domingo, 21 de março de 2010

(TARDIAS) DOMINGUEIRAS


Semana passada e na anterior eu falhei com minhas domingueiras. Acho que foi a dengue, que me deixou "hors de combat". Hoje senti que faltava algo, então aqui estou. Sem tema. Tem trema. Tem lema. Mesmo assim vamos lá.
Semana que vem o campeonato de Formula 1 deve começar de verdade, na Austrália. Apesar de todas as cantilenas que dizem que a corrida do Bahrein foi chata (e foi mesmo), que as novas regras não adiantaram nada e tudo o mais, sabemos que aquele autódromo horrível projetado pelo Tilke sempre proporcionou corridas sonolentas. Não nos precipitemos, portanto. Eu acho que o abastecimento adicionava um elemento novo nas corridas, mas na era Schumacher ele era o que mais sabia tirar proveito das circunstâncias, em ocasiões humilhando seus mais diretos adversários, com suas voltas voadoras antes de parar e sua incrível capacidade de "ler" as reações do carro com pneus frios e tanque cheio. Essa capacidade de entender as nuances do comportamento da máquina, interpretar todas as suas variáveis talvez seja o maior "handicap" do alemão.
Como purista e saudosista que sou, tendo aprendido a gostar da Formula 1 de verdade ao ler os relatos em primeira pessoa do Emerson Fittipaldi à revista "Quatro Rodas" na década de setenta, me lembro das estratégias diabólicas do Rato. Já tive ocasião de escrever aqui sobre o Grande Prêmio da Bélgica em Nivelles em 1972, quando Emerson seguiu diligentemente ao afoito Clay Regazzoni e sua Ferrari pelas primeiras 32 voltas da corrida, forçando ultrapassagens impossíveis em vários pontos da pista, menos no único lugar onde ele sabia que teria alguma chance. Com isso Rega passou a relaxar naquele ponto e quando menos esperava, Emerson deu o bote fatal. Ou a descrição do mesmo do Grande Prêmio da Argentina de 1973, quando caçou e ultrapassou as duas Tyrrells de Cevert e Stewart, ambos em ótima forma. Corrida longa, calor, grande desgaste físico e de pneus, Emerson foi "economizando" carro, combustível e pneus, para poder passar a liderança na hora certa. Grandes relatos de um grande piloto.
Hoje, com as condições parecidas para todos, espero que tenhamos grandes performances novamente. Talento no grid, certamente temos, com o próprio Schumacher, Alonso, Hamilton, Massa, Vettel, Button, Barrichello, Webber e tantos outros.
De mais a mais, a temporada do automobilismo brasileiro está prestes a começar, assim como as principais corridas lá fora. Bom para quem ainda se arrepia com o som de um motor em alta rotação e com o cheiro de gasolina e borracha queimada!

3 comentários:

Ron Groo disse...

Bem... Os tilkódromos são realmente monotonos e o GP (grande porcaria) do BAherein nunca foi grande coisa mesmo.
Lógico que pistas por si só não garantem emoção mas que ajudam... ah isto ajudam.

E era dengue é? Tomara que fique plenamente recuperado.

Cezar Fittipaldi disse...

Pois eh amigo, era dengue sim. Que droga, te deixa para baixo, por baixo e embaixo....rs
To ficando bom....
abração.

Orlando Rodrigues disse...

AMIGO CEZAR INFELIZMENTE AS PESSOAS NÃO CONHECEM MAIS NEM O RONCO DOS V8 DOS DODGES DOS GALAXIES DOS MUSTANGS ENTRE OUTROS