quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PENSAMENTOS IMPERFEITOS, DESCONEXOS E DOLORIDOS


Doloridos por causa da minha coluna, que apitou por "help". A gente vai forçando, forçando e uma hora a coisa pede arrêgo.
Época meio parada, cheia de especulações sobre o futuro, sobre a temporada que se avizinha. Bolas de cristal a todo vapor e gente dando pitacada a torto e a direito. Vou dar umas pitacadas também, se me permitirem.
Previsões da Formula 1: Acho que o Schummy vem com tudo e dependendo do carro que a Mercedes lhe entregar, vai andar na frente. Rosberguinho, apesar do jogo de cena pré-temporada "não serei o segundo piloto" (lembro de um certo Rubinho falando isso lá por volta de 2000 - há exatos 10 anos!), terá que melhorar muito sua presença para fazer frente ao Herr Fuhrer! Na Ferrari acho que Massa vai dar trabalho a Alonso sim, mas este não repetirá o erro que cometeu quando era piloto da Mclaren (de certa maneira menosprezou o novato Hamilton) e vai estar na ponta dos cascos - será sem dúvida fascinante observar o desenrolar de uma batalha que antes de tudo será eminentemente psicológica, pela primazia dentro da equipe.
A Mclaren é outra equipe que traz um interessantíssimo duelo à tona: simplesmente os dois últimos campeões mundiais - e ainda por cima ingleses ambos! Minhas fichas estão em Hamilton, mas Button não tem nada de bobo e a batalha será deveras interessante.
Na Red Bull vejo outra acachapante vitória de Sebastian Vettel sobre o xarope do Webber, e conforme o que Adrian Newey lhe entregar em mãos com fortíssimas chances de conquistar o primeiro título - isso aos 23 anos de idade!
Rubens Barrichello deve fazer um bom e honesto trabalho na Williams, mas terá no jovem e talentoso Hulkenberg um desafio motivador: o veterano com velocidade suficiente para segurar as pontas frente ao novato rapídissimo e impetuoso. Bons duelos internos à vista.
A Virgin Racing é a equipe novata mais estruturada aparentemente, e conta com a experiência de Glock e o novo talento de Di Grassi. É esperar para ver, tenho a impressão de que as coisas estão sendo feitas à contento por aquelas bandas e o ano promete.
Na Campos Meta, já com Bruno Senna confirmado há algumas semanas, a preocupação é com as finanças e a a aparente fragilidade da equipe, que nem anunciou o seu outro piloto ainda. Senna deve concentrar-se em adquirir quilometragem e a prender os macetes.
A Renault conta com um talentoso piloto em Robert Kubica e pouco mais que isso. Após os escândalos todos, os franceses têm muito a provar, a si mesmos e ao mundo esportivo em geral. O segundo piloto ainda não foi anunciado, e há chances que seja o talentoso e subestimado Nick Heidfeld.
Na Sauber, após todas as reviravoltas, a boa nova é a presença do japones Kamui Kobayashi, que causou ótima impressão em suas duas únicas corridas no final do ano passado. Peter Sauber, no entanto, é um homem experiente e sabe conduzir uma equipe com recursos modestos. Não deverá fazer feio em 2010.
A equipe Lotus assinou com uma dupla de pilotos experientes, Jarno Trulli e Heikke Kovalainen, ambos um degrau abaixo dos principais contendores ao título, mas seu problema não é exatamente os pilotos e sim um duvidoso pacote técnico. Além da origem dos financiadores, da qualidade dos técnicos e uma série de variáveis.
A Force India viveu uma incrível evolução na temporada passada, surpreendendo aos seus mais incrédulos críticos e tem tudo para manter sua curva ascendente. Vijay Malya provou ser mais que um rostinho bonito (brincadeira) e ao contrário de outros aventureiros sem prévia experiência no automobilismo, demonstrou boa dose de competência na direção do time. Seus pilotos Sutil e Liuzzi são daqueles que ainda têm muito a provar e vão vir com apetite.
A Toro Rosso manteve um surpreendente Buemi (a quem eu particularmente não considerava capaz de terminar a temporada) e talvez o espanhol Jaimito. Sem o projeto de Adrian Newey, pode patinar um pouco, e aparentemente está a venda.
A última incógnita da nova Formula 1 é a equipe americana, a USF1, do Peter Windsor e Ken Anderson. Não vimos projeto técnico e um dos nomes mais fortemente vinculados a ela, o argentino Lopez, não impõe respeito. Pode ser o maior fiasco ou a maior surpresa da temporada, mas dificilmente será uma Brawn.

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