domingo, 28 de fevereiro de 2010

TWO WEEKS TO GO: FAÇAM SUAS APOSTAS SENHORES!







Em duas semanas, estaremos todos posando de profetas-bem-sucedidos: "eu dizia que a equipe A poderia surpreender", ou " desde o começo eu escrevi que não haveria surpresas no início do campeonato"...
O fato é que pelos testes de pré-temporada, o grupo das quatro grandes parece bem parelho, a saber: Ferrari, Mclaren, Red Bull e Mercedes. Um bocadinho atrás vêm a Williams (cujo motor Cosworth parece bom e pode evoluir), Sauber ( da sensação Koba-san), a Toro Rosso, Force India, e depois, Virgin e Lotus. No frigir dos ovos, Hamilton foi o mais rápido nos testes pré, e Alonso e Massa demonstraram a força da Ferrari. Muitas variáveis, muitos ajustes. Duas semanas, senhores!

DOMINGUEIRAS




Domingo dá um gosto diferente na boca da gente. Tá certo que eu cozinhei e tracei um strogonoff, que não estava dos piores, mas não me refiro a este gosto em especial, e sim aquele gosto imaginário, intangível, que fica naquela dimensão esquisita entre o tato e a mente.
Este domingo estou meio compungido (adorei usar essa palavrinha que de tão esquecida no armário de meu dicionário mental, andava até empoeirada), com um certo nó na garganta. Pode ser influência do tempo nublado, ou da tragédia no Chile. Setecentos mortos e contando! Que época mais trágica estamos a viver: Haiti, Chile, tempestades no Brasil, na Europa, na América do Norte, hoje mesmo na França cerca de cinqüenta pessoas morreram devido ao mal tempo. Não há explicações para tanto sofrimento. Ou melhor, há explicações científicas e até políticas ( o homem via de regra é o culpado- e a vítima), mas no plano mental, espiritual, nada disso parece fazer sentido, e não faz mesmo. Por que sofremos tanto? Por que existe uma força magnética que nos atrai a tanta dor?
Hoje as Letras brasileiras perderam um dos seus maiores beneméritos, José Mindlin foi arrumar as estantes lá de cima. Grande empresário e colecionador de livros, dono de invejável cultura e espírito altruísta, doou a sua biblioteca particular ( um dos maiores acervos particulares do mundo) para a USP no ano passado.
Hoje é aniversário de setenta anos de um grande sobrevivente: Mário Andretti. Nascido numa parte da ex-Yugoslávia, que na época pertencia a Itália, emigrou cedo para os EUA onde construiu, ao lado do irmão gêmeo Aldo, invejável carreira no automobilismo. Suas raízes européias eram bastante fortes no entanto, e também brilhou na Formula 1, pela Ferrari e depois pela Lotus, onde se sagrou campeão mundial em 1978 com um dos mais belos carros da categoria, o Lotus 78. Ganhou em Indianápolis também e foi diversas vezes campeão da CART. Grande Mário!

CHILE


Um dos mais belos países de nosso continente, talvez o mais próspero e certamente o mais adiantado em vários quesitos. Um desastre dessa magnitude mostra que todos somos passíveis dos revezes da natureza. Aos chilenos, que tenham confiança, pois certamente vão superar a tragédia. Aos familiares dos mortos, sentimentos.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

EPÍSTOLAS


Claro que declarações escritas, desde os tempos das cavernas, passando pelos papiros, manuscritos e depois de Gutemberg, pelos jornais, livros e revistas, não são novidades. Hoje vivemos a era das declarações eletrônicas, via sites, blogs e twitter. Todos temos algo a declarar (menos na alfândega, claro) e todos queremos ser ouvidos. Nossas opiniões (que em 99% das vezes ficaria muito melhor quietinhas, sentadinhas num canto de nossos cérebros) parecem ser dotadas de perninhas próprias e caminham céleres da mente para a língua e de lá são despejadas sem revisão para ouvidos moucos ou não.Haja seletividade! Muito se fala e pouco se diz. E muito se escreve sem o crivo da verdade ou da coerência. Mas não quero me desviar do que me motivou a começar este post: as recentes declarações de duas equipes, em pontas opostas no universo da Formula 1, ambas protestando contra a entidade máxima que rege os esportes a motor, a FIA.
A primeira declaração partiu da vestusta Ferrari, cujas divergências com o ex-manda chuva da Federação, o Max chicotinho Mosley são bem conhecidas. Em nota divulgada em seu site, a Ferrari critica duramente a política da FIA que de certa forma menosprezou a importância da presença das grandes montadoras na categoria máxima, responsabilizando-a pela debandada de Honda, BWW, Toyota e de certa forma Renault dos grids. E também ironiza a precariedade vivida por duas das equipes novatas, a Campos e a USF1, escolhidas a dedo pela direção da FIA e que protagonizam o vexame de não possuíram verbas, projetos e muito menos condições de alinhar para o primeiro Grande Prêmio da temporada. Foi uma espécie de revanche pelas constantes desavenças entre a equipe e a Federação, se bem que eu não veja muita utilidade nisso.
A outra declaração de desabafo veio exatamente da equipe que está batendo às portas da categoria, a sérvia Stefan GP, que comprou os carros e os projetos da Toyota, e que apesar de clandestina (aos olhos da FIA) parece estar muito bem estruturada, ao contrário das ungidas e incapazes equipes espanhola e americana.
Com a crescente importância da mobilização da opinião pública em prol de uma ou outra causa, não chega a ser surpresa as estratégias, se bem que por motivos diferentes, de ambas as escuderias. Numa era em que pilotos assinam contratos para ser o segundo piloto reserva, pagam por isso, e bombardeiam os orgãos de imprensa, especializados ou não, com suas baboseiras, descrevendo (através de suas bem pagas assessorias de imprensa) minuciosamente as suas impressões ao testar um.....simulador, tudo é possível!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

400!


Chegamos as quatrocentas postagens nesse humilde blog, que teve seu início, se não me engano, em 19 de março de 2009, portanto há menos de um ano atrás. Quatrocentas postagens é um número redondo, que talvez não signifique muito, mas na verdade são horas e horas de labuta prazeirosa, e o maior prazer certamente, é a repercussão - via comentários - que o blog suscita entre seus poucos, mas bons leitores/seguidores.
Várias mudanças nos planos pessoal e profissional estão em curso (coisa que eu adoro, como todo bom sagitariano) e tenho postado menos do que gostaria. Mas prometo não esmorecer, e como já foi explicado em post anterior, não vejo necessidade de "chover no molhado" e rebater ou repercutir assuntos já amplamente (e de forma extremamente capaz) abordados em outros blogs. Nesse quase um ano de blogosfera, o nível dos blogs aumentou bastante em qualidade, e a seleção natural vai exercendo seu direito inexorável de eliminar e elevar. Se continuamos aqui é por uma de duas razões: teimosia ou competência. (Acho que sou teimoso....rs)
Obrigado de coração aos amigos. Prometo voltar logo com a série "minha carreira de piloto na Inglaterra".

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SALADA DE FRUTAS



Antes de mais nada quero pedir desculpas aos amigos que prestigiam este blog: tenho estado um tanto ausente, um pouco distante daqui e sei que para quem se acostuma a frequentar um espaço virtual, isso é chato. Blogs se tornam hábitos, e quando hábitos são interrompidos unilateralmente, isso não é justo. Vou tentar consertar a falha. Mea colpa! Mea maxima colpa!

De qualquer forma tem um monte de coisas que quero abordar nessa postagem de hoje, necessariamente curta, uma vez que o tempo ruge (rs). Quero começar por públicamente elogiar alguns blogs ( e que aqueles que eu não mencionar hoje, não se sintam melindrados, é que nos últimos dias os blogs a seguir se superaram).
Eu ia escrever algo sobre um dos pilotos que mais admiro, Niki Lauda. Me deparei com um excelente artigo a respeito do dentuço aústriaco no Saloma ( http://www.interney.net/blogs/saloma/) . Além deste, outros excelentes artigos da moçada que viveu os anos de ouro de nosso automobilismo. Imperdível.
O Paulo Speeder, http://continental-circus.blogspot.com/) amigo português e blogueiro de primeira categoria também nos brindou com um excelente perfil do Lauda, além de um ou dois dias antes, trazer uma matéria sobre a BRM P160, um carro interessantíssimo.
Costumo ler todos os dias os blogs do William Ceolin, garoto jovem que vai longe. Seu excelente "corrida de formula 1" é leitura diária obrigatória. http://www.corridadeformula1.com/)
Tem também o ótimo "café com formula 1", o blog do Groo, o Mestre Joca, oportunamente voltarei ao assunto. De qualquer forma parabéns aos blogueiros em geral, cujo nível está cada vez mais alto e difícil de seguir.

Curtas:
- Pré temporada pouco conclusiva. Parece que a Ferrari a Red Bull e a Mclaren têm seus carros em melhor forma para o início do campeonato. Fascinante o duelo entre companheiros de equipe Alonso/Massa e Button/Hamilton. Quanto ao Rosberg, não acho que seja uma ameaça ao Schummy.
-O Petrov andou dizendo que não será segundo piloto do Kubica. Começa mal o russo, que só está na Formula 1 devido aos muitos rublos conseguidos (sabe-se lá como) por seu pai. Mais resultados e menos papo furado, camarada.
-A Ferrari abriu a torneira de "verdades" contra a FIA e por tabela seu ex-presidente Max Mosley (desafeto declarado) em relação à equivocadíssima política de seleção de novas equipes de Formula 1 adotada pela entidade. Segundo os italianos, ele conseguiu espantar as montadoras ( Honda, Toyota, BMW e mesmo a Renault) e trouxe um monte de gente incapaz de ter um carro na pista para a abertura da temporada (Campos e USF1). Hummm....pontos a ponderar.
-A Indy em Sampa. Parece que as obras estão a todo vapor e nem as enchentes estão detendo seu progresso. Com vários pilotos brasileiros com chances de vitória, e a atração extra Bia Figueiredo, tudo leva a crer que será sucesso de público, apesar dos muitos detratores (por motivos políticos). Veremos.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

DOMINGUEIRAS


E faz sol e acabou o horário de verão e os testes (pouco conclusivos) dos novos Formula 1 na Espanha. E os vexames (Campos e USF1) em nível global, os piratas sérvios (coitados, nem sei por que são chamados piratas, talvez pelo fato do tal Stefanovic ser realmente um traficante de armas), as incertezas dos pilotos, os valores excessivos pagos por alguns apenas pelo dúbio privilégio de sentarem-se num carro da categoria máxima, com poucas ou nenhuma chance de serem competitivos.
Sei lá, já escrevi aqui antes que as coisas estão ficando confusas para mim. Acho que pode ser a idade, ou as chuvas em excesso das últimas semanas, ou o sol bonito que faz hoje. Pagar 15 milhões de euros para correr no segundo carro da equipe Renault, como é o caso do russo Petrov, parece ser um tanto quanto exagerado. Eu acho que não pagaria 15 milhões de euros nem para andar de Ferrari. Quinze milhões, deixa ver, daria para comprar.....ah....deixa para lá.
Falemos dos resultados na pista dos testes efetuados por quase todas as equipes na Espanha, que se encerram ontem. Aliás, muita chuva e tempo decente só ontem mesmo. O que nos remete aos bons tempos dos anos oitenta quando o GP do Brasil, então realizado no Rio de Janeiro era o palco da abertura do campeonato mundial de Formula 1, e os testes pré temporada eram realizados aqui. Tive a oportunidade de comparecer uns dois ou três anos, e o clima era para lá de descontraído, com pilotos de calções, mulheres mil, sem frescuras ou assessores de imprensa (esta praga do mundo moderno).
Ontem o atual campeão mundial, Jenson Button, parece que finalmente "pegou a mão" de sua nova barata, a Mclaren, e fez o melhor tempo, sendo o único piloto a rodar na casa do 1 minuto e dezoito segundos. Pelo que se pode observar nos dias de testes, as equipes grandes, Mclaren e Ferrari não se deixarão surprender como no último ano, quando a Brawn, oriunda da Honda, ofuscou a todos na primeira parte do campeonato com seus difusores duplos, e levou os campeonatos de pilotos e construtores. A Ferrari parece ter um bom carro, e Fernando Alonso já declarou que é o melhor carro que ele já pilotou (no entanto, ele diria isso, claro, em sua atual campanha para angariar simpatia entre os Tiffosi). A Mclaren com um carro bom e uma dupla de pilotos para lá de eficiente também aparece bem, na pré temporada. A Red Bull e seu "wonder boy" Vettel, e o canguru papudo Webber, mais uma vez parece ter um projeto consistente saído das pranchetes de Adrian Newey. A Mercedes, ex-Brawn GP com sua dupla totalmente alemã, com Schummy e Rosberguinho também tem bala na agulha, notadamente pelo renascimento da parceria Ross Brawn/Michael Schumacher. As Sauber e seu incrível Koba-sam também rodaram bem, assim como as Toro Rosso com o cada vez mais consistente (e boa surpresa, pelo menos para mim) Buemi. Na Renault, muito trabalho tem sido feito, e Kubica parece gostar de desafios. As Force India vieram com um projeto honesto e uma boa dupla de pilotos, privilegiando a estabilidade em Sutil e Liuzzi, no que fizeram bem. Dentre as novatas, temos a boa supresa da Lotus com sua experiente dupla Trulli/Kovallainen e a Virgin, com o bom Glock e a esperança di Grassi - que apresentou problemas, mas que podem ser superados. Achei discretas as apresentações da Williams com Barrichello parecendo ter mais velocidade que a revelação alemão Hulkenber, pelo menos por enquanto.
De qualquer maneira, os prospectos de uma ótima temporada estão aí. Modificações no sistema de pontuação, proibição de reabastecimentos, fazendo com que os carros larguem com bastante peso e com o equilibrio mudando bastante durante a corrida, fazendo com que a sensibilidade dos bons pilotos tenha um peso ainda maior no resultado final das corridas. E Bahrein, já está aí. Com os fracassos Campos e USF1 provavelmente de fora, e os "outsiders" Stefan GP prontinhos para entrar na festa de penetras. Vamos que vamos!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

CONSIDERATTAS























Temos também a mania de querer ser o "maior" ou "melhor" do mundo. Estatísticas grandiosas fazem a alegria de muitos jornalistas, que nem ao menos fazem o dever de casa e checam seus dados. O maior estádio do mundo, a maior hidrelétrica do mundo, o maior.....do mundo. Vivemos portanto num mundo maniqueísta e bi-dimensional: temos aqui os extremos, o pior e o melhor. Viva nós!
Recentemente pudemos constatar que somos todos humanos, frágeis e falíveis, decepcionantes e patéticos, por vezes. A imagem das torres gêmeas de Nova York sucumbindo e agonizando lentamente após o ataque de dois aviões domésticos, nos fez refletir sobre paradigmas outrora considerados intocáveis. O gigante frágil, abatido. Alguns anos antes, pudemos testemunhar a queda do Muro de Berlim, algo incrível, histórico e definitivo.
Hoje constatamos que fazer uma equipe de Formula 1 é algo difícil, caro, jogo para gente grande. Nos anos setenta e oitenta o Brasil teve sua própria equipe de Formula 1, a Copersucar Fittipaldi, e eu acompanhei a luta e os esforços para que isso se concretizasse. Os resultados eram previsivelmente fracos, até porque havia uma certa má vontade da parte de alguns fornecedores (a Cosworth, quase hegemônica nos motores, por exemplo, nunca forneceu propulsores de primeira para a equipe brasileira) internacionais. Não demorou muito para que os humoristas e os "urubus " de plantão passassem a zombar da equipe. Programas de TV, revistas, todos queriam tirar a sua "lasquinha", a piada era corrente. Mais ou menos como hoje se zomba do Rubens Barrichello (que é inegavelmente um dos melhores pilotos do mundo e se mantém no topo há incríveis 18 temporadas - mexicanos, argentinos, franceses, coreanos, neozelandezes, qualquer povo o exaltaria - mas nós, o consideramos um fracasso) que é motivo de chacota.
Estamos assistindo a duas equipes das novas, que foram recebidas e festejadas com pompa, a americana USF1 e a espanhola Campos desintegrarem-se no ar, antes mesmo de materializarem-se em algo concreto. Isso coloca muitas coisas em perspectiva. As duas equipes novatas que conseguiram colocar seus bólidos na pista, a Lotus malaya (prometo não mais chamá-la de Paraguaya) e a Virgin, mostram os "teething problems" tão comuns e esperados de iniciantes.
Esse drama surreal atinge a um piloto brasileiro e a um piloto argentino, em situações de carreira diferentes. Um, sobrinho de um mito, carregando um sobrenome de peso, com carreira curta mas eficaz, provavelmente não um midas da publicidade como se imaginava. O outro, com carreira promissora cortada prematuramente, e renascido das cinzas, fênix melodramático a lá Evita, resgatado das carreteras do TC2000 pelos dólares (escassos) do tesouro argentino, para redimir um governo corrupto que precisa desesperadamente de algum elo com o povo
Os capítulos dessas novelas são mais interessantes que os da novela das nove da RGB. Mal posso esperar pelo desfecho. Uma coisa é certa: temos que reavaliar conceitos. E nessa novela do crioulo doido, há também piratas sérvios, saídos de alguma cartola de um mágico baixinho e narigudo, ex-traficante de armas, Bernard Ecclestone, que talvez pela afinidade profissional insista tanto que Zoran Stefanovic tenha também sua própria equipe na Formula 1. Assaz interessante.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

PURPURINADAS



Alguns dias de (merecidas) folgas com a família em Ourinhos e me afasto sistematicamente das teves e da internet. Me faz bem curtir as crianças, deitar e não fazer nada e se não fosse uma outra pequena crise de gastrite (que me levou a visitar o hospital local), tudo teria sido perfeito. Enfim, um período para "recarregar baterias espirituais" e continuar a labuta incansável, inclusive é claro, aqui no blog. De tevê mesmo, vi alguns fragmentos de desfiles das escolas de samba, que sempre admiro pela riqueza de detalhes e criatividade, e aos Jogos Olímpicos de Inverno, transmitidos pela Record. Adoro esportes de inverno e é bom poder assisti-los finalmente no Brasil. Quanto à cobertura de carnaval da Globo, continua a mesma coisa ridícula de sempre: basta o artista ou a artista não ter contrato com a Vênus Platinada, que passa a não existir nas telas e nos comentários da emissora. Qual a justificativa para não mostrarem a bela Ana Hickman, por exemplo? O contrato que a loirona tem com a concorrente Record? Só pode ser. O que me remete à velha polêmica da nomeação das equipes de Formula 1 pelo babão bueno: agora cismaram de chamar a Virgin de Manor! Cazzo. Além de termos que escutar RBR ao invés de Red Bull Racing, e STR no lugar de Scuderia Toro Rosso, também vão chamar a Virgin de Manor? Oras....já abordei isso aqui antes, o patrocinador investe milhões em bancar uma equipe em um esporte qualquer, para além de tudo ter sua marca esposta de maneira ampla, e uma grande emissora de televisão resolve boicota-lo! Não faz sentido...

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

LINDONA

















Olha....eu até resisto um pouco à idéia de usarem o nome (quase) sagrado da Lotus. Acompanhei a equipe durante décadas e posso afirmar sem sombras de dúvidas que era a minha favorita. Agora, que esse pessoal da Malásia tem bom gosto para lay-outs, é inegável. Espero que ande.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

KOBA-SAN



























Pelo jeito o rapaz veio para ficar. E pelo jeito, ficaremos íntimos, portanto, Koba-San. Poucos treinos, duas corridas de Formula 1 e já chega "chegando". Adoro pilotos ousados, que mesmo dividindo a pista com três campeões mundiais (Button, Schummy e Alonso) não se deixou abater e mostrou a que veio. Pode ser que o carro estivesse com o tanque vazio, pode ser que tenha sido uma volta "kamikaze", o fato é que o japonezinho vai angariando mais fãs a cada dia que passa. Parece que o faro do velho Peter Sauber estava certo mais uma vez.
P.S - A propósito: Koba-San é o piloto à direita na foto, o mais baixo. (rs)

O TOURO VERMELHO PARECE ESTAR COM TUDO!


Confirmando os bons tempos de ontem, quarta-feira, em Jerez de la Frontera, o suiço Sebastien Buemi onde foi o segundo colocado, hoje melhorou uma posição e terminou no topo da lista dos melhores tempos, agora com pista seca. Quietinhos, quietinhos a equipe de Faenza vem mostrando um bom potencial, além de um lindo lay out. O campeão mundial, Jenson Button melhorou substancialmente de quarta para quinta e apareceu na segunda posição, com a Mclaren. Em terceiro o mais recente "wonder kid" alemão, Hulkenberg com a Williams-Cosworth, que parece significar que o motor é bem nascido. Os campeões mundiais, Michael Schumacher e Fernando Alonso aparecem a seguir.
Treinos coletivos, manhã:

1°. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min20s504 (38 voltas)
2°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min21s528 (14)
3°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min21s907 (47)
4°. Robert Kubica (POL/Renault), 1min22s129 (33)
5°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min23s164 (41)
6°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min23s265 (39)
7°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min23s739 (23)
8°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1min24s120 (21)
9°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 1min29s964 (11)
10°. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), sem tempo (3)



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

COM CARA DE VENCEDOR


O novo carro da Red Bull, que demorou para ser lançado, tem cara de vencedor. Segundo Adrian Newey, o atraso se deu em função da indefinição quanto ao motor que vai empurrar a fera, havia a possibilidade da utilização do Mercedes. No final, permaneceram com o motor Renault, capaz de levar a equipe a cinco vitórias na temporada passada.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

NOVOS CARROS SENDO APRESENTADOS E TESTES "TIRA TEIMA"




Hoje foi apresentado o novo Force India. Confesso que sinto grande simpatia pela equipe do bonachão Vijay Mallya, e pelo que temos vistos nas últimas semanas, não é tarefa das mais fáceis manter uma equipe de Formula 1 em atividade nos dias de hoje. Quando comprou os ativos da Spyker, que por sua vez havia comprado da Midland que havia comprado o que restou da Jordan, outra equipe com a qual eu simpatizava, ninguém dava um tostão furado ao gorducho milionário indiano. Mas ele soube cercar-se de técnicos competentes ( a maioria oriunda da própria Jordan) e pilotos decentes. No ano passado, com a pole position e o segundo lugar em Spa, mais outras boas apresentações em circuitos velozes, a equipe passou a ser respeitada como nunca fora antes. Para este ano, acho as perspectivas boas, pois o projeto parece afinado com as novas tendências aerodinâmicas (nariz alto e tampa de motor de bigorna), e o seu motor Mercedes é também bastante respeitável. Seus dois pilotos são jovens e ao mesmo tempo experientes, com destaque para Adrian Sutil, que pode a qualquer momento desencantar e, vencer seu primeiro GP. O italiano Vitantonio Liuzzi tampouco é bobo, portanto eles têm bons motivos para estarem otimistas.
Flagrado pelos fotógrafos da "Autosport" inglesa, o novo carro da Lotus também impressionou pela beleza e lay out. Ao contrário das equipes novatas USF1 e Campos , cujos carros ainda não foram mostrados, e seguindo o exemplo da também novata Virgin, a Lotus realmente existe, tem uma dupla de pilotos experiente e parece ter o orçamento fechado para um ano decente.
Esta semana, começando amanhã, terá a participação de todas as equipes que apresentaram seus carros até agora, incluindo Lotus e Virgin. Será bastante interessante avaliar os desempenhos, e com a temporada se aproximando velozmente, duvido que as tendências dessa semana sejam grandemente diferentes, pelo menos na primeira metade do mundial.

P.S = Parece que a Lotus não vai participar dos testes coletivos em Jerez.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE UMA CARREIRA




Os olhinhos muito azuis do garotinho brilham! Ele faz oito anos hoje e seu pai cumpriu o prometido: deu-lhe de presente de aniversário um kart, completo com macacão, luvas, sapatilhas e um capacete lindo! Vai começar a participar de provas para garotos de sua faixa etária, cadetes, e está muito ansioso. O menino está feliz, mas seu pai está em êxtase! Seu filho vai mostrar a todos o que poderia, o que era para ter sido e não foi. Sim, ele tinha talento, talvez pudesse ser até um campeão mundial, mas seu próprio pai nunca pode lhe dar a oportunidade. Agora tudo seria consertado e Júnior poderia resgatar o nome de ambos do limbo. O menino leva jeito para a coisa. É aplicado, treina bastante, começa a vencer corridas com regularidade. Passam-se os anos e os títulos vêm com frequência: já é conhecido nos meios do kart, ganha para correr de um grande fabricante de chassis, viaja para a Europa e agora prepara o salto para o automobilismo. Já tem 16 anos incompletos, e o velho Formula 3 adquirido pela família já está gasto de tanto dar voltas no autódromo perto de casa. O pai banca a maior parte dos gastos, mas consegue interessar algumas empresas na carreira do filho. Contratam uma empresa de divulgação para alimentar a imprensa sobre os progressos de Júnior, e este parece estar em todas as partes. O primeiro ano no automobilismo foi de aprendizado, com dificuldades, mas já na segunda temporada as vitórias começaram a surgir. Tudo bem que o campeonato sul americano (apenas com pilotos brasileiros) de Formula 3 já não seja tão competitivo. Mas o título tem lá o seu mérito e o passo seguinte é a Europa. O pai vende uma fazenda, consegue convencer alguns amigos a fazer uma espécie de cota e la vai o menino prodígio para o velho continente. Uma temporada razoável, bons contatos e principalmente um empresário de peso. Segundo ano na Ilha e as coisas começam a acontecer: título da Formula 3 britânica, teste de Formula 1 e bom contrato para a GP 2. Um ano de aprendizado e o vice campeonato na categoria de acesso. O garoto chegou lá: está às portas do sonho, da Formula 1, tem carreira sólida e títulos para comprovar isso. Apenas um pequeno detalhe o separa da glória de ser um piloto de Grande Prêmios: cerca de 8 milhões de dólares. Aquela equipe novata tinha falado em menos, mas o piloto daquele país do oriente chegou antes. Agora restam duas vagas, e as noites sem dormir, as unhas totalmente roídas mostram a tensão. Todo o esforço, todo o trabalho, os anos de dedicação, as muitas vitórias, por oito milhões de dólares.
A "fábula" acima é fictícia, mas muito mais próxima da realidade do que deveria ser. Deixou de ser razoável ser um piloto de Formula 1. Pilotos pagantes sempre existiram, desde o famoso Príncipe Bira. Alex Soler-Roig é o primeiro de quem eu me lembro, e até o jovem dentuço Niki Lauda tomou dinheiro emprestado de um banco aústriaco usando o nome de seu poderoso avô. Funcionou no seu caso. Hoje em dia, currículo em categorias de base, vitórias, pouco vale. O piloto tem que ser antes de tudo, um produto. Niki Heidfeld, com toda a sua competência, tendo derrotado adversários do calibre de Felipe Massa, Kimi Raikkonen, Mark Webber e Robert Kubica, não encontra um cockpit para desenvolver seu trabalho. Nelson Piquet Jr, após mais de uma década de trabalho duro, jogou tudo para o espaço numa curva maldita e obscura. Álvaro Parente, apesar dos títulos e da esperança de toda uma nação, encontra-se a pé e desolado. Bruno Senna, com todo o glamou do sobrenome que carrega, não sabe se vai alinhar no GP do Bahrein no mês que vem. Tempos doidos, onde até um piloto aparentemente confirmado ( o russo Petrov) tem seu lugar em risco se não efetuar os pagamentos combinados.
Acho que o mundo está doido e já está na hora de descer. Deus sabe o quanto eu quis ser um piloto de Grande Prêmio e houve muitos momentos em minha vida, e em minha curta carreira de piloto que eu podia vislumbrar uma possibilidade tangível. Mas eu jamais pagaria milhões de dólares por um punhado de corridas. Em meados dos anos oitenta, havia uma simpática equipe italiana, a Osella, que se arrastava com seus carros azuis no fundo das grelhas. Allen Berg, um baixinho canadense enterrou sua carreira e provavelmente as economias de sua família naquela carroça, assim como depois o fêz o holandês Huub Rothengarter. Eles queriam ser pilotos de Formula 1 e pagavam para isso. Mas eram quantias mais módicas e eles não tinham um cartel de respeito nas categorias menores. Hoje, este cartel de respeito de nada adianta. Romain Grosjean lutou anos e anos para chegar lá e quando conseguiu, bastaram poucas provas para destruir completamente sua reputação, a ponto de sequer ter seu nome mencionado para as vagas que apareceram recentemente. O mesmo ocorreu com Sebastian Bourdais, tetra campeão da Formula Indy.
Definitivamente a Formula 1 já foi muito mais divertida. Pilotos como Roberto Moreno e Nelson Piquet chegavam lá na base de resultados e talento. As equipes precisam abrir os olhos, pois estão cometedo autofagia, e isso já há algum tempo. Pelo menos teremos Kobayashi de novo, para torcer.

BELO BELLUCCI


E o paulista Thomaz Bellucci conquistou o seu segundo título em torneio da ATP, derrotando na final do torneio de Santiago o argentino Juan Mônaco, por dois sets a um ( 6/2. 0/6 e 6/4). Agora entra no top 30 pela primeira vez e mostra que aos poucos o tênis brasileiro vai se recuperando do vazio pós-Guga. Parabéns.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

DOMINGUEIRAS.




Apesar dos testes coletivos realizados no início da semana passada na Espanha, pouco aconteceu de verdade, nas pistas, que mereça ser comentado. Fora das pistas, a lenta e pública agonia da equipe Campos - que corre o risco de nem disputar seu primeiro Grande Prêmio por conta de algum cálculo super otimista de seu proprietário, Adrian Campos. Me lembro que na década de 70, quando do anúncio do projeto do Formula 1 brasileiro, pelos irmãos Fittipaldi, Orestes Berta, um respeitado construtor de carros esportes e preparador de motores argentino, aproveitou a ocasião para anunciar o Formula 1 argentino. Deixem-me tentar contextualizar: a Argentina e o Brasil sempre foram rivais no campo esportivo, mas naquela época, havia uma clara percepção que os nossos "hermanos" eram superiores em um monte de coisas, entre as quais a qualidade de vida, a tecnologia, a forma como eram europeizados. Não sei se a proposta de Berta era séria ou apenas um blefe, mas certamente colocou em perspectiva a magnitude do projeto, de se fazer um carro de competição, no topo da pirâmide tecnológica, fora dos grandes centros, Europa e Estados Unidos. Aliás, mesmo os americanos e japoneses, faziam seus carros de Formula 1 no velho continente (caso das equipes Shadow, e Honda). Portanto, de certa forma, o anúncio do carro de Berta roubou um pouquinho do brilho do carro brasileiro.
Aí é que está o "pulo do gato": conheço gente que é capaz de anunciar um feito sem ter a menor noção de como concretizá-lo. Conheço muitos, e chamo-os de marketeiros do nada. Sabe aquele amigo que "quase" foi baterista de uma banda de rock que "quase" gravou um cd? Ou aquele outro que jogou nos juvenis do Palmeiras, ou São Paulo e "quase" passou ao profissional? Ou quantos que são "quase" advogados, ou "quase" engenheiros? Gente assim, de certa forma está sempre a sugar os méritos de quem realmente faz. Uma coisa é você ter vontade, desejo, e principalmente condições de fazer algo. Sonhar é de graça, e por isso mesmo, deveria ser particular.
Não estou colocando o Campos no mesmo barco que o Berta, mas de certa forma, a inabilidade em reunir os principais elementos técnicos e principalmente financeiros para decolar o projeto, mostram que ele é mais "marketeiro" que dono de equipe de Formula 1. O carro seria ( ou será) fabricado pela Dallara. Se eu ou qualquer um conseguir uns cinquenta milhões de euros e encomendar um carro para a Dallara, eles certamente ficarão muito felizes em fabricá-lo e vendê-lo. Colocar o projeto na estrada, o carro nas pistas e ter consistência é outra história. Berta pelo menos tinha conhecimento técnico para fazer um carro, mas ficou no sonho. Os Fittipaldis fizeram tudo: uma fábrica, criaram uma cultura automobilística, competiram, compraram e absorveram outra equipe (a Wolf), tentaram e caíram de pé. Ponto para eles.
Muitos outros, sem alarde, de mansinho foram chegando e se estabelecendo. A saga de Frank Williams é a prova que é possível sair do final dos grids e ser campeão. Os misteriosos e aparentemente muito bem financiados "piratas sérvios" da igualmente misteriosa Stefan GP estão à espreita, na tocaia, para ocupar o lugar da Campos. Muito estranho este mundo de hoje.
E parece que o Bruno Senna é mesmo pé frio: após praticamente assinar um contrato com a equipe Honda, esta desiste de participar da temporada de 2009, deixando-o a pé e atrasando sua errática carreira. Agora, após a pompa do anúncio de sua contratação, uma verdade emerge: ele falava sério quando dizia que não estava pagando para correr. O duro é achar alguém que pague para a Campos correr!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CONJECTURAS



Pontos a ponderar, ângulos a analisar. Na apresentação da nova equipe Virgin, com toda a pompa virtual que a situação demandava, faltou um personagem esperado: o piloto português Alvaro Parente, anunciado anteriormente como o terceiro piloto da equipe. Os jornalistas portugueses, boquiabertos foram investigar e a razão se tornou clara: houve uma quebra de acordo entre os patrocinadores do piloto e a equipe, e como o dinheiro não se materializou, niet! O excelente blog do Speeder 76, o "Continental Circus" tomou as dores do piloto e num artigo para lá de emocional, o Paulo descasca a sua ira nos políticos da organização governamental, Turismo de Portugal, que faltou com sua palavra empenhada.
Gostaria de analisar um pouco a situação. Segundo entendi, Parente teria que levar a "módica" quantia de 3 milhões de euros para garantir a vaga de.....servir cafézinho? Porque nesses tempos tresloucados, onde um piloto com 8 corridas de Formula 1 no cartel, foi testar pela primeira vez esta semana (Jaime Aguersuary), o que exatamente faz um piloto de testes? Voltando umas duas décadas no tempo, me lembro do piloto brasileiro Marco "Lagartixa" Grecco, com passagens apagadas pela Formula 3 inglesa e F3000, que divulgou que havia "assinado" um contrato de piloto de testes com a equipe Osella de Formula 1. Na ótica de Lagartixa, isso lhe daria exposição e seria um impulso a sua carreira, mas a equipe Osella afundou e a carreira do simpático piloto paulista idem. (Tenho uma historinha muito parecida, mas conto no momento adequado na seçãozinha das minhas memórias).
Caramba. Três milhões de euros para ser piloto de testes. Quanto será que leva o simpático "Mr. Press Release" o baiano Luiz Razzia para ser QUARTO piloto da mesma Virgin? Pelo menos no caso dele, a soja de seu pai é quem banca o desatino. No caso de Alvaro Parente seria dinheiro do contribuinte, e lá, sendo Europa e tudo, as coisas tem que ser mais as claras. Tivemos no passado pilotos brazucas correndo patrocinados por órgãos estatais, como o Raul "Bozó" Boesel, que graças à amizade com o então Presidente da República João Batista "me esqueçam" Figueiredo, levou grana da EMBRATUR e do Café do Brasil para participações modestíssimas nas equipes March e Ligier. Mas pelo menos, ele corria! Recentemente a Presidente "Botox" Kirchner da Argentina injetou uns dois ou três milhões de dólares na equipe americana USF1 para garantir a vaga de José Maria "Tetinha" Lopez, mas também nesse caso, ele deve participar das corridas.
O russo Petrov disse esta semana que não tem patrocínios de empresas estatais de seu país, e que o dinheiro para garantir a segunda vaga na equipe Renault lhe foi dado por seu pai. Muito justo. Mas, de novo, ele vai correr!
Gostaria que alguém me explicasse que tipo de retorno publicitário uma empresa ou órgão do governo teria em patrocinar um piloto que não testa, não corre, não aparece e ainda por cima usa uniforme dos outros patrocinadores da equipe, quando fica nos fundos dos boxes? Três milhões de euros....loucura.
Volto a dizer que acho que Alvaro Parente é um excelente piloto, com cartel (palmares) melhor que muitos dos seus colegas que estão competindo na categoria máxima, mas assinar como piloto de testes em equipe novata ainda por cima, me parece sandice. Também achei o tom da nota divulgada pelo piloto muito pessimista em relação ao futuro de sua carreira. Ele que já foi campeão do British Formula 3, campeonato de respeito, e que é um dos principais pilotos da GP2 tem que ter mais confiança em si, e erguer a cabeça e seguir a vida. Como dizemos aqui no Brasil: "Quando uma porta se fecha, abrem-se outras duas". Ou pelo menos uma janelinha para pularmos....rs

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

"SAPATOS " NOVOS










PosDriverTeamBestLaps1st2nd3rd
1.AlonsoFerrari1:11.470127--1:11.470
2.MassaFerrari1:11.7222261:12.5741:11.722-
3.KobayashiSauber1:12.05696-1:12.056-
4.de la RosaSauber1:12.0941541:12.784-1:12.094
5.HamiltonMcLaren1:12.256108-1:12.256-
6.KubicaRenault1:12.4261881:15.0001:12.426-
7.M.SchumacherMercedes1:12.4381221:12.947-1:12.438
8.AlguersuariToro Rosso1:12.57697--1:12.576
9.RosbergMercedes1:12.8991581:13.5431:12.899-
10.ButtonMcLaren1:12.95182--1:12.951
11.PetrovRenault1:13.09775--1:13.097
12.BarrichelloWilliams1:13.3771771:14.4491:13.377-
13.HulkenbergWilliams1:13.669126--1:13.669
14.BuemiToro Rosso1:13.8231251:14.7621:13.823-
15.PaffettMcLaren1:13.846861:13.846--
Cedo, ainda muito cedo para opinarmos com segurança. A temporada no entanto promete: quatro campeões mundiais em plena forma (não me venha dizer que Schumacher é um aposentado, por favor), novas equipes, mudanças nas regras, mudanças no sistema de pontuação, um "joguinho" psicológico básico (as declarações de Rubinho e de Jaiminho - os "inhos estão impossíveis"). Bom para quem gosta de corridas, do cheiro de gasolinha e borracha queimada.
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

LA BOCCA MALEDETA






















Não tem jeito: se você fica embaixo de um pé de goiaba, não espere colher mangas ou morangos! Um belo dia de inverno numa pista da Espanha, onde a temperatura está um tanto elevada, é possível sentir-se no ar a expectativa de milhares de fãs presentes, além, é claro, das equipes, seus técnicos e pilotos. Todos têm em mente o que ocorreu há exatos doze meses, onde uma equipe que nem existia propriamente até semanas antes, fundada dos "salvados" da defunta Honda, com um motor Mercedes aparafusado às pressas, com dois pilotos em contratos provisórios, um deles resgatado de uma aposentadoria quase inevitável, assombrou a todos com seu ritmo avassalador. Pior ainda: muitos julgavam ser aquela uma tentativa desesperada da "raposa" Ross Brawn para angariar algum tipo de patrocínio, e olhavam com certa condescendência, como a dizer: já vimos este filme antes, e o final nunca é feliz! Surpreendendo a todos, provavelmente mais ainda aos próprios integrantes da equipe, a equipe branca e amarela-marca-texto, iniciou a temporada sem tomar conhecimento de seus poderosos adversários, beneficiada a bem da verdade com uma peculiar interpretação do novo regulamento, no que dizia respeito aos difusores. Muitos choraram, reclamaram, fizeram biquinho, mas quando começaram a trabalhar para valer e diminuir a distância, já era tarde: com 6 vitórias nas sete primeiras etapas, o insosso Button levou o caneco para a Ilha de sua Majestade.
Portanto, de volta ao mesmo cenário, com equipes novas (que ainda não mostraram as caras, ou carrocerias) e um retorno de peso: Michael Shumacher, simplesmente o maior piloto de todos os tempos, aposentado desde 2006! Schummy cedeu aos apelos do velho amigo e cúmplice de tantas vitórias Ross Brawn, e com a equipe agora campeão e adquirida em parte pela poderosa Mercedes Bens, que aliás financiou a primeira parte da carreira do queixudo teutônico, as expectativas são bastante altas. Seu co-piloto, Nico Rosberg, que a bem da verdade ainda não se estabeleceu como um competidor capaz de lutar pelo título em seu próprio direito, se viu subitamente jogado à sombra do grande compatriota.
Nesse ponto da história, entra o nosso personagem principal dessa pequena-tentativa-de-crônica: Rubens Gonçalves Barrichelo - ou simplesmente, La Bouche! Para não perder o hábito de falar mais do que deve, e após anos vivendo à sombra do talento e das maracutaias do alemão, resolveu dizer em entrevista à revista Autosport inglesa que "se Rosberg quer realmente ganhar algo, deve sair da equipe Mercedes". Oras, oras, bolas. Qualquer um, eu, você, o Zé ceguinho poderíamos dizer ou escrever isso, mas Rubens? Sei lá.... Continuo achando sábio aquele ditado que diz que se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro...