sábado, 31 de julho de 2010

MAGIARES, OU O DIA EM QUE O TELESCÓPIO HUBBLE SE FEZ NECESSÁRIO


E as Red Bull sobraram e sobraram na pista de Budapest hoje. Vettel meteu um "temporal" na concorrência e foi beber energético. Webber veio logo a seguir e depois, as Ferrari com o primeiro piloto Alonso na frente e o "não sou segundo piloto" Massa atrás. E depois, veio o resto. Hamilton salvando a honra da Mclaren, arranhada por Button que sequer foi ao C3. Rosberguinho metendo o seu "Hubble" particular no velhote Schumacão que tampouco foi ao último treino. Petrov na frente de Kubica, De la Rosa à frente do japa-san e Hulk, verde e crescendo na frente de um Barrica meio perdido. É isso. Na GP2 um baita acidente e nada demais. Mañana tem mais. Volto mais tarde com digressões. Enquanto isso, e para quem gosta de ler ótimos textos em blogs bem bacanas, um baita perfil do Speeder sobre um dos meus pilotos favoritos, Patrick Depailler (em seis capítulos, o Paulo gosta de escrever a lá Reinaldo Azevedo!) e um ótimo artigo escrito pelo mestre Ricardo Ashcar sobre o episódio Alonso/Massa no blog do mestre Joca. Links:

FELIZ ANIVERSÁRIO AO AMIGO ANTONIO MANOEL (VULGO, NOS VELHOS TEMPOS "MANÉ PORTUGUÊS")



Ao amigo Antonio Manoel, que nos tempos de plebe jovem era o "Mané Português", hoje conhecido como Dr. Manoel da Duke, um efusivo voto de Feliz aniversário. Infelizmente eu jogava muito mais bola que ele e isso custou ao coitado 18 anos de tratamento psiquiátrico, mas parece ter superado bem o trauma. Felicidades, amigo!
Antonio Manoel e sua esposa Irani.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A SAGA DOS IRMÃOS CARA-DE-PAU, OU O ARREPENDIDO E O DESENTENDIDO



Quinta-feira na Hungria, entrevistas coletivas e o assunto entre os jornalistas e os dois pilotos da equipe Ferrari não poderia ser outro: o debacle da prova na Alemanha. Depois das reações da mídia e do público brasileiros, Felipe Massa pareceu um tanto assustado com a repercussão de seu gesto de "bundão" e tentou se explicar, justificar e ainda afirmou que não é "segundo piloto". Ora, oras pois. Já o asturiano aniversariante, entrevistado pela imprensa espanhola baba-ovo por ele, disse categoricamente que não quer falar nas polêmicas e sim concentrar-se em sua briga pelo campeonato, não aceitando de forma alguma as acusações de favorecimento e falta de esportividade. Não admira, de quem participou (e saiu impune) do episódio que acabou com a carreira de Nelsinho Piquet na Formula 1, e que na Mclaren "botou a boca no trombone" contra seus então patrões na espionagem que acabou afastando Ron Dennis da direção da equipe. No final, chego a conclusão que vivemos num mundo de cara de paus. E olha que vivo num país em que o presidente da República nunca sabe de nada das patifarias praticadas por seus acólitos e subalternos. Haja cara-de-pau (com hífen?) nesse mundo!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

SAUDADES DE UMA ERA QUE PARECIA MAIS HONESTA


Não quero parecer a "velhinha de Taubaté" e acreditar que tudo era lindo e maravilhoso nos tempos de outrora. Mas que dá saudades de ver carros como esses, pilotos parecidos com a gente, e um clima de camaradagem que já não existe mais, isso dá.

terça-feira, 27 de julho de 2010

MUCH ADO ABOUT NOTHING


E continuam pululando pelos blogs e sites mundo afora as atitudes revoltadas dos amantes do automobilismo em relação à marmelada da Ferrari no último GP da Alemanha. Depoimentos de ex-pilotos, justificativas, condenações. Eu acho divertido (quando tenho tempo) ler os comentários dos leitores dos blogs mais populares (os main-stream, que não é o caso deste humilde espaço aqui), cuja ignorância na maior parte dos casos chega a ser engraçada. Sempre tem um ou outro gaiato colocando o finado Ayrton Senna no meio da história, o velho Nelson Piquet, até o Pelé eu já vi mencionado! Oras, não é para tanto. Trata-se do sinal dos tempos, nem mais e nem menos. Contratos polpudos, direitos de imagem, versão para o povão. Quando eu via os pobres jogadores-marionetes do Dungana-me-engana dando as obrigatórias e insossas entrevistas em frente ao banner dos vários patrocinadores da seleção, aquilo tem uma legitimidade zero. As entrevistas pós corridas promovidas pela FIA também são inúteis exercícios de jornalismo, já que sabemos antecipadamente o que vamos ouvir em respostas às nossas perguntas.
Resumindo: corridas de automóveis, assim como campeonatos de futebol são jogos para cartolas, gente grande. Os pilotos, os jogadores, e principalmente o público, são meros detalhes estatísticos para exibir corporativamente na reunião dos executivos na segunda-feira: audiência de tantos milhões, tanto retorno de mídia escrita, etc.
Há mais pureza numa singela prova de Formula Ve regional no interior dos EUA, ou numa corrida de terra em Santa Catarina que em qualquer GP. Sim, tivemos momentos sublimes nos Grandes Prêmios nessas exatas seis décadas. Momentos de grande bravura e destreza técnica, que encheram os olhos e os corações de aficcionados mundo afora. Mas mesmo assim eles estavam pilotando para as multinacionais que aplicam milhões de dólares anuais em seu esporte.
Quanto aos personagens de hoje em dia, subjetivamente, claro, eu dou meu veredicto:
1- Fernando Alonso - ótimo piloto mas com caráter de gangster "Al Capone". Será pego pelo fisco, um dia destes, com certeza;
2- Felipe Massa - quem nasceu para tostão nunca chega a milhão, já dizia meu velho pai. Uma improvável e meteórica ascenção, uma chance de ouro (pilotar para a Ferrari) e no final, a máscara caiu: Massaroca será o título de sua biografia. E nem podemos culpar a mola do Rubinho!;
3- Stefano Domenicalli - pau-mandado do Montezemollo, amorfo e sem qualquer carisma. Esperava-se deste típico executivo almofadinha uma decisão destas. Do tipo que se trabalhasse numa multinacional, seria o encarregado de levar a valise de dinheiro para os fiscais do Fisco para quebrar uma multa;
4- Michael Schumacher: Por que no te calas? A famosa frase do Rei Don Juan Carlos dirigida ao boçal-mor Hugo Chaves em certa e memorável ocasião poderia ser aplicada ao tedesco, que além de não estar acelerando nada, ainda tinha que justificar a decisão estapafúrdia de sua ex-equipe (decisão igual a tantas em que ele próprio foi o beneficiário);
Poderia me extender mais, mas não pretendo. O meu amigo Speeder decidiu boicotar o GP da Hungria no próximo domingo. Eu não vou. Vou levantar cedo, sintonizar na Globo (não tenho escolha), assistirei a corrida, torcendo pelos meus pilotos favoritos nessa ordem: Hamilton, Rubinho, Vettel, Kubica, Button. Sem nacionalismos ou fanatismos. Tentarei não me irritar com as observações estúpidas que Galvão certamente fará e seguirei adiante. Não consigo resistir ao cheiro de gasolina e borracha queimada, a alta cavalaria daqueles motores incríveis, ao som melodioso dos milhares de HP em uníssono, em sintonia. Homens? São um mal necessário, mas passarão.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

FIM DE SEMANA MELANCÓLICO PARA OS AMANTES DO ESPORTE.

Em primeiro lugar quero pedir desculpas aos amigos, leitores e seguidores do meu blog. Nada justifica ficar uma semana sem postar, acho que um recorde negativo na curta história desse espaço. Problemas de agenda, um recorrente probleminha de saúde (já estou tomando providências — fiz um ótimo plano funerário — brincadeirinha!) , e algumas atribulações a mais me impediram de vir aqui e "palpitar" sobre coisas, como gosto tanto.
No entanto, o GP da Alemanha, marcado mais pela polêmica da ordem de ultrapassagem de Fernando Alonso sobre Felipe Massa — a lá Barrichello e Schumacher na Áustria em 02 — demandam uma opinião também. Muitos já escreveram e com propriedade sobre o assunto a ponto de quase encerrá-lo. Quase. Porque há implicações (se não explicações) subjacentes que pedem uma maior reflexão.
Em primeiro lugar acho vergonhosa a atitude da Ferrari, mesmo pensando friamente nos números e na remotíssima chance de Felipe Massa ser campeão do mundo nessa atual temporada. Fernando Alonso está mais bem posicionado é verdade e as Ferraris estavam em posição inédita no ano, ou seja brigando pela ponta entre si, já que as favoritas Red Bull e Mclaren pareciam ter dado um passinho atrás na pista tedesca. Fernando Alonso é talentoso como piloto, mas em matéria de caráter, já não podemos dizer o mesmo. O ponto baixo de sua cara de pau foi o episódio do Singapuragate, onde ele foi o maior beneficiado e o único a não sofrer punição. E se recusa a tocar no assunto, como se ofendido. Um picareta ofendido ao ser pego em flagrante, coisa incrível! Quanto à Scuderia, já havia dado reiteradas mostras de que não divide a ética comum dos homens, desde tempos remotos, fazendo com que pilotos de renome se recusasem a pilotar para Maranello. Não me recordo, mas dizem que Stirling Moss jamais quis guiar um dos carros vermelhos por não concordar com a filosofia da empresa. Me lembro da maneira como Niki Lauda foi (mal) tratado após desistir do Grande Prêmio do Japão em 1977, semanas após seu horripilante acidente em Nurburgring. Ele teve que ter muita força de vontade e auto-confiança para conseguir se impor à equipe a quem já havia dado um título mundial e a um segundo piloto de caráter prá lá de duvidoso: Reutemann.
Depois tivemos na própria Ferrari o caso Schumacher-Barrichello. Sim, o alemão é mais talentoso que o brasileiro, ganharia muito mais de qualquer maneira, mas aí é que está a questão: se é tão mais rápido, por que precisa de ajuda da equipe? Schummy, aliás, que vem tomando um banho na pista do nem-tão-bom-assim Nico Rosberg este ano, foi cara de pau o suficiente para defender a atitude da Ferrari, com uma ressalva: tem que fazer de forma mais sutil!
De qualquer maneira, a partir de ontem, justamente o dia em que comemorava um ano de seu "renascimento" , após o horrível acidente na Hungria, Felipe Massa deixa de ser um protagonista em qualquer equipe de Formula 1 para ser marcado como um piloto menor, um homem menor e deixando não só os brasileiros amantes da velocidade, como a todos que apreciam o bom automobilismo com vergonha. Sei que são palavras duras, mas não tem outro jeito de colocar: ou você é protagonista, ou coadjuvante. Em esportes de altíssimo nível, não há meio termo. Sempre achei que Massa teve ascenção artificial, bancado pelo "empresário" Nicolas Todt, com um currículo pré-Formula 1 meia boca, comparado com outros compatriotas, como Antonio Pizzonia e Enrique Bernoldi, por exemplo. No entanto, ele cresceu muito e se tornou um piloto rápido e regular, chegando a ser vice-campeão mundial em 2008, despertanto esperanças entres os torcedores brasileiros que há muito esperam por seu D. João. Com o episódio de ontem, voltou ao patamar dos pilotinhos, dos que pagam para correr, dos Sakons, Albers, Buemis desta vida.
Eu sempre defendi o Rubens Barrichello. Detesto quando fazem piadinhas a seu respeito, porque ele é um profissional de altíssimo nível num esporte que demanda muito. Nunca defendi sua subserviência na Ferrari, mas as circunstâncias eram diferentes, ele vinha de trajetória errática na categoria, Schumacher já estava lá há tempos, aquilo era seu feudo e todos sabiam. No caso de Massa, ele é mais antigo de casa, tem resultados para bancá-lo, vem de acidente grave e o espanhol é conhecido como pilantra. Não deveria ter cedido. Deveria ter partido para a briga e manter a cabeça erguida. Agora é tarde. Volto depois.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A FONTE QUE NUNCA SECA. AMÉM!!!!
























Ainda ontem comemoramos os 40 anos da estréia do grande Emerson Fittipaldi na categoria máxima do automobilismo mundial em Brands Hatch. A partir daí, não houve uma temporada sequer em que pelo menos um piloto brasileiro alinhasse como titular em um campeonato de Formula 1. Foram oito títulos mundiais (dois do Emerson e três cada de Piquet e Senna) um monte de vices (Emerson dois, Piquet um, Senna dois, Barrichello dois, Massa um= total 8) e principalmente, uma saudável e bem vinda renovação. Assim, quando já no final dos anos setenta, perdemos o talentoso José Carlos Pace num acidente aéreo e Emerson embarcou na aventura Copersucar, tivemos a estréia de Alex Dias Ribeiro, Ingo Hoffman
n e Nelson Piquet. Piquet recebeu o bastão das capazes mãos de Emerson e o carregou com galhardia, passando-o às hábeis mãos de Ayrton Senna. Nesse meio tempo tivemos Chico Serra e Raul Boesel também. De Senna a Moreno, Gugelmin até Barrichello que foi ungido sucessor — com Christian Fittipaldi, Pedro Diniz, e tantos outros até chegarmos ao próximo brasileiro vencedor de corridas na Formula 1, Felipe Massa. Grandes promessas foram se p
erdendo no caminho, como Antonio Pizzonia e Enrique Bernoldi, mas a chama da esperança estava lá, acesa.
Enquanto nosso automobilismo doméstico agoniza numa desordem caótica, temos uma variante de talentos nos Eua, com Kanaan, Castro Neves e tantos outros na ativa, assim
como Gil de Ferran, Cristiano da Matta, Bruno Junqueira. Quando muitos profetas do apocalipse decretam que a fonte de talentos tupiniquins secou em definitivo, eis que surge, forte uma nova geração a nos dar esperanças, liderada a meu ver pelos meninos da Formula 3: Felipe Nasr, Alvaro Buzaid, Gabriel Dias. Temos Luiz Razia e Alberto Valério, temos na Formula 1 Lucas di Grassi e Bruno Senna, temos.....tantos nomes. A fonte não vai secar e
ontem o jovem Nasr ganhou de forma enfática sua primeira prova na Formula 3 inglesa. Bons ventos continuem soprando a tremular nossa bandeira nos autódromos mais importantes do mundo. Um pouco mais a agradecer ao Emerson pelo seu pioneirismo.


domingo, 18 de julho de 2010

MICHAEL C. BROWN: TESOUROS ALEATÓRIOS








Ingo Hoffman em seus dias de Copersucar agradando aos fãs, anos setenta!



















Ayrton Senna e o resto do grid antes de uma prova de Formula 3 em 1983.














Alex Dias Ribeiro em uma rara foto na Formula Atlantic, acho que em 1975!





E tem mais!!! Muito mais. Comecei com os brasileiros.

DOMINGUEIRAS BREVES



















Foto: Cortesia de Michal C. Brown

Domingo com chuva e frio pede uma estada mais longa na cama, mas foi impossível. Casa a ser cuidada, semana a ser planejada, muitas coisas na cabeça. Assisti à volta do Il Dottore Rossi à MotoGP, e ele não nos decepcionou. Aparentemente ainda sofrendo com dores das múltiplas fraturas, chegou numa boa quarta colocação, mostrando seu profissionalismo. Assisti também a prova do WTCC em Brands Hatch (quantas saudades!) e vi excelentes pegas, mostrando que há vida e muita fora da Formula 1. Vi a corrida de Toronto da Formula Indy ou o que o valha, e a xaropada das bandeiras amarelas me impede de gostar completamente da categoria. Além disso o desnível técnico entre os pilotos é enorme, tornando as ultrapassagens sobre os retardatários uma verdadeira loteria.
Existe o assunto da substituição de Karum Chandok pelo japonês Sakon Yamamoto, que há havia tomado o lugar de Bruno Senna no Grande Prêmio da Inglaterra e acho que estão fazendo muita celeuma por nada. Afinal, o que importa quem vai pilotar uma das Hispanias? São tantas nuances, contratos, patrocínios, claúsulas disso e daquilo que me aborrecem. Gostava mais quando os pilotos chegavam lá por mérito, sentavam nas baratas e aceleravam para valer. O desempenho da equipe Hispania nas pistas não vale um por cento da tinta que perdem para discutir a identidade de seus pilotos.
Uma grande notícia aos poucos e fiéis leitores desse humilde blog: meu amigo virtual Michal C. Brown, grande fotógrafo inglês me franqueou o uso de suas fantásticas fotos, postadas no facebook para uso no blog. Começo com uma foto de Ayrton Senna, para matar as saudades dos tempos em que pilotos eram pilotos e os brasileiros tinham motivos para acordar animados nos domingos de manhã em que havia corridas.

40 ANOS- ONDE TUDO COMEÇOU PARA NÓS BRASILEIROS


Há exatos 40 anos um jovem brasileiro, de família de classe média com inteligência e talento acima da média estreava no campeonato mundial de Formula 1. Os tempos eram diferentes e talento era o diferencial que sobressaía, ao contrário de hoje, quando os talões de cheques decidem boa parte das vagas no grid. Dono de meteórica ascenção, em apenas 18 meses aquele jovem dentuço (não por acaso carregava o apelido de "rato"), foi da Formula Ford inglesa para um grid do campeonato do mundo da Formula 1. Notável. Mais notável ainda o que viria depois, que será tema para explorações mais detalhadas desse blog. Por hoje, comemoremos os 40 anos. Parabéns, Emerson!

terça-feira, 13 de julho de 2010

A RELATIVIDADE (NÃO A DO EINSTEIN)


Tirando o lance de Singapura que foi mesmo vergonhoso, Nelsinho Piquet era constantemente malhado por seu pífio desempenho comparado ao seu companheiro Fernando Alonso. Agora Felipe Massa está em situação similar, com duas importantes diferenças: Massa já estava no time, e já venceu provas, portanto provou que é rápido. Aliás, por um triz, Felipe não conquistou o campeonato de 2008. Hummmm. Rubinho, longe da pressão de ter um carro de ponta (Ferrari e o surpreendente Brawn do ano passado) bate seu companheiro de equipe, aliás como já havia feito com Irvine na Jordan, Boutsen idem, Magnussem na Stewart, ou seja, todos os companheiros que teve em times que não eram de ponta.
Ponderemos. Barrichello sempre supera seus companheiros de equipe quando a pressão não é tão intensa quanto a obrigação de estar no melhor carro e vencer o campeonato é uma quase obrigação. Em condições normais de meio do grid, ele barbariza. Algum psicólogo de plantão pode me explicar isso, definir de qual síndrome estamos falando?
Voltando ao Massa. Alonso sempre foi indigesto para todos os seus "team mates", começando com o nosso brasileiro Tarso Marques, lá atrás, na Minardi. Tarso até que não fez feio, mas o espanhol era invocado demais. Depois vieram Trulli, Fisichella. Com Hamilton a coisa foi diferente, mas a equipe visivelmente sacaneou o espanhol em favor da "cria" de Ron Dennis. Nelsinho levou uma bela lavada, mas considerando tudo, e excetuando o desvio de caminho da ética e tudo o mais, até que dá para dar uma repensada na sua situação.
Dos EUA vêm fortes rumores que a tal Cypher, misteriosa equipe yanke candidata à malfadada décima terceira vaga da Formula 1 (que já foi da também americana US F1 — de triste e efêmera memória) procurou a família Piquet para viablizar sua candidatura. Veremos.
De qualquer maneira, continuo a bater na tecla da relatividade. Uma coisa é algo hoje de manhã, a tarde pode ser outra. A fúria era uma das favoritas antes da Copa do Mundo, perdeu para a Suiça no primeiro jogo e foi taxada de fracasso. Algumas partidas depois (medíocres, ao meu ver, mas isso também é relativo, ou seja, minha opinião) é o maior sucesso e campeã. Acho que nem Einstein explicaria tudo isso.

domingo, 11 de julho de 2010

ESPANHA: A GLÓRIA DA FÚRIA E A DECEPÇÃO DA HOLANDA




Mundial fraco em termos técnicos, com os favoritos sendo eliminados nas fases anteriores e a Espanha, favorita antes do início claudicante (com derrota para o ferrolho suiço) fez uma campanha para lá de pragmática, não marcando mais que um golzinho de vantagem sobre seus adversários e conquistando o título na África para alegria de seus milhões de fãs. Para a Holanda resta a epígrafe de eterna vice-campeã, coadjuvante nas festas alheias. O jogo em si foi marcado pela violência, um árbitro nervoso, algumas celebridades fora de campo (menos que esperavam os organizadores, certamente) e a infinita paciência do time espanhol em trocar passes sem muita objetividade. De qualquer maneira, El sueño si hizo realidad!!! Parabéns.

GRANDE PRÊMIO DA GRÃ-BRETANHA: POUCAS EMOÇÕES NO TEMPLO INGLÊS


A corrida em si foi chata. Chata demais eu diria. Com todos os esforços feitos pelo Damon Hill e seu BRDC em melhorar o circuito para assegurar o direito da continuidade da realização da prova, após o alarme falso de Donnington Park no ano passado, algo ficou a desejar. Talvez mais pontos de ultrapassagem. A atmosfera continua mágica à la inglêsa, ou seja, tradição, classe, mas poucas vibrações.
A dupla dos touros vermelhos está em pé de guerra. A equipe claramente privilegia o maior talento, potencial e carisma de Vettel, além claro, de sua juventude. O insosso Webber no entanto, em seu pleno direito, não concorda e vem fazendo algumas corridaças, alternadas com as tentativas de levantar vôo. Hoje Vettel foi infeliz na largada, teve seu pneu traseiro cortado pela lâmina do spoiler dianteiro do carro de Hamilton, arrastou-se até os boxes e se não fosse um providencial pace-car, teria ficado fora dos pontos. Fez bela corrida de recuperação, mas continua a dever.
O canguru papudo não tomou conhecimento da concorrência, e apesar dos bravos esforços de Lewis Hamilton em permanecer em contato, dominou amplamente a tarde em Silverstone. Rosberguinho fez boa corrida e conseguiu um pódio, que parecia improvável após as fracas apresentações anteriores. Jenson Button, correndo como verdadeiro campeão, saltou da décima quarta e infeliz posição de largada pra um honroso quarto lugar no final. Rubens Barrichello, longe das pressões, longe dos holofotes, das cobranças em superar companheiros de equipe mentalmente mais estabilizados vem fazendo ótimo trabalho com a equipe Williams e coroou sua tarde de trabalho com uma bela quinta posição. Kamui Kobayashi está se tornando realidade, após surgir para o mundo da Formula 1 como uma bela promessa e foi um consistente sexto colocado com a Sauber branca. Em sétimo Vettel, oitavo um bravo Sutil com Schumacher e sua Mercedes num apagado nono lugar, seguido pela outra Williams de um Hulkenberg que começa a mostrar a que veio.
Alonso fazia boa corrida, mas tudo deu errado para o espanhol no dia de glória da "fúria". Ultrapassou com valentia seu rival Kubica, este não lhe deu espaço, cortou caminho involuntariamente e foi injustamente punido com um drive-through, logo após a entrada do safety car, o que fez com que suas chances ficassem definitivamente arruinadas. Sem sorte o asturiano, mas melhor que o total eclipse de inspiração de Felipe Massa, que nunca foi muito bem em Silverstone mesmo (quem não se lembra de sua patética apresentação na chuva há alguns anos, quando rodou muitas vezes). A Ferrari vai ter que rever seus mentores espirituais, talvez contratar o polvo Paul e grudá-lo com superbonder sobre seu motorhome. Antes disso os dois se tocaram com prejuízo para o brasileiro que teve pneu furado e precisou parar logo na primeira volta, permanecendo atrás na interminável tarde de domingo. Massa anda devendo e muito a seus fãs, andando muito abaixo do que se espera de um piloto da Squadra Rossa!
Os outros correram e se esforçaram com pífios resultados. Kubica abandonou, Petrov tentou e tentou, os Toro Rosso também, com Buemi terminando e Jaiminho não, as Lotus desfilaram sua beleza com pouco efeito e Glock foi marcando volta após volta.
O lance mais marcante da corrida, aconteceu no entanto, justamente na volta de desaceleração, quando um vingado Mark Webber falou pelo rádio para a equipe e o resto do mundo ouvirem: "nada mal para um segundo piloto". A polêmica toda se deu por ter tido a nova asa dianteira de seu carro, que supostamente traz vantagem aerodinâmica, entregue ao seu companheiro após este ter danificado a sua. Sentindo-se relegado a papel de coadjuvante, Mark vingou-se da melhor forma que pôde na pista, e tripudiou nos comentários. Isso causou visível mal-estar na equipe e uma reunião para "clarear os ares" está agendada para esta segunda-feira. O engraçado é que todos esperavam problemas de relacionamento entre pilotos na Mclaren, talvez na Ferrari, mas não na equipe Red Bull.

sábado, 10 de julho de 2010

CONSIDERATTAS DE SÁBADO A NOITE (NA FALTA DE EMBALOS)


A Red Bull detonou a concorrência com voltas muito mais rápidas e consistentes e divide a primeira fila do grid para o GP da Grâ-Bretanha. Seb Vettel detonou a nova asa dianteira de seu carro num dos treinos preliminares e a equipe decidiu tirar a de Mark Webber e passar para o carro do jovem alemão. O australiano estrilou um pouco. Até aí, tudo normal, depois da Turquia os dois não devem mesmo ser os melhores amigos mesmo. O detalhe é que a concorrência, cheirando polêmica no ar resolveu botar a colher e dar palpite. Martin Withmarsh, chefão da Mclaren não deixou de opinar sobre o episódio, com o claro intuito de "botar pilha" nos adversários.
Quanto a Lewis Hamilton, de volta ao seu amado circuito caseiro, disse que fez a melhor volta de sua vida, para classificar-se em quarto. Hamilton deverá travar um interessante duelo contra Fernando Alonso, velho desafeto, no circuito inglês neste domingo.
Já na GP2, os brasileiros continuam muito mal, de mal a pior. Luiz Razia abandonou (além dele apenas um outro piloto não completou a prova) e Alberto Valério chegou apenas na décima quarta posição. O vencedor foi o venezuelano Pastor Maldonado, veterano que deve sagrar-se campeão, e se não tiver apoio do ditador Hugo Chaves, talvez repita Giorgio Pantano, que ao sagrar-se campeão da GP2 alguns anos atrás, não despertou o menor interesse da Formula 1. O segundo colocado foi Jules Bianchi, revelação francesa que está demorando para se encontrar num campeonato em que muitos o julgavam favorito, apesar de ser estreante.
Mudando de arena: grande partida definiu a disputa pelo terceiro lugar na Copa do Mundo da África entre Alemanha e Uruguay. Ambos lutaram bravamente e o jogo terminou com a vitória dos alemães por 3 a 2. Digno de uma Copa do Mundo, mesmo uma copa tão mixuruca quanto esta!
p.s- a foto que ilustra esse post é para homenagear a Claudia Leitte em seu aniversário de 30 anos. Bem vinda ao mundo das balzacas, linda baiana.

SILVERSTONE: MAIS DO MESMO. PELO MENOS NA CLASSIFICAÇÃO.


Pois bem, as Red Bull dominaram de forma acachapante (adoro esta palavra e tenho raras oportunidades para usá-la) os treinos de classificação para o Grande Prêmio da Grã-Bretanha nesse sábado no remodelado circuito de Silverstone. Alternando-se na ponta, Seb "Chuck" Vettel e o "canguru papudo-decolando" Webber foram sempre os protagonistas e a questão da pole seria decidida tão somente entre eles. Deu Vettel, o jovem teutônico aparentemente disposto a corrigir suas "mancadas" na temporada e entrar definitivamente na luta pelo título. Em terceiro lugar um valente Fernando Alonso, aparentemente andando um pouco mais que a nervosa Ferrari, que vem evoluindo, mas ainda parece estar atrás das Red Bull e das Mclaren. Estas, com Hamilton em quarto e um decepcionadíssimo Button apenas em décimo quarto, foram a surpresa negativa dos treinos, pois esperava-se muito mais da equipe britânica que tem a bordo dois campeões mundiais.

Nico Rosberg qualificou-se em quinto e colocou massivos 8 décimos em cima de Schumacher de novo. Pontos a ponderar sobre a volta do multi-campeão. Em sexto o sempre regular Robert Kubica, de contrato renovado por mais dois anos com a Renault e em sétimo, Felipe Massa com a segunda Ferrari. Em oitavo Rubens Barrichello deu alguma esperança a Williams e principalmente para a Cosworth, já que Silverstone é uma pista tradicionalmente de motores potentes e sua qualificação demonstração a evolução dos propulsores ingleses. Em nono o rejuvenecido Pedro de la Rosa, animado talvez com a forma da "Fúria", colocando mais um espanhol entre os top 10. Em décimo Michael Schumacher e em décimo primeiro a decepcionada Red Bull de Adrian Sutil, que pela segunda vez seguida fica fora da disputa da "super pole". O resto é o normal, com Yamamoto em último, como seria de se esperar, apesar de levar apenas 4 décimos de seu companheiro Karum Chandok. Para a corrida amanhã acho que as Red Bull terão alguma competição, principalmente de Alonso e de Hamilton, mas a pista é rápida e a vantagem dos treinos pode se intensificar ao longo das voltas do rápido traçado inglês.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

POLÊMICAS, POLÊMICAS E O MUNDO VIVE DELAS.



Tantas coisas acontecendo e chamando nossa atenção: o caso do ex-goleiro do Flamengo, Bruno, que mandou raptar e assassinar uma "maria-chuteira" com quem teve um filho fora do casamento é revoltante e ao mesmo tempo educativo. Sim, pois nos mostra as nuances e as perversidades do ser humano, sua alma escura e má que tendo oportunidade, e na esperança da impunidade, tenta apagar com sangue os erros que podem ser corrigidos de maneira fácil e rápida. Fez filho? Pague pensão e pronto. Certamente para alguém que recebe 200 mil reais por mês, o custo de sustento de um filho (inocente e que foi o maior prejudicado em toda a história) seria insignificante. Espero que a justiça seja feita, mas tenho óbvias dúvidas a este respeito, afinal estamos no Brasil-sil-sil!
O caso do logotipo da Copa de 2014, patético. Se na África tivemos a Copa do Bafana-Bafana parece que aqui teremos mesmo, lamentávemente, a Copa do Afana-Afana! Uma comissão de notáveis (para as negas do Ricardo Teixeira): Oscar -deixa-eu-morrer-logo-e-esqueçam-de-mim Nyemaeyer, Ivete Sangallo, Giselle Buchchen e outros que entendem tanto de logos quanto eu de física quântica (exceto o nosso Oscar- apesar de eu detestar as horrendas obras dele). Além disso a vencedora da licitação foi a agência África, que coincidentemente é também a agência de alguns dos principais patrocinadores da CBF. Veremos uma Copa onde nunca se roubou tanto antes nesse país. Mas, pasmem, por pouco tempo: dois anos mais tarde, em 2016, teremos as Olimpíadas, onde se roubará muito mais. Triste.
O caso do outro Bruno, o Senna. Ele perder o posto para o japonês Sakon nem é tão surpreendente assim, o que realmente me causa espanto é alguém querer pagar para correr naquela joça! Coisas que eu sinceramente não entendo. A Hispania é fraca, amadora, semi-profissional e está destruindo o começo de carreira de seus dois pilotos, Senna e Chandok. Se fosse uma casa para alugar, estaria rachada, com vazamentos nos canos, energia cortada, precisando de reformas e pinturas. Não haveria interessados a inquilino. Como é uma equipe de Formula 1 a lógica parece ser outra. Continuo a não entender, mas sem ficar surpreso.
Domingo tem corrida e é em Silverstone, isso já deixa meu final de semana um pouco mais alegre!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ANÁLISE PÓSTUMA DE UM DESASTRE ANUNCIADO.


Dunga e seus anões voltaram. Pousaram em terra pátria com os rabicós entre as pernas, numa nítida mudança de postura. Perderam seus empregos. Muito justo. Mas eles são apenas anões, pequenos, minúsculos, quase insignificantes, a ponta de um gigantesco iceberg de corrupção e safadeza que contamina tantas instituições do nosso Brasil sil sil, varonil. Não nos enganemos: eles são os bois de piranha da vez. Os inocentes úteis de plantão. Porque o grande "golpe" vem aí, 2014, que parece nome de filme de ficção, mas está mais para filme de terror. Os olhos dos canalhas brilham, suas mãos suam em antecipação aos botins futuros, as negociatas estão a pleno vapor e o mau resultado da África já pertence ao passado. 2010 já era, 2014 está ali na frente, na próxima curva.

Nossos hermanos tinham um time maravilhoso e um pateta arrogante como técnico. Numa típica mistura de fanatismo, idolatria desmedida e falta de objetividade, os pontos místicos encobriam quaisquer deficiências técnicas. Os alemães escancaram a verdade: no futebol, assim como em tudo, o profissionalismo, a preparação meticulosa, as escolhas baseadas em critérios de meritocracia vão ser cada vez mais determinantes para o sucesso. Superações heróicas ou patéticas, depende do angulo com que se enxergue, tão típicas de nossos heróis latinos, quixotescos que somos por determinação genética e praga ancestral, já não têm tanta chance de vingar.

No entanto 2014 está logo ali, á vista. Os gordos e engorduradas canalhas, das barrigas salientes e ternos fora de moda, apesar de caríssimos, o pessoal dos bastidores de sempre, se preparam para engordar ainda mais. E nós, vamos torcer, brigar, descabelarmos-nos em função da teimosia do Dunga da vez. Em vão. O que menos importa nesse gigantesco planeta FIFA é o futebol que se joga dentro de campo. Isso são migalhas atiradas às plebes rudes. Os canalhas sorriem e a caravana passa.

sábado, 3 de julho de 2010

E VIVA O MICK JAGGER!!!!






Alemanha deu um "vareio" na Argentina, lavando a alma de muitos brasileiros que não suportam a empáfia argentina e a arrogância do anão papudo. Mas como o Mick é muito feio e meu blog é lido por crianças, preferi colocar uma foto da linda Charlize Theron, para alegrar ainda mais o sábado.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

DUNGANAS, MEDIOCRIANAS, NUNCA ME ENGANAS: TUDO TEM SEU LADO POSITIVO!


Pelo menos acabou. De forma melancólica o que jamais poderia ter dado certo. O problema é que pessoas da estirpe de Ricardo Teixeira continuarão à frente da CBF com seus desmandos, sua falta de transparência, sua canalhice. Dunga é apenas um inocente útil nesse mosaico, não o vejo como o maior culpado. Técnicos medíocres como Sebastião Lazaroni, Parreira e outros mais já comandaram nossa seleção e os resultados são previsíveis. Claro que o técnico Dunga tem a sua parcela de culpa: a má convocação, a turronice (nisso Felipão era mestre, e se deu bem), a falta de jogo de cintura de modo geral. Nosso péssimo banco de suplentes é sua responsabilidade, mas vai saber os interesses excusos de empresários-atravessadores que compram passes de jogadores jovens e precisam "turbiná-los" para valorização e amealharem fortunas com essa verdadeira escravidão do Século XXI que é o mercado da bola. Felipe Mello é patético como jogador e como homem, mas sua responsabilidade cessa aí, uma vez que quem o escalou sabia das implicações. Robinho um destemperado total, ainda no primeiro tempo com o Brasil à frente ele estava possesso, e fazia caras e bocas para o árbitro. Luiz Fabiano, com seu instinto maldoso, malandro, falso salvador da pátria também era suscetível à expulsão a qualquer momento. Júlio Cesar falhou e pelo menos teve caráter suficiente para reconhecer. De resto, Kaka meia boca, um esforçado Maicon, um Michel Bastos que jogou melhor que nas partidas anteriores e um pouco de azar: eis a fórmula para perder da Holanda.

Temos que trabalhar melhor o lado psicológico de nossos jogadores, que não podem absolutamente ser tão frágeis nesse quesito. Eu contrataria o Bernardinho do volley para técnico da seleção de futebol sem pestanejar. E claro, educamente pediria ao Mick Jagger que não torcesse mais pelo Brasil nos Estádios. Aliás, vou além: acabo de ligar para ele e sugeri que vá amanhã torcer pela Argentina. E que em outubro visite o Brasil e torça pela eleição da Dilmaguerrilheira. Hajá gelo no pé!