terça-feira, 30 de março de 2010

PARA A PAULA, DE PORTUGAL

Sei que a Paula é a maior fã do Rolando do mundo, achei essa foto no Facebook e não pude resistir. Saudades do "Roland Rat". Abraços aos amigos de Portugal!

segunda-feira, 29 de março de 2010

ARMANDO NOGUEIRA : FINÍSSIMO CAVALHEIRO DAS LETRAS E DOS ARES


Não o conheci pessoalmente. Admirava seu texto, sua carreira e principalmente seu amor pelos ultraleves, paixão que eu também tenho e da qual não pretendo me curar. Aos oitenta e três anos, fez bastante e cumpriu sua missão. Bravo, Armando! De Xapuri para a eternidade.

DOMINGUEIRAS MAIS QUE TARDIAS....O " DAY AFTER"


Estive fora ontem durante todo o dia, em compromissos inadiáveis. Peço desculpas aos meus parcos leitores que por ventura, tendo acessado o blog, nada encontraram.

O Grande Prêmio da Austrália, como se previa, foi uma daquelas corridas que vai ficar na memória de todos. A começar pela fato de ser um circuito não contaminado pelo Herman Tilke, ou seja sem graça e monótono. A chuva entrou como fator surpresa, separando os homens dos meninos. E as circunstâncias da prova também contribuiriam e muito para que esta fosse movimentada e interessante.

Gostei da vitória do Jenson Button. Eu sou meio esquisito, confesso: posso até duvidar da capacidade de um determinado piloto, mas quando ele se torna campeão mundial, principalmente sem ter feito muito até então (vide Keke Rosberg, Alan Jones e o próprio Button), torço para que ele se consolide, ganhe mais corridas, enfim, justifique o título conquistado. Poucos campeões (Villeneuve vem à minha memória, e pensando melhor, Jody Scheckter também) decepcionaram nesse quesito. Denny Hulme foi campeão sem brilho, mas era um dos ponteiros regularmente até sua aposentadoria, tendo ganho uma corrida em sua última temporada (GP da Argentina de 1974). Pois bem, com a ida para a equipe Mclaren, justamente ao lado do queridinho Lewis Hamilton, já ostentando seu próprio título, pensei que Jenson seria subjugado ao posto de mero escudeiro. No íntimo torcia para estar errado, pois como disse, um campeão é alguém com sangue real nas veias, que pertence a uma classe diferenciada.

A corrida de ontem foi copiosamente descrita e discutida em muitas páginas e blogs da net, de maneira muito mais eficiente que eu poderia fazer. De qualquer maneira, vou ressaltar alguns destaques:

1- A boa atuação de Robert Kubica e o fato da Renault não ser a bomba que se pensava a princípio;

2-A decepção que tem sido as atuações de Kobayashi. Falei que achava que estavam endeusando demais o japinha, e até agora ele está devendo e muito;

3-O fato do Karok terminar a corrida com o Hispania, foi um baita resultado. Essa idiotice que o Galvão Bueno fica repetindo, de que há duas categorias é para quem não conhece a história do automobilismo: por acaso as Osellas da vida reclamavam? Ou a Minardi? Ou tantas outras equipes que começaram de forma modesta ( Frank Willians, na época do saudoso José Carlos Pace, cujo carro era uma verdadeira lata velha). Três equipes novas, quase sem treino, duas corridas, é natural que estejam longe do ritmo. Mas a categoria se beneficia com novo sangue;

4-A boa corrida do Massa, que parece não esta intimidado com a presença do Alonso na Ferrari, isso é ótimo para ele e excelente para a Formula 1. Personalidade é um dos mais importantes atributos de um piloto;

5- As boas corridas e o baita elogio do Sam Michael ao Rubens Barrichello;

6- O pessoal pegando no pé do Schumacher. Ninguém sabe quais tipos de estrago o seu carro sofreu na batida do começo da prova de ontem, e ficam malhando o cara. Mal ou bem, duas corridas nos pontos, não acho ruim;

7-A decepção que tem sido o Nico Hulkenberg. Esperava mais do jovem piloto alemão da Williams. O tempo dirá;

8-As fracas apresentações da Virgin. Tanto Glock, quanto Di Grassi têm motivos para ficarem preocupados, menos talvez que o “Midas” Richard Branson, que esnobou a Brawn GP e entrou numa aventura com a Manor;

9- A “zica” de Vettel. O jovem alemão tem demonstrado ser o piloto mais rápido nesse início de temporada, mas o carro não tem ajudado. Seu errático companheiro de equipe Mark Webber andou passeando pelos templos do Santo Daime e estava mais doidão que boi vermelho em rodeio do interior;

10- A bela corrida de Hamilton. Acelera este inglesinho que dá gosto. Mas com a pressão de Button ( lembrem-se, ele é mimado demais na McLaren), pode se afobar e....

sábado, 27 de março de 2010

JÁ QUE É PARA COMEMORAR ANIVERSÁRIOS DE MORTOS: RENATO RUSSO, 50 ANOS.


Hoje o cantor e compositor Renato Russo, líder do conjunto de Brasilia "Legião Urbana" completaria 50 anos. Voz de uma geração, dono de um enorme talento, ao mesmo tempo de uma personalidade atormentada, Russo deixou algumas pérolas para a posteridade.









CANGURU LAND


Estou meio quieto aqui no meu canto, mas observando tudo. Na madrugada assistimos todos aos treinos classificatórios para o GP da Austrália. O "wunder kid" Seb "chuck" Vettel não deu chances aos seu competidores e demonstrou ter velocidade e postura para conseguir a pole. Ao seu lado sai o "canguru papudo" Mark Webber, no meio dos rumores (começados, a bem dizer, por seu "muy amigo" Lewis Hamilton) sobre sua aposentadoria no final desta temporada. Em terceiro a melhor das Ferraris, nas mãos de Fernando Alonso, que cravou sete décimos de segundo sobre seu companheiro Felipe Massa. Este jamais andou bem nessa pista, tem um retrospecto horrível, e deve se concentrar em marcar mais pontos.
Em quarto lugar no grid, o atual campeão do mundo Jenson Button, superando com folgas seu badalado companheiro Hamilton, que não está num bom momento na Austrália. Além dos comentários infelizes sobre Webber, foi pego pela polícia australiana a fazer "zerinhos" com seu Mercedes de rua, e foi multado. Na pista não se achou e não passou ao Q1. Os dois pilotos da Mercedes vieram a seguir, com Rosberg na frente de Schummy, mas por muito pouco. O mestre está "pegando a mão", portanto, preparem-se para mais emoções. Rubens Barrichello está tirando leite de pedra com a Williams com motor Cosworth e sai em oitava, á frente de Kubica e sua Renault e Sutil. Lucas di Grassi e Bruno Senna vão largar lá atrás, mas aparentemente a Dallara do Team Hispania, do sobrinho de Ayrton já melhorou um pouco, tomando apenas cerca de cinco segundos dos carros mais rápidos, ao contrário dos dez de Bahrein.
A corrida promete, apesar do horário ridículo. E eu que tenho concurso amanhã as oito da manhã, não sei se assistirei a prova ou não. Isso nada muda, claro....

quinta-feira, 25 de março de 2010

FRITZ D'OREY, PARABÉNS




Frederico José Carlos Themudo D'Orey: mais conhecido como Fritz D'Orey completa hoje 72 anos de idade. Um dos primeiros pilotos brasileiros a competir na Formula 1, teve sua carreira prematuramente interrompida devido a um terrível acidente que o deixou hospitalizado por oitos meses. (As fotos foram gentilmente "roubadas" do site www.bandeiraquadriculada.com.br.

segunda-feira, 22 de março de 2010

DOIS TEXTOS (QUE VALE A PENA LER)

Que eu adoro essa porcaria de net aqui, todos sabemos. Que eu sigo um monte de blogs de automobilismo ( e muitos outros assuntos) também. De vez em quando, me deparo com textos ótimos ( o Groo é expert em nos presentear com pequenas pérolas), e gosto de dividir com vocês.
Hoje por acaso, versando sobre o mesmo tema ( e chato, o hipotético quinquagésimo aniversário do Ayrton Senna - mortos, como sabemos, não têm aniversários), li dois ótimos textos de teor e lavras totalmente diferentes.
O primeiro deles do ótimo Daniel Medici e seublog http://cadernosdoautomobilismo.blogspot.com/. Nele, com uma abordagem interessante e original, a começar do título "Vocês, os vivos", Daniel traça paralelos entre um filme, princípios filosóficos e faz digressões sobre o significado da morte no palco enorme do capitalismo e do youtube. Ótima leitura.
O outro é de autoria de um jornalista a quem leio diariamente, que escreve muito bem, mas de quem tenho enormes reservas, por suas posições políticas e principalmente com a falta de educação com que trata seus seguidores, nos comentários de seus artigos. Falo de Flávio Gomes e seu excelente blog http://colunistas.ig.com.br/flaviogomes. Em meio a excelentes artigos sobre automobilismo, memorábilia, e outros assuntos, e artigos deploráveis sobre política e suas visões esquerdistas ultrapassadas, de vez em quando Gomes nos dá uma pérola. É o caso do artigo: "Piquet, 57 (E 7 meses e 5 dias). Ele faz uma paródia com o exagero das elegias sobre Ayrton Senna, posta um excelente vídeo de uma entrevista dada por Piquet no final de 87, data de seu terceiro título, onde ele explica com sua característica simplicidade seus feitos, desmistificando o fato de ser piloto de corridas. Leiam o artigo, desta vez Gomes acertou na veia. E vou tomar a liberdade de copiar o video e postar aqui.

domingo, 21 de março de 2010

(TARDIAS) DOMINGUEIRAS


Semana passada e na anterior eu falhei com minhas domingueiras. Acho que foi a dengue, que me deixou "hors de combat". Hoje senti que faltava algo, então aqui estou. Sem tema. Tem trema. Tem lema. Mesmo assim vamos lá.
Semana que vem o campeonato de Formula 1 deve começar de verdade, na Austrália. Apesar de todas as cantilenas que dizem que a corrida do Bahrein foi chata (e foi mesmo), que as novas regras não adiantaram nada e tudo o mais, sabemos que aquele autódromo horrível projetado pelo Tilke sempre proporcionou corridas sonolentas. Não nos precipitemos, portanto. Eu acho que o abastecimento adicionava um elemento novo nas corridas, mas na era Schumacher ele era o que mais sabia tirar proveito das circunstâncias, em ocasiões humilhando seus mais diretos adversários, com suas voltas voadoras antes de parar e sua incrível capacidade de "ler" as reações do carro com pneus frios e tanque cheio. Essa capacidade de entender as nuances do comportamento da máquina, interpretar todas as suas variáveis talvez seja o maior "handicap" do alemão.
Como purista e saudosista que sou, tendo aprendido a gostar da Formula 1 de verdade ao ler os relatos em primeira pessoa do Emerson Fittipaldi à revista "Quatro Rodas" na década de setenta, me lembro das estratégias diabólicas do Rato. Já tive ocasião de escrever aqui sobre o Grande Prêmio da Bélgica em Nivelles em 1972, quando Emerson seguiu diligentemente ao afoito Clay Regazzoni e sua Ferrari pelas primeiras 32 voltas da corrida, forçando ultrapassagens impossíveis em vários pontos da pista, menos no único lugar onde ele sabia que teria alguma chance. Com isso Rega passou a relaxar naquele ponto e quando menos esperava, Emerson deu o bote fatal. Ou a descrição do mesmo do Grande Prêmio da Argentina de 1973, quando caçou e ultrapassou as duas Tyrrells de Cevert e Stewart, ambos em ótima forma. Corrida longa, calor, grande desgaste físico e de pneus, Emerson foi "economizando" carro, combustível e pneus, para poder passar a liderança na hora certa. Grandes relatos de um grande piloto.
Hoje, com as condições parecidas para todos, espero que tenhamos grandes performances novamente. Talento no grid, certamente temos, com o próprio Schumacher, Alonso, Hamilton, Massa, Vettel, Button, Barrichello, Webber e tantos outros.
De mais a mais, a temporada do automobilismo brasileiro está prestes a começar, assim como as principais corridas lá fora. Bom para quem ainda se arrepia com o som de um motor em alta rotação e com o cheiro de gasolina e borracha queimada!

50 NOS DE SENNA : MAIS UM PEQUENA HOMENAGEM



Ele não viveu para completar o meio século de vida. Seria hoje. Nem precisou, a bem da verdade, para deixar seu nome eternizado na mente e principalmente no coração de milhões. Passou a história como um semi-deus, que não era e tampouco fazia questão de ser. Pessoas que mal haviam nascido naquele fatídico primeiro de maio de noventa e quatro o idolatram e nem o viram em ação.
Eu particularmente acho um pouco assustador tudo isso, pois o fanatismo em qualquer circunstância me assusta. Na ocasião dos 15 anos da morte de Ayrton, em maio último, fiz uma série de post em sua homenagem. Posts diferentes, que narram as vezes em que estivemos juntos e minhas impressões a respeito. Não gosto de hipóteses, tipo: "quantos títulos teria ganho a mais" "quantas poles", "quantas corridas". Me parece óbvio que teriam sido muitas mais. Acho que na verdade ele nem era tão obcecado por estatísticas assim. Schumacher é muito mais paranóico em relação a isso. Números não mentem, no entanto: 41 vitórias, 65 poles e três campeonatos, não são para qualquer um.
Eu atingi há poucos meses os cinquenta anos de vida. Me sinto ótimo nessa idade, cheio de energia, de vida, com uma família que amo. Ayrton certamente teria uma linda família também. Esteja onde estiver, receba nossas homenagens. Um abraço, cara.

sábado, 20 de março de 2010

VINTE ANOS DE MORTE DO ZACARIAS: O TEMPO PASSA!


Zacarias era um comediante (muito parecido fisicamente com o Felipe Massa, diga-se de passagem) que encantou a muitas crianças no programa "Os Trapalhões, quando este ainda tinha alguma graça. Faleceu há vinte anos. Só para recordar um pouco.

segunda-feira, 15 de março de 2010

ASPECTOS DO PRIMEIRO GRANDE PRÊMIO DO ANO: AS ESTRÉIAS







Acompanho Formula 1 há muitos anos. Muitos mesmo. Lembro-me nítidamente das estréias de Emerson, do Wilsinho, do Moco, do Luizinho Pereira Bueno. Houve então um hiato, entre os pilotos nacionais e o próximo a estrear foi o Alex, em finais de 1976, com um velho Hesketh. Depois veio Ingo, com o segundo Copersucar. Depois, entre os brasileiros, o Piquet. Lembro-me de alguns estréias memoráveis, com pontos, como a de Alain Prost, na Argentina em 1980. Impressionou-me, anos depois a estréia de outro piloto francês, Jean Alesi, um ótimo quarto lugar com Tyrrell no Grande Prêmio da França de 1989. Não vi a estréia de Giancarlo Baghetti, vitória no GP da França, com Ferrari em 1961. Mário Andretti, Carlos Reutemann e Jacques Villeveneuve estrearam com pole positions, cada um deles. Me lembro da estréia do Gilles Villeneuve, na Inglaterra em 1977. Me lembro de Depailler, Pironi. Me lembro de tantos outros, badalados ou não.
Pois bem, acredito que a estréia seja importante para todos os pilotos. Ontem, abertura de campeonato trouxe um grande número de estréias simultâneas, coisa que não acontecia há alguns anos. Vamos analisar, começando pelos brasileiros:
-Lucas di Grassi: Trata-se daquele piloto com ótimos resultados em categorias menores, que todo mundo parece gostar e em quem se deposita grandes esperanças. Realmente, é um rapaz articulado, inteligente, bastante experiente do alto dos seus vinte e cinco anos (quase um ancião para os padrões modernos). Sua equipe, também estreante, parece que vai necessitar de muitas milhas para encontrar um ritmo e uma consistência mínimamente decentes. Nesse estágio da carreira o melhor é acumular quilometragem e não fazer grandes besteiras. Tem estrela, pois poderia ter estreado na equipe Renault no ano passado, no lugar de Nelsinho Piquet, e já estaria esquecido, como o infeliz Romain Grosjean.
-Bruno Senna. Outro brasileiro que parece ser bem inteligente e articulado e que também pegou uma equipe estreante, e sem treino algum, para piorar. Considerando as circunstâncias, até que não fez feio e a tendência é melhorar. Limitado pelo equipamento e por não ter um companheiro de equipe experiente (ao contrário de di Grassi) que lhe permita sentir real evolução no carro. Como estréia, assinou o livro de presenças e só.
-Vitaly Petrov: o russo que de bobo não tem nada, uma vez que é o atual vice-campeão da GP2 ia bem em sua estréia, andando na frente de seu badalado companheiro Kubica, até ser traído pelo carro. Mas deixou boa impressão.
-Karun Chandok: o indiano, também vencedor na GP2, portanto longe de ser um "prego", não teve a menor oportunidade de treinar ou acumular algumas milhas a bordo do inacabado segundo carro da equipe Hispania. No total deu menos de dez voltas no final de semana todo, e parecia muito perdido. Terá tempo para se recuperar.
-Nico Hulkenberg: do qual eu mais esperava, e pela apresentação, a maior decepção. Acompanho a carreira do jovem piloto alemão há alguns anos e já o vi vencer na Formula 3, na A1GP, além de papar o título debaixo do nariz de pilotos bem mais experientes na GP2 no ano passado. Fez ótimos treinos, mas no final de semana bahrenita, não conseguiu superar seu vastamente experiente companheiro, Rubens Barrichello. De qualquer forma, ainda o mais promissor dos estreantes.

domingo, 14 de março de 2010

GP DO BAHREIN: ALONSO VENCE, VETTEL CONVENCE E MASSA FICA ALIVIADO AFINAL




























O primeiro Grande Prêmio da "nova Formula 1", com mudanças de regras, presença de quatro campeões mundiais, teoricamente quatro equipes em condições de disputar o título e etc, finalmente começou hoje no Baherein.
O domínio da primeira parte da corrida foi do jovem alemão Sebastian Vettel e sua Red Bull Renault. Atingido por um problema (provavelmente no motor) que lhe causou abrupta queda de rendimento, Vettel teve muita competência para administrar seu carro até o final, perdendo as três primeiras posições, mas salvando alguns pontos que poderão ser muito importantes no final do ano para si e para a equipe. Seu companheiro Mark Webber teve uma corrida discreta, chegando ao final na oitava posição, posição esta, aliás, que ocupou durante boa parte da prova.
As duas Ferraris em estado de grande equilíbrio (até na necessidade de troca de motores para ambos antes da largada) decidiram a corrida na maior agressividade de Fernando Alonso na primeira curva, ao superar seu companheiro Felipe Massa com uma manobra ousada, ainda que leal. Ambos fizeram boas corridas, notadamente o brasileiro, que retornava após seu terrível acidente na Hungria no ano passado. Pela segunda vez Massa presenciou a estréia de um companheiro de equipe com vitória ( Kimi Raikkonen estreou vencendo em 2007 pela equipe) e isso, além de lhe dar uma sensação de "deja-vu" deve ter acendido algumas luzinhas internas de alerta. Todo mundo sabe da enorme competência de Fernando Alonso, seus dois títulos são eloquentes provas disso, mas ao vencer na estréia, marca seu território dentro da equipe e coloca pressão no campo de Massa. De qualquer maneira, a equipe italiana fez um bom trabalho em comparação com o ano passado, quando tinha um carro bem inferior ao F10 desse ano. Após superar Vettel, Alonso controlou a corrida como quis e completou uma estréia de sonhos para si.
O terceiro colocado foi Lewis Hamilton que fez uma corrida discreta e muito eficiente com a Mclaren, que precisa de alguns ajustes para poder brigar pelas vitórias. De qualquer maneira, como era esperado, superou amplamente seu companheiro, o atual campeão do mundo, Jenson Button, que chegou na sétima posição.
A equipe Mercedes, cercada por toda a atenção da mídia graças ao retorno de Michael Schumacher, teve seu outro piloto, Nico Rosberg roubando as atenções. Ambos fizeram boas provas, com o jovem Rosberg em quinto e Schummy em sexto. O carro tem muito a evoluir, mas a corrida foi promissora.
Grande corrida a de Vitantonio Liuzzi e sua Force India, terminando na nona posição e superando seu companheiro Adrian Sutil, que terminou em décimo segundo. O décimo colocado e último piloto a pontuar na prova de abertura do mundial foi Rubens Barrichello, que teve diversos problemas no final de semana, mas superou seu jovem companheiro Hulkenberg com folga. Este último andou rodando, demonstrando uma certa ansiedade, normal, mas deve se encontrar em breve, pois é um dos mais talentosos da nova geração.
Em décimo primeiro lugar, Robert Kubica teve uma corrida decepcionante em sua estréia na Renault, sua posição de largada sugeriria uma melhor apresentação, mas uma rodada logo na primeira volta comprometeu seu ritmo de corrida. Seu companheiro, o russo Petrov vinha bem, até ser vítima de problemas mecânicos durante sua parada para troca de pneus.
Nota de destaque para os dois carros da equipe Lotus que terminaram a corrida, ainda que lá atrás, feito não conseguido por nenhum dos carros da Virgin ou da Hispania. Lucas di Grassi deu apenas três voltas antes de ser vítima de problemas hidráulicos, parando no circuito, e Bruno Senna conseguiu quase duas dezenas de giros, com sua recalcitrante Hispania, antes de desistir. Destaque negativo novamente para a péssima narração de GB, que tentava artificialmente insulflar o ritmo da transmissão com suas babaquices de sempre.

sábado, 13 de março de 2010

UM TIME DE MUITO RESPEITO E GLÕRIAS

















Presentes no Bahrein para o início das comemorações do ano 60 da Formula 1, os campeões mundiais vivos com exceção de apenas dois: Kimi Raikkonen e Nelson Piquet. Ao alto, à esquerda vê-se Fernando Alonso (2005/2006), ao seu lado Sir Jack Brabham (1959, 1960 e 1966), Michael Schumacher (1994/1995/2000/2001/2002/2003/2004), Emerson Fittipaldi, (1972/1974), Lewis Hamilton (2008), Mika Hakkinen (1998/1999), Damon Hill (1996). Fila do meio: Niki Lauda (1975/1977/1984), Keke Rosberg (1982), Mário Andretti (1978), Sir Jackie Stewart ( 1969/1971/1973), Alain Prost ( 1985/1986/1989/1993) , Jacques Villeneuve (1997), e Sir John Surtees (1964). Sentados: Alan Jones (1980), Nigel Mansell (1992), Sheik alguma coisa, Bernie Ecclestone, Jody Scheckter (1980) e Jenson Button (2009).

UM ANO (E DOIS DIAS) : PARABÉNS!!!!


Parabéns ao nosso blog. Não sou bom em efemérides, mas no meio dessa danada dessa dengue, passou meio batido o aniversário de primeiro ano do nosso blog. De qualquer maneira, é uma data legal, e num momento de renovação, com vários projetos em pauta, esperando apenas o pronto restabelecimento da saúde de seu titular, ou seja, eu! Agradeço aos muitos amigos a paciência, o prestígio e a audiência. Tem sido um prazer escrever aqui. Algo em torno de vinte e poucas mil visitas, média diária de mais de cem, mais de quatrocentos posts.....acho que está legal, para um blog eminentemente amador, além do Prêmio Top Blog do ano passado, totalmente inesperado. Que venham mais velinhas...

sexta-feira, 12 de março de 2010

COLÍRIO


Que me perdoem os marmanjos. Que me perdoe a insossa Danica Patrick. Mas uma boa razão para assistir e torcer na prova de domingo da Indy em São Paulo está aí: Bia Figueiredo. E não é só beleza externa não, a moça acelera para valer. GO Bia!!!

DE LONGE....LONGE


As névoas ainda teimam em obscurecer o lento raciocícino. O dia se confunde com a noite e a sensação é deveras estranha. A dengue afeta todas as capacidadades coginitvas conhecidas, não menos a de interpretar e escrever sobre fatos que nos são tão familiares. Tudo parece flutuar numa confusa camada difusa e atemporal. O Campeonato de Formula 1 está começando, tem corrida de Formula Indy aqui pertinho em São Paulo, e eu praticamente inútil, numa cama, estirado a deus-dará! Que destino! E tudo por causa da mordida ou picada de um mísero mosquitinho rajado, vagabundo e tropical, traiçoeiro e perigoso, o tal Aedes! Detesto-o!
De longe, muito longe, com minha luneta imaginária, leio sobre os primeiros ensaios no Bahrein. A prima-dona das sextas, Rosberg, volta a atacar, agora munido de equipamento mais sólido e cia perigosa, pois seu team mate é nada mais, nada menos que o perigoso Schummy. Há que mostrar serviço mesmo, e o jovem alemãozinho imberbe o fez. Atrás de Nico, veio o campeão mundial de 2008, o britânico Lewis Hamilton, com a primeira das velozes Mclarens, seguido por Schumacher e seu companheiro de equipe, o atual campeão Jenson Button, estreando na equipe de Woking. Quatro carros com motores Mercedes, três campeões mundiais. Nada mal para um começo.
Considerado por alguns como o maior favorito ao título da temporada o jovem alemão Sebastian Vettel veio a seguir com sua nova Red Bull Renault. Surpreendentemente, mais um jovem e alemão, Nico Hulkenberg, o companheiro de Barrichello na Williams, estreando na Formula 1, marcou o sexto melhor tempo. Felipe Massa trouxe a primeira Ferrari para o sétimo posto, seguido por outra surpresa, o russo Petrov e a Renault patrocinada pela Lada - à frente de seu mais badalado companheiro, Kubica. De resto, os acontecimentos normais em treinos de início de temporada, com o destaque para a lentidão das novas equipes e o esforço quase patético da Hispania de Bruno Senna e Chandhok, onze segundos mais lento (Senna - o coitado do indiano nem conseguiu ir a pista).
Amanhã teremos mais e saberemos melhor. O certo é que nesse momento muitos engenheiros, técnicos e pilotos estão quebrando suas respectivas cabeças em busca de soluções melhores de acerto e mais desempenho. Rubinho vem com um bom pacote e sua experiência deve ajudá-lo muito. Di Grassi e Senna terão que ter paciência.

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES


A minha carinhosa (e dengosa) homenagem a todas as mulheres do mundo. Mãe, esposa, filhas, irmã, cunhadas, tias, primas, amigas, conhecidas, alunas e ex-alunas. O mundo é muito melhor com vocês no comando!
E uma homenagem muito especial a uma grande mulher que foi cedo demais, doutora Zilda Arns.

domingo, 7 de março de 2010

DENGUE


A razão de minha ausência deste espaço nos últimos dias, amigos: o dengue me pegou de jeito. Estou acamado, com o corpo todo dolorido, desconfortos mil. Peço paciência e desculpas. Esta semana o mundial se inicia e não perderei nada, podem contar com minhas opiniões sempre e necessáriamente subjetivas.

terça-feira, 2 de março de 2010

PENSANDO (E REFLETINDO) COM OS PRÓPRIOS BOTÕES


A ansiedade natural que nos atinge a poucos dias do início da nova temporada é turbinada pelas indefinições, incertezas, presenças de quatro campeões mundais (que bem poderiam ser cinco, se não fosse a extrema "sou mais eu mesmo" atitude do senhor Kimi), picaretagens, fiascos e por aí vai. Vale qualquer factóide para chamar a atenção. E tem um arrepio na espinha (pessoal) que deixo para contar no final.
Comecemos pelo anúncio via e mail da assessoria de imprensa da nova equipe Lotus ( esse blog - chique nos úrtimo - está na listagem deles) de que a CNN vai patrocinar a equipe. Pode até não rolar grana, mas o prestígio da grande emissora de notícias norte americana com certeza é um boost extra-pista para os malayos. Em tempos de vacas anoréxicas em termos de liquidez financeira, um apoio desses não é de se jogar fora. Ponto para o Tony Fernandes.
O Wladimir Putin - talvez a figura mais emblemática do que sejam as máfias russas - que é o poderosíssimo Primeiro Ministro do simpático país do leste europeu, garantiu que vai ajudar financeiramente a equipe Renault, pelo fato de contarem entre seus pilotos com o também russo Vitaly Petrov. Uncle Bernie deve estar regozijando-se na cova - mas como? ele ainda não morreu? - sorry: morreu sim, mas esqueceram de enterrar. O fato é que os rublos misteriosos podem irrigar não apenas uma equipe, mas toda uma categoria, assim como os petrodólares dos árabes fizeram nos anos setenta e oitenta.
O Lewis Hamilton finalmente cortou parte do cordão (não umbilical, lógico) que o unia a seu pai Anthony. Parece que o velho já não é mais seu empresário. Aliás, por falar no papa Hamilton, de bobo ele nada tem, pois seu gerenciamento de carreira, explorando bem o talento então incipiente do filho infante, o fator racial e tudo mais o levou ao mais alto degrau do esporte. Agora em sociedade com o ex-piloto Mark Blundell ele se lança a gerenciar as carreiras de outros jovens talentos e também está envolvido em futebol. O papa sabe das coisas!
O extremo mal gosto do carro da stock car do Ricardo Zonta com as cores do Corinthians. Arghhhh. Não é por seu palmeirense que digo isso, aliás detestaria ver as cores do Palmeiras em algum carro de corridas. De alguma forma sou um purista e ainda acho que automobilismo é automobilismo e futebol é futebol. Cada qual em seu quadrado (ou retângulo, ou curvas, sei lá).
E isso nos remete ao frio na espinha. Seguinte: estava escutando a entrevista do picareta mor Peter Windsor no site da revista Corsa argentina. Em determinado momento o entrevistador pergunta a Windsor o que ele acha de Lopez (isso antes dos argentinos finalmente terem descoberto o logro - compraram um terreno na lua e ao não receberem se mostram indignados!). Pois bem, o cara-de-pau inglês pronunciou uma frase que me causou uma quase-convulsão: disse que Lopez tem "star quality" e que quando entra numa sala, todos prendem a respiração, pois ali está um astro!!!! Pelas barbas do profeta do Silvio Luiz! Isso me remeteu aos anos oitenta na Inglaterra, onde um jovem Cezar, recém chegado do Brasil, caipira de quatro costados, migué, como dizem lá em Ourinhos, ouviu de seu primeiro instrutor de escola de pilotagem, após uma dúzia de voltas num velho e lento Formula Ford, num circuito úmido e com um frio glacial a seguinte frase: "você certamente é material para Formula 1 !" E o pior é que o mané aqui acreditou!!!!! Esses ingleses quando decidem ser picaretas colocam qualquer malandro carioca ou mafioso russo no chinelo. E tenho dito!

segunda-feira, 1 de março de 2010

MIXOU




Picaretas são uma praga universal que tendem a se reunir e locupletar com mais frequência em certos lugares, como Brasília por exemplo. Mas apesar de que temos um aloprado-mor a dizer que nunca antes na história deste país algo foi feito de determinada maneira, a trapalhada do ano pertence aos americanos, pelo menos em termos de Formula-1. Conhecido jornalista inglês, fala-fácil, picareta chique, Peter Windsor e o tal de Ken Anderson montaram uma cidade de faroeste de Hollywood, com apenas a fachada, esperando convencer os investidores da viabilidade do seu projeto, com a mesma facilidade que convenceram Max Mosley a lhes dar uma cobiçada vaga na nova Formula-1. Atraíram Chad Hurley, um dos fundadores do fenômeno You Tube, e nada mais. Ou melhor, conquistaram também os corações e os dólares dos hermanos argentinos, que precisam mais do que nunca de um compatriota na categoria máxima. Com um governo corrupto e perdido, não foi difícil convencer a Presidente-botox Cristina Kirchner a lhes dar o aval e algo em torno de dois milhões de dólares. O problema é que a equipe não ecxiste - e nem o padre Quevedo, chamado às pressas para encontrá-la, foi capaz de determinar onde ficava o carro, se tinha nariz alto ou baixo, barbatana ou pneus. Agora pediram o prazo de um ano para se estruturarem melhor. Deve ser piada. Eu retiro todas as críticas ao Enzo Coloni, Andrea Moda, Onyx, Life, Euro Brum, essas maravilhas do passado. E estamos prestes a ver a história acontecer diante de nossos olhos: uma equipe do leste europeu, mais precisamente da Sérvia, a Stefan GP está para ganhar seu lugarzinho ao sol. Aguardemos, parece enredo de novela da Glória Perez.