sábado, 31 de outubro de 2009

SABADÃO PRÉ GP: FIM DE FESTA, FIM DE FEIRA



Campeonato decidido no Brasil, restam poucos pontos de interesse na última prova do ano, na nova (e previsível) pista de Abu Dabhi. Previsível por ter sido projetada por Herman Tilke, o rei dos circuitos padronizados, pasteurizados e praladechatos. O campeão mundial de 2008 Lewis Hamilton, demonstrando uma reação tardia da equipe Mclaren, voou e obteve a pole position com um tempo de mais de meio segundo mais rápido que o segundo colocado no grid, o jovem alemão Seb Vettel. A seguir o companheiro de equipe de Vettel na Toro Rosso, Mark Webber e depois o outro postulante ao título de vice-campeão, Rubens Barrichello. Jenson Button, recém-coroado campeão mundial, vem logo a seguir na outra Brawn. As Ferraris tiveram um dia para ser esquecido, com Kimi Raikkonen em sua despedida da equipe apenas na décima primeira posição, e Giancarlo Fisichella, desesperado para apagar de sua mente o pesadelo Ferrari o mais lento de todos. Fernando Alonso, pela primeira vez na carreira falhou em avançar para o Q2, sendo eliminado logo de cara, largando em décimo sexto lugar. Seu patético companheiro de equipe "Riquinho" Grosjean foi o penúltimo.
Poucas coisas de nota no grid, o que mais contava no circuito eram as frenéticas discussões sobre as composições das equipes para a próxima temporada.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DICA DE LARGADA

Descaradamente "roubado" do excelente blog do Mestre Saloma, para aqueles que pensam que automobilismo é corrida de Formulas apenas. Dá uma ollhada.

CURTAS DE SEXTA FEIRA PRÉ GP


Graças a um vírus ou virose, ou mau olhado qualquer, fiquei hors combat ontem. Deitado na cama, pensando, olhando para o teto e sem fazer nada. Que tédio!
Bom, vamos repassar as coisas:
-Legal a repercussão do assunto Formula Ve. E obrigado pela generosidade do Mestre Joca que mencionou o meu apoio no seu popular blog. É claro que apóio, e pelo calibre dos envolvidos, inclusive um certo Mr. R. Divilla, já dá para ver que a coisa é séria. Temos muita gente boa e capacitada nesse país. Destoam os dirigentes, de maneira geral gente medíocre, medrosa, cheia de más intenções e parasitas dos esforços dos verdadeiros abnegados. Há gente boa também, não quero ser injusto e generalizar. De qualquer forma, uma categoria barata, democrática, permitindo aprendizado acessível, bons espetáculos para o público é tudo de bom. Quem sabe possamos fazer uma Liga? Sei que as Federações não vão gostar muito, mas é uma idéia.
- Bruno Senna na Campos. Acredito no Bruno, pois além de carismático - em seu próprio direito - o rapaz é dotado de uma inteligência acima da média e sabe conduzir sua carreira. Começou tarde, queimou etapas, não tem títulos. Ok. Mas não é bobo, fez bonito na Formula 3 inglesa e na GP2, vencendo provas e sempre andando na ponta. Sem pressões, vai ter oportunidade de aprender e mostrar seu talento. Bola para frente.
-Abu Dhabi. Pretendo fazer um post sobre a prova, ou mais de um, claro. Sexta feira não prova nada, já sabemos, mas é interessante ver como as Toro Rosso melhoraram agora no final da temporada. Aliás a mais democrática temporada de todas que me recordo. Quase todos os pilotos tiveram chance de brilhar, e isso realmente é incrível. Fica para uma análise mais aprofundada, após o término do campeonato.
-Também quero falar um pouco sobre as discrepâncias dos salários dos pilotos de Formula 1. Segundo a revista Arabian Business, que publicou uma lista dos salários, Kimi Raikkonen ganha 45 milhões de dólares por ano, contra 15 milhões de Fernando Alonso. Caramba : 1 Kimi = 3 Alonsos! A Ferrari é doida e inflaciona o mercado de pilotos. Volto ao assunto oportunamente. Isso pode render.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ENTRE ACHADOS E PROCURADOS















Numa das mais antigas postagens sobre minha carreira de piloto na Inglaterra eu mencionei uma carta escrita e assinada por Emerson Fittipaldi me apresentando ao Jim Russell. Eu sabia que a tinha, mas não me recordava onde. Encontrei-a onde deveria estar, em minha casa de Ourinhos, no meio de minhas recordações da carreira. Coloco aqui apenas para ilustrar, e o significado dela para mim é enorme, como podem imaginar.

Obs. Caso queiram ler o que está escrito, favor clicar em cima da carta. Depois traduzo....

O RENASCIMENTO DA FORMULA VE






Tudo começou devagarinho, uma troca de idéias entre alguns amigos. Pessoal saudosista, reclamando da falta de renovação do automobilismo brasileiro, dos custos cada vez mais exorbitantes. No blog do Mestre Joca a coisa começou a tomar forma: vamos ressucitar a saudosa Formula Ve, para quem não sabe, responsável pela alavancagem das carreiras de alguns dos nossos maiores pilotos: Emerson Fittipaldi, José Carlos Pace, Wilsinho Fittipaldi, numa primeira fase, e depois, Nelson Piquet (na versão super), Chico Serra, Alfredo Guaraná Menezes, Marcos Troncon, Francisco Lameirão, e tantos outros nomes, que seria injusto colocar alguns e omitir muitos. Eram monopostos tubulares, baratos, com mecânica VW a água, suspensões simples, de fácil acerto, pneus estreitos que exigiam habilidade e preparavam os pilotos para os saltos para formulas maiores e mais potentes.
Parece que na Austrália o pessoal anda encantado com os atuais Formulas Ves. Nos Eua também, existem corridas regionais com as baratas. No forum de discussões no blog do mestre Joca, tem gente muito boa opinando, contribuindo, dando pitacos. Gente do calibre do Roberto Zulino, do Fritz Jordan, do próprio Joca, Caíque Pereira, Johnny O'....
Eu quero é expressar meu total apoio ao renascimento da categoria. Falam em um chassis em ordem de marcha custando algo em torno de 6 mil reais. Opa! Esse é o caminho. Formamos ótimos pilotos ( desse jeito fica mais barato que kartismo) e proporcionamos excelentes espetáculos. Quem sabe um dos meus moleques se interessa pela brincadeira! A partir de hoje, meu blog faz campanha pela volta da Formula Ve. Se criarem um selo, algo assim, mandem que exibirei nesse humilde espaço.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

CURTAS, CURTAS, CURTAS


Por alguma razão indecifrável, defenestraram mesmo o Glock da Toyota. E olha que o cara havia conseguido o segundo lugar no Grande Prêmio de Cingapura. Estranhos esses japoneses, eu particularmente acho o alemão um piloto insosso, mas pelo menos ele vinha fazendo seu trabalho direitinho naquela equipe sem tempero. Pelo menos o substituto, o Kobayashi parece ser do ramo. Veremos.
Houve um boato de que Barrichello teria conversado com a Mclaren a respeito da vaga de segundo piloto para 2010. Isso tudo, apesar de todos saberem que ele assinou com a Williams no final de semana do GP da Itália. O que penso sobre isso? Acho que poderia ser uma boa sim, alguns até disseram (escreveram) que ele não deveria aceitar ser segundo piloto nessa fase da carreira. Mas cá entre nós, na prática, quando em equipes de ponta ( a Jordan e a Stewart não contam) Rubinho sempre foi segundão. Ou vão querer me enganar que ele teve mesmo, condições idênticas às de Button na Brawn? O ano todo? Hummm.
A boataria sobre quem vai pilotar para quem vai pegar fogo esta semana e nos meses seguintes. Muitos pilotos bons estão à pé, diferentemente dessa mesma época no ano passado. Temos Glock, Heidfeld, Trulli, Fisichella, alguns oriundos da GP2, e mesmo com as novas equipes ávidas por absorver essa mão de obra, provavelmente sobrarão algumas vagas. De certo mesmo temos as duplas da Ferrari, da Red Bull, Hamilton na Mclaren (ou seria McHamilton?), Button bem provável na Brawn, Kubica na Renault, e pouca coisa mais.

domingo, 25 de outubro de 2009

MINHA ANTI LISTA





















































































De modo geral a minha lista dos dez maiores pilotos de todos os tempos da Formula 1 foi bem recebida e elogiada. Comparada á do Times inglês, que gerou toda a polêmica até que não se saiu tão mal. Mas eu vou jogar um pouquinho de gasolina nessa fogueira: muitos sugeriram alguns outros nomes, alguns que eu concordo e outros não. Agora vamos sair um pouquinho do universo dos dez mais, expandir para talvez, vinte. Alguns dos nomes da "galera", aqueles pilotos muito populares, que são sempre lembrados, em alguns casos são mitos. Explico melhor, sabe aquela famosa batalha do Villeneuve e do Arnoux na França em 79? Se deveu mais á falta de habilidade de ambos do que o contrário. Sei que vou ser criticado por pensar assim, mas combatividade tem seus limites, e aquilo foi mais para circo, para alegrar a galera.
Vamos lá então, comecemos com o pequeno canadiano, como diriam meus amigos portugueses ( no Brasil dizemos canadenses, e acho que as duas formas de gentílico são corretas).
Gilles era um piloto veloz, valente, combativo, mas jamais foi um dos grandes. Errava muito, castigava demais os carros e não sabia acertar um carrinho de supermercado, característica aliás que ele dividia com seu amigo René Arnoux. Este era velocíssimo, talvez até mais que Gilles, mas precisava de uma rara combinação de momentos astrais favoráveis para ganhar uma corrida. Algumas das atitudes de Gilles, em rodar, bater, voltar, rodar bater, deixariam um idiota como o Romain Grosjean corado. O Mansell, que eu vi muito correr, era meio estabanado também, mas depois de um tempo, refinou o estilo, aprendeu e pegou gosto por vencer, e daí, era um piloto formidável. Eu vi o Gilles também, claro. Outro piloto super valorizado pelos ingleses, o David Coulthard, na minha lista não entra de jeito nenhum. Burocrático, sempre com os melhores carros e equipes, e sempre detonado por seus companheiros de equipe. Mas vamos lá então, á minha lista do 11 ao vinte:

11- Jochen Rindt- Na Formula 2 nos anos 60, era o super champ. Não tinha para ninguém. Na Formula 1 pagou o preço por decisões equivocadas, e perdeu muito tempo na equipe Cooper com seus pesados e lentos carros em sua fase final. Foi para a Lotus à contra-gosto e nunca se deu tão bem assim com Chapman, mas foi um campeão em pleno direito, mesmo que post-mortem.
12-Graham Hill. Já escrevi bastante a respeito do bigodudo inglês aqui para ficar claro minha admiração pelo homem e pelo piloto. Era um ser humano de verdade, engraçado, com falhas, com qualidades, e um grande gentleman. Campeão em longevidade nas pistas (numa época em que as temporadas tinham por volta de dez provas anuais), faleceu num acidente aéreo besta.
13- Alberto Ascari. Confesso que pouco sei do bicampeão italiano, mas vencersete provas em seguida não é para qualquer um naquele tempo. Morreu cedo demais, talvez pudesse ser maior ainda, nunca saberemos.
14- Stirling Moss - O eterno vice-campeão de Fangio. Quatro vezes ficou com a coroa do segundo colocado, mas era veloz, venceu 16 vezes, e um acidente gravíssimo acabou de vez com sua carreira e suas chances de sair das sombras. Uma pena, mas é reverenciado na Inglaterra.
15- Mika Hakkinen - O quieto finlandês apareceu numa época de transição, e foi um dos poucos a enfrentar Schumacher de igual para igual no seu auge. Seus dois campeonatos pela Mclaren foram uma justa medida do homem e do piloto, elegante dentro e fora das pistas. Eu ainda o coloco como o responsável por impedir uma das maiores injustiças que a Formula 1 poderia ter cometido: o campeonato de Irvine em 99 (vencido por Hakkinen). Irvine é um pilotinho comum, bunda mole, caráter duvidoso e língua muito maior que o talento.
16- Nigel Mansell - Se não fosse por seus desastrosos primeiros cinco anos na categoria, talvez pudesse figurar mais alto. No começo era batido regularmente por seu talentoso companheiro de equipe Elio de Angelis, depois igualou-se a Rosberg, cresceu no embate contra um combalido Piquet na Williams (este sofreu um gravíssimo acidente na mesma Tamburello de Imola que nos traz tão amargas memórias), foi dominado por Prost na Ferrari, e voltou a Williams, para enfim sem adversários, vencer seu título em 92.
17-Lewis Hamilton- Tenho até medo de colocar o jovem inglês nessa posição, pois sei que se mantiver a média, subirá como um foguete na lista nos próximos anos. O melhor estreante da história, mostrou sua marca desde o primeiro momento e é indubitávelmente, um fora-de-série. Pelo que fez até agora (que não é pouco - sob qualquer perspectiva) e pelo que certamente fará, essa é uma posição artificialmente baixa.
18- Ronnie Peterson - Este me traz memórias muito boas, de disputas incríveis com os brasileiros Emerson, Pace e Wilsinho desde as Formulas menores, até seu magistral controle de carro. O primeiro homem a fazer as duas primeiras curvas do velho Interlagos com o pé embaixo, no entanto tinha muitos pontos fracos, não saber acertar um carro era o maior deles.
19- Damon Hill- Eternamente criticado, vindo de onde veio, conseguir vencer 22 vezes, ser campeão, duas vezes vice e uma vez terceiro colocado. Uma personalidade complexa, talvez muito "bonzinho" para o mundo complicado da Formula 1, tive o prazer de ser seu companheiro de trabalho e competir contra na Formula Ford, sempre manteve a mesma postura humilde e atenciosa. Um campeão na vida particular também, honrou com sobras a memória do grande pai que teve.
20-Jack Brabham - Pelos três títulos, pela longevidade, pela esportividade. Mas era frequentemente batido por companheiros de equipe (Hulme, Ickx e outros). No seu dia podia ser um temível adversário, mas era mais um engenheiro que corria do que um ás das pistas. Com tudo isso, nada mal que tenha vencido 14 vezes e levou 3 títulos para casa.

ROSSINIANAS : ROSSI HEPTA


Sem mais palavras.
É o cara. É o cara.


LOEB: HEXA



Falar o que? Lamento que não tenham dado a ele a super licença para correr no Grande Prêmio de Formula 1 de Abu -Dhabi.

sábado, 24 de outubro de 2009

CURTAS, CURTAS, CURTAS

-Legal a repercussão da minha lista dos dez melhores pilotos de Formula 1 de todos os tempos. Prometo voltar e expandir o tema.
-Boca grande: Nelson Piquet afirmou que Ayrton Senna (morto há 15 anos) fez coisas comparáveis ao papelão perpetrado por seu filho Nelsinho em Cingapura no ano passado. Discordo. Senna pode ter feito das suas, não ter usado a ética em ocasiões, mas o acidente proposital de Nelsinho entra para os anais das maiores idiotices da história do esporte motor. Alías, no site www.grandepremio.com.br há um video de Ayrton Senna batendo em Martin Brundle na final da Formula 3 britânica em Outon Park em 1983 (detalhe, eu estava no circuito naquele dia), que realmente foi duvidoso. Mas ainda assim, um acidente de corrida, no calor da hora, certamente não premeditado.
-A eleição de Jean Todt para a presidência da FIA. Bola cantada, eu, e tantos outros também torciamos pelo Vatannen, aparentemente mais isento e preparado.. Mas Todt é um sujeito competente, determinado, meio cabuloso em relação à ética. Quanto ao Brasil, apesar de apoiá-lo, não conseguiu nenhuma "boquinha" nas muitas diretorias da entidade. Países gloriosos e com indústrias automolísticas poderosíssimas, e muitos campeonatos de Formula 1 como a Venezuela e o Paraguay, conseguiram! E la nave va!
-Mercado de pilotos: tudo ainda um diz-que-me-diz incrível. Por enquanto temos a Ferrari com seus dois pilotos confirmados, Hamilton na Mclaren, Kubica na Renault, os dois da Red Bull, e....um monte de ???? Sabemos que Rubinho já deve ter assinado com a Williams, mas por enquanto nada oficial. E o Kimi? hummmm... voltaremos a isso muitas vezes.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A MINHA LISTA DOS DEZ MAIS





































































































Mesmo sendo bastante subjetiva, vou usar alguns critérios:
1- Dificuldade técnica na condução dos carros;
2-Qualidade da oposição;
3-Regularidade entre os ponteiros;
4-Atitude de vencedor, de líder, postura;
5-Resultado em relação aos companheiros de equipe com equipamentos similares;
6-Tempo que demorou para atingir o ápice e tempo de decadência.

Vamos lá, sob quaisquer critérios, por mais passional que eu seja, e não considerando os Nuvolaris, Rosenbergs e Caraciollas que nunca vi correr, a minha lista é:

1- Juan Manuel Fangio. Alguns números: 51 Grandes Prêmios, 24 vitórias, 5 títulos mundiais e dois vice campeonatos. Os carros eram extremamente potentes e difíceis de controlar, perigosos, e ele trocou de equipe várias vezes. Um gênio e os números ainda não expressam tudo. Ver para não crer.
2- Jim Clark. Dois mundiais, um vice um terceiro em oito temporadas. Apenas três acidentes em 72 Grandes Prêmios. Vencedor das 500 milhas de Indianápolis, corria de carros esportes, Formula 2, e ganhava em tudo. Um gênio, velocíssimo e assertivo. 25 vitórias.
3-Ayrton Senna. Determinado, veloz, obcecado pelas vitórias, bom acertador de carros, profundo conhecimento mecânico. Motivado e reconhecido como o melhor por seus companheiros. Difícil dizer o que teria alcançado se não fosse aquele fatídico primeiro de maio em Imola. Três títulos, dois vices, um terceiro e três quartos lugares no mundial. 65 pole positions. 41 vitórias.
4- Jackie Stewart. Ritmo impressionante. Generoso, bom companheiro, líder nato. Incríveis 27 vitórias em 99 participações com três títulos em seu nome. Ganhou corrida na primeira temporada.
5- Michael Schumacher. Falso bom moço, determinado, talentoso,"fominha". 7 títulos, 91 vitórias em 249 corridas, o "papa-recordes". Sabia controlar o ritmo, classificar-se bem, 68 pole positions, não tinha pontos fracos. Apenas seu caráter o traiu algumas vezes. Terrível adversário.
6- Emerson Fittipaldi. Tenho mil razões para colocá-lo aqui ou mais alto na minha lista. Vamos considerar sua carreira pré-Copersucar: de piloto bem sucedido num obscuro país latino americano, sem tradição, a ida para a Europa e no espaço de apenas 18 meses saltar da Formula Ford, via Formula 3 (com título inglês) e Formula 2 para piloto oficial da equipe Lotus! Imagine hoje, seria como se um dos nossos garotos da Formula 3 sul americana fosse para a Europa e em 18 meses estivesse pilotando na Ferrari ou Mclaren. E isso com talento apenas. Estréia em Brands Hatch a bordo de uma velha Lotus 49 e chega em oitavo, pontua no segundo GP, com um quarto lugar na Alemanha, e vence o seu quarto Grande Premio! No ano seguinte, 1971, teve problemas, sofreu acidente de rua e ainda assim foi o sexto no mundial. 1972 dominou completamente um grid que tinha Stewart, Ickx, Regazzoni, Hulme, Peterson, Cevert, Beltoise, Amon, e mais alguns. 1973 vice campeão prejudicado pela própria equipe que contratou o veloz Peterson. 1974 muda-se para a Mclaren, traz a Marlboro, o maior salário já pago a um piloto, vence o título. 1975, vice campeão ainda com Mclaren. Era líder entre os pilotos e lutava pela segurança. Sempre com postura de campeão e muito ético. Ponto fraco: as largadas. Hoje em dia, com tudo automatizado teria ganho muito mais que os 14 Grandes Prêmios que venceu na primeira parte da carreira. Por idealismo passou os últimos anos lutando do meio para o fim do grid, mas nunca deixou de ser competitivo. Fez retorno no automobilismo americano, onde foi campeão e venceu as 500 milhas de Indianápolis duas vezes. Abriu caminhos para todos os brasileiros que o seguiram em carreiras internacionais.
7- Alain Prost. Suave e veloz. Números impressionantes e personalidade problemática. Muito egoísta, tinha dificuldades com companheiros de equipe competitivos. Gostava dos mosca-mortas, tipo Eddie Cheever ou Keke Rosberg. Teve problemas com Rene Arnoux, Niki Lauda, Nigel Mansell e claro, Ayrton Senna. Números estratosféricos pré Schumacher. 51 vitórias em 199 Grandes Prêmios. 4 campeonatos e 4 vices. Quase 800 pontos marcados.
8-Nelson Piquet. O "candango veloz" talvez seja o mais despretensioso campeão da história. Corria por prazer, nunca ligou para estatísticas ou frescuras. Desenvolvia os carros, treinava, pensava, inovava. Tinha um ritmo de corrida fantástico e quando pilotou os maravilhosos Brabham BMW em 83/84/85, era um espetáculo de segurar a respiração. Aqueles monstrengos com motores que duravam 3 ou 4 voltas produziam 1200 hp de potência. Tive o privilégio de vê-lo em ação em Brands Hatch, em Zandvoort, em Portugal. Era algo único. Sempre dominou os companheiros de equipe, exceto por Schumacher bem no final da carreira e Mansell, este sim, uma pedra no seu sapato. 3 títulos mundiais, 1 vice, dois terceiros, 199 grandes prêmios e 23 vitórias.
9-Niki Lauda. Um dos meus favoritos pessoais, o austríaco dentuço foi um dos grandes. Quando começou, pagando para correr (novidade naquela época), com um empréstimo bancário usando o nome de seu avô - que nada sabia, era dominado por seus companheiros de equipe. Sua auto determinação, seu progresso - tomava de cinco a seis segundos de Peterson no começo do ano, foram marcantes. Pilotou e foi campeão pela Ferrari, dominou o companheiro Regazzoni, sofreu acidente, teve a coragem de abandonar sob chuva torrencial no Japão, foi criticado, voltou, venceu. Parou, voltou, foi campeão, com cabeça, sem a mesma velocidade de antes. Um gênio. Língua mordaz, acaba de ser pai novamente aos 60 anos de idade. 171 corridas, 25 vitórias, 3 títulos, um vice.
10- Fernando Alonso. Derrotou Schumacher. Jovem, veloz, técnico, egoísta. Teve problemas com Hamilton numa Mclaren hostil a ele. Dominou amplamente todos os demais companheiros de equipe. Não desiste, combativo, com a Ferrari pode vir a conquistar muitas vitórias e títulos. Jovem ainda. 138 corridas, com 21 vitórias (contando Cingapura 2008), dois títulos. O único dos meus dez ainda em atividade.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

LISTAS: SUBJETIVAS DEMAIS, BAIRRISTAS DEMAIS, ERRADAS DEMAIS


O jornal britânico The Times resolveu revisar e republicar sua lista dos 50 maiores pilotos de Grande Prêmio de todos os tempos. Bairrista ao extremo, aponta alguns absurdos, como colocar Jenson Button á frente de campeões como Emerson Fittipaldi e Jack Brabham. Reproduzo abaixo a lista do The Times e prometo mais tarde, colocar a minha. Oras, se eles podem, eu também posso. E vou explicar meus critérios!














1. Jim Clark (Grã-Bretanha)
2. Ayrton Senna (Brasil)
3. Michael Schumacher (Alemanha)
4. Alain Prost (França)
5. Jackie Stewart (Grã-Bretanha)
6. Juan Manuel Fangio (Argentina)
7. Stirling Moss (Grã-Bretanha)
8. Fernando Alonso (Espanha)
9. Nigel Mansell (Grã-Bretanha)
10. Mika Hakkinen (Finlândia)
11. Alberto Ascari (Itália)
12. Graham Hill (Grã-Bretanha)
13. Kimi Raikkonen (Finlândia)
14. Niki Lauda (Áustria)
15. Nelson Piquet (Brasil)
16. Jenson Button (Grã-Bretanha)
17. James Hunt (Grã-Bretanha)
18. Jochen Rindt (Áustria)
19. Gilles Villeneuve (Canadá)
20. Jack Brabham (Austrália)
21. Lewis Hamilton (Grã-Bretanha)
22. Emerson Fittipaldi (Brasil)
23. Alan Jones (Austrália)
24. Keke Rosberg (Finlândia)
25. Jacques Villeneuve (Canadá)
26. Mike Hawthorn (Grã-Bretanha)
27. Mario Andretti (EUA)
28. Bruce McLaren (Nova Zelândia)
29. John Surtees (Grã-Bretanha)
30. Juan Pablo Montoya (Colômbia)
31. Damon Hill (Grã-Bretanha)
32. Denny Hulme (Nova Zelanda)
33. David Coulthard (Grã-Bretanha)
34. Didier Pironi (França)
35. Ronnie Peterson (Suécia)
36. Felipe Massa (Brasil)
37. Jody Scheckter (África do Sul)
38. Rubens Barrichello (Brasil)
39. Jacky Ickx (Bélgica)
40. Carlos Reutemann (Argentina)
41. Tony Brooks (Grã-Bretanha)
42. Phil Hill (EUA)
43. Giuseppe Farina (Italia)
44. Jo Siffert (Suiça)
45. Lorenzo Bandini (Itália)
46. Gerhard Berger (Áustria)
47. Dan Gurney (EUA)
48. Clay Regazzoni (Suíça)
49. Peter Collins (Grã-Bretanha)
50. Michele Alboreto (Itália)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CURTAS, CURTÍSSIMAS

Parece que a Toyota deu para trás na contratação do Ice man, Raikkonen. O cara foi despedido mas quer ganhar o mesmo que ganhava na Ferrari. Assim não dá!
As novas vagas estão atiçando a cobiça de muita gente. Muitos rumores e poucos fatos.
Abu Dhabi será um anticlimax danado. O campeonato de vice não interessa muito.
Volto daqui a pouco.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

GP DO BRASIL: ANÁLISE PÓS CORRIDA


Não deu dessa vez. Isso não quer dizer que o mundo vá acabar. Barrichello lutou bravamente, fez a pole position, largou 14 posições à frente de seu companheiro de equipe e rival pelo título, mas o script de domingo lhe foi desfavorável. A corrida teve lá seus momentos, notadamente no início com aquele festival de "carambolas", o piti do bestalhão do Trulli, o novo kamikaze Kobayashi, as grandes provas de Hamilton e Vettel. Mark Webber ganhou, mas não brilhou. Kubica foi segundo e brilhou. Rosberguinho decepcionou e Nakajima, bom, este honrou o pai, num circuito onde o mesmo bateu em Ayrton Senna uma vez num longínquo GP.
Rubinho bem que tentou. Largou bem, ficou fora das confusões e sabia-se, teria que abrir mais que cinco segundos sobre seus perseguidores para ter alguma chance real de vitória. O carro madrinha acabou com suas chances. O segundo jogo de pneus, hummmm, este foi mais suspeito. O pneu furado, justo com ele, podemos debitar ao azar, ou ao pragmático jeito Brawn de fazer as coisas.
Button fez uma grande corrida, não se encolheu, mostrou determinação de campeão. Ainda acho que ele não é, e talvez jamais seja, um dos grandes. O tempo dirá. Rosberg ganhou seu título em 1982 com apenas uma vitória, a única de sua vida até então. Subseqüentemente venceu outras quatro vezes na carreira, e foi batido por Mansell na Williams e depois por Prost na Mclaren. Era bom piloto, valente, brigador, mas não passou para a história como um dos grandes. Denny Hulme também foi valente, marrento, mas só veio a conquistar a única pole position de sua carreira na sua penúltima temporada, em 1973. Buemi fez uma boa corrida e o patético Grosjean parecia um bêbado dirigindo no trânsito da marginal na hora do rush.
Esta temporada tem sido notável. Acho que nunca vi tamanho rodízio de equipes entre as duas pontas do grid. Vários vencedores diferentes, e uma equipe nova, salva das ruínas de uma outra, domina o mundial, e de quebra, resgata algumas carreiras e reputações. Belo script para roteirista nenhum botar defeito.

sábado, 17 de outubro de 2009

INTERLAGOS A LA CARTE: OS PESOS DAS BARATAS















































Após a costumeira divulgação dos pesos com que os carros vão largar amanhã, dá para se ter uma idéia das estratégias de cada piloto para a prova.

1- Barrichello - Brawn - 650,5 Kg
2- Webber - Red Bull - 656,0
3- Sutil - Force India - 656,5
4- Trulli - Toyota 658,5
5- Raikkonen - Ferrari 651,5
6- Buemi - Toro Rosso 659,0
7- Rosberg - Williams 657,0
8- Kubica - BMW Sauber 656,0
9- Nakajima- Williams 664,0
10- Alonso - Renault 652,0
11- Kobayshi- Toyota 671.5
12- Alugersuary- Toro Rosso 671,5
13- Grosjean - Renault 677,2
14-Button - Brawn 672,0
15- Liuzzi - Force India 680,0
16- Vettel - Red Bull 683,5
17- Kovalainen - Mclaren 656,5
18- Hamilton - Mclaren 661,0
19- Heidfeld - BMW - 650,5
20- Fisichella - Ferrari - 683,5



INTERLAGOS A LA CARTE: PRIMEIRO ROUND 14 A 1



A história é escrita aos poucos, em capítulos, às vezes em doses homeopáticas. No futuro, pode ser que os registros mostrem um Button campeão em 2009, com suas incríveis seis vitórias nas sete primeiras provas. Hoje, no entanto, o dia foi de Rubens Barrichello. Diante de sua torcida, de seus detratores, de seus críticos, das piadinhas - que perdem todo o sentido - ele fez juz ao macacão que veste, ao capacete que cobre sua cabeça e à bandeira que carrega estampado junto ao seu nome na carenagem daquele outrora desacreditado carro branco e amarelo-marca-texto.
Muita chuva, um treino dramático, interrupções. No Q1, a primeira etapa as primeiras surpresas: Vettel, especialista em chuva, a bordo de um carro considerado favorito, não conseguiu achar um ritmo decente e ficou de fora. E em boa companhia: as duas Mclarens, do favorito Hamilton e do peso-morto Kovalainen também não conseguiram progredir para o Q2. Fisichella foi outro que disse adeus logo: rodou na saída da curva do Senna e seu carro teve problemas na parte eletrônica e não mais se moveu.
No segundo treino, após longa espera, mais drama (e júbilo para os torcedores brasileiros): Button fica apenas em décimo quarto e encerra ali mesmo suas atividades. Rubinho que vinha em sexto foi caindo, caindo e raspou em décimo e último lugar para o Q1. Já estava de bom tamanho, mas o melhor estava por vir: num final dramático, digno de roteiristas hollywoodianos, ele deu um chega para lá em Mark Webber e conseguiu a pole position para a corrida mais importante de sua longa carreira. Sua décima quarta e mais saborosa de todas. Webber foi o segundo, Sutil o terceiro.
Amanhã pode ser que tudo dê errado e Button saia coroado campeão. Amanhã, como dizem, é outro dia. Eu, por mim, vou saborear este sábado e o renascimento da fênix. Valeu Rubáceo!

POSTAGEM NÚMERO 300 - CURTINHAS DE INTERLAGOS A LA CARTE


Sabadão de corrida, e melhor, em casa. Vamos que vamos! Ontem, na sexta feira pinóquia de sempre, os mais rápidos foram Alonso (paz e amor) e Buemi (o piloto mais bonito do grid). Hoje a coisa é para valer. Tudo vai depender dos acertos, do tempo e também do "timing". Meu palpite para a pole? Chuck Vettel, o garoto anda muito e a pista parece adequada ao seu estilo e ao seu carro. Hamilton vem forte também. Mas isso tudo é chute, o que importa é analisar depois. Rubinho tem boas chances, está num momento bom, cabeça boa, mas parece que o carro da Brawn já não é mais o mesmo. Button, que de bobo nada tem, vai jogar na retranca, virou o primeiro tempo ganhando de goleada, pode levar mais alguns golzinhos e ainda sai campeão.
A coisa ferve mesmo é no extra-pista, muita gente boa semidesempregada ( o Kimi aparentemente não definiu seu futuro ainda- e será a peça chave para encaixe das outras), muita gente se oferecendo no mercado, indefinições que no ano passado, à esta altura não existiam. Daqui a pouco começa o primeiro round. Vamos lá, façam suas apostas!

P.S= Parabéns aos meus seletos leitores, atingimos a expressiva marca de 300 postagens em pouco mais de sete meses de existência, acho que é algo a ser comemorado. Volto a qualquer momento em plantão extraordinário.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

INTERLAGOS A LA CARTE


Tantas coisas a comentar dos primeiros treinos de sexta em Interlagos e eu me locomovendo fisicamente por esse nosso estado tão grande e tão bonito, longe do alcance de computadores e da grande teia mundial.
Bueno, mas vamos ao que interessa. Os carros na pista. O fim do bla bla bla. Alonsito, político e esperto, amiguito de Massita, fez o tempo mais rápido da sexta. Isso significa algo de concreto? Naaaaaa. Puro jogo de cena. Mais ainda se considerarmos que o segundo tempo ficou com um surpreendente (e possivelmente surpreso) Buemi. Em terceiro o nosso Rubens Barrichello, mais rápido que Button e Vettel. De resto, bom, o resto é o resto. Piquet pai circulando em busca de uma colocação para o filho. E quem pode culpá-lo? Eu tenho filhos, certamente faria o mesmo.
Volto daqui a pouco.

EMIL RACHED: O GIGANTE ESTÁ MORTO
















Recebo a notícia que aos 66 anos faleceu o ex-jogador da seleção brasileira de basquete, Emil Rached. Pessoas da minha geração que acompanhavam esportes hão de se lembrar do gentil gigante (2,20m) , talvez o jogador mais alto do basquete brasileiro de todos os tempos. Ele não tinha muita habilidade, pois sua mobilidade era complicada pela altura, e talvez pelo fato de ter começado a praticar o esporte relativamente tarde, mas era muito carismático. Depois acabou participando do programa dos Trapalhões, inclusive fez alguns filmes com a troupe de Renato Aragão. Mais um pedacinho de nossa infância dos anos 60 e 70 que parte. Valeu, Emil!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

LA BOCA
























Nessa semana xoxa que antecede a realização do GP do Brasil, com muitas atividades extra-pista destinadas aos jornalistas especializados, são realizadas várias confraternizações, de corridinhas de kart a muitas ocasiões de boca-livre. Ontem, numa destas, promovidas pela Ferrari, Felipe Massa desandou a falar. Besteiras. Parece que a mola que saiu da traseira do Barrichello (traseira do carro, bem entendido), bateu na parte da cabeça que mede as palavras antes de saírem aos ventos e caírem em ouvidos alheios. E que ouvidos: a coitada da imprensa que nada mais faz que reproduzir (tá bom, em alguns casos o pessoal aumenta um tanto) o que é dito foi tachada de culpada.
A Ferrari já emitiu nota oficial dizendo que Felipe não quis dizer exatamente aquilo, e etc. Ah, como eu detesto os tempos do politicamente correto. A Ferrari não tem nada a ver com isso e só se manifestou porque Felipe disse com todas as letras algo que todos acreditam: Alonso sabia sim da tramóia e era parte dela. Eu acredito nisso, e tenho certeza que se Alonso não sabia, Papai Noel existe e eu me equivoquei estes anos todos.
De qualquer maneira, Felipe tem que usar a cabeça dentro e fora da pista. Se Alonso vai dividir a equipe com ele o melhor a fazer é manter uma política de boa vizinhança, recebe-lo bem, tentar anulá-lo dentro da pista. Claro que é mais fácil falar do que fazer. O histórico de Alonso contra seus companheiros de equipe mostra um domínio avassalador sobre seus companheiros, com uma excessão: Lewis Hamilton. Se eu fosse Massa estudaria direitinho o que fez Hamilton derrotar o arrogante e competente espanhol e seguir a receita. Nada de bla bla bla. Bons relacionamentos com engenheiros e mecânicos. Trazer a equipe para seu lado. Dentro da pista Massa é rápido e competente. Talvez não tenha o talento de Alonso, mas hoje é um piloto muito bom. Rubinho também tem o problema da língua solta, parece estar aprendendo finalmente. Falar com personalidade é uma coisa. Falar besteira dando munição para jornalistas mal-intencionados (existem e não são poucos- mas isso não desqualifica a imprensa enquanto classe e não exime responsabilidades).
O título não vai mudar. O que aconteceu em Cingapura em 2008 foi uma vergonha. Se anulassem a corrida Hamilton perde os pontos que conquistou e o título viria para Felipe. E daí? Se a besta do Glock não fosse tão bunda mole, o título teria vindo dentro da pista. O melhor agora é focar em 2010 e tentar ser bem sucedido com o pé direito. De qualquer forma o esclarecimento da Ferrari me pareceu mais um "pito" em Massa e foi bastante incisivo. Se eles foram capazes de dar um pé na bunda de um campeão como Raikkonen, se eu fosse Felipe ficaria mais quietinho e esperto.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CURTAS, CURTAS, CURTAS


Aquecendo os motores para a prova de Interlagos. Muito blá blá blá. Por enquanto tudo quieto no front. Rubáceo não confirma sua ida para a Willians. Sei. Rosberguinho diz estar sem emprego. Sei.
A Willians diz que não vai usar os motores Toyota no ano que vem. Normal. Vettel compra disco autografado dos Beatles por 4 mil dolares em leilão. Poxa, o Chuck além de excelente piloto, tem bom gosto. E olha que quando ele nasceu os Beatles já não existiam há muito tempo.
Heidfeld reclama de ser subestimado pelo mundo da Formula 1. Concordo com o Mini mim. Ele realmente é ótimo piloto, regular, quase sempre derrota seus companheiros de equipe, mas sempre acaba ficando em segundo plano. Hora de trocar de assessor de imprensa, baixinho.
E la nave vá!

Volto mais tarde. Prometo.

P.S. = A imagem aí ao lado é só para encher o saco mesmo!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

POR QUE EU AMO PORTUGAL


Em breve, na continuação das minhas sagas. Hoje não posso escrever, estou participando de um importante concurso literário e queimando meus poucos neurônios em fazer um conto infantil. Help!
Mas quero deixar registrado o meu amor e apreço pela Pátria mãe. E não é média não, por ter vários leitores da terrinha. É só um reconhecimento de um lugar que me acolheu e tratou muito bem.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

PAROLE, PAROLE, PAROLE




Bom, tá rolando uma conversa por aí de que o Lewis Hamilton teria vetado a ida do Kimi Raikkonen para a Mclaren no ano que vem. Isso é antigo, e sempre causa polêmica. Mas se o cara chegou a ponto de ter esse privilégio dentro da equipe, suponho que ele o tenha conquistado dentro da pista.
Precedentes existem vários. Senna vetando Warwick em 86, e em troca meu conhecido Dummfries, que ao contrário do que dizem não era mosca morta não, era bom piloto. Tanto que depois ganhou as 24 horas de Le Mans, honraria que enfeita o currículo de qualquer piloto.
Equipes com dois tops existiram aos montes: Fangio e Moss, Clark e Hill, Hill e Stewart, Surtees e Rindt, Brabham e Hulme, Brabham e Ickx. Quase todos campeões. Depois vieram: Fittipaldi e Peterson, Stewart e Cevert, Lauda e Regazzoni, Scheckter e Depailler, um pouco antes, Rodrigues e Siffert, Fittipaldi e Hulme, Scheckter e Villeneuve, Andretti e Peterson, Piquet e Lauda, Reutemann e Jones, Lauda e Watson, Villeneuve e Pironi (de trágico final), Prost e Arnoux, Lauda e Prost, De Angelis e Mansell, Rosberg e Mansell, Senna e De Angelis, Alboreto e Berguer, Senna e Prost, Piquet e Mansell, e por aí vai. Isso tudo de memória, mas se for pesquisar por duplas, veremos muitas duplas fortes na história. O próprio Massa, em 2006 era o segundo piloto de um Schumacher aposentando, e quando parecia que a Ferrari seria só sua, trouxeram o Kimi. Isso o fez crescer ainda mais como piloto.
Acho que para Hamilton é muito confortável ter uma mosca morta como o Kovalento, mas duvido que ele se preocupe muito com isso. No final do dia ele tem que ir lá na pista e correr contra todos. O que um Nelsinho acrescentou ao Alonso, por exemplo? No caso da dupla da Brawn, sempre achei e continuo a achar o Rubinho mais piloto que o Button. A equipe privilegiou sim o inglês em diversas ocasiões, e não falo isso por patriotada. Os ingleses são os campeões mundiais de cinismo, e Ross Brawn tem Phd nisso. Rubens foi contratado para um ano. Se o carro fosse uma bomba, não prejudicaria eventuais negociações com futuros patrocinadores. Como não foi, e Button é projeto de longo prazo para a equipe, duvido que eles deixem os carros parelhos para Interlagos. Além das dificuldades normais, dentro da pista, não iriam entregar o título a um piloto que se despede.
Chuva em Interlagos no final de semana? Bom para Vettel, bom para Barrica.
O pessoal está falando muito da capa da Playboy americana com a Margie Simpson. Eu espero mesmo a Playboy brasileira com a Fernanda Young pelada- jamais vão me acusar de não gostar de mulher de conteúdo....rs.
Eu volto, e isso é uma ameaça!