outras partes também. O segundo piloto será o muito promissor alemão Nico Hulkenberg (mais um teutônico?), campeão antecipado da GP2 este ano, com antecedência. Se o motor Cosworth for o que todos imaginam, ou seja, muito bom, Rubens poderá ser um sério contendor ao título da temporada
-O mesmo Barrichello revelou que foi procurado pela equipe Mclaren durante o final de semana do GP do Brasil, mas que há aquela altura já estava acertado com a Williams. Será mais um dos muitos atalhos não-trilhados por pilotos e equipes na longa história da Formula 1, portanto ficaremos sempre na curiosidade do "que teria sido?".
-Dica do amigo Fritz Jordan em post no artigo anterior, conforme matéria da revista inglesa "Autosport", Kamui Kobayashi esteve a ponto de abandonar o automobilismo e voltar a fazer sushi no restaurante de seu pai no Japão. Mais uma daquelas improbabilidades do destino. Quis a sorte que Timo Glock se acidentasse, e o resto é história. Esse aí, KK, soube agarrar a chance com ambas as mãos.

domingo, 1 de novembro de 2009

CHATO CHATO CHATO - ABUS DHABIS FINITUS


O campeonato em si até que apresentou alternativas interessantes com a alternância de domínios de duas ou mais equipes (Brawn e Red Bull). Mas o anticlimax causado por uma corrida onde o principal já estava definido, numa pista feita á toque de caixa e com gosto para lá de duvidoso (sei que o conjunto do lugar é bonito, pelo menos para quem gosta de muito vidro, aço escovado, tecnologia- eu ainda sou tradicionalista e gosto de verde).
A corrida em si, começou com um claro domínio de Hamilton, que largou da pole position. As coisas começaram a desandar para Rubinho já na largada, quando num toque de corrida com o "canguru papudo" Mark Webber, sua asa dianteira direita se partiu, afetando o desempenho de seu carro. Assim, ele logo foi ultrapassado por seu companheiro de equipe e novo campeão mundial, Jenson Button e ficou toreando o carro no lusco-fusco da tarde árabe.
Lewis Hamilton precisou abandonar com um problema mecânico, o que abriu caminho para uma fácil vitória de Seb Vettel, que conquistou assim sua quarta vitória na temporada, assegurando do título de vice campeão mundial. Mark Webber foi o segundo, lutando contra um inspirado Button nas últimas voltas. Barrichello foi o quarto, á frente de um determinado Nick Heidfeld, e o surpreendente japonês Kobayashi, que fez uma corrida de uma só parada e superou seu muito mais experiente companheiro de equipe Jarno Trulli. Três pontinhos já na segunda prova da carreira, melhor que Nakajima que correu o ano inteiro numa decente Williams e nada conseguiu.O último lugar pontuável foi alcançado por um decente Sebastian Buemi com a Toro Rosso. De resto, corridas pífias por parte de Fisichella, Grosjean, Alonso, Kubica (que bateu no final com o próprio Buemi) Jaiminho (que errou o seu próprio box), Rosberg et caterva.
Aliás, pouco memorável corrida em si.