domingo, 16 de maio de 2010

MÔNACO: CORRIDA CHATA MAS NÃO MONÓTONA


Previsivelmente com poucas ultrapassagens de monta e com a vitória de um rejuvenescido Mark Webber, de ponta a ponta, seguido por seu conformado companheiro de equipe Seb "Chuck" Vettel, o que atesta que a equipe Red Bull (eu tinha colocado equipe Brawn - mas o amigo Rui Amaral Lemos Jr. me corrigiu, grato....rs) tem uma grande vantagem sobre seus concorrentes até o momento, o Grande Prêmio de Mônaco de 2010 será lembrado pela ultrapassagem ilegal de Michael Schumacher sobre Fernando Alonso na última curva da corrida. A manobra ainda está sob investigação, enquanto escrevo aqui, e não me importa o resultado, desde que me conheço por gente, só vale ultrapassar na volta em que o Safety car entra nos boxes depois da linha de partida/chegada. Portanto, gostando ou não de Alonso (que vacilou, mas tampouco poderia esperar a tal manobra) ou de Schumy, o que conta realmente é a legalidade ou não da manobra. Alonso choramingou para os jornais espanhois contra a atuação de Lucas di Grassi, que o teria segurado por mais de uma volta, mas isso a meu ver, não procede, pois di Grassi estava disputando posições e não é pago para deixar-se ultrapassar por quem quer que seja.
De qualquer maneira, a corrida foi chata, com alguns ingredientes interessantes: a quebra do motor do então líder do campeonato, Jenson Button por um erro grotesco de algum mecânico ( que não tirou uma cobertura da entrada de um dos radiadores, causando super aquecimento e quebra do propulsor), fez com que o campeonato se tornasse mais aberto. O domínio dos carros da equipe Red Bull que não foram ameaçados mesmo com quatro entradas de Safety car, a boa corrida de Robert Kubica com a Renault, as burocráticas apresentações de Felipe Massa e Lewis Hamilton, a boa corrida de Barrichello até a Williams o deixar na mão.
De notável realmente, nada. Schumacher andou na frente de Rosberg, que eu repito, não é tudo isso. Webber tampouco, idem Button. Ou seja, cada vez mais a Formula 1 deixa de ser um campeonato mundial de pilotos para ser um de construtores. O nível técnico dos principais pilotos está muito equilibrado e um carro excepcional nas mãos de um condutor mediano será capaz de vencer provas e talvez até o campeonato.
Dos outros brasileiros pouco a dizer. Bruno Senna se arrastou pela pista onde conquistou uma importante vitória (na GP2 há dois anos) e pelo menos superou seu fraco companheiro de equipe Chandok, que deve estar com uma baita dor de cabeça agora, pois foi atingido por cima pelo carro Lotus de Jarno Trulli no final da prova. Lucas di Grassi ainda não mostrou a que veio e vem constantemente tomando surras de seu mediano companheiro Glock.
Bola para frente e aguardar a corrida da Turquia onde os prognósticos mais uma vez apontam franco favoritismo para a equipe austríaca das bebidas energéticas.

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