segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DOMINGÃO REVISITADO, UMA ANÁLISE.





























Por problemas de falta de internet, precisei ficar afastado da vida digital pelo final de semana. Talvez com a perspectiva da distância de 24 horas, possa analisar com mais precisão e menos paixão os fatos do domingo. Vamos a eles:
- Indiscutível e bela vitória de Barrichello. Lendo alguns comentários sobre isso em outros blogs, pude notar que há uma nítida divisão: aqueles que adoram o cara, e outros que o detestam. Independente da opinião pessoal, há que se ter certa objetividade e principalmente, respeito. Respeito pelo homem, pelo profissional, pelo piloto e pelo cartel que ele ostenta. O brasileiro confunde o jeito descomplicado, sem cerimônia de ser, com a falta de respeito. A atuação de Luca Badoer, e a não atuação de Schumacher coloca em perspectiva as dificuldades físicas e técnicas de bem conduzir um bólido de Formula 1 atual. Se pegarmos a Formula 1 atual, com todas as suas dificuldades e competitividade, o fato é que Rubens, após década e meia de estrada continua a ser um dos melhores, vencendo, classificado em segundo lugar na tabela. Nada mal para um decadente, não acham?
-Bela atuação de Hamilton, confirmando o campeão que ele certamente é. Por outro lado, pífia atuação de Button, desmerecendo antecipadamente o campeão que ele provavelmente se tornará. Concordo com o Flavio Gomes que disse que com o melhor carro, Button é um piloto excelente, que pouco erra. Reutemann era assim, ás vezes. Eu, apesar de não ver tantos méritos em pilotos como Villeneuve ou Peterson, ou mesmo Arnoux, que tiravam o máximo de qualquer coisa que pilotassem, mesmo que fosse uma enceradeira, gosto daqueles que como Piquet ou Lauda, ou Senna (grupinho fraco, admito), fazem de tudo para melhorar a máquina, extraindo dela o melhor e acertando-a para melhor obter resultados. Barrichello é reconhecidamente um bom acertador, assim como Alonso, e começo a suspeitar, Hamilton. Button, certamente não é. Já escrevi aqui antes, que quando o carro da Honda era uma carroça, no ano passado, o rapaz se arrastava em célebre companhia das Force Indias, e sua carreira rapidamente caminhava para um ocaso infeliz. Resgatado no último minuto da aposentadoria precoce, assim como Barrichello, soube capitalizar da vantagem inicial do equipamento e de uma dose cavalar de sorte, para construir uma confortável liderança de pontos. Sorte maior de Button, foi a Mclaren e a Ferrari começarem o ano com os carros fora de forma, pois senão a história poderia ter sido bem outra.
- Quanto à corrida de domingo (chata), os destaques foram para as atuações de Barrichello, Hamilton, Raikkonen, do ponto de vista positivo. Do ponto de vista negativo, Badoer e Ferrari (pela escolha) foram hours-concours, a estréia do parlapatão Grosjean não foi nada demais, Jaiminho arrastou-se lá atrás, assim como as Toyotas. Kovalento mostrou que é braço duro mesmo, assim como Nakajima, e Rosberg fez boa corrida, não-tão-espetacular-quanto-querem-seus-fãs.
-Novas equipes vêm aí, outras se vão. O mercado vai se agitar muito ainda, antes que o fim do ano chegue. O nome Senna é forte em muitas listas, e acho que o Bruno foi inteligente ao poupar-se da tentação de uma terceira temporada na GP2. Vejam o exemplo de di Grassi: começou o ano com a obrigação de vencer, e está cada vez mais distante disso, complicando suas chances de ascender à Formula 1.
-Daqui para Spa. Não me arrisco a previsões, mas espero que Button continue a ter maus resultados e que Barrichello vença. Acho que as Red Bulls terão que rever alguns detalhes, porque Valência foi um desastre total para a equipe.

Um comentário:

Antonio Manoel disse...

Cezar

A propósito, como é o nome do cara que entrou no lugar do Piquet brabinho pimpolho,,,,, hum ,sei Grosjean.
Pergunto >> Fez algo melhor que o Piquet, creio que não.
O Briatore, fritou o Piquet legal mesmo.

Abraço
Manoel