Termina nesta sexta-feira (9) o prazo para que o acervo do Museu do Automóvel seja retirado de imóvel no Setor de Garagens Norte, perto do Palácio do Buriti, em Brasília. O prédio pertence à Secretaria de Patrimônio da União e é controlado pelo Ministério dos Transportes.
A determinação de desocupação é da Justiça. Em 2000, após 17 anos, o convênio que mantinha o museu no prédio foi rescindido. O ministério alega que precisa do espaço para armazenar documentos de órgãos já extintos, como o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e a Rede Ferroviária Federal.
O Museu do Automóvel guarda raridades, como o Ford usado por cinco presidentes da República e o primeiro veículo a ser produzido em linha de montagem no país, um modelo T. Além do acervo de 50 carros históricos, no museu também fica a maior biblioteca sobre carros do Brasil.
O curador do museu, Roberto Nasser, diz que paga a maior parte das despesas do próprio bolso e que, se não chegar a um acordo com o ministério, vai fechar as portas. “Esse museu custa uma Mercedes por ano. Se a cidade não quer o museu, se o governo não quer o museu, melhor fechar”, afirmou.
Com a provável desativação, a preocupação é que os carros antigos podem sofram danos irreparáveis durante a transferência para outro local. “Não é um processo de chamar 50 guinchos para remover os automóveis. O museu é muito mais que isso, tem milhares de itens de decoração que devem ser catalogados e embalados”, acrescentou Nasser.
Com tantas verbas destinadas a ONGs picaretas, ligadas a políticos e com o único objetivo de tungar o dinheiro dos contribuintes, bem que o governo poderia encontrar uma verba para um projeto legítimo, que preserva e valoriza nossa memória. Mais uma vez: pobre país!
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