quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

SÓ PARA QUEM GOSTA MESMO.

Não sou saudosista, mas tem horas que é difícil resistir. Já com alguns sintomas de abstinência de corridas de verdade, vamos voltar nosso reloginho lá atrás e ver um pouco de habilidade sem artefatos, ou disfarces. E também quero homenagear o grande Colin Chapman, que morreu há exatos 33 anos. (Apesar de alguns dizerem que ele se retirou para uma fazenda no Estado do Mato Grosso, devido a problemas que teria tido com a fábrica do De Lorean - aquela bagaça horrível  do filme " De volta para o futuro0>

sábado, 12 de dezembro de 2015

12 DE DEZEMBRO DE 1946. NASCIA UM CAMPEÃO. HOMENAGEM AO EMERSON

Não são necessárias palavras. Elas, às vezes, atrapalham. Bastam as imagens. Parabéns.



primeiras aceleradas, moto 50cc Interlagos (onde mais?)
Formula 2 Lotus 69 motor Ford Holbay

Formula 3 Lotus 59




kart mini (tanque) provavelmente nas ruas de Piracicaba, por volta de 1965.

A primeira foto que eu vi e tomei ciência que havia uns "irmãos Fittipaldi" corredores, mostrada por meu avô paterno Raphael Fittipaldi, nas páginas da Folha da manhã, por volta de 1967.

Com o lendário Luiz Antonio Greco, equipe Willys.

GP da Alemanha, 1970, segundo GP com o  velho Lotus 49 Cosworth, excelente quarto lugar.
Com a Lotus F2, provavelmente em Interlagos para o torneio em 1970.

sábado, 1 de agosto de 2015

PALAVRAS, POLÊMICAS, OPINIÕES E RADICALISMOS

 

   Tenho falado e escrito com alguma frequência sobre a enorme quantidade de asneiras que lemos nos campos de comentários de artigos na internet e nas redes sociais. Pessoas que nada têm a acrescentar sobre temas tão diversificados  quanto o uso e/ou legalização das drogas, futebol, pena de morte, economia, política, religião e etc, se acham no direito de opinar mesmo nada podendo acrescentar de útil. Alguns até admitem nada saberem sobre o assunto em pauta, mas mesmo assim, opinam. Bom, acho que democracia deve ter algo a ver com o conceito de "casa da mãe Joana".                 Quando, no entanto, alguém com estatura moral e biográfica opina sobre algo que conhece ou viveu, e é famoso, isso desperta reações engraçadas. Estou falando, claro, da recente entrevista do Nelson Piquet, onde ele afirma que o falecido Ayrton Senna era um piloto "sujo". Piquet descontraído, estimulado, com um microfone por perto é isso mesmo. O problema nem está em suas declarações, suas opiniões são bem conhecidas e nada de novo foi dito. O problema a meu ver é a reação das pessoas que não entendem o contexto de tudo isso. Das disputas épicas entre os dois pilotos brasileiros, as rivalidades, os problemas de Piquet com a imprensa (principalmente a paulista, na época da Formula 3 - que favorecia Chico Serra em detrimento do então futuro tricampeão).
Eu acompanhei e vivi de perto aquela época. Não sou e nunca fui o maior fã de Senna piloto, mas reconheço seu valor, obviamente. Sempre fui fã do Nelson Piquet piloto, menos do Piquet homem. Ele nunca primou pela simpatia e nos meus contatos pessoais com ambos, sempre fui mais bem tratado pelo Ayrton, até por uma questão de idade. Falar sobre alguém que já morreu pode sim, afinal de contas a morte é apenas uma etapa e quando falamos de alguém que foi figura pública, dentro do contexto da atuação profissional, é válido a meu ver. O problema é que Piquet tem um baita telhado de vidro após o escândalo que acabou com a carreira de seu filho Nelsinho na Formula 1. Falar em sujeira, em bater de propósito, me parece irônico nesse caso. De qualquer forma, respeitemos a opinião do Nelson, mesmo sem concordarmos com ela, assim como respeitemos a memória do grande campeão que foi Ayrton. E eu nunca gostei da forma como ele tirou Martin Brundle daquele campeonato de Formula 3 ( eu estava lá) e tampouco de outras polêmicas com regulamento. Mas o Piquet também aprontou das suas para burlar regras, enfim.....o assunto não se esgota.
         Outro absurdo, a meu ver, a punição do piloto Cacá Bueno após comentários que ele fez via rádio com membros de sua equipe sobre a atuação de uma fiscal de pista. Cacá estava certo e a punição é um absurdo. Ele é um grande piloto e tem personalidade, e o fato de ser filho do mala do Galvão Bueno não deveria omitir isso. Os nossos cartolas e políticos pertencem a lata de lixo que a história lhes reserva.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

O ESTRANHO ACIDENTE QUE ELIMINOU DOIS CAMPEÕES MUNDIAIS NA ÁUSTRIA

Não sou profeto e nem vidente, mas acho que estava certo ontem, quando escrevi que apenas uma quebra da suspensão traseira da Ferrari de Kimi Raikkonen poderia explicar a súbita "rabeada" do bólido vermelho, levando de roldão ( gostei da expressão = "de roldão"), o inocente Fernando Alonso. Que aliás, deve estar pagando aquela duplicata que ele cobrou em Singapura em 2008!

DE ZELTWEG ( RECORDAR É VIVER)

domingo, 21 de junho de 2015

A VALSA QUE DESAFINOU

 
Dois campeões mundiais fora na primeira volta. Decadência?

 Volto a repetir ( por mais plenonástico que soe): não sou saudosista e tento incluir em minhas róseas memórias do passado as coisas ruins, os maus odores, as inseguranças, espinhas, apreensões, para poder dimensionar corretamente o que já vivi e o que já foi vivido por mim.
No entanto, ao assistir a uma corrida tão sonolenta quanto previsível quanto o GP da Austria de 2015 disputado há pouco, assaltam minha mente algumas considerações:
   1- Se buscaram o aperfeiçoamento técnico, a quase perfeição, alcançaram. Sim, pois nos anos 60,70, 80 e noventa os carros quebravam demais, roubando vitórias certas dos que mais as mereciam, as suspensões falhavam, as pistas eram perigosas e matavam sem dó nem piedade;
   2- Nossa memória faz com que olhemos para trás em termos mais do que laudatórios, e alguns pilotos que elevamos à quase categoria de "gênios retrospectivos" não passavam de pilotos comuns que eram rápidos, mas falhavam muito. Uma foto que circulou entre ontem e hoje, com alguns pilotos do passado em redes sociais tinha Nelson Piquet (craque, sem dúvida), Alain Prost (craque, exceto sob chuva), Niki Lauda (grande campeão, mas com algumas atuações pífias, no início e finalzinho de carreira, além do ocaso da Brabham, antes do primeiro abandono) e só. Pierluigi Martini é um cara legal, divertido como todo italiano, e tinha seus dias de velocidade a la Maldonado. E só. Christian Danner, grandão e bonachão, galã e sempre bancado pela BMW, era bom piloto. Só. Jean Alesi, fogo de palha, começou como um meteoro, subiu, cruzou os ceús e foi caindo em lenta e deprimente queda até o final de sua carreira. Enfim, grandes caras, mas.....tirando os três campeões, pilotos que dificilmente teriam lugar nos grids atuais, sem levar um caminhão de euros.
   3- Com o enorme avanço das tecnologias embarcadas, uma fabricante muito bem estruturada tem vantagem e com os simuladores e etc, dificilmente será batida num futuro próximo. E não adianta o xoxorô dos caras das latinhas, pois eles também ganharam devido aos desequilíbrios, que aliás, caracterizam a Formula 1 desde sempre. Abrir asas, artifícios extra competição diversos não conseguem equilibrar, e se os dois pilotos da Mercedes não cometerem asneiras, ninguém mais verá a cor da bandeira de chegada em primeiro. Triste mas real.
   4- Bernie tá lelé....dá até um enredo de escola de samba. Uma hora ele dá declarações estapafúrdias sobre um assunto, cinco minutos depois se contradiz. Enquanto a gestão dos principais esportes mundiais estiver nas mãos de cartolas, teremos o risco de repetir os escândalos da FIFA. Basta ter um regulamento claro, pensar no público que ama e segue o esporte e teremos sucesso. A Formula 3 européia é um retrato da precocidade dos pilotos e da falta de juízo de quem organiza. Cada dia mais jovens e bancados por sólidos patrocinadores e programas de talentos, assim como acontece no futebol, estes "mini astros" são arrogantes e prepotentes, e se acham imortais. Não são.
Quanto à prova de hoje, parabéns ao Massa por não se deixar ultrapassar pelo Vettel (ual.....medalhas e comendas), e quase nada a acrescentar. O Acidente entre Kimi e Alonso me pareceu fruto de algo que se rompeu na suspensão traseira da Ferrari, ou um bloqueio de diferencial, causado por falha eletrônica. De mais......até logo!

sexta-feira, 5 de junho de 2015

INÉPTAS MANOBRAS MOVIDAS A MUITO DINHEIRO (OBSCURO): MALDONATOR

Se o Pastor Maldonado pilotasse nas décadas de 60 ou 70, não teria sobrevivido por muito tempo. O farto dinheiro da estatal venezuelana de petróleo PDVSA  vem alimentando uma das mais bizarras carreiras de piloto de Formula 1 da história. Um piloto que demorou quatro anos na categoria de acesso, a GP2, até finalmente sagrar-se campeão. Que só chegou a Formula 1 pelos petrodólares. Que até ganhou um Grande Premio, graças a um bom carro e a um dia de muita inspiração. Mas que é um louco inconsequente na maior parte do tempo. No youtube achei este documentário do Boris Sljivic.

terça-feira, 2 de junho de 2015

OPINIÃO EM VÍDEO: TESTE!

Projeto antigo, fazer editoriais gravados em vídeo, esta é a primeira experiência e a tendência é melhorar. Veremos!

domingo, 31 de maio de 2015

PRECOCE DEMAIS....

Max Verstappen chegou precocemente a Formula 1. Sim, eu sou um daqueles que condeno a precocidade excessiva em qualquer atividade. Parece uma ótima aposta de marketing da Red Bull, no entanto. Por hora, ainda não se machucou e mostra habilidade. Mas, há mais. Se passar pela barreira dos primeiros anos e percalços, pode tornar-se um dos grandes.

A FORÇA DO FACEBOOK E UM AGRADECIMENTO AOS AMIGOS



Este blog está no ar há seis anos e pouco. Teve seus (poucos) altos e alguns baixos. Nem sempre tenho tempo ou saco para postar. Claro, quem escreve quer ser lido. Quer que concordem ou discordem, mas quer suscitar interesse. Há inúmeros blogs sobre automobilismo. Vários deles, excelentes. Acompanho alguns. A formula para ser lido é ter uma abordagem diferenciada, pessoal, fora da mesmice. Isso eu acho que conseguimos por aqui. O que eu precisava, talvez, era um estímulo de mais leitores, mais "agito". Foi quando me lembrei que tenho o facebook. Que tenho mais que mil e quinhentos "amigos" por lá. Claro, sou "velho" (como dizem meus alunos de sexto ano) e tenho muitos alunos e ex-alunos.  Então resolvi fazer uma pequena experiência, criar uma página do blog no Facebook e enviar convites para que os amigos a curtissem. Funcionou! De uma meta inicial de cem curtidas, praticamente já obtivemos o dobro disso. Agora é pegar firme e fazer o blog mais consistente, mais interessante para aqueles fiéis leitores e para os recém-chegados. Obrigado a todos e vamos abordar coisas, não só de automobilismo, mas de outras áreas de interesse em comum. Valeu!

domingo, 24 de maio de 2015

1000 - Milésima postagem do blog.

Este modesto espaço começou timidamente, em 2009 e logo me surpreendeu ao abiscoitar um prêmio importante com cerca de seis meses de existência, o Prata do Top Blog! Depois muita água rolou por debaixo da ponte (apesar da estiagem) e tivemos juntos, altos e baixos. Não prometo nada, mas tenho a intenção de retomar as postagens, sem compromisso, pelo prazer de escrever e dividir meus achados com os amigos. Mil postagens não é para qualquer um, então parabéns a nós, ao blog e a mim.
Aos poucos pretendo introduzir algumas novidades, como comentários em vídeo, mas estes ainda estão em fase de testes. Veremos. Por agora, quero comentar algumas coisinhas das corridas de hoje, de forma superficial, pois não faltam espaços com descrições e comentários ótimos e detalhados.

GP de Mônaco de Formula 1




A Formula 1 anda meio manca das pernas. Nunca houve tanta grana, tanta sofisticação técnica e tecnológica ( não, não são a mesma coisa),  cinco campeões mundiais em atividade, um dos maiores e mais tradicionais fabricantes de autos e caminhões ganhando, mas, definitivamente, há algo de podre no Reino da Dinamarca de tio Bernie! Erros ao elaborar um regulamente minimamente razoável, desequilíbrio nos orçamentos, uma equipe que se arrasta melancolicamente pelo final do pelotão, fazendo tempos mais lentos que a GP2 – não é a Formula 1 que todos gostaríamos de ver.
Há temas “transversais” também, tais como a precocidade de Max Verstappen, que de certa forma desmoralizou a aura de “super homens” que tínhamos dos incríveis atletas ungidos com um cockpit na “máxima”! Com a chegada do molequinho, veloz, atrevido, mas com menos experiência de pista que qualquer um que pilote em nossa doméstica Stock Car, foi por terra aquela crença que apenas os “melhores” e “diferenciados” (peço desculpas pelo uso excessivo das aspas) poderiam um dia fazer juz a um lugar no olimpo sagrado da Formula 1. Eu sou um daqueles que acreditavam nisso e tão brutalmente quanto dizer a um garotinho que Papai Noel não existe, foi perceber que qualquer moleque, rápido no Kart, bom de vídeo game, poderia sentar numa besta de mais de 700 HP e duelar com os monstros que estão lá há mais de uma década. É frustrante, admito, pois quando eu torcia o pescoço nas curvas de Brands Hatch a bordo de meu modesto Royalle ou mais tarde, Van Diemen de F Ford, imaginava que precisaria de anos de experiência para poder  domar os pouco mais de 600 HP dos Cosworths de então ( descontando os turbos, habilmente amestrados pelos Piquets, Sennas, Prosts e Villeneuves do começo dos anos 80). Ver um molequinho pular de seu brinquedinho de rodinhas, fazer um ano de F3 e já estar         ali em Mônaco ( de todos os lugares, Mônaco!) disputando freadas.... era impensável. Confesso, estou a rever meus conceitos de décadas e estou muito confuso sobre as dificuldades da F1 atual.

P.S. = A "mancada" da Mercedes foi fenomenal e o Hamilton tinha toda razão para ficar com aquela cara de bunda depois da corrida. Confesso que não simpatizo com o Rosberg, como não simpatizo com filhinhos de papai em geral, portanto preferia ter visto uma vitória do Hamilton, do Kimi, ou de qualquer outro. Menos do Maldonado claro, porque simpatizo ainda menos com filhotes de ditaduras de esquerda de Republiquetas latino americanas...


Indy

Confesso não torcer pelo Helio  Castro Neves ( com seu jeito artificial de vendedor de enciclopédias), apesar de considera-lo um ótimo piloto. Gosto do Tony Kanaan, mas ele também me parece um tanto artificial e o fato de ser amigo do peito do Luciano Huck, figura que abomino, me afasta das trincheiras de sua torcida. Gostava sim, do Zanardi e do ....Montoya! Este gordinho hoje me encheu os olhos e me deu orgulho ao vencer com méritos e garbo a edição 99 das 500 milhas de Indianápolis. Ao contrário de alguns que reclamaram do corte abrupto da Band ao final da prova, eu agradeci pelo menos terem respeitado os fãs de automobilismo e mostrarem a corrida na íntegra. Futebol.....depois daquele vergonhoso 7 a 1 é coisa muito secundária em minha agenda. Mas pelo menos, a corrida da Indy, em que pese a chatice das muitas e demoradas paralisações e toda a cafonice americana, foi ótima. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

999: MAIS DE SEIS MESES DEPOIS....



É, faz tempo que não escrevo por aqui e o mundo não para. Coisas acontecem, a vida nos surpreende e o cotidiano teima em ser mais surreal que qualquer filme de ficção. Mas a gente fica firme e não desiste da labuta diária em busca daquele ilusivo resgate de nossa essência. Preservar valores, manter a bussola apontada na direção certa, mesmo que pela escotilha tudo o que enxerguemos seja o breu da noite e o açoite da chuva pesada. Ir em frente, ainda que a custa de caprichosas curvas traçadas pelo destino. Volto logo, prometo. Sem mais delongas. Trazendo principalmente, minhas impressões sobre automobilismo aqui nesse espaço. Papo sério! Hasta!


P.S. : o número 999 refere ao post deste blog. Portanto, o próximo é o milésimo!