Sempre adorei os livros. Olhava-os, na estante de minha casa, grandes, capas duras, enciclopédias como "Trópico" ou "Mérito" ainda pequeno, sem saber ler, e os cobiçava. Depois, com a alfabetização, devorei muitos deles. Milhares. Mas me lembro de uma coleção em particular, com cerca de 13 volumes: Tarzan, de Edgar Rice Burroughs. Pertencia a minha tia Sonia e ao saudoso tio Jurandir. Eu morei com eles durante um tempo, por causa de escola etc. Minha tia tinha uma estante legal, pequena, destas de vidro canelado, com umas preciosidades dentro. Me lembro de uma coleção de romances franceses (traduzidos, claro) para a juventude, com aventuras incríveis. Mas a coleção de Tarzan, com suas aventuras mirabolantes, e que eu li inteirinha da primeira vez com cerca de nove anos de idade, é inesquecível. Depois eu reli mais algumas vezes. E a coleção do Cronin, em casa, os livros de bolso do meu pai, Coyote era a coleção mais elaborada. Livros. Desde sempre companheiros inseparáveis.
Quando cheguei a Inglaterra em 1980 e a frustração de não ler em inglês, felizmente superada com os anos. O livro mais recente que li? 1808 do Laurentino Gomes, que me aguçou o apetite para ler 1822 do mesmo autor. Escritores favoritos? A lista é enorme, começando com Machado de Assis, Eça de Queiroz, Fernando Pessoa, Sthendal, Lampedusa, Joseph Conrad, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa. Leio tudo. Até Paulo Coelho. Espero continuar lendo por muitos e muitos anos.
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