sábado, 30 de abril de 2011

SÁBADO, UM POUCO DE MÚSICA PARA INSPIRAR

Certamente um dos melhores shows que vi ao vivo, há muitos, muitos séculos. Outra vida, talvez. Prince....ou seja lá o nome que usa no momento. Incrível performance num palco.Música até a medula dos ossos.

HOJE É SÁBATO

E morre o grande escritor argentino Ernesto Sábato. Um minuto de silêncio.Mais que um minuto.Um sinal de respeito. Reflexão.Aos 99 anos de idade, viveu bastante e a pleno. Descanse, mestre. Obrigado, gracias.Escritores fazem a vida nesse nosso inóspito planetinha à deriva numa galáxia gozadora, mais palatável, menos fútil. Hasta la vista.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

BOYS FROM BRAZIL: SEGUNDA FEIRA GORDA EM OULTON PARK


Os meninos estão mesmo impossíveis: mais duas corridas foram realizadas hoje para completar a segunda rodada (tripla) do prestigioso Campeonato Britânico de Formula 3, e se na segunda delas, o vencedor não foi brazuca, tivemos um conterrâneo no pódio. Na corrida curta, que tem o grid revertido nos oito primeiros lugares, o vencedor foi o britânico Riki Christodoulou, seguido por Pietro Fantin e com o cada vez mais líder do campeonato, Felipe Nasr em quinto.
Na prova principal da segunda feira, Nasr não deu chances a ninguém e liderou seu compatriota Lucas Foresti, numa disputa emocionante nas 26 voltas da prova. Fantin terminou em nono, Pipo Derani em 13º e Yann Cunha, que ainda não se adaptou, em 16º. Bons presságios para os pilotos brasileiros neste ano! Que a fonte continue jorrando talentos, apesar de todo o amadorismo de nossos dirigentes.

sábado, 23 de abril de 2011

THE BOYS FROM BRAZIL (E A FONTE QUE NUNCA SECA - VERSÃO 2011)


Eu escrevi há algum tempo neste blog que apesar das péssimas gestões de nossas autoridades automobilísticas, que contaminadas pelo vírus da política nacional, preocupam-se mais em arrecadar que em organizar ou preparar o automobilismo, como uma atividade séria, vibrante e saudável, que gera milhares de empregos e potencialmente muitas divisas para o país. Mesmo com todas estas mazelas, pessoas de caráter duvidoso fazendo de nossas federações um trampolim para projetos pessoais (no que demonstram enorme miopia, pois se bem sucedidos pavimentariam seus respectivos caminhos para voôs muito mais altos), continuamos a produzir pilotos talentosos em quantidade quase industrial.
Nesse sábado de páscoa, um dos mais importantes e tradicionais para os aficcionados do automobilismo na Inglaterra, no principal campeonato de monopostos da Ilha, dois meninos do Brasil fizeram dobradinha novamente. Lucas Foresti e Felipe Nasr (ambos de Brasília, eu ousaria dizer, das poucas coisas boas a emergir daquela terra contaminada pela corrupção e a falta de caráter) foram os vencedores da primeira prova da rodada, realizada no circuito de Oulton Park. Na segunda feira teremos a segunda e a terceira provas da rodada tripla.E na terceira, Nasr vai largar na pole position  tendo ao seu lado Foresti. Bons ventos os impulsionem!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ADELE

511

A primeira missa: Victor Meirelles.


Hoje, ou ontem, há controvérsias, o Brasil completou 511 anos de seu descobrimento. Monte Pascoal foi o ponto avistado primeiro por aquele intrépido e atento (ou seria apenas inquieto?) marinheiro encarapitado no topo de um mastro de uma das caravelas da esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral. Há muitas teorias a respeito daquela expedição. Uns defendem que a frota se perdeu enquanto buscava o caminho das Ìndias. Outros historiadores enxergam muito planejamento no gradual afastamento da costa africana, em direção ao oeste, onde estariam territórios virgens e muito, muitíssimo ricos.
Eu sou brasileiro e em muitas ocasiões já manifestei meu amor a meu país. Mas, às vezes, me pego refletindo sobre a correspondência desse amor. Temos tudo: natureza generosa, exuberante, como uma mulher sensual e tentadora, clima adequado, território imenso e praticamente livre de desastres naturais, recursos em abundância, água para matar a sede do mundo todo, um povo....cordato. Talvez aí é que resida o problema. Talvez devêssemos ser menos cordatos e mais aguerridos em exigir nossos direitos. A péssima distribuição de renda, onde alguns indicadores fariam inveja a qualquer país rico, tais como o número de helicópteros, aviões a jato executivos, lojas de grifes caríssimas entre as mais rentáveis do planeta. Do lado oposto, encontramos grotões de miséria em qualquer cidade grande, pessoas subnutridas, sub-cidadãos em estado deplorável. Mas em minha opinião, o maior problema nem é material em si: trata-se da péssima qualidade de educação ofertada ao cidadão comum, o que o condena inexoravelmente ao sub analfabeStismo e a colher as migalhas que o aumento das condições materiais do país proporcionam de modo geral.
Estou longe de ser ou pretender ser um cientista social. Sou apenas um sujeito às vezes indignado, que do alto de seus cinqüenta anos continua a acreditar que este é o país do futuro,  imensamente frustrado por não ser o Brasil país do presente. E com a séria suspeita que este futuro talvez jamais chegue de fato.
As injustiças são gritantes. O senso de egoísmo e individualismo (vencer a qualquer custo) que absorvemos dos americanos é burro e patético. Por que não imitamos o senso de coletivo dos asiáticos? Por que não nos espelhamos no que há de bom lá fora e descartamos o que não é interessante? Por que importamos os conceitos em massa, sem fazer uma triagem prévia antes? Essa nossa mania de copiar o que vem de fora, nos arrasta para trás, de volta ao quarto mundo que talvez jamais tenhamos deixado de pertencer de fato, e nosso pretensa entrada na vanguarda planetária parece cada vez mais uma miragem, um história da carochinha, como tantas, aliás, contatas ao povo pelos governantes (péssimos - dignos de quinto mundo) que temos.
Impostos em excesso (nisso somos referência mundial — a coleta dos mesmos, diga-se de passagem —) gastos públicos em descontrole, excesso de maus investimentos, preparação pífia. Dois dados me deixaram estarrecidos recentemente: o montante de dinheiro gasto pelos dois governos Lula em publicidade (obsceno a meu ver e que explicam os índices de aprovação do apedeuta) e o amadorismo com que estamos tratando os preparativos para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A menos que ocorra um milagre digno de renaturalizarmos Deus em definitivo (sim, pois antigamente dizíamos com orgulho que  Ele era brasileiro — resta saber se vivia em Brasília também), passaremos por vexames globais em tempo real, com o caos de nossa infra estrutura em transporte (os aeroportos, geridos por uma estatal (Infraero)  tripulada por petistas cujo único requisito é a carteirinha com o 13 estampado), de hoteis, de....tudo. Segundo li em algum site, a Rússia que organizará a Copa do Mundo de 2018 está com seus estádios em melhores condições que os do "país do futebol" — esta, outra triste afirmação que deveria talvez, mais apropriadamente ser mudada para: "país dos jogadores de futebol para exportação".
Triste em partes. Auspicioso em outras. Como, cara pálida? Oras, para um otimista incorrigível como eu, problemas significam possibilidade de melhora. E não nos esqueçamos, principalmente aqueles que nos querem no primeiro mundo, como um anexo da Disney: já temos serial killer e bullying! (mas isso é assunto para outro post). Bom feriado!

terça-feira, 19 de abril de 2011

GRETE



A ex-atleta norueguesa Grete Waitz, nove vezes vencedora da Maratona de Nova York, morreu nesta terça-feira, aos 57 anos, devido a um câncer. O anúncio foi feito pela fundação da própria maratonista: a Aktiv Moto Kreft ("Ativos contra o Câncer").
Ela era a atleta mais premiada da Noruega. Entre os títulos conquistados, ganhou nove meses a Maratona de Nova York, entre os anos de 1978 e 1988. Também bateu o recore mundial dos 3.000 metros duas vezes, em 1975 e 1976, e ganhou o título mundial de cross country cinco vezes.
Eu era fã dela e tive oportunidade de assistir a algumas edições da Maratona de Londres onde ela também brilhou. Que descanse em paz este exemplo de grande mulher.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

FORMULA VEE: SEGUNDA CORRIDA E PEGANDO EMBALO

O vencedor e líder do campeonato Fernando Monis
Aconteceu em Interlagos a segunda etapa do novíssimo campeonato de Formula Vee no sábado passado. Sou fã de primeira hora e de carteirinha da categoria e de seus idealizadores, portanto vou postar algumas fotos "afanadas" do blog do Mestre Joca e também o resultado.

Rodrigo Rosset, novo no grid.
Emmanuel Calonico Jr.

Resultado da Segunda Etapa:

1- Fernando Monis - 12 voltas em 26:47:908 média de 119,129 km/h
2- Sandro Freitas
3- Cristiano Viana
4- Emmanuel Calonico Jr.
5- Rodrigo Bello
6- Rodrigo Rosset
7- Roberto Zullino.


domingo, 17 de abril de 2011

DOMINGÃO CHEIO DE CORRIDAS


Teve o Grande Prêmio da China, repleto de ultrapassagens, boas pilotagens e a vitória mais do que merecido do Lewis Hamilton. Estão dizendo que o destaque foi o Mark Webber, mas como eu tenho sérias reservas em relação ao australiano, na minha opinião o nome da prova foi o inglês da Mclaren, Hamilton. Tivemos duas vitórias brasileiras na abertura da Formula 3 inglesa em Monza (ambas com o promissor Felipe Nasr) e na terceira prova, com direito a dobradinha tupiniquim (o segundo foi o Lucas Foresti). Tivemos a Stock em Ribeirão. E eu tenho uma feijoada me esperando agora, volto depois e escrevo sobre tudo isso. Até!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

UM SOM PARA TODOS E PARA TODAS AS HORAS

O grande e eterno John Lennon sempre é bem vindo no meu blog. Para ir para a cama um pouquinho melhor.

SEGUNDA FEIRA APÓS FINAL DE SEMANA DE GP

Uma bela imagem de M Webber durante o GP da Malasia.

Peço desculpas ao(s) meu(s) leitor(es) que porventura arriscaram-se a pescoçar este espaço aqui em busca de minhas importantìssimas análises posteriores sobre o Grande Prêmio da Malásia. Fui vítima de fuso horário invertido e trocado, nem eu sei bem o que isso significa. Fiquei acordado até cinco para as cinco e preguei no sono. Acordei as cinco e cinquenta e seis, com a corrida já pela trigésima volta. Subsequentemente, assisti pela Sport TV, as dez da manhã do domingo, ao tape da mesma.
Foi uma prova interessante devido ao alto desgaste dos pneus. E como eu disse no post anterior, as forças começam a se definir. A Red Bull está um ou dois passos (confortáveis) à frente da concorrência, a Mclaren tem feito um ótimo trabalho de recuperação (ajudada pelos seus recursos financeiros e uma dupla de pilotos afinada e objetiva) a Ferrari precisa trabalhar mais e falar menos, a Renault é a boa surpresa do início do campeonato e seus dois pilotos vêm fazendo um ótimo trabalho, o que nos faz inevitavelmente pensar em como seria com Kubica a bordo. A Mercedes está em apuros, pois além do carro não ser aquela maravilha, aparentemente Barbie Rosberg perdeu a mão e o velho Schummy anda meio errático. A Sauber vem forte com Koba-san e o novo niño Perez (com grana, apoio financeiro, idade certa e um país todo a lhe apoiar incondicionalmente). A Toro Rosso tem bom carro e pilotos não tanto, apesar dos evidentes progressos de Buemi. A Force India tem um novo primeiro piloto (Paul di Resta) que vem assumindo o posto dentro da pista, e é bom o Sutil se cuidar, porque o rapaz tem bagagem e com mais quilometros, vai se distanciar ainda mais à frente. Das outras equipes, a Williams teve uma prova para apagar da memória, a Virgin, bem, a Virgin passou em branco, a outra Lotus progride a passos de tartaruga e a Hispania conseguiu colocar ambos os carros no grid, que dentro das circunstâncias já foi um feito e tanto. No entanto, a melhor volta de um dos dois carros da equipe, o de Liuzzi, na quadragésima segunda volta, foi mais de seis seguindos mais lentos que a melhor volta da prova (1'46"521 de Liuzzi contra 1'40"571 de Webber) o que indica ainda uma longa estrada pela frente. 
Dentre os pilotos destaco Vettel, que está se tornando craque em dominar provas de ponta a ponta, Heidfeld que calou seus críticos após um desempenho fraco na Austrália e deve marcar muitos pontos e quiçá, beliscar sua primeira vitória na temporada.Hamilton fez boa prova, mas foi suplantado por Button na estratégia e na economia de pneus, Alonso foi superado por um aplicado e esforçado Felipe Massa. O resto é o resto. Este final de semana, na China, tem mais.

sábado, 9 de abril de 2011

MALASIA: AS FORÇAS COMEÇAM A SE DEFINIR



Então, segundo treino oficial, segunda grelha da temporada e já dá para começar a vislumbrar o que  o ano vai nos trazer: Red Bull (em especial com Vettel bem a frente) e as Mclarens (Hamilton motivado e inspirado) "bafando nos cangotes" rubro-taurinos. Quando parecia que Lewis Hamilton havia resolvido o problema da pole position, Chuck vem voando e "rouba" o primeiro lugar do grid bem no último segundo. Bela performance. Um dos problemas esperados pelos pilotos, é o imenso desgaste dos pneus Pirelli, especialmente os duros, o que pode ocasionar até cinco paradas para troca de borracha durante a prova. Outro problema (para os pilotos e não para os expectadores) é a possibilidade de chuva durante a prova. De qualquer forma, o grid é apenas uma demonstração das forças no momento atual. As duas primeiras filas com Red Bull e Mclarens, seguidos por um decepcionado Alonso, um redivivo Heidfeld, Massa - ainda com aquela carinha de perdido que o caracteriza desde o acidente na Hungria em 2009, o bom Petrov coloca a outra Renault numa sólida oitava colocação, seguido por Barbie Rosberg ( a frente de Schummy mais uma vez) e Kamui Koba-san. Decepcionaram: as Williams (Barrichello 15 e MaldAnado décimo oitavo). Fiquei feliz com as Hispanias conseguirem o lugar no grid e para os críticos (criticar sempre é bem mais fácil que fazer) isso foi por acaso. Sou fã das equipes pequenas, desde Rob Walker e as Osellas, portanto, arriba Hispania!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

DIA TRISTE.


Dia besta. Eu levantei, estava me arrumando, flanando pelos canais de TV, me chamou a atenção uma matéria sobre "Bullying" na (arghhh) Ana Maria Braga. O que me prendeu na frente da televisão foi que mencionou-se o nome de Ourinhos, minha cidade natal. Quis ver o que está rolando por aquelas paradas, onde se o tal "bullying" já fosse uma epidemia nos anos setenta, eu estaria ferrado! Fui buliado e buliei muito! Não tinha semana que a gente, moleque do interior, pé vermelho, não brigasse na saída da escola, no campinho ao lado, para deleite dos outros moleques.E eu também enchia o saco dos gordos, dos baixinhos, dos cabeludos, dos bichas (naquela época não era gay), enfim, de todo mundo. Que eu saiba, na época, não havia psicólogos na cidade, portanto nenhum pode enriquecer com tal promissor filão. 
Crescemos, nos tornamos homens e mulheres, aperfeiçoamos nossos valores. Naquele época íamos a pé para a escola e ninguém reclamava. Eu morava na rua Euclides da Cunha e era uma beleza a algazarra da molecada indo e voltando para a escola Horácio.Soares. Hoje em dia, levamos nossos filhos de carro para a escola, para a natação, para o ballet, para as aulas de inglês. Os super protegemos com medo de um mundo aparentemente mais cruel e hostil que o nosso. Colocamos nossas crianças em bolhas de afetividade e carinho, matando assim o sistema imunológico que só um mundo real, protótipo do que será no futuro, pode fornecer. Eu bati, apanhei, tive minhas figurinhas roubadas na porta do cinema, ia trocar gibis e a molecada mais velha e mais esperta me "tungava", acho que tunguei uns tantos trouxas, mas nem por isso, me sinto traumatizado ou fragilizado.
Claro que não defendo as agressões que vi retratadas na reportagem. É evidente que para o mundo de meus filhos eu sou mais sensível. Mas acho que há um certo exagero, ou estamos mesmo experimentando os sintomas de uma sociedade doente.
Nesse exato momento, vem um "news flash" a falar sobre o tiroteio numa escola no bairro de Relengo no Rio de Janeiro. Pobre Rio de Janeiro, pagando a sina de não ser mais e há muito tempo a cidade maravilhosa que tantos apregoavam ser. Com o passar do tempo, as informações foram se tornando mais claras e o horror da tragédia crescendo. Inicialmente seria o pai de um aluno revoltado por seu filho ter sido vítima do acima refereido "bullying". Posteriormente, verificou-se que o demente em questão era ex-aluno e planejou friamente a ação assassina e só foi detido pela bravura e oportunismo de um sargento da PM. Quem sabe quantos inocentes a mais o imbecil não teria levado consigo?
Não vou tecer considerações a respeito e muito menos apontar meu dedo a acusar. Quem sou eu para opinar? A tragédia é de uma proporção tão dantesca, que ainda não assimilamos suas conseqüências. Sinto pelas crianças, pela sua perda de inocência, suas vidas levadas em vão, e principalmente, pelas suas famílias. Sou filho, irmão, sobrinho, neto e principalmente, pai. Meu coração está apertado e acho que hoje demos mais um passinho em direção ao abismo moral para o qual nos aproximamos inexoravelmente. Deus tenha piedade de nós!.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

SHIT HAPPENS!

Carambola na Largada da Série LMS (Le Mans Series) em Paul Ricard, França, no último domingo. Mas eu postei o vídeo aqui porque acho os carros lindos!

terça-feira, 5 de abril de 2011

19


Hoje quero fazer um post  de homenagem: a Rubens Barrichello que entra em sua décima nona temporada consecutiva na Formula 1. Não escrevi antes do Grande Prêmio da Austrália por precaução, quiçá superstição.Acompanho a Formula 1 muito antes de Rubens ter nascido ( em maio de 72). Admirava pilotos como Jim Clark, Graham Hill, Jackie Stewart, Jochen Rindt, Dan Gurney antes mesmo do Emerson sair do Brasil e fazer sua gloriosa carreira na Europa, que aliás, abriu as portas com seu sucesso, para inúmeros outros que o seguiram. Acompanhei Nelson Piquet desde os tempos em que assinava "Piket" e dirigia sua própria Kombi velha para os circuitos, com o chassis Polar firmemente amarrado no teto da mesma. Me lembro do Ayrton Senna correndo de kart na categoria menor, contra Mario Sergio de Carvalho, Marios Covas Neto. Estive presente no autódromo por ocasião de suas primeiras provas na Formula Ford 1600 inglesa. Coincidentemente reatei contato com seus dois companheiros na equipe oficial da Van Diemen de 30 anos atrás, Quique Mansilla (argentino - marrento e bom piloto) e Alfonso Toledano (mexicano e encardido nas pistas). 
Me lembro de Rubinho, um garotinho de cabelos loiros como o maior adversário do Christian Fittipaldi na época dos karts. Depois sua meteórica carreira nos monopostos, primeiro com aquele Formula Ford patrocinado pela Arisco, sua estréia vitoriosa em Interlagos na Formula 3, a ida para a Europa e o Campeonato vencido de primeira na Formula Chevrolet, Formula 3 inglesa (campeão) e o ano como protagonista na Formula 3000 Internacional. Ufa.....parafraseando o Rei: são tantas recordações (emoções)!
Enfim, o menino, imberbe ainda, estreou na Jordan Hart no Grande Premio da Africa do Sul em 14 de março de 1993. Já conseguiu no seu primeiro GP largar na frente de seu muito mais experiente companheiro de equipe Ivan Capelli. Nada mal.Caramba! Eu tinha pouco tempo de casado, dois filhos pequenos, dava aulas de inglês para sobreviver e tentava patrocínio, em vão, para voltar a correr na extinta Formula Uno. Parece que foi ontem, mas não foi: uma criança nascida naquele dia, se homem, já terá servido ou sido dispensado do Serviço Militar obrigatório. Se mulher, pode até ser mãe. O espaço de uma vida, ainda que jovem. Rubinho sempre foi piloto dos bons. Vitima indireta de uma circunstância trágica, a morte de Senna, pois a nação de torcedores irracionais, alimentada pela gananciosa máquina da Rede Bobo e seu Babão mor, o alçaram a condição de sucessor. Oras, ídolos não têm sucessores. Senna é Senna. Piquet é Piquet. Fittipaldi é Fittipaldi. Pelé é Pelé. Zico é Zico. Ronaldo gosta de travecos, oopsss.....tem corintianos lendo isso....foi mal.
O post está ficando longo e acho que o Tales (meu filho e leitor dileto - já não chega até aqui, pois do alto de seus 13 anos é impaciente). Tales, aliás, que quando nasceu, em 1997, Rubinho já estava em sua quinta temporada completa.
Voltando ao início: Graham Hill era um marco inatingível com suas 18 temporadas. Agora, no início de 2011 Rubens bateu esta marca. Não estou a discutir os resultados, as carreiras em si, mas sim a longevidade da mesma.  Quantos pilotos sonharam em chegar ao topo, à Formula 1 e não conseguiram? Quantos outros lograram seu intento, apenas para disputar algumas provas ou mesmo algumas poucas temporadas e são admirados? Estamos falando de um piloto que é pago e muito bem pago para estar lá. E que não dá sinais de que pensa em aposentadoria. Que não faz feio, que é competitivo e que mesmo quando erra, o faz dentro de uma margem aceitável estatísticamente. Acho que este fato, e somente este fato, um piloto entrar em sua décima nona temporada na categoria mais competitiva de todas, merece comemorações. O fato de ele ser brasileiro, deveria nos alegrar ainda mais. No entanto, o esporte nacional do país das chuteiras (importadas), dos "experts" de plantão, é malhar o cara. Já dizia Ibraim Sued: os cães ladram e a caravana passa...
Parabéns Rubens. Pela marca e pelo profissionalismo.
Dezenove é um número legal. Que venha o vinte, o vinte e um e quem sabe quantas mais?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MUSIQUINHA. BOMBANDO DO OUTRO LADO DO LAGUINHO

A cantora Adele é uma das maiores revelações da sempre pródiga música pop britânica. Com apenas 22 aninhos, Adele Laurie Blue Adkins é uma grande vendedora de discos também: seu albúm 21 ultrapassou a veterana Madona ao se posicionar há dez semanas no primeiro lugar das paradas britânicas. Nada mal.

PAROLE, PAROLE, PALPITES E O COSTUME DE FALAR SOBRE O QUE NÃO SE ENTENDe


Somos latinos, ok. Eu sei e você também. Mas isso não nos intitula a dar pitacos sobre todos os assuntos que desejamos sem termos base teórica ou conhecimento técnico sobre os assuntos em questão. Lembro-me de quando retornei a viver no Brasil, após quase oito anos de Europa, como as opiniões subjetivas das pessoas me causavam estranheza: “fulano é isso....siclano é assado”.....apenas baseados em suposições e achismos.
Vinte e tantos anos depois, ainda não me acostumei com tais leviandades. Existem jornalistas que opinam sobre coisas sobre as quais não têm a mais remota ideia. Não pesquisam, não conhecem, mas dão palpites que refletidos e ecoados por meios de comunicação e pelas modernas pragas das comunidades virtuais, tais como o twitter, alastram-se como fogo na floresta em tempos de seca.
O campeão das asneiras, no entanto, para quem se dá ao trabalho de ler e acompanhar, são os espaços para comentários dos tais leitores de blogs e sites. Pessoas comuns, como eu e você, e que por isso mesmo deveriam refletir mais ao postar um comentário, mesmo que sob a covarde manta do anonimato.
Ontem houve um acidente, uma fatalidade e um jovem piloto teve sua vida ceifada durante uma prova da Copa Montana em Interlagos. Não sou técnico, não assisti à corrida na TV, já fui piloto (há muito tempo – e nem por isso me sinto no direito de opinar sobre as causas e responsabilidades – até que se tenha um inquérito e suas conclusões sejam levadas ao público). No entanto, li em alguns comentários em blogs e sites, pessoas chamando os responsáveis de “Vagabundos”, “criminosos”, “assassinos”. A impunidade do anonimato é uma arma dos covardes. Não conheço ninguém da Vicar, muito menos da péssima Confederação Brasileira de Automobilismo. Não sou advogado de ninguém, mas me insultam a inteligência aqueles que afirmam que os dirigentes não se importam com os desastres. Ninguém em sã consciência deseja uma tragédia. Humanos são falíveis. Frank Williams nunca desejaria ter perdido Ayrton Senna, assim como jamais desejou, muitos anos antes, perder seu grande amigo Piers Courage.
Automobilismo é perigoso. Automobilismo mata. Nosso automobilismo está meio capenga, mas não foi isso que vitimou o jovem Gustavo. O que o matou foi uma fatalidade, que pode ter sido composta por erros humanos e mecânicos e que serão devidamente esclarecidos no inquérito. Até lá, acusar, bradar, incriminar é no mínimo, leviano. Que as pessoas tenham em mente que acusar, bradar, e apontar dedos inconsequentemente também causa danos.

Acho que alguns jornalistas têm responsabilidades em incitar os comentários. Reputações são jogadas ao lixo pelas acusações sem provas e mesmo desmentidas depois, em muitos casos, já é tarde demais. Quem não se lembra do triste caso da Escola Base de São Paulo, quando os responsáveis pela mesma foram acusados de abusar de menores, tiveram suas vidas destruídas, e subseqüentemente , se provou que eram inocentes? Devemos exercer nosso direito de opinar baseado em fatos e não em subjetivismos, pelo menos quando os assuntos em pauta forem tão sérios. Sei que minha opinião não muda muito as coisas, mas peço prudência e reflexão. Atirar pedras do conforto de nossas poltronas, protegidos pelo anonimato é covarde e traiçoeiro. Vamos esperar para opinar melhor e assim, contribuir para melhorar nossa civilização que está muito, muito doente...

SEGUNDA FEIRA E A RODA DA VIDA CONTINUA A GIRAR.

Hoje acordei nostálgico. De alguém que eu era e foi se perdendo no caminho.Resgate. Quero resgatar aquele cara. E muitas outras coisas.

SALDO DE UM DOMINGO QUALQUER, NUMA GALÁXIA QUALQUER.



Sinto que às vezes nós, humanos (humanos?), estamos descendo em velocidade crescente e vertiginosa numa ladeira e, que no final desta, há uma enorme muralha de pedra onde nos chocaremos de maneira desastrosa. Brincamos com fogo tal qual garotinhos inconseqüentes e não nos preocupamos com as punições que virão. Construímos bombas cada vez mais poderosas e bolimos com a natureza como se fora uma experiência de  aula de ciências do ginásio. O Japão, pobre Japão, é prova disso. A fúria dos deuses é implacável por aquelas partes. A ousadia de construir usinas de eletricidade movidas a energia nuclear, foi talvez muito longe para a paciência dos deuses que regem os fenômenos e as placas tectônicas inquietas daquelas bandas.
Nos países árabes uma epidemia de liberdade se alastra, movida por sabe-se lá quais interesses excusos, quiçá alçar o preço do petróleo a patamares criminosos de novo.Na África, continente que Deus pune há séculos com sua fúria inexplicável, matanças e mais matanças. Em ambos os casos as revoltas são engenhadas em luxuosos escritórios com ar condicionado e longe da zona de perigo. Os assessores de imprensa então se encarregam em fazer parecer que as revoltas emanam do "povo". Talvez, à excessão de Jesus, nenhuma palavra tenha sido usada tanto em vão em toda a história. Todas as patifarias, as negociatas, as canalhices perpretadas por atacado e varejo, são justificadas por uma ou outra palavra. Em nome do povo, ou em nome do pai!!!!
Canalhas somos todos. Humanóides ainda, projetos de seres humanos. Autofágicos. Assassinos. Carrascos. Torturadores. Marionetes de uma vontade maior. Palhaços. Sim, palhaços. E muito bem representados em nosso caro congresso. O povo cheira mal e sua vontade, não é a de Deus. A vontade do povo é uma heresia, pois o povo, a massa ignara, é manipulável, corrupta, mesquinha, desprovida de qualquer possibilidade de nobreza ou autruísmo. Um ou outro indivíduo, espírito um tantinho à frente, pode se salvar. A manada toda, é lixo. Caminhamos céleres em direção ao abismo, porque decidimos seguir a vaca que tem o guizo. A vaca errada, mas quem se importa? Quem sabe ali tenha alguma boquinha? Algum esquema?
Não sei se teremos jeito.Os recados estão em todas as partes, mas preferimos não enxergá-los. E se os enxergamos, preferimos ignorá-los, como se pudéssemos nos dar o luxo de sermos soberbos. Caminhamos de forma desconexa, cada qual buscando um atalho, um jeito mais rápido de chegar. Onde? Quem saberá? Quantos mais serão imolados para satisfazer necessidades de luxo, lucro, luxúria? Isso realmente importa? Já nem sei mais. Minha revolta não é pontual. É constante e crescente. Impotente, sento-me a beira da estrada e lamento. E me recrimino por não fazer nada. Ou quase nada, pois este meu quase silencioso brado é um febril cântico de protesto. Às vezes tenho a estranha sensação de caminhar numa enorme metrópole vazia, destruída e em ruínas, como em Blade Runner, buscando por respostas, mas aí já será tarde demais. Encontrarei apenas restos de coisas e pedaços de gente. E ao olhar numa vitrine brilhante (talvez numa hipotética Quinta Avenida), me assustarei com o reflexo de mim, bombardeado por átomos nervosos, em atrito e em desunião. Esse pesadelo recorrente me assusta, me persegue e serve talvez, como um triste pressentimento do que está por vir.
Mas, o domingo está no fim. Eu ia lamentar a morte do piloto Gustavo Sondermann em Interlagos, na prova da Copa Montana hoje. Mas não vou. Ele estava fazendo o que gostava. Morrer assim, não deve ser tão ruim. Pior são as milhares de mortes anônimas, longe das lentes das televisões, das pessoas pequenas e inocentes, que estavam indo a um templo no Paquistão. Ou aquelas que eram das tribos erradas na Costa do Marfim. Ainda ontem, assistindo ao seriado (excelente, por sinal) Roma na HBO, pensei, como eram selvagens nossos antepassados. Hoje, eu refaço meu raciocínio: somos ainda mais selvagens, porque temos a lente de aumento da história para magnificar nossos erros, e ela de nada nos serviu! Caminha homem ambicioso e voraz. Caminha para o abismo!!!

domingo, 3 de abril de 2011

DOMINGO TRÁGICO EM INTERLAGOS.

O piloto da Copa Montana (categoria de acesso a Stock Car) Gustavo Sonderman, faleceu hoje em decorrência dos ferimentos sofridos em mais um grave acidente na curva do Café em Interlagos. Mesmo local do acidente que vitimou Rafael Sperafico há alguns anos, na mesma categoria. Fatalidade? Erro humano? Corridas são perigosas, vamos esperar a perícia. Meus sinceros sentimentos à família do Gustavo. Abaixo um vídeo do acidente.





UM SONZINHO PARA O DOMINGO

sábado, 2 de abril de 2011

SORRY FOLKS: VOLTEI

Crédito da foto: José Canelas, site www.olhares.com.

Peço desculpas a meus amigos. Sei que não fui nada original, mas não pude resistir a uma piadinha de primeiro de abril. Volto. O lance dos projetos, a tentativa do mestrado, no entanto, são verdadeiros. Continuarei a despejar aqui as minhas amarguras em bits e bytes. E minhas alegrias também, por que não? Abraços, volto mais tarde com reflexões.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

DECISÃO DIFÍCIL : THE END


Amigos, com dois novos compromissos profissionais, o início de um projeto literário e a tentativa de um mestrado, sou obrigado a dar um tempo no blog. Agradeço encarecidamente aqueles que com sua paciência e consideração me honraram por aqui. Até qualquer dia. Abraços e beijos.