terça-feira, 15 de setembro de 2009

A MÍTICA DE UM NOME







O garoto tem cerca de 6/7 anos de idade. Mal lê, mas sabe bem o que gosta de ver. Seu pai gosta de automobilismo, que naquele Brasil de meados da década de 60, longe dos grandes centros, ruas de paralelepípedo (sempre quis escrever esta palavra, espero não ter errado), coleciona revistas "Autoesporte", "Quatro Rodas" e "Mecanica Popular". A Formula 1 é um sonho distante, uma galáxia estrangeira. Os pilotos favoritos de seu pai, sempre italianos: Bandini, Scarfiotti. O garoto gosta de um cara com jeito simples e humilde, pastor de ovelhas, mas que é, simplesmente o melhor. Jim Clark. A equipe, Lotus. Nome singelo, de uma flor. Os anos passam. Graham Hill, Jochen Rindt, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson, Jackie Ickx, Tim Schenken, Gunnar Nilsson, Mario Andretti, Elio de Angelis, Nigel Mansell, Ayrton Senna, Nelson Pique, Mika Hakkinem. Todos pilotos de primeiro time, respeitados e admirados pelo garoto, agora um homem. Colin Chapman, genial e controvero, como são os gênios, aliás. Peter War. O 49, o 72 e sua longeva historia de vitórias e títulos. O 76 de curta vida. O 78, magnífico e absoluto. O de chassis duplo, o 56 com sua turbina Pratt & Whitney. Os títulos, as glórias, as mortes. Nâo preciso consultar o google e nem a wikipedia para escrever isso. Está tudo vivo em minha memória. O fim melancólico. O ostracismo. A volta meio estranha. Capital malayo? Que saibam honrar o nome, a história dessa marca. Eu, por meu lado, continuo cultuando os meus heróis do passado, ainda que , ávido por novos e modernos heróis. Lotus!

Um comentário:

Ron Groo disse...

Lotus é sinonimo e verbete de automobilismo.
Não merecia voltar nas mãos de uns aventureiros