sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

DOS LANÇAMENTOS E DAS OPINIÕES SUBJETIVAS E NACIONALISTAS



Esta semana tivemos a oportunidade de conhecer os novos bólidos de Ferrari e Mclaren. Já háviamos visto a nova Mercedes. A Mc laren vem com um carro deveras interessante, cujo design além de ousado é muito bonito estéticamente. No blog de James Allen, jornalista inglês que muitos acham ser mais importante do que realmente é, este afirma que a parceria entre Button e Hamilton é muito mais forte e harmoniosa que a de Massa/Alonso. Brincadeira de inglês, claro. Ele se refere ao clima cordial entre os dois pilotos (e campeões) britânicos na cerimônia de lançamento do carro ontem, destacando que na Ferrari a tensão entre os dois pilotos é bastante visível.
Oras, os dois inglesinhos podem até ter uma certa camaradagem, mas quem conhece a imprensa inglesa e o que ela alimenta em termos de rivalidade, sabe que isso é apenas "para inglês ver". Se Massa e Alonso demonstram alguma tensão, esta é verdadeira e nem poderia ser diferente entre latinos, altamente competitivos e com muito a provar, ambos. No caso dos ingleses, Button está se dizendo satisfeito em estar na equipe e bla bla bla, enquanto Hamilton, inteligentemente, joga a responsabilidade sobre os ombros do outro. Joguinho de cobras criadas, que se não forem bem administradas, fará a euforia dos adversários.
Em relação ao carro da Mclaren, é impressionante o grau de sofisticação (mesmo para uma categoria "top" como a Formula 1) no MP4-25. O bico alto, a exemplo do Red Bull da última temporada, as barbatanas que correm paralelo ao carro, e o carro foi desenhado com um difusor duplo, ao contrário do carro da última temporada, que teve o acessório adicionado ao seu projeto depois do início da temporada.
Na Mercedes, Ross Brawn declara que não deseja ver seu primeiro piloto, Michael Schumacher "dominar" Nico Rosberg, e que espera uma dura disputa entre os dois. Eu não. Acho que o "velho" Schummy vai fazer barba, cabelo e bigode da barbie germânica, só para colocar os pingos nos "is" logo de cara. Ele afirma que nunca desejou que Michael dominasse, e que na Ferrari ele dominava seus companheiros "porque era o melhor". Dificil disputar tal afirmação, principalmente vinda do homem que estava lá nos bastidores, mas que houve uma "ajudinha" em favor do alemão, isso é inegável, e eu nem vou repetir a ladainha "Austria 2002". Com Irvine também se via uma clara preferência ao primeiro piloto de Maranello então.
Semana que vem começam os testes coletivos na Espanha, e nunca é demais recordar que foram nesses testes de início de trabalhos que a Brawn começou a mostrar suas cores e a preocupar os adversários. Teremos uma nova surpresa este ano? Difícil dizer, mas as equipes grandes e seus departamentos de engenharia não vão ser pegas de surpresas em regulamentos difusos desta vez.

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