Aos poucos pretendo introduzir algumas novidades, como comentários em vídeo, mas estes ainda estão em fase de testes. Veremos. Por agora, quero comentar algumas coisinhas das corridas de hoje, de forma superficial, pois não faltam espaços com descrições e comentários ótimos e detalhados.
GP de Mônaco de Formula 1
A Formula 1 anda meio manca das
pernas. Nunca houve tanta grana, tanta sofisticação técnica e tecnológica (
não, não são a mesma coisa), cinco campeões
mundiais em atividade, um dos maiores e mais tradicionais fabricantes de autos
e caminhões ganhando, mas, definitivamente, há algo de podre no Reino da
Dinamarca de tio Bernie! Erros ao elaborar um regulamente minimamente razoável,
desequilíbrio nos orçamentos, uma equipe que se arrasta melancolicamente pelo
final do pelotão, fazendo tempos mais lentos que a GP2 – não é a Formula 1 que
todos gostaríamos de ver.
Há temas “transversais” também,
tais como a precocidade de Max Verstappen, que de certa forma desmoralizou a
aura de “super homens” que tínhamos dos incríveis atletas ungidos com um
cockpit na “máxima”! Com a chegada do molequinho, veloz, atrevido, mas com
menos experiência de pista que qualquer um que pilote em nossa doméstica Stock
Car, foi por terra aquela crença que apenas os “melhores” e “diferenciados”
(peço desculpas pelo uso excessivo das aspas) poderiam um dia fazer juz a um
lugar no olimpo sagrado da Formula 1. Eu sou um daqueles que acreditavam nisso
e tão brutalmente quanto dizer a um garotinho que Papai Noel não existe, foi
perceber que qualquer moleque, rápido no Kart, bom de vídeo game, poderia
sentar numa besta de mais de 700 HP e duelar com os monstros que estão lá há mais
de uma década. É frustrante, admito, pois quando eu torcia o pescoço nas curvas
de Brands Hatch a bordo de meu modesto Royalle ou mais tarde, Van Diemen de F
Ford, imaginava que precisaria de anos de experiência para poder domar os pouco mais de 600 HP dos Cosworths
de então ( descontando os turbos, habilmente amestrados pelos Piquets, Sennas,
Prosts e Villeneuves do começo dos anos 80). Ver um molequinho pular de seu
brinquedinho de rodinhas, fazer um ano de F3 e já estar ali em Mônaco ( de todos os lugares, Mônaco!) disputando
freadas.... era impensável. Confesso, estou a rever meus conceitos de décadas e
estou muito confuso sobre as dificuldades da F1 atual.
P.S. = A "mancada" da Mercedes foi fenomenal e o Hamilton tinha toda razão para ficar com aquela cara de bunda depois da corrida. Confesso que não simpatizo com o Rosberg, como não simpatizo com filhinhos de papai em geral, portanto preferia ter visto uma vitória do Hamilton, do Kimi, ou de qualquer outro. Menos do Maldonado claro, porque simpatizo ainda menos com filhotes de ditaduras de esquerda de Republiquetas latino americanas...
Indy
Confesso não torcer pelo
Helio Castro Neves ( com seu jeito
artificial de vendedor de enciclopédias), apesar de considera-lo um ótimo
piloto. Gosto do Tony Kanaan, mas ele também me parece um tanto artificial e o
fato de ser amigo do peito do Luciano Huck, figura que abomino, me afasta das
trincheiras de sua torcida. Gostava sim, do Zanardi e do ....Montoya! Este
gordinho hoje me encheu os olhos e me deu orgulho ao vencer com méritos e garbo
a edição 99 das 500 milhas de Indianápolis. Ao contrário de alguns que
reclamaram do corte abrupto da Band ao final da prova, eu agradeci pelo menos
terem respeitado os fãs de automobilismo e mostrarem a corrida na íntegra.
Futebol.....depois daquele vergonhoso 7 a 1 é coisa muito secundária em minha
agenda. Mas pelo menos, a corrida da Indy, em que pese a chatice das muitas e
demoradas paralisações e toda a cafonice americana, foi ótima.
3 comentários:
Cezar parabéns pelo milésimo post,
hoje foi um dia e tanto em termos de automobilismo e faz jus ao teu post, a F1 tá nos devendo faz tempo e a Indy proporcionou uma tarde e tanto para quem curte emoções
abraços
Mário
Que bom que está de volta às postagens, Cezar.
Sobre essa questão dos carros já não serem tão difíceis de guiar, eu tenho lá minhas dúvidas sobre alguns pontos. Hoje em dia existem simuladores impressionantes, capazes de preparar um piloto para uma pista que ele não conhece de uma forma inimáginável. Esses simuladores reproduzem as configurações e ajustes do carro, e então o Nasr que nunca andou em Mônaco já chega lá com a pista decorada e podendo prever certos comportamentos do carro. Sei lá, acho que mesmo se tivéssemos com os V10 brutíssimos de 2004 na pista o Verstapinho conseguiria se meter lá na F1 de forma semelhante.
De resto, há muitas perguntas e poucas respostas sobre esses problemas da F1, até porque muitos dos problemas advém do próprio avanço tecnológico acelerado dos nossos dias. A maior parte das categorias que empolgam o público hoje têm carros muito mais simples sobre esse aspecto, a Indy parece uns 10 anos atrás tecnologicamente da F1, por exemplo, e o faz por opção.
Se a F1 sempre foi a vanguarda da coisa, o que fazer?
Abraço!
Belo número... E logo nele aparece o gordinho rapidão.
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