Confirmada a permanência de Bruno Senna na equipe Renault (não me peçam para chama-la de Lotus, ainda não estou acostumado com esta "dança" de nomes — é fácil para os marketeiros se auto-batizarem algo que não são, para nós, os puristas, é mais complicado, senão impossível) até o final do ano. Claro que além da relativa decepção com a atuação de Nick Heidfeld, a injeção de muitos reais na combalida conta corrente do Grupo Geni — não aquela da chuva de .....você sabe, outra Geni, esta uma senhora gorda de luxemburgo que vive a fazer cachecóis de lã e nunca vendia, até que um dia, abriu um site na net e a venda dos cachecóis bombou tanto que resolveu comprar uma equipe de Formula 1 — enfim, cachecóis, Sennas e Heidfelds à parte, a vida continua a girar.
Quanto ao Rubinho, eu que sou eterno defensor do bom e veterano piloto brasileiro, parece que sua situação para a próxima temporada é menos garantida e ele já começou a movimentar-se, via twitter e "drops" na imprensa, dizendo que gostaria de continuar etc. Quem o critica muitas vezes esta puxando o saco de seu chefe para não ser despedido, está tentando uma boquinha em algum cargo público via "aquele vereador/deputado/senador" amigo ou outras coisas menos nobres. Acho legítimo um trabalhador querer manter o emprego que conquistou de forma legítima e honesta. O nível de desinformação de parte dos torcedores brasileiros é grande, cheguei a ler em alguns comentários de blogs que ele deveria "dar" o lugar para pilotos brasileiros mais jovens, como se na Formula 1 a nacionalidade fosse um lugar cativo, um sistema de cotas.Chegam lá apenas alguns privilegiados e permanecem pouquíssimos destes. Se Barrichello está se mantendo nesse nível a quase duas décadas e se o seu ano não vem sendo bom, boa parte do fraco desempenho é da equipe Williams que de tempos em tempos sofre um "apagão" de qualidade. Qual outra equipe na história da Formula 1 foi capaz de "rifar" sem dó ou piedade três pilotos que ganharam títulos com seus carros?
Só para relembrarmos: em 87 Nelson Piquet enfrentou as sequelas de um terrível acidente na Tamburello em Imola (sim, aquela mesma) e a parcialidade da equipe pró-Nigel Mansell e venceu o título. Suas condições e ambiente na equipe eram péssimos e ele foi embora para a equipe Lotus levando consigo o motor Honda — o melhor da época. Anos depois, o mesmo Nigel Mansell ganhou facilmente o título de 1992 e foi sumariamente dispensado no final da temporada para a contratação de Alain Prost. Que por sua vez ganhou facilmente o título de 1993 para ser dispensado para a contratação de .... Ayrton Senna. Após a morte trágica deste, Damon Hill assumiu as rédeas da equipe e após ser campeão em 1996 foi.....dispensado. Concluindo: uma equipe que não valoriza seus pilotos campeões, que cometeu erros estratégicos crassos durante sua história, agora agoniza em decorrência de suas próprias falhas — talvez não vá mesmo segurar seu único piloto de verdade, me desculpem os fãs de Maldonado. Contratar outro piloto pagante seria sim um erro, como afirma Rubinho, e talvez a gota d'água que falta para o fim nada glorioso desta equipe de tantas tradições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário