quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FANTASTIC

O Reginaldo Leme entrevistou dois ícones do automobilismo brasileiro, especialmente preciosos para os  da velha guarda como eu, Fritz D'Orey e Bird Clemente. Vale a pena ver no link abaixo:
http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1644282-7824-LINHA+DE+CHEGADA+ENTREVISTA++INTEGRA+DO+DIA+27+DE+SETEMBRO,00.html

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

UMA DAS RAZÕES PELAS QUAIS EU SOU FÃ DOS GAÚCHOS: ELES FAZEM ACONTECER!


Quem acompanha meu blog sabe que eu raríssimas vezes reproduzo press releases. Todos os textos são meus, pelo menos até que com um lenço branco, da mais alta janela da minha casa eu lhes abane adeus (parafraseando Fernando Pessoa). Na verdade, não gosto de assessores de imprensa, me perdoem meus amigos jornalistas. Já trabalhei em jornal e mesmo agora, um assessor de imprensa de um político sacana, se faz de bobo e surdo e mudo. Recebo releases de produtos, geralmente carros, que teria vergonha de subescrever. Enfim, não vem ao caso. O texto que reproduzo a seguir não é um press release, e sim a íntegra de um e mail muito gentil que o amigo Carlos Giacomello me enviou. Eu havia pedido para que ele me mantivesse informado sobre a categoria, então, ai vai:

Cézar

No ultimo final de semana, a fórmula 1.6 RS atingiu a meta que tinha sido estabelecida lá em julho de 2010, para ser atingida no final de 2011.
Alinharam 20 carros no Autódromo do Velopark,(veja foto anexa) sendo que 21 carros estavam lá, porém um carro não participou por quebra do motor.
Quando nos reunimos naquela oportunidade a categoria estava passando por dificuldades, com poucos carros no grid e com péssimo
conceito junto aos clubes e federação.
Contava porém com um pessoal com grande capacidade, infelizmente desmotivados.
A partir da escolha de uma comissão que passaria a gerir os interesses da categoria, iniciou-se um planejamento estratégico, focado principalmente no aumento do grid, com extensa publicidade dentro e fora do estado, convites para testes, remodelação do site, com novo administrador e paralelo a isso uma conscientização de todos os envolvidos para que os carros passassem por melhor manutenção a fim de evitar quebras, além da preocupação com o visual dos carros e equipes.
Trabalhamos junto ao Depto de Kart da FGA em busca de interessados vindo do kart.
Fomos atrás dos pilotos da extinta fórmula São Paulo oferecendo a mesma competitividade porém com o dobro do grid e com um custo por prova mais de 50% inferior à realidade deles.
Nosso pessoal buscou carros parados em todos os rincões deste Brasil e trouxeram para o RS a fim de adaptá-los ao nosso regulamento.
A comissão tecnica, ao elaborar o regulamento de 2011 manteve a premissa básica do custo baixo e paridade de equipamentos.
A Pirelli também se fez presente e subsidiou uma parte dos jogos de pneus para esa temporada, reduzindo o custo em 50%.
As Lojas Benoit, parceiras de primeira hora nesta nova empreitada, em 2010 distribuiram premios aos pilotos da categoria e em 2011 estão bancando o custo de transmissão das provas pelo Speed Channel, Ulbra TV e Rede Vida, ajudando a divulgar a categoria para toda a América Latina.
Varios sites e Blogs passaram a dar destaque aos monopostos gaúchos.
A Minelli, fabricante de chassis nos anos 90 voltou a se interessar e já está finalizando os primeiros chassis novos para entrega no final de 2011.
Todo este "barulho" acabou despertando  o interesse de muita gente e hoje a categoria conta com pilotos de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins além do grande interesse de paulistas e mineiros.
Grande Abraço.

Carlos Giacomello.


domingo, 25 de setembro de 2011

ANÁLISE SUBJETIVA, DESAPAIXONADA E A POSTERIORI DE UM GP INÓCUO



A corrida foi boa, dentro das circunstâncias. Purista que sou, não gosto de coisas artificiais. E corrida de Formula 1 à noite é artificial, queiram ou não. Cingapura, depois da farsa de 2008 me dá uma certa sensação de  cassino, uma Las Vegas safada do oriente. Chuck Vettel não toma mais conhecimento da concorrència, parece estar correndo apenas para os livros de estatísticas. O mais jovem isto, o mais jovem aquilo, e por aí vai. Jenson Button (que a besta apocalíptica global teima em chamar de "Jason") é outro que está guiando o fino. Cerebral, suave com o carro, estratégico, dá gosto e nos faz lembrar o velho Emerson dos bons tempos. Do Webber já deixei claro que não gosto e pronto. Sonso, cara de bunda mole, daqueles caras que quando a gente era moleque ficavam "armando" intrigas só para ver o circo pegar fogo. Preciso consultar minhas memórias longínquas e ver se tinha algum bunda mole parecido com ele lá em Ourinhos, na época do Horácio Soares...
O Alonso não faz parte da minha galeria de heróis pessoais, mas guia muito e jamais se entrega. O Hamilton é um tipo de piloto que eu gosto de ver pilotar, mas admito, está se esforçando muito para tomar uma suspensãozinha e depois dizer que a FIA é racista, com sua mania de perseguição. O Paul di Resta fez uma corridaça hoje, num circuito que em teoria, não era bom para seu carro. Pilotou direitinho, consciente e está crescendo como piloto de grandes prêmios. Nada mal para quem veio do DTM. Nico Rosberg veio a seguir numa corrida a la .....Nico Rosberg! Much ado about nothing! O cara agita, agita e no fim, chega em quinto, sexto, por aí. Pelo menos não desfez a franjinha. Adrian não foi muito sutil hoje, tendo se esbarrado nuns caras por ai, tentando duro bater o Paul que restou, mas no final, conquistou bons pontos e se mantêm vivo na tabela de pontos da intermediária. Suficiente para não ser rebaixado para a GP2...
Em nono lugar o segundo, quase terceiro piloto da Ferrari, Felipe Massa. Muito se escreveu sobre o incidente entre ele e Hamilton na corrida. Pelo que eu vi a culpa foi do inglês e até entendo a indignação do Massinha em ir reclamar depois e tal. Mas é inócuo: ele está numa posição tão secundária que é o mesmo que o time do São Caetano reclamar que foi roubado pelo time do Vasco em 1999 (que foi mesmo) na decisão do campeonato brasileiro: águas passadas não movem moinhos. E Massa, meus amigos, é agua passada, fósforo queimado, não tem jeito. Talvez eu seja xingado por escrever isto, mas é a minha opinião. Brasileiro que sou, jamais fui capaz de torcer por pilotos do quilate de Ricardo Rosset ou Antonio Pizzonia. Do Massa eu gosto, mas é como ser palmeirense hoje em dia: uma decepção atrás da outra. É dose!
Sergio Perez é bom piloto e está fazendo um estrago danado na reputação do Kobayashi. Simples assim. Rubinho: pegue o chapéu! Escrevo isto com pesar e pela primeira vez admito que a hora já foi. Fiquei exultante com seu "quase" revival na temporada de 2009, quando após os fracassos ao volante da Honda, veio a Brawn e nos surpreendeu a todos. Só que Rubinho mais uma vez foi a noiva — de Button, como já tinha sido de Irvine, de Herbert, de Schummacher, etc.... Agora ser coadjuvante de Pastor "Chaves" Maldonado é como ser um eterno Dedé Santana para um Didi de subúrbio.....pegue seu boné e caia fora, bom Rubens.
Schummy bateu feio e Bruno Senna, para decepção do locutor oficial e seus ventríloquos de plantão, não fez nada. "Apesar de estar sempre a frente de Petrov" — que venhamos e convenhamos não dá para ir para o Hall da fama nem em calçada de favela!
De resto, bom restinho de domingo e boa semana para nós! Os pilotinhos já estão com suas vidas ganhas, assim como os medíocres jogadores de meu palmeiriinhas.......portanto, vamos cuidar de coisas mais importantes. A riverdere!

domingo, 11 de setembro de 2011

A MONZA O QUE É DE MONZA: RELATIVAS


Bela corrida em Monza na Itália hoje. Seb "Chuck" Vettel venceu com o pé nas costas, ou melhor, com a latinha de Red Bull numa das mãos enquanto segurava o volante com a outra. Tirando uma disputa inicial pela liderança com um motivado Fernando Alonso, que pulou na frente na largada, enquanto na primeira curva um Liuzzi ensandecido fez uma carambola infernal, tirando alguns competidores da corrida já no começo, Vettel parecia ser romano: vini , vidi, vince......ou seja lá o que for em latim, vocês entenderam.
A corrida foi boa pela dinâmica da pista que permite disputas de vácuos e freadas em alta velocidade e as novas regras que mesmo que artificialmente, equilibram as disputas (estou falando do KERS e das asas móveis). Jenson Button pilotou "o fino" de novo e vem se tornando um grande nome nesta temporada. Fernando Alonso é o de sempre, campeão com garra e alma correspondentes. Lewis Hamilton fez boa corrida, mesmo tendo quase sido jogado fora da pista por Michael Schummacher, e talvez por isso, foi mais cauteloso que de costume. Em sexto um já obsoleto (para os padrões piloto-Ferrari) Felipe Massa, em sétimo um bom Jaime Alguersuari, seguido por um aliviado Paul di Resta, o novo menino-prodígio Bruno Senna e finalmente, o "muso" Buemi. Nosso Rubinho, mais uma vez não foi páreo para seu carro, seu companheiro de equipe, a língua mordaz de seus críticos, a passagem do tempo, a boa campanha do Corinthians, a desvalorização do dólar....(enfileirando aqui possíveis soluções de  desculpas).....


A corrida foi legal mas já acabou. Vamos agora às relativas:
-Puta que pariu para os filhos-das-puta do Galvão Bueno da e besta-ventríloquo Luciano Burti: que duplinha mais chinfrim. Um fala asneira, o outro, ainda adormecido, repercute. O Bruno Senna, fiquei sabendo hoje, é a oitava maravilha do mundo e nunca-antes-na-história-deste-planeta (para emular outro imbecil barbudo que ainda nos ronda e assombra) um piloto conseguiu um feito tão maravilhoso de marcar pontos em sua segunda corrida na Formula 1 com tão pouca quilometragem prévia. Cacete. Falácia. Quanta imbecilidade. Em primeiro lugar, devo dizer que gosto do Bruno Senna. O rapaz é educado, cortez, fino mesmo. Tem boas qualidades como piloto e isso é inegável. E evidentemente não tem culpa de tanta idiotice que se fala a seu respeito no canal plim-plim pelo locutor gaga e seu side-kik Luciano-dorminhoco. 
Vamos por partes: Bruno começou relativamente tarde na carreira, mas tem bastante experiência sim. Percebam que não estou mencionando um óbvio parentesco ( e me deixa triste que por oportunismo ele use o nome de sua avó materna — sim, dona Neide é Senna — seu Milton é da Silva e o pai de Bruno, o falecido Lalli). Eu me refiro à experiência como piloto. Não vou mergulhar em meus arquivos eletrônicos ou de papel, vou apenas dar um "passeio" pelos cansados neurônios que dão expediente na memória deste desprestigiado cérebro e recordar alguns pilotos que estrearam de verdade na categoria máxima com muito menos experiência e marcaram pontos. Bruno, para quem não se lembra, correu de Formula Renault, Formula 3 na Australia, Formula 3 na Inglaterra (duas temporadas, se não estou enganado), GP2 (também duas temporadas), corridas de carros esporte e uma temporada completa na Formula 1 pela equipe Hispania — gostem ou não, é Formula 1  e dá quilometragem, vide Ricciardo que está sendo preparado para a Red Bull no futuro pela mesma equipe tartaruga. Ou seja: ele tem sim, alguns milhares de quilômetros atrás de um volante de carros de corridas, sempre competitivos (com a óbvia excessão da Hispania, claro). Além de ser tratado como um débil mental, ele teve mais carro hoje que alguns pilotos que chegaram à sua frente, como Alguersuari e di Resta.
Pilotos que tinham menos experiência que ele ao chegarem a Formula 1? Com pontos ou sem pontos na estréia? Vamos lá: Kimi Raikkonen tinha feito apenas cerca de 40 corridas de carros e pulou diretamente da Formula Renault (não da hoje Super Renault da World Series, Renault mesmo) para a Formula 1. Acho que não se saiu tão mal assim, e se bem me recordo, tem até um título mundial na categoria máxima. Jenson Button, pulou diretamente de um terceiro lugar no campeonato britânico de Formula 3 para um assento na Williams em 1990. Também consta um título. Felipe Massa: dois anos em Formulas menores, tipo Chevrolet, um ou dois anos de F3000 na Itália, nada demais. Provavelmente um dos pilotos com menos quilometragem a atingir a Formula 1. Gerhard Berger, também com cerca de 40 participações, em carros turismo (Alfasud) e Formula 3 alemã.Um certo Ayrton Senna: um ano de Formula Ford 1600 ( 25 corridas) um outro ano de Formula Ford 2000 ( 20 corridas) um ano de Formula 3 (16 corridas aproximadamente) e bingo: Formula 1 com ponto em sexto lugar na segunda corrida!
Nada contra o Bruno, repito. Mas vamos devagar com o andor e com a  boca-que-queima-carreiras desta besta chamada Galvão. O rapaz fez um bom trabalho, mas não é nenhum gênio da lâmpada, pelo menos por enquanto.

Quanto as demais relativas, meus respeitos às vítimas e às famílias das vítimas das torres gêmeas do ataque de exatos dez anos atrás. Eu amo Nova Iorque e até pouco tempo antes, estava vivendo por lá. Mas o maior ataque terrorista da história recente continua sendo as duas bombas atômicas covardemente jogadas sobre o Japão em Hiroshima e Nagashaki no final de segunda grande Guerra que mataram mais de 50 mil pessoas que também tinham famílias! A mídia americana, e brasileira em particular, nos faz acreditar que a agressão aos EUA foi uma coisa isolada, covarde, demoníaca. Foi sim. Mas é como uma lei da física: toda ação tem uma reação correspondente!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ESSE MAURICIO MORAIS!!! POSTER LINDO COM OS CARROS DO MARINHO

Vale a pena dar uma olhadinha no blog www.mauriciomorais.blogspot.com do artista homônimo e verificar a grandeza de seu talento. Aqui duas amostras do que ele pode fazer:


SOM PARA ENCERRAR A SEMANA

Adoro este filme e adoro esta música. Adequada para momentos de reflexão.

SORTIDAS E AVULSAS


Confirmada a permanência de Bruno Senna na equipe Renault (não me peçam para chama-la de Lotus, ainda não estou acostumado com esta "dança" de nomes — é fácil para os marketeiros se auto-batizarem algo que não são, para nós, os puristas, é mais complicado, senão impossível) até o final do ano. Claro que além da relativa decepção com a atuação de Nick Heidfeld, a injeção de muitos reais na combalida conta corrente do Grupo Geni — não aquela da chuva de .....você sabe, outra Geni, esta uma senhora gorda de luxemburgo que vive a fazer cachecóis de lã e nunca vendia, até que um dia, abriu um site na net e a venda dos cachecóis bombou tanto que resolveu comprar uma equipe de Formula 1 — enfim, cachecóis, Sennas e Heidfelds à parte, a vida continua a girar.


Quanto ao Rubinho, eu que sou eterno defensor do bom e veterano piloto brasileiro, parece que sua situação para a próxima temporada é menos garantida e ele já começou a movimentar-se, via twitter e "drops" na imprensa, dizendo que gostaria de continuar etc. Quem o critica muitas vezes esta puxando o saco de seu chefe para não ser despedido, está tentando uma boquinha em algum cargo público via "aquele vereador/deputado/senador" amigo ou outras coisas menos nobres. Acho legítimo um trabalhador querer manter o emprego que conquistou de forma legítima e honesta. O nível de desinformação de parte dos torcedores brasileiros é grande, cheguei a ler em alguns comentários de blogs que ele deveria "dar" o lugar para pilotos brasileiros mais jovens, como se na Formula 1 a nacionalidade fosse um lugar cativo, um sistema de cotas.Chegam lá apenas alguns privilegiados e permanecem pouquíssimos destes. Se Barrichello está se mantendo nesse nível a quase duas décadas e se o seu ano não vem sendo bom, boa parte do fraco desempenho é da equipe Williams que de tempos em tempos sofre um "apagão" de qualidade. Qual outra equipe na história da Formula 1 foi capaz de "rifar" sem dó ou piedade três pilotos que ganharam títulos com seus carros? 
Só para relembrarmos: em 87 Nelson Piquet enfrentou as sequelas de um terrível acidente na Tamburello em Imola (sim, aquela mesma) e a parcialidade da equipe pró-Nigel Mansell e venceu o título. Suas condições e ambiente na equipe eram péssimos e ele foi embora para a equipe Lotus levando consigo o motor Honda — o melhor da época. Anos depois, o mesmo Nigel Mansell ganhou facilmente o título de 1992 e foi sumariamente dispensado no final da temporada para a contratação de Alain Prost. Que por sua vez ganhou facilmente o título de 1993 para ser dispensado para a contratação de .... Ayrton Senna. Após a morte trágica deste, Damon Hill assumiu as rédeas da equipe e após ser campeão em 1996 foi.....dispensado. Concluindo: uma equipe que não valoriza seus pilotos campeões, que cometeu erros estratégicos crassos durante sua história, agora agoniza em decorrência de suas próprias falhas — talvez não vá mesmo segurar seu único piloto de verdade, me desculpem os fãs de Maldonado. Contratar outro piloto pagante seria sim um erro, como afirma Rubinho, e talvez a gota d'água que falta para o fim nada glorioso desta equipe de tantas tradições.