Hoje faz dezesseis anos da morte de Roland Ratzenberger, para muitos um obscuro piloto de Formula 1, da Áustria. Ele havia começado a correr na categoria máxima há apenas duas corridas e se não era nenhum talento extraordinário, mostrou muita garra e comprometimento para alcançar o sonho de 99% dos pilotos que um dia começam a correr de kart.
Aquele foi um fim de semana tenebroso para a Formula 1: na sexta feira o então jovem Rubens Barrichello sofreu um gravíssimo acidente com sua Jordan. No sábado, Ratzenberger veio a falecer e no domingo, bom, no domingo todos se lembram: Ayrton Senna perdeu a vida numa tragédia ímpar para o automobilismo brasileiro.
Ratzenberger começou tarde no automobilismo, a ponto de omitir dois anos de sua carteira de identidade. Nasceu em 1960 e depois de algum sucesso na Formula Ford em seu país, rumou para a Inglaterra. Em 1985 participou do Formula Ford Festival em Brands Hatch (eu também, coincidentemente) e em 1986 foi o vencedor. Em 1987 foi para a Formula 3 e após alguns anos de Inglaterra, rumou ao Japão onde obteve grande sucesso correndo de Formula Nippon e Esportes Protótipos. Com essa grana, ganha no país oriental, ele fez um contrato com a Simtek, uma pequena equipe de Formula 1 criada por Nick Wirth ( um gênio das pranchetas, mas sempre com poucos recursos) para correr cinco corridas. Após não conseguir classificar-se no Brasil, terminou o GP do Japão num bom décimo primeiro lugar, graças ao seu conhecimento da pista de Aida e Imola seria o seu terceiro GP. Não conseguiu lograr êxito: bateu a 314 km por hora na curva Villeneuve, quando algo se rompeu na suspensão de seu carro.
Assim como outro compatriota falecido anos antes em Le Mans (Jo Gartner) e Helmut Konnig (falecido em 74 em Watkins Glenn) a Áustria se privou de um potencial vencedor de Grandes Prêmios. Roland era um cara legal.
Um comentário:
Um campeão da vida. E um excelente piloto, porque nem sempre os grandes campeões precisam ganhar campeonatos para o serem...
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