domingo, 19 de julho de 2009

UM DOMINGO PARA ESQUECER. OU NÃO.






















A vida pode ser curta ou longa, o importante é ela ter um significado. Não, não tenho as respostas para isso, apenas mais perguntas, e já é o começo, penso. Hoje um jovem de 18 anos, piloto de automóveis, que provavelmente nem tinha idéia do que seu pai representou para o esporte a motor (em duas e quatro rodas), com a típica "cabeça fresca" da juventude, tentando seguir uma carreira que já parecia promissora (sobrenome forte, e principalmente, o apoio do orgulhoso pai), perdeu sua vida em um acidente estúpido (mas....não são estúpidos todos os acidentes, diriam alguns?) - sim e não, respondo eu. A estupidez é que não há nada a ser aprendido dessa fatalidade em particular. Um carro se despista, choca-se contra as proteções laterais da pista, a suspensão quebra, a roda se solta....e poderia ser qualquer um, ou ninguém. Destino.
Outra vida, longa e muito, muito intensa, se apagou hoje. Me refiro ao autor irlandês radicado em Nova Iorque, Frank Mc Court, que faleceu hoje de câncer aos 78 anos. Ele é o autor de um livro notável, "As cinzas de Angela", que foi traduzido em muitos idiomas e transposto para o cinema. Li o livro e vi o filme, e como é comum nesses casos, o livro é muito mais interessante, principalmente em sua versão original em inglês e nas circunstâncias em que eu o li (estava á época vivendo em Nova Iorque, repensando coisas da vida e do destino, e o livro certamente me ajudou a clarear um pouco as idèias). Da mais absoluta miséria ele narra a força e a fé de sua mãe Angela, as fraquezas do pai, a morte de alguns irmãos por inanição, a luta pela sobrevivência e a ida para a América, mostrando que todos temos dentro de nós uma luz, que nos guia e brilha de acordo com nossa força interior. Descanse em paz, Frank McCourt!

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