quinta-feira, 26 de abril de 2012

REPOST: DEPOIS DA TEMPESTADE VEM A BONANÇA..... POSTADO EM 16 DE MAIO DE 2009




Pois bem: espero pacientemente minha vez, procuro um lugar para colocar o macacão verde musgo e largo que havia trazido de Ourinhos e que arranca risinhos dos outros "pilotos", e é difícil achar um local com privacidade para isso, uma vez que os banheiros públicos são bem ....públicos mesmo! Inútil também tentar achar algo decente para comer, não me canso de me surpreender negativamente com o amadorismo das instalações dos circuitos ingleses, mesmo os mais importantes como Silverstone e Brands Hatch. Muita lama, estacionamentos distantes, comida nauseante, muita confusão, mas um domingo típico leva mais de 200 competidores e milhares de fãs. Engraçado é que os garotinhos vêm conversar com você, esticando os braços com os programas das corridas e pedem seu autógrafo na página em que está a sua prova, de preferência sobre seu nome.
Mas, vamos voltar a Lydden Hill. Eu seria apenas o terceiro a testar o carro, mas para minha frustração e da nação em geral, o gordinho entalou dentro do carro e precisou ser cortado com maçarico! - To brincando, na verdade a anta do gordo bateu o carro de frente numa barreira de pneus do outro lado da pista, e realmente, ficou sentado dentro do carro esperando socorro. Recolhe as ferramentas, destroca o macacão, a fome apertando e o cara fazendo que não entendia quando eu lhe pedi a minha grana (100 libras pelo teste) de volta. Eu olhei bem nos olhos dele, me lembrei de meus tempos de garoto em Ourinhos quando havia brigas na saída do Horácio Soares quase todos os dias, e que em algumas delas eu era obrigado a me envolver também, fechei os punhos e falei em bom portuinglês: I soc you! (até hoje não procurei no dicionário se há um verbo to soc, mas acho que funcionou, porque ele me chamou Na van e me devolveu a grana).
Claro que uma carona até a estação estava descartada, pus-me a andar e o circuito, além de longe fica no fundo de um vale. Caminhei por uma hora ou mais e cheguei na pequena estação bem a tempo de apanhar um último trem para Londres, frustrado, amargo e muito puto!
Isso foi numa quarta-feira, se não me engano. Qual não foi a minha surpresa ao receber um telefonema do tal de Richard no sábado a tarde, me chamando para competir no dia seguinte em Brands Hatch, e melhor, de graça! Meu inglês era fraco, mas fora bem treinado para detectar a palavra "free" em qualquer situação, e meio descrente ainda, marquei com ele para me pegar na estação as seis da manhã seguinte. 
Nem dormi a noite, preparei minhas coisas, lembrei-me de passar num mercadinho e comprar pão de forma, queijo e presunto, pois não queria passar fome novamente. Licença de piloto, capacete lustrado, macacão - ainda o verde musgo - carteira de piloto provisória, e muita vontade. Levantei antes das cinco, tomei banho (que frio....) e pus-me a caminho da pista. Cheguei pouco depois da seis e um animado Richard, sorridente e com aparente problema de amnésia (nem mencionou o "soc").  Ele me disse que eu seria um de três pilotos que utilizariam o carro naquele "meeting", no lugar de um desistente, e como o rapaz não fizera questão de buscar a devolução do dinheiro, eu poderia pegar alguma prática. Olhei o programa e eu seria um tal de Tobby alguma coisa, mas nem liguei. Brands Hatch era bem mais movimentado que Lydden Hill e apesar de já ter assistido a algumas corridas naquela pista, jamais havia entrado na mesma, a pé ou de carro. A minha prova era a primeira, portanto ele me recomendou que me trocasse e ficasse pronto. Ansioso, esperei pacientemente até que descarregassem o "bólido" do pequeno trailer e pude verificar, para meu alívio que o negão não era um dos outros dois pilotos do carrinho azul. Como existiam otários naquela época!
Richard tentou me dar algumas explicações sobre temperaturas de pneus, macetes da pista, estas coisas, enquanto eu entrava no carro e apertava o cinto de segurança, mas francamente, eu não o ouvia, tamanha era minha excitação! Não só era meu primeiro treino oficial, como também era o primeiro treino da minha vida, já valendo tempo e numa pista que eu jamais estivera, do alto da experiência de um curso de inverno de escola de pilotagem.
Funcionei o motor, aqueci, e esperei pacientemente para entrar na fila que ia para a pista. Não se esqueceram de colocar a plaquinha amarela com a letra "L", como para avisar aos outros o perigo ambulante que estavam prestes a encarar. Tudo acontece muito rápido: você acelera, entra na pista, acelera mais, parece não sair do lugar, e logo vai tomando volta dos mais rápidos, preocupando-se mais com o espelho retrovisor do que com a pista adiante. Uma volta, duas, muito rápido numa curva, rodei, bandeiras amarelas, motor  funcionando, engatei primeira e segui novamente. O coração acelerado, o rosto certamente vermelho de vergonha, a balaclava roxa fazendo bem o seu papel de esconder isso do mundo! Procurei terminar o treino e não fazer mais besteiras, de vez em quando dava para olhar o conta-giros e os outros relógios no painel, mas em 20 minutos, você aprende muito, muito mais que em uma semana de curso. Classifiquei-me em ante-penúltimo, acho que os outros dois caras estavam competindo de bicicleta, porque sabia que tinha muito que aprender. Se bem me recordo, meu tempo foi por volta de 59 segundos para o circuito indy de Brands, quando os ponteiros já rodavam por volta de 50 cravados. Richard ficou muito feliz que eu tivesse trazido o carro em uma única peça de volta para os boxes, mas mal pode me dar atenção, pois havia ainda duas classificações para outras duas corridas com o mesmo carro. Nem me lembro do tempo dos outros pilotos, suas corridas eram mais difíceis, mas acho que me saí bem, pois todos me olhavam com um certo ar de respeito, ou talvez, o meu macacão de brim verde musgo os impressionasse, sei lá.
A minha largada era logo depois do almoço, e eu super ansioso recebo a boa notícia: o alternador não carregava a bateria e a única que tínhamos havia descarregado quase completamente. Portanto, teríamos que ligar o carro no tranco (escondido dos fiscais), coisa que para mim era fácil, pois meu pai havia me treinado durante anos com uma infinidade de carros velhos e sem partida, mas eu não poderia em caso de rodar novamente, deixar o motor morrer. OK, no problem, Richard!
Um dos momentos inesquecíveis de minha vida foi a volta até chegarmos ao ponto de partida de Brands Hatch naquele domingo frio de 1981 - nem me lembro a data exata. Mas foi incrível, eu olhava para as arquibancadas de dentro de meu capacete de motos, verde como o macacão, e mal podia acreditar que estava ali, do lado de dentro da pista.  Acho que havia uns vinte e oito carros no grid, eu era o vigésimo-sexto e decidi não me estressar, apenas curtir a corrida, como se fosse a única de minha vida. E foi exatamente o que fiz: larguei bem, passei uns dois, outros dois saíram rodando na curvona depois da linha de chegada e fui conduzindo o carro até o final, tranquilo, sem olhar os relógios do painel, até que.....a bateria foi ficando fraca e o carro perdeu rendimento, após umas cinco ou seis voltas de 15. Pena. Estacionei ao lado da pista e fiquei observando os outros pilotos, capacete na mão e me sentindo um piloto. Desnecessário dizer que minha ansiada assinatura na licença não veio, por não ter completado a prova, mas Richard me teceu muitos elogios.
De volta a realidade, comecei a matutar como conseguir dinheiro para mais treinos e mais provas. Havia ficado definitivamente viciado no negócio. Queria mais e mais!

JEAN PIERRE BELTOISE: 75 ANOS DE VIDA




Eu gostava do piloto francês Jean Pierre Beltoise, confesso que nunca foi um dos meus ídolos maiores, mas sentia simpatia pelo seu esforço, pela sua história (sofreu terrível acidente de moto e ficou meses no hospital, manca até hoje). Mas um fato o marca em minha privilegiada galeria de memórias: foi o vencedor daquele Grande Prêmio de Mônaco de 1972, sob chuva torrencial, que por acaso foi a primeira prova a ser televisionada ao vivo e direto para o Brasil, seguindo as boas apresentações de Emerson Fittipaldi (que viria a se sagrar campeão ao final daquela mesma temporada). Feliz aniversário, Beltoise!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

RESPOSTAGEM: FINALMENTE UM PILOTO. PILOTO QUER CORRER. MÃOS A OBRA. PUBLICADO EM 15 DE MAIO DE 2009





Volto a Londres e à dura vida de proletário. Na verdade nada de que me queixar, se nos três primeiros meses trabalhei como lavador de pratos e camareiro, além de eventuais bicos, à essa altura já estava, graças ao meu "guardian angel" Mário, trabalhando na IMO, orgão da ONU responsável pelos oceanos. Emprego legal, divertido, pagava razoavemente bem, e principalmente, me garantia a estadia legalizada no Reino Unido!
O ano de 1980 chega ao fim e eu perscrutava as páginas finais da revista "Autosport", seção de classificados, para ver se conseguia alguma oportunidade, alguma equipe contratando futuros campeões mundiais de Formula 1, quem sabe! Claro, o  mais comum eram anúncios de carros de corrida usados à venda, alguns profissionais se oferecendo, equipes mostrando suas estruturas e por aí vai. No entanto, haviam alguns anúncios de "Hire a Formula Ford for cheap" - alugue um Formula Ford barato, e eu comecei a anotar os telefones, sem ainda ter a coragem para ligar, afinal a temporada já havia terminado e não havia corridas acontecendo. 
No início de 1981 comecei a ir assistir as corridas, especialmente Brands Hatch, pois era próxima a Londres e eu podia ir de trem. Já contei aqui as passagens das primeiras provas do Ayrton Senna, onde eu ficava "sapeando" nos boxes, amparado por minha carteira provisória de piloto inglês e muita lábia brasileira. Conheci outros pilotos e potenciais pilotos, e também chefes de equipes, mecânicos, e se bem que meu inglês era paupérrimo, alguma coisa já dava para entender e me fazer entender. O problema é que eu ganhava cerca de 450 libras esterlinas por mês, que era um belo salário, mas o aluguel de um Formula Ford velho, era por volta de 300 libras por corrida, que durava em média dez, doze minutos. Claro que as grandes equipes, como a Van Diemenn, do Senna, cobravam cerca de vinte mil libras por temporada, incluindo treinos, inscrições e tudo o mais. Totalmente fora de meu alcance financeiro.
Lá por abril, maio, eu vi um anúncio na revista Autosport, de um tal de Richard Ward (não esqueço o nome do maledeto, mesmo quase trinta anos depois) que tinha um Van Diemen 80 (razoavelmente novo, portanto). Liguei para o cara, marcamos de nos encontrarmos em um pub, ele era jovem (uns 30 anos no máximo) e me disse que havia tentado ser piloto, mas que tinha vocação mesmo para gerenciar carreiras de outros, que como eu, tinham mais talento para a coisa. O inocente aqui, acreditou e conversamos bastante, eu cheguei inclusive a ir a sua casa, conheci sua esposa, etc. Na verdade, o carrinho dele era um Van Diemenn 78 azulzinho, malhado e mais batido  que carro do Andrea de Cesaris em final de temporada, modificado para modelo 80.
Bom, para encurtar a história, resolvi fazer minha estréia, com a carteira provisória eu tinha que fazer 6 corridas nacionais (não podiam ser em campeonatos internacionais, portanto) e completar todas, obtendo as assinaturas dos fiscais, além de levar no carro uma placa amarela com a letra L em preto (learner= aprendiz), humilhante, mas útil. Marcamos para eu testar o carro num dia de semana em um pequeno autódromo chamado Lydden Hill, bem perto do litoral, ao sul, pista que hoje pertence á Mclaren. Pistinha de morro, pequena, seletiva, uma delícia. Peguei o trem, alguém me apanhou na estação, quase duas horas de Londres, e a surpresa: como haviam 3 corridas de Formula Ford no programa, haviam uns 3 coitados pagando para dividir o mesmo carro no mesmo evento: um sujeito baixinho e mal humorado, bem mais velho, um negão gordo (que imaginei teria que ser colocado no carro antes da carenagem, para caber dentro) e yours trully, o caipira aqui.

REPOST: O DIA SEGUINTE - TÍTULO ORIGINAL: CHEGUEI, ESTOU AQUI E AGORA? PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ EM 28 DE ABRIL DE 2009





Bom, eu prometi que continuaria, agora aguentem! Levantei-me meio confuso, estava no quarto andar do hotelzinho sem elevadores e o cheiro de bacon me atraia para o "basement". Após lavar o rosto, escovar os dentes e etc, me dirigi ao pequeno refeitório do modesto hotelzinho. Comi como um paxá, ou melhor um Lord inglês: english breakfast - torradas, feijão com molho de tomate, sausichas, bacon, ovos mexidos, geleía, queijo, café, suco de laranja, chá.....a fome realmente era transatlântica. Terminado isso deparei-me com uma crua realidade: estava numa cidade estranha, num país estranho, sem conhecer ninguém, sem falar a língua, sem ter uma noção do que fazer a seguir. 
Subi novamente ao quarto e deparei-me com um bilhete que o amigo da Elza havia pedido que eu entregasse a seu amigo que morava em Londres. Era um pequeno envelope branco, com o nome e endereço escritos ás pressas do lado de fora: Mario Antonio de Mello Dias - IMCO - 101-104 Piccadilly, London. Bom, era um começo pensei, vamos ver o que é esse tal de Piccadilly. Peguei um desses mapas para turistas na recepção do hotel e me concentrei em estudar as possíveis rotas para o tal endereço. Escolhi, por pura insegurança a rota mais longa, e mais segura aparentemente, apenas usando as ruas maiores. Eu não tinha noção de horário por causa do fuso e por ter dormido desde as 6 da tarde do dia anterior, mas acho que era menos de 7 da manhã. Apesar de ser finalzinho de abril, havia um ventinho gelado, portanto coloquei meu casaco (brega demais), um gorro na cabeça, luvas e fui caminhando. Park Lane, que maravilha, de um lado o Parque e do outro lindas lojas de autos, sofisticadas como eu jamais havia visto. Os carros passavam velozes, todos novos e bem conservados. Oxford Street com suas incríveis vitrines, gente começando a chegar para os seus trabalhos, aqueles ônibus de dois andares que a gente vê nos filmes e eu caminhando. Piccadilly circus, aquela loucura, a fonte, tráfego, gente apressada, turistas batendo milhares de fotos, os out doors coloridos. Virei e peguei a Piccadilly propriamente dita, mas os números não eram sequenciais, fiquei meio perdido mas continuei a caminhar. Do outro lado um parque lindo (Green Park) e deste lado aqui lojinhas simpáticas e acolhedoras. Eu certamente não conhecia ninguém, não falava a lingua, mas me sentia estranhamente em casa naquela manhã de 24 de abril de 1980.
Cheguei finalmente ao prédio de número 101-104, um prédio enorme com uma escadaria imponente e réplicas de navios numa espécie de vitrine. Subi, entrei e havia um homenzarrão de quase dois metros de altura sentado atrás de uma mesa. Ele me olhou e perguntou em seu inglês cockney : - May I help you young man? Claro que eu não entendi patavinas, portanto estiquei a minha mão com o pequeno envelope e o entreguei a ele. Calmamente Ray (este era o seu nome e depois rimos muito desse primeiro pequeno encontro - anos depois) colocou seus óculos e exclamou- Mário! you want to see Mário! Pegou o telefone, discou um número, murmurou algumas palavras e percebendo que eu não o entendia, me fez sinal para aguardar um pouco, sentado no enorme sofá de couro da recepção.
Em alguns minutos um jovem, simpático e sorridente desceu pelas escadas, assobiando, a imagem de um sujeito simples e feliz da vida e ao sinal de Ray dirigiu-se a mim: - Yes, I'm Mário, may I help you? - ao que eu respondi: - Cara, sou brasileiro, você fala português? Ele sorriu e em bom carioquês me retrucoou: - Brasileiro? grande merda....eu também sou, dando uma sonora gargalhada. Entreguei-lhe o bilhete, ele o abriu e leu rapidamente e dirigindo-se a mim disse: Então tu é brasileiro e tá chegando aqui hoje, hein? O Carlinhos disse que tu é um cara legal, para eu te dar uma força. Até aquele momento eu não sabia o nome do remetente do bilhete, e expliquei rapidamente ao Mário a situação, que eu não o conhecia, mas que a moça havia me ajudado etc. Este me falou, escuta, eu estou ocupado agora, dá para você voltar ao meio dia e almoçamos juntos? Eu respondi que claro que sim, aliás nem sabia que horas eram, tinha caminhado um bocado. Despedi-me e continuei a caminhar até a esquina, onde deparei-me com uma enorme banca de revistas (minha paixão desde sempre). Fiquei extasiado com tamanha variedade e comprei uma "Autosport" com o Nelson Piquet e sua Brabham na capa, acho que tenho esse exemplar até hoje. Dirigi-me ao parque, sentei-me num banco e com a ajuda de meu pequeno dicionário Michaelis, tentei decifrar a revista. Naquele momento, frustrado por não entender nada, prometi a mim mesmo que viria a dominar aquela língua tão diferente e tão importante.
Ao meio dia em ponto, estava na recepção da IMCO, esperando por Mário. Fomos caminhar em May Fair, logo atrás e ele contou-me sua história: morava há sete anos em Londres, era músico tendo inclusive tocado com gente importante como Rita Lee e foi para a Inglaterra com um contrato com a EMI, e os demais integrantes de seu grupo acabaram desistindo deixando-o sozinho em Londres. Isso ele tinha apenas 19 anos, mas como falava inglês, resolveu ir ficando e acabou arrumando aquele emprego, num órgão da ONU. Era casado com Angela, uma bailarina do Royal Ballet, tinha três gatos (arghhh) e gostava de automobilismo tendo sido amigo do Julio Cesar Pinheiro, piloto brasileiro que havia corrido alguns anos antes na Ilha. Nos demos super bem e ele prometeu me ajudar. Voltei (a pé ) para o hotel bastante confiante e feliz, pois havia feito o primeiro amigo naquela terra que prometia muito. O futuro iria provar que aquele seria um dos maiores amigos que fiz em toda a minha vida!

terça-feira, 24 de abril de 2012

REPOST: CONTINUANDO A SAGA (DATA DE POSTAGEM ORIGINAL 24/04/2009)






A viagem em si foi meio traumática pois, ao entrar no enorme avião, meio vazio, me dei conta da loucura que estava prestes a cometer. Jamais havia saído do interior, tinha roupa lavada e passada, comidinha da mamãe, meus amigos, minha rotina e muitos sonhos. Esses danados, foram os responsáveis pela minha decisão de torná-los realidade, mas naquele momento, há exatos 29 anos atrás, um friozinho me passou pela espinha e pela barriga e pelo corpo todo, para ser sincero. Fiquei observando uma simpática senhora sentada na mesma fileira que eu, distante alguns assentos. Eu havia mandado confeccionar dois macacões de corrida, bem amadores na realidade, e conseguido um capacete de motos como ajuda/patrocínio. O vôo em si foi bem normal, fizemos escala em Lisboa e em Madrid, se bem me lembro, e eu nem desci do avião, com tanto medo de me perder naqueles labirintos de aeroportos....
A moça, Elza, havia me orientado direitinho de como proceder na imigração, não dizer que eu ia tentar a sorte em automobilismo e se perguntassem se eu tinha dinheiro, dizer que sim. Ao nos aproximarmos do aeroporto de Gatwick, o dia estava nublado como sempre na Inglaterra, furamos a camada de nuvens e pude avistar aquele verde todo, aquelas casinhas lindas e simétricas lá embaixo, as fumaças das chaminés, foi uma sensação incrível que jamais vou me esquecer, pois como num passe de mágica toda os meus receios se foram e me deu uma sensação gostosa de felicidade, de estar chegando finalmente em casa! Passados quase trinta anos, ainda me admiro daquela sensação, pois estava aflito e ansioso, inseguro, e de repente, tudo desapareceu e deu lugar a uma confiança enorme.
Pousamos, peguei o trem como ela orientou para a Victoria Station em Londres, mas antes, na Imigração passei por uns apertos. O senhor que me entrevistou tentava em vão se comunicar comigo, e eu não falava uma única palavra em inglês, fazia sinal de sim com a cabeça. Ele foi ficando meio bravo e acho que estava disposto a me devolver para o meu mundinho anterior, quando pediu para que eu abrisse as malas. Me lembro que ele perguntou de dinheiro e eu, com apenas aquelas 265 libras no bolso disse que yes, I have money! Ao abrir a mala, a primeira coisa que eu tiro é o capacete, verde, e logo depois o macacão. O cara olhou, viu meu sobrenome Fittipaldi no passaporte e disse com um gesto que eu podia recolocar as coisas na mala. Acho que pensou que eu já era piloto ou coisa parecida e carimbou o prazo de seis meses na folha correspondente. Achei muito pouco, pensei até em reclamar, mal sabendo que era o máximo que eles permitiam aos turistas permanecerem na Ilha, mas com meu precário poder de oratória, desisti: ainda bem!
Peguei um taxi, e dei o cartãozinho amassado que a moça havia me emprestado, com o nome do hotelzinho para estudantes em Paddington. Achei o máximo aqueles carros todos, aquelas motos incríveis passando por nós, naquele época as importações eram proibidas no Brasil, e me lembro de ter visto uma revenda de motos BMW na Park Lane, virando o pescoço para trás.
Chegamos ao hotelzinho, um de muitos na Sussex Gardens e eu dei uma nota de dez libras para o motorista que me deu o troco. Conferi, pois não conhecia o dinheiro inglês e pegando as duas pesadas malas me dirigi á recepção do hotel. Vi numa placa o seguinte : Single room: $ 7 per night. Claro que o sinal era de libra esterlina, que não acho aqui em meu teclado, mas dá para entender. O rapaz que me atendeu me estendeu um livro para preencher a ficha e eu bati no peito e disse em bom inglês: me want 5 nite! com a mão aberta a reforçar a quantia de noites, já tirando umas notas do bolso, já que o pagamento era adiantado.
Subi quatro andares pela escada, já que não dispunhámos de elevador e ao chegar no pequeno e acanhado quartinho, olhei-me no espelho e tive uma certeza: era um doido varrido mesmo. Dormi quase imediatamente, coisa que não fizera durante o longo voô, e ao acordar cedinho no dia seguinte, meio perdido, senti o cheiro de bacon no ar.......

segunda-feira, 23 de abril de 2012

MINI EFEMÉRIDE E REPOSTAGEM. 23 DE ABRIL

Hoje, 23 de abril, faz 32 anos que fui para Londres em perseguição ao "sonho". Há trés anos, quando comecei o blog, fiz uma pequena postagem sobre aquela data. Quero dedicar esta postagem ao meu grande amigo, Mario Antonio de Mello Dias, que foi meu pai, irmão, guru e orientador naqueles primeiros e difíceis tempos.
Primeiros tempos: com o velho carro da escola de pilotagem Jim Russell em Snetterton.

Sei que para alguns as datas são de extrema importância. Eu não sou fanático por elas, mas me lembro das mais significativas, os aniversários da família, e de algumas outras. Para mim, o dia de hoje, 23 de abril, é muito importante, pois foi justamente nesse dia, há exatos e longos 29 anos que eu embarquei rumo ao meu sonho para a Inglaterra.
Um garoto simples, tímido, do interior, com 20 anos recém-completos, embarcando numa aventura rumo ao desconhecido.Tudo começou muitos anos antes quando passei a acompanhar o automobilismo, primeiro pelas revistas de meu pai, depois pela TV com a ascenção do Emerson Fittipaldi e sua incrível Lotus Ford negra e dourada. Fui formulando um sonho doido dentro de minha cabeça de adolescente e num determinado momento, achei que tinha chegado a hora. Lendo relatos nas revistas AutoEsporte, de vários pilotos brasileiros menos abonados que conseguiam se manter na Ilha trabalhando em empregos laborais, me animei e, ao conhecer um professor de cursinho que tinha morado por lá, animado por este, resolvi tentar a sorte.
Ingenuidade e ignorância aliados, não são uma boa fórmula para o sucesso, a menos que estejam acompanhados de uma dose maciça de sorte, e essa eu tive!
Embarquei no Aeroporto de Viracopos, passagem só de ida comprada em 10 vezes no Bradesco, avião da British Caledonian (DC10), uma mala cheia de roupas que nunca cheguei a usar, 265 libras esterlinas no bolso, um pequeno dicionário Michaelis, daqueles verdinhos, nenhuma palavra inglesa no vocabulário, e muita vontade. Eu não tinha a mais remota idéia do que encontraria por lá, a menos que as leituras da Agatha Christie não estivessem tão defasadas, ou mesmo que Baker Street ainda fosse o lar do Sherlock Holmes. Sempre gostei de ler, então alguns autores britânicos habitaram os anos de minha juventude, me fazendo gostar ainda mais da Inglaterra e das coisas inglesas. O bem mais precioso que eu levava em minha bagagem no entanto, cabia no bolso: uma carta do Emerson Fittipaldi me recomendando ao Jim Russell - que tenho guardada até hoje!
No embarque, conheci uma moça que trabalhava na companhia aérea, Elza, que penalizada com minha ignorância e inocência, arrumou o endereço de um amigo de um amigo brasileiro, além de me dar o cartão de um hotelzinho para estudantes e mil recomendações.
Bom, os detalhes eu conto num próximo relato, talvez amanhã. Hoje eu só queria deixar registrado a data e postar uma ou duas fotos de minha passagem por aquela terra encantada.

domingo, 22 de abril de 2012

QUIZZ: UMA FOTO DO PASSADO, VÁRIAS HISTÓRIAS

Vou colocar uma foto que achei no Facebook. Esta foto é um ínfimo instante capturado por um fotógrafo que não sei o nome, senão daria o devido crédito. Existem várias histórias aqui. A única vitória da história de uma determinada equipe, uma das maiores "zebras" da Formula 1. Há um campeão mundial (que não o havia sido ainda) e dois vices. Um piloto que fez apenas este GP por esta equipe. E um piloto que não deveria estar aí. Se alguém puder me ajudar, agradeço. Caso contrário, segunda ou terça eu mesmo esclareço o quizz.

REPOST NR 3. REMINISCÊNCIAS PESSOAIS PUBLICADO EM 04 DE ABRIL DE 2009


Estou cansando meus poucos leitores, mas prometo que acabo logo com essa tortura e vou me concentrar em assuntos mais profícuos para o blog. Deixem-me no entanto, tal qual garotinho a curtir um novo brinquedo (meu blog) a saborear momentos de nostalgia pessoal.
Entre 1975 e 1976, estive algumas vezes em Interlagos assistindo provas de monopostos, turismo, marcas, etc. Lembro-de de uma prova de Divisão 1, vencida pelo Atila Sipos em que ele veio pela reta dos boxes acendendo e apagando os faróis de seu Passat, eu vibrava e sonhava um dia estar dentro de uma pista. Filho de família de classe média do interior, minhas perspectivas reais eram próximas do zero, mas eu sonhava acordado e adorava aquele ambiente cheirando a gasolina e óleo. Entre os pilotos de Formula Super Ve, sempre gostei de um tal de Nelson Piquet (antes Piket) e nem sonhava no que ele viria a se tornar. Admirava o Chiquinho Lameirão, o Marcos Troncon, o Ingo Hoffman (outro que também eu jamais imaginei se tornaria um ícone), o Júlio Caio de Azevedo Marques, Luiz Moura Brito. Uma vez num salão do automóvel, moleque atrevido que era, com meus 15 ou 16 anos, fiquei chavecando a linda recepcionista do estande dos Escapamentos Norma, uma morena escultural, que anos depois, se tornaria Miss Chico Anísio, Alcione Mazzeo. Simpática e linda, ela deve ter aguentado muitos moleques do interior sem assunto e "muito" interessados nos detalhes técnicos constantes dos folders dos escapamentos...
Nesse mesmo salão, fui muito gentilmente atendido no pedido de um autógrafo pelo José Pedro Chateaubriand, um bota que infelizmente, segundo consta, faleceu em circunstâncias meio obscuras.


Naquela época o Brasil tinha bons campeonatos nacionais e alguns regionais de bastante significancia. No turismo, tinhamos Reinaldo Campelo, Edgar de Mello Filho (hoje jornalista e meio mala, mas um bota e tanto), Luizinho, Marivaldo Fernandes, Atila Sipos, Luiz Otavio Partenostro, Amandio Ferreira o gigante, Edson Yokishuma, Bob Sharp, Paulão Gomes, mais um monte de gente boa.
Nas formulas tinhamos os astros Piquet, Alfredo Guaraná Menezes, um certo Fernando Jorge, de meteórica carreira e que sumiu, Mario Patti, o Keko, a quem conheci muitos anos mais tarde em Londrina, em visita a meu amigo Thales Polis, Pedro Muffato, Mauricio Chulam, Antonio Castro Prado (grande piloto que faleceu tragicamente em treinos) Ronaldo Ely, são tantos os nomes que acabo me perdendo aqui e sinto falta de minhas revistas.
Em 1977 um certo General decidiu proibir as corridas de automóveis e motocicletas no Brasil de vido a uma das crises internacionais de petróleo, e os dirigentes e preparadores, unidos, acharam uma solução criativa: adotar o alcool como combustível o que salvou seus empregos e desenvolveu o programa do governo em vários anos.
Lá fora, Emerson já bi campeão mundial pela Mclaren em 1974, vice em 1975, decidiu tentar uma cartada arriscada: pilotar o carro de sua família, o Copersucar (denominado por seu patrocinador) que Wilsinho valentemente toreou pelas pistas do circuito mundial durante 1975, sem sucesso. Quando o carro foi lançado em fins de 1974, no salão negro do Congresso Nacional em Brasília, causou estupor, pois o projeto do grande Ricardo Divilla era nada menos que revolucionário, linhas aerodinâmicas muito limpas e belíssimo, inclusive em sua pintura. Na estréia na Argentina, Wilsinho bateu no começo da prova e o carro incendiou-se, fazendo com que Emerson, que viria a ser o vencedor do Grande Prêmio, chegasse a pensar em parar e ver como estava o irmão. No Brasil, o carro sofreu algumas modificações, especialmente na traseira e durante o ano sofreu de uma crônica falta de potência de seus motores Cosworth, muitos inclusive acreditavam em boicote ( eu me incluia entre eles, hoje não estou bem certo).
Pace já na Brabham tinha um ritmo de corrida invejável, mas padecia de falta de preparo físico e após vencer numa gloriosa tarde o Grande Premio do Brasil de 1975 em Interlagos, no autódromo que depois merecidamente teria o seu nome, não encontrava consistência para duelar pelo título. Em 1976 a Brabham do folclórico Bernie Ecclestone resolveu usar motores Alfa Romeo, muito potentes, mas pesados e beberrões e o ano foi perdido, a ponto de Reutemann abandonar a equipe e ir para a Ferrari após o quase fatal acidente de Niki Lauda em Nurburgring. Em 1977 Pace começou a temporada de forma auspiciosa, liderando na Argentina e finalmente chegando em segundo lugar, só perdendo a ponta por problemas de condicionamento físico. Mas infelizmente, após liderar o GP do Brasil, ele veio a falecer num triste acidente de avião com o amigo e também piloto Marivaldo Fernandes.
Nessa época tinhamos uma legião de pilotos brasileiros correndo na Europa, os destaques da mídia eram todos para Chico Serra fazendo uma boa campanha na Formula Ford inglesa - com uma invejável assessoria de imprensa ele ofuscava os bons resultados de Nelson Piquet na Formula 3 européia, o que fez com que este, resolvesse ir correr na Inglaterra na temporada de 1978 e enfrentar o prodígio Serra de igual para igual. Mas aí é outra história. Eu lia sobre os "outros " brasileiros, Mario Ferraris, Carlos Abdalla, Aryon Cornelsen Filho, Bolivar de Sordi, gente com menos exposição na mídia, mas que estavam batalhando um espaço no velho continente. Como eu percebia que jamais teria chance de correr aqui no Brasil, mesmo em karts, devido à minha falta de grana, sabia que a alternativa, por mais maluca que parecesse, seria ir para a Inglaterra, e por isso saboreava as narrativas da revista Autoesporte sobre os brasileiros que tinham menos evidência, mas que competiam nos vários campeonatos de Formula-Ford por lá. Mal sabia eu, minha hora de juntar-me áquela verdadeira legião de abnegados estava chegando...

KIMI IS BACK! AÇÕES DA SMIRNOFF EM ALTA!



Mais do que a aparentemente fácil vitória do Seb Vettel, o destaque da corrida de hoje foi a boa forma da equipe Lotus, e a volta de um ex-campeão mundial ao seu lugar de direito: o podium. Jamais escondi a imensa admiração que tenho pelo piloto escandinavo e é bastante satisfatória verificar que os tempos de bla-bla-bla estão minimizados, porque enquanto Kimi estiver nos holofotes, este não alimenta besteiras e papo-furado. O seu negócio é ser pragmático e conseguir resultados. Ótima corrida do Grosjean também, registre-se. Apagadão Webber em quarto (mas somando pontos, é o que importa). Nico Rosberg tomou uma ducha de água fria após sua dominante performance na China, mas lutou bravamente e conseguiu salvar um honroso quinto lugar no final, parando, assim como Vettel, logo após a bandeirada para poupar seu motor, já que o escapamento estava rachado e isso poderia levá-lo a quebra. Paul di Resta fez uma corrida notável, apostando numa estratégia arriscada de pneus e eclipisando totalmente seu companheiro de equipe Hulkenberg (coisa que eu duvidava antes do início do campeonato) e conseguiu uma ótima sexta posição. Em sétimo, colhendo aos poucos os pontinhos que podem ser úteis se a Ferrari acertar o carro para as próximas etapas do campeonato, o nunca-desiste Fernando Alonso. A despeito das inúteis afirmações pachecas de Babão Bueno de que "Felipe Massa faz uma corrida muito melhor do que Alonso", este não foi o caso e o espanhol conseguiu tirar leite de pedra novamente. Em oitavo uma McLaren que teve a pior performance do ano, com Lewis Hamilton que em momento algum mostrou sombra da forma que havia desfilado nas corridas anteriores. Jenson Button vinha à frente de Lewis, mas teve problemas no final e resolveu abandonar para salvar equipamento. Em nono, finalmente nos pontos pela primeira vez no ano, Felipe Massa fez uma corrida decente e conseguiu pelo menos minimizar as saraivadas de críticas ao seu desempenho. Michael Schumacher, que teve um final de semana para esquecer, lutou bravamente contras ambas as Saubers no  final para salvar o último pontinho.
A oscilação de desempenho de algumas equipes é o destaque do ano. Mclaren, Sauber e mesmo a Mercedes que haviam mostrado ter boas possibilidades nas tres provas anteriores, foram totalmente relegadas a condição de coadjuvantes nesta prova. Pode ser o efeito Bahrein, mas resta esperar um pouco mais para ver. A Williams vinha bem com Maldonado, que andou um tempão entre os dez primeiros, mas depois ele voltou a ter seus famosos "apagões" e rodou, abandonando. Bruno Senna foi bem discreto e fez uma corridinha medíocre, também optando pelo abandono no final para poder mexer no carro para a próxima corrida. Daniel Ricciardo que havia se classificado otimamente em sexto lugar fez corrida patética e arrastou-se lentamente nos ultimos postos, após algum problema na largada.
Volto depois. Agora tenho que cuidar de meus caros ouvidos, duramente castigados pelo festival de imbecilidades pronunciadas pelo narrador oficial da Rede Bobo!
Veja como ficou a classificação final do GP do Bahrein:
1 – Sebastian Vettel (ALE) - Red Bull –57 voltas
2 – Kimi Raikkonen (FIN) - Lotus – a 3s3
3 – Romain Grosjean (FRA) - Lotus – a 10s1
4 – Mark Webber (AUS) - Red Bull – a 38s7
5 – Nico Rosberg (ALE) - Mercedes – a 55s4
6 – Paul di Resta (GBR) - Force India – a 57s5
7 – Fernando Alonso (ESP) - Ferrari – a 57s8
8 – Lewis Hamilton (GBR) - McLaren –a 58s9
9 – Felipe Massa (BRA) - Ferrari – a 1min4s9
10 – Michael Schumacher (ALE) – Mercedes – a 1min11s4
11 – Sergio Pérez (MEX) – Sauber – a 1min12s7
12 – Nico Hulkenberg (ALE) - Force India – a 1min16s5
13 – Kamui Kobayashi (JAP) - Sauber – a 1min30s3
14 – Jean-Éric Vergne (FRA) - Toro Rosso – a 1min33s7
15 – Daniel Ricciardo (AUS) - Toro Rosso – a 1 volta
16 – Vitaly Petrov (RUS) - Caterham – a 1 volta
17 – Heikki Kovalainen (FIN) - Caterham – a 1 volta
18 – Timo Glock (ALE) - Marussia – a 2 volta
19 – Pedro de la Rosa (ESP) – HRT – a 2 volta
20 – Narain Karthikeyan (IND) – HRT – a 2 volta
21 – Jenson Button (GBR) - McLaren – Abandonou
22 – Bruno Senna (BRA) - Williams – Abandonou
23 – Pastor Maldonado* (VEN) - Williams – Abandonou
24 – Charles Pic (FRA) - Marussia – Abandonou

sexta-feira, 20 de abril de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

HIPOCRISIA E ALIENAÇÃO


A corrida no Bahrein vai acontecer, a despeito de toda a situação no país do Médio Oriente. Já falei sobre isso antes e hoje os esportes de massas, como a Formula 1 e o Futebol, além das Olimpíadas seguem um calendário baseado unicamente em conveniências financeiras. Que as autoridades esportivas mundiais foram sempre coniventes e omissas, tampouco é novidade. Durante anos a própria Formula 1 corria na Africa do Sul, no auge do regime de Apartheid. O que acho estranho é as comparações que alguns estão fazendo entre a situação do Bahrein e a do Brasil. Longe de mim querer ser bairrista, ou levantar bandeiras patrióticas aqui. Trato apenas de comentar a estupidez de uma comparação infeliz e maldosa. Senão, vejamos: os problemas no Bahrein tem a ver com opressão política, perseguições e violência contra a população por parte do próprio governo, aliás uma espécie de Ditadura. No Brasil temos problemas sociais, de violência pontual sim, mas temos democracia, polícia, poderes constituídos e jamais a transgressão dos Direitos Humanos elementares. São dois pesos e duas medidas. O Sebastian Vettel e o infeliz do diretor da Mclaren (não me lembro o nome do dito cujo) são mal informados e visivelmente parciais. Afirmaram que há lugares no Brasil em que não se pode ir. Sim, amigão, e também em Berlin, em Londres, Moscou, Nova York. Sem justificar nossas mazelas, mas aqui praticamos sim o direito de ir e vir.Seb "Chuck" Vettel pode ser um gênio atrás do volante, mas está provando ser uma besta quando abre a boca. Me lembro desta mesma má vontade nos anos setenta, quando todos os anos a prefeitura de Sao Paulo, e depois do Rio de Janeiro tinham que reformar o circuito, construir mais facilidades, recapar o asfalto da pista. Passam-nos a idéia de que éramos tupiniquins, nossas pistas e facilidades um lixo. Até eu comprava esta idéia até que.....ao mudar-me para a Inglaterra e ter a oportunidade de ir assistir a minha primeira prova em Thruxton. Boxes? O que é isso? Lama, muita lama, banheiros imundos, comida de carrinhos de lanche mal cheirosos e gordurosa, filas para tudos, arquibancadas caindo aos pedaços, sistema de auto falantes do século das bigas. Ok, pensei, aqui não tem Formula 1, apenas e meramente a série Aurora (que fui assistir) e a Formula 2, simplesmente os campeonatos mais importantes de formula abaixo da primeirona. 
Esperei algumas semanas para ir a Brands Hatch, que na época revezava-se com Silverstone para receber o GP inglês. Que decepção: a mesma lama, as mesmas filas intermináveis, o caos! Revi meus conceitos: mesmo então, Interlagos tinha facilidades muito melhores que aqueles estábulos ingleses. E Jacarepaguá, na época era ainda superior. Portanto amigos, gringos, campeões ou não. Um pouco menos de preconceito e um pouco mais de respeito!

CONTINUANDO AS RESPOSTAGENS: SÉRIE REMINISCÊNCIAS PESSOAIS, SEGUNDO CAPITULO. POSTADO ORIGINARIAMENTE EM 03 DE ABRIL DE 2009


Bom, estávamos em 1972, espero não aborrece-los com isso. Em 1973 Emerson começou o campeonato de forma demolidora, ganhou na Argentina (muitos consideram essa a sua melhor prova); e nós leitores da revista 4Rodas, tínhamos o privilégio de ler suas narrativas das provas, que saboreávamos, mesmo com um mês de atraso. Voltando um pouquinho atrás, a narrativa dele em primeira pessoa da prova em que venceu o GP da Belgica em Nivelles em 72, é um clássico, vou tentar resgatar a revista (que ainda tenho) e transcrever algumas passagens. Ele observava Regazzoni e a Ferrari á sua frente e fazia tentativas de ultrapassagem em lugares em que sabia não ia ser possível, deixando o suiço alerta. No único ponto da pista onde ele achava que poderia ultrapassar, ele não tentava, até que na 32ª volta, senão me engano (lá se vão mais de 35 anos, perdoem-me as ocasionais falhas de memória) ele percebeu que Rega deixou uma brechinha maior e deu o bote! Eu lia e relia, podia me sentir dentro dos carros junto com os pilotos. Quando a revista chegava na cidade, corríamos á banca e comprávamos na hora, deliciando-nos com as narrativas. A Autoesporte também era ansiosamente aguardada, mas passou por umas fases meio ruins nessa época, até um pouco mais tarde quando o Zamponi e o Lito Cavalcanti darem uma melhorada na bagaça.
Bom, como eu ia dizendo 1973 foi um ano que começou bem para nós brasileiros, mas não terminou tão bem assim, Emerson tendo sido derrotado por Stewart, sendo que sua equipe a Lotus pareceu privilegiar o sueco Peterson na segunda metado do campeonato. Pace, correndo pela Surtees (equipe aliás, a qual eu nutria enorme simpatia, e muitos anos mais tarde tive a oportunidade de bater um longo papo com sir John Surtees, mas isso é outra história) fazia o que podia, mostrando flashes de brilho, mas o carro era muito frágil. E claro, havia Wilsinho na 13ª Brabham ( to brincando, ele era o segundo piloto do Reutemann, mas havia tamanha diferença de tratamento que parecia outra categoria, um abismo mesmo) para quem eu nutria e nutro uma predileção especial: poxa, o cara chegou a ser considerado o piloto numero 1 do Brasil, nos anos 60, de repente um irmãozinho menor, um tal de Rato vem e toma conta de tudo! Deve ser frustrante e muito difícil manter a motivação, mas o Tigrão sempre se mostrou um cara de um caráter impecável!
Enfim, termina 1973 com o Emerson como vice-campeão, o que cá entre nós não era nada mal, mas estávamos insatisfeitos, e foi com enorme alegria que soubemos que ele estava se transferindo para a equipe McLaren, trazendo junto o cash da Marlboro, que até então patrocinava a equipe BRM com seus cinco ou seis carros. Ele ocupava o lugar de Peter Revson ao lado do Denny Hulme, que áquela altura da vida só queria mesmo sombra e água fresca, saudoso urso! Para a vaga de Emerson na Lotus, ao lado de Peterson, foi contratado outro piloto que eu gostava muito, o belga Jacky Ickx, mas essa não seria uma parceria produtiva. Pace continuava na Surtees e Wilsinho começou a desenvolver o projeto do Formula 1 brasileiro, afastando-se temporariamente das pistas. Interessante foi que naquela época a Folha de São Paulo dava notícias quase diárias do desenvolvimento do projeto, cobrindo os primeiros testes de pista, com excelentes reportagens, que eu recortava e guardava numa pasta, e que recentemente, numa de minhas mudanças de casa, se perderam.
Meus amigos e eu continuávamos a seguir ávidamente as provas e nessa época comecei a ir a São Paulo, Interlagos, assistir "in loco" as provas de Formula Super V, Divisão 3, Turismo. Eu nunca pagava ingressos em Interlagos, bastava um pouco de lábia para entrarmos de graça, e íamos até os boxes onde nos mesclávamos com os mecânicos, pilotos etc. Bons tempos, sem dúvida.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

REPOST: DO FUNDO DO BAÚ, DOS PRIMÓRDIOS DO BLOG.

Sem nenhuma razão em especial, resolvi republicar aqui alguns posts antigos, como que para justificar meu blog. Vou colocar como foi ao ar, sem corrigir, e já detectei falhas....rs....só para ir lembrando!


Acredito que todos nós vivemos um determinado momento em nossas respectivas vidas em que algo nos chama a atenção e fulmina como uma paixão, que nem sempre sabemos áquele instante, será eterna. Minha quase fixação pelo automobilismo começou há muito, muito tempo atrás, e vou tentar descrever os fatos da melhor e mais objetiva maneira possível. Para um sagitariano, mistura de sangues espanhol e italiano, ser objetivo é um desafio e tanto....
Meu pai tinha uma pequena oficina de lambretas, vespas e assemelhados, e eu adorava flanar (essa palavra é ótima também.....hehe) por ali. Entre outras coisas eles preparavam algumas magrelas para competições em cidades do interior do estado de São Paulo, não me recordo de ter assistido a nenhuma ao vivo, mas adorava o cheiro de gasolina, de graxa, e principalmente, as conversas derivadas das corridas. Além disso, havia a pilha de revistas "Mecânica Popular", Quatro Rodas, Autoesporte e outras em casa, que eu escondido, fuçava e conhecia de cor. Na verdade, ainda possuo a maior parte dessas revistas, e o simples folhear em um exemplar me trás recordações preciosas. Vagamente sabia da existência de algum primo distante que corria de carros e parece, era bom no que fazia, de nome Wilson. Meu avô paterno, Raphael, um homem grande e grave, com óculos incrívelmente grossos e uma postura que me dava muito medo, um dia me chamou e mostrou uma matéria no jornal Folha da Manhã (precursora da Folha de São Paulo) onde os irmãos Fittipaldi apareciam ao lado de um fusquinha de corrida, com o número 7.
Alguns anos depois, aquele cara, magrinho e com nariz típico de nossa família foi para a Europa e o resto é história. Acompanhei pelo rádio a sua primeira vitória na Formula 1 em 1979, no GP dos Estados Unidos em Watkins Glen, e vivia pintando carros de corrida nos meus cadernos escolares. Eu era um tipo e tanto: magrelo, pouco sociável, metido a intelectual. leitor ávido de jornais e revistas, destoava dos outros garotos por não ligara tanto para futebol e sim, por um esporte que poucos conheciam naquela época, principalmente no interior.
Com o sucesso de Emerson, a Formula 1 começou a ser transmitida pela televisão brasileira, me lembro do primeiro Grande Premio do Brasil em Interlagos, em 1972, não valia para o campeonato, Emerson dominou com sua linda Lotus preta e dourada, apenas para quebrar próximo ao final, dando a vitória de bandeja para o argentino Carlos Reutemann, da Brabham . Pelo menos Wilsinho, com outra Brabham, chegou em terceiro. (Estou escrevendo isso sem consultar nenhuma revista ou site, portanto, perdoem- me por alguma provável imprecisão.
Acredito que a flecha fatal tenha sido disparada por essa época, mas eu sentia uma espécie de cíumes de outros também gostarem daquele esporte exótico que eu havia descoberto primeiro, e tinha pouquíssima paciência para as opiniões de leigos (assim eu os via) no que se referia a pilotos, carros e corridas.


O ano de 1972 foi fantástico para nós brasileiros, fans de automobilismo: Emerson venceu cinco vezes, derrotou o bambambam da época Jackie Stewart, outros grandes como Jack Ickx, Denny Hulme, Clay Regazzoni etc e sagrou-se o mais jovem campeão mundial da história (honraria esta que só viria a ser superada por Fernando Alonso em 2005, ou seja, mais de 30 anos depois). A grande imprensa descobriu a Formula 1 e o automobilismo em geral. Torneios internacionais se realizavam aqui no Brasil, outros grandes pilotos nacionais mediam forças com os melhores estrangeiros. Luiz Pereira Bueno, Carlos Pace, Lian Duarte, Fritz Jordan, Wilsinho Fittipaldi e tantos outros que fizeram parte do imaginário de minha infância. Dos estrangeiros me lembro sempre com carinho do Ronnie Peterson e sua incrível habilidade nas curvas. Gostava do Tim Schenken, um australiano quietão que ficou no caminho das promessas ( quero voltar ao tema: aqueles que não vingaram no caminho da glória e os motivos), gostava dos franceses, Cevert "o homem mais belo do mundo", gostava de Beltoise, de Depailler. Torcia pelo pequenino grande Arturo Merzario, admirava o Mario Andretti.
O texto está ficando meio longo, quero voltar a ele oportunamente. Por enquanto me desculpem aqueles que esperavam algo mais...digamos, profissional, mas essas reminiscências afloram de forma espontânea e meio sem nexo.

terça-feira, 17 de abril de 2012

DO BAÙ

"Roubando" descaradamente do blog do Flávio Gomes, este velho filme (provavelmente em Super 8) de uma exibição do sensacional Euclides Pinheiro com os Simcas, me remetem a um evento similar, por volta de 65, em Ourinhos, na rua Altino Arantes. O molequinho de 5 anos aqui, ficava maravilhado! E sabia que carros e gasolina (ainda me lembro do cheiro de gasolina verde de aviação no ar, cheiro não, perfume) seriam o meu futuro.

domingo, 15 de abril de 2012

SOMZINHO PARA UM FINAL DE NOITE CHUVOSA DE UM DOMINGO NO LITORAL

CHINA:PITACOS DE UM DORMINHOCO


Confesso que ficar acordado até tarde e assistir um Grande Prêmio de Formula 1 as quatro da madrugada era coisa normal para mim até há pouco tempo atrás. Hoje em dia, sou um fraco. Ao ouvir a voz fanhosa e irritante do Gavião Bueno, minhas pálperas foram ficando pesadas, a luz foi se tornando difusa, meu nível de consciência baixando, baixando.....e eu dormi! Dormi o sono dos justos e dos cansados. Claro, depois já vi uma pequena matéria no Esporte Espetacular (uma bosta de matéria, para ser justo) e uma parte da corrida propriamente dita na SportTV. Mesmo assim, não me perdoo por ter dormido! Caramba! Sacrilégio! Perdi a chance de ver a namorada do Ken perder sua virgindade de vitórias. Mas o andrógino ser que responde pela alcunha de Nico pilotou como gente grande e ganhou a corrida sim. Muitos outros blogs e sites irão comentar a prova, vou poupar-lhe(s) (Rui e Groo — meus únicos e fiéis leitores, rs) o sacrifício de terminar estas mal traçadas. Button chegou em segundo, Hamilton em terceiro e pulou para a ponta de um improvável campeonato ( trés vencedores diferentes em três provas, e três equipes distintas). Schummy precisou abandonar, mas vinha bem. O mesmo de Kimi. Bruno Senna fez bonito e apesar de umas escapadelas aqui e ali, terminar em sétimo e justo frente de seu companheiro bolivariano foi um bom resultado. Decepcionaram de certa maneira, as Saubers. As Red Bull também estão tendo um começo de temporada atípico, e Mark Webber foi o quarto colocado, desta vez a frente de seu companheiro o bicampeão Seb Vettel. Romain Grosjean foi o sexto, num bom resultado para a equipe Lotus que vem forte este ano, e Bruno Senna e Maldonado, sétimo e oitavo, para comemorar o aniversário de setenta anos de tio Frank. Em nono lugar um valente Fernando "vale quanto pesa" Alonso e sua claudicante Ferrari, e fechando os pontuáveis, o ex-mito, Koba San. Felipe Massa.....hummm, a má fase não termina nunca e ele chegou apenas em décimo segundo. Agora é para o Bahrein......

sexta-feira, 13 de abril de 2012

GANÂNCIA E ALIENAÇÃO


A situação no Bahrein anda para lá de preta. Convulsões mil de um povo oprimido, levantes, manifestações reprimidas com muita violência, denúncias de mortes. No ano passado o GP de Formula 1 foi cancelado devido a alegação de "falta de segurança". De um ano para cá a situação se agravou dramaticamente. Incluindo a ganância de Bernie Ecclestone e seus "cordeirinhos amestrados", vulgo pilotos, dirigentes et caterva. Triste ver a Formula 1, que claro, há muito deixou de ser um esporte, servir de pano de fundo para uma manobra que visa mostrar ao mundo que está "tudo bem".  Nada está bem. Não podemos nos omitir de ver, enxergar, refletir e tomar posições. Que bosta de gente é essa que pensa apenas no bolso? Eu adoro a Formula 1, mas hoje menos, bem menos que há 30 anos atrás. Acorda Bernie! (Me vem a cabeça o heróico e quase solitário que o então campeão mundial Emerson Fittipaldi fez á pista de Montjuic em 1975, pela total falta de segurança aos pilotos, no que foi seguido apenas por seu irmão Wilson — de Copersucar e o bravo Arturo Merzario. A prova acabou sendo realizada e foi trágica: um acidente entre os líderes Carlos Pace e Rolf Stommelen ceifou a vida de pelo menos cinco espectadores. Não se fazem campeões da estirpe de um Fittipaldi ou um Stewart.)


quinta-feira, 12 de abril de 2012

MULHERES NA FORMULA 1: MARIA e SUZIE

Maria de Villota: bela, mas com poucas chances de brilhar no volante.

Mesmo que seja de "mentirinha" (em minha modesta opinião ela jamais terá competência para ao menos se classificar para uma largada — e não é preconceito não, longe disso, é a sua carreira pregressa, fraquíssima), mas faz bem a um esporte tão machista ver uma mulher envergando um macacão de piloto de Formula 1. O duro que a equipe que a "contratou" é a fraquíssima Marussia, ou seja, sem chances.
Agora a Williams também "contratou" a bela Suzie Stoddart (Wolf), que tem um currículo bem mais respeitável, além do fato de ser esposa de um dos sócios da escuderia, o Toto Wolf (pensam que nepotismo acontece apenas no Brasil?).
Suzie Wolf: bela e com uma carreira mais consistente.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

PICTORIAL WEDNESDAY

Hoje eu ando meio sem assunto, portanto resolvi dar uma "pescada" nas ótimas fotos que capturo no face e na net de forma geral. Alguns pilotos de quem eu gosto muito (mesmo que mortos), que marcaram época em minha vida.

O urso: Denny Hulme, campeão em 1967, morto em 1992.
Elio de Angelis com Gerard Ducarouge nos tempos da Lotus. Elio morreu em 1986.
Foto sensacional, pois traz três campeões mundiais de Formula 1: Graham Hill, Jim Clark e o pequeno Damon Hill, o único ainda vivo do trio.
O grande Patrick Depailler e o Tyrrell P34 de seis rodas. Morto em 1980
David Purley: herói dentro e fora das pistas, morto em uma acrobacia aérea em 1985.






quarta-feira, 4 de abril de 2012

SALVE JACAREPAGUÁ

Espelho, espelho meu: existe cenário mais lindo para uma largada do que este?

Em meio ao monte de absurdos que somos obrigados a suportar, como cidadãos de país que almeja ser de primeiro mundo, um deles é a falta de sensibilidade e inteligência de nossos políticos. Pouquíssima transparência, nenhuma noção de respeito ao patrimônio público, ou a história. São em sua maioria abutres oportunistas que visam apenas o voto rápido dos incautos que se impressionam com palavras vazias e tolas. O dia em que um político de verdade trabalhar com afinco pelo bem da Nação, sem visar benefícios, propinas ou maracutais, será   celebrado com sucessivas reeleições e um busto de mármore! O Autódromo Internacional Nelson Piquet no Rio de Janeiro, em Jacarepaguá, palco de épicas batalhas de nosso automobilismo domésticos, diversos Grandes Prêmios de Formula 1, corrida de Formula Indy, etapa do Mundial de Motovelocidade e muito mais, está capenga, gangrenando, com as mãos estendidas como um pobre moribundo que busca socorro. Domingo passado mesmo, num espaço mal cuidado, retalhado e abusado, estuprado de parte de suas instalações para abrigar a Vila Pan Americana, dos malfadados Jogos da vergonha, os Pan de 2007 (cujo orçamento inicial decuplicou e ninguém foi punido), a Formula Truck fez a proeza de levar mais de cinquenta mil espectadores ao nosso templo.
Demandamos respeito! Quem gosta de automobilismo paga impostos, e muitos! Não é possível entender para que se tem que destruir algo, com a vaga e falsa promessa de "reconstruir" em uma localidade e data não muito claras, se não for em nome da maldita especulação imobiliária. Raça de parasitas, que trabalhem e deixem intacto o que tem serventia e história!
Vamos salvar Jacarepaguá!!!!
A propósito, eu e meu amigo Mané Português estávamos lá em 1978 quando da primeira corrida de Formula 1 na pista. Não posso afirmar que tenhamos contribuído com a arrecadação da bilheteria, pois minha memória é falha e meu amigo tinha uma tendência a "pular" muros, e eu claro, por solidariedade, talvez tenha pulado também. De qualquer forma, registre-se a presença de dois caipiras da pequena cidade de Ourinhos no meio daquela imensa multidão que foi celebrar o ronco dos motores!!!!

SALVE JACAREPAGUÁ

Espelho, espelho meu: existe cenário mais lindo para uma largada do que este?

Em meio ao monte de absurdos que somos obrigados a suportar, como cidadãos de país que almeja ser de primeiro mundo, um deles é a falta de sensibilidade e inteligência de nossos políticos. Pouquíssima transparência, nenhuma noção de respeito ao patrimônio público, ou a história. São em sua maioria abutres oportunistas que visam apenas o voto rápido dos incautos que se impressionam com palavras vazias e tolas. O dia em que um político de verdade trabalhar com afinco pelo bem da Nação, sem visar benefícios, propinas ou maracutais, será   celebrado com sucessivas reeleições e um busto de mármore! O Autódromo Internacional Nelson Piquet no Rio de Janeiro, em Jacarepaguá, palco de épicas batalhas de nosso automobilismo domésticos, diversos Grandes Prêmios de Formula 1, corrida de Formula Indy, etapa do Mundial de Motovelocidade e muito mais, está capenga, gangrenando, com as mãos estendidas como um pobre moribundo que busca socorro. Domingo passado mesmo, num espaço mal cuidado, retalhado e abusado, estuprado de parte de suas instalações para abrigar a Vila Pan Americana, dos malfadados Jogos da vergonha, os Pan de 2007 (cujo orçamento inicial decuplicou e ninguém foi punido), a Formula Truck fez a proeza de levar mais de cinquenta mil espectadores ao nosso templo.
Demandamos respeito! Quem gosta de automobilismo paga impostos, e muitos! Não é possível entender para que se tem que destruiu algo, com a vaga e falsa promessa de "reconstruir" em uma localidade e data não muito claras, se não for em nome da maldita especulação imobiliária. Raça de parasitas, que trabalhem e deixem intacto o que tem serventia e história!
Vamos salvar Jacarepaguá!!!!
A propósito, eu e meu amigo Mané Português estávamos lá em 1978 quando da primeira corrida de Formula 1 na pista. Não posso afirmar que tenhamos contribuído com a arrecadação da bilheteria, pois minha memória é falha e meu amigo tinha uma tendência a "pular" muros, e eu claro, por solidariedade, talvez tenha pulado também. De qualquer forma, registre-se a presença de dois caipiras da pequena cidade de Ourinhos no meio daquela imensa multidão que foi celebrar o ronco dos motores!!!!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

PICTORIAL MONDAY NIGHT: YELLOW CARS

Assim mesmo, sem legendas e nem identificação, sem épocas pré determinadas, nada. Só pela cor dos carros.