segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

LOTUS (PARAGUAYA) ANUNCIA TRULLI E KOVALENTO


Sinal dos tempos. Antigamente, um piloto de um certo cartel, uma certa estatura, jamais consideraria arriscar sua reputaçao e sua carreira numa aventura. Correr na Formula 1 era o máximo, mas havia limites para isso. Me recordo de alguns pilotos bons, que ao ficarem sem opções para dar prosseguimento às respectivas carreiras, preferiram sair de forma digna. Alguns tentaram voltar, a lista é muito extensa, com diferentes graus de sucesso. Me lembro da "retirada" de Niki Lauda, que nem chegou a completar a temporada de 1979, e que ao voltar para a Mclaren em 1982, despertou muitas dúvidas. Respondeu com o título em 1984, e saiu fora no final de 1985 de novo, ainda competitivo. Alan Jones brigou com Carlos Reutemann e despediu-se no final de 1981, e voltou, gordo e desmotivado, numa Arrows em 1983. Desastre, foi para a Austrália beber cerveja. Retornou uma vez mais em 1986 com um bom projeto (no papel) a Lola de Carl Haas, bancada pela gigante Beatrice Foods e ao lado de Patrick Tambay. As coisas não correram a contento e reputações foram manchadas.
Agora os pilotos na ativa, perdem os lugares, caso de Trulli e Kovalainen e pulam em qualquer canoa furada. No ano passado, quando Rubens Barrichello e Jenson Button aceitaram fazer parte da nova equipe Brawn, era uma boa opção, pois a base da equipe ambos conheciam bem, sabiam que havia algum dinheiro da Honda e havia o Ross Brawn como aval de qualidade. Agora esse tal de Tony Fernandes, que misteriosamente conseguiu inscrever uma equipe onde outros falharam, com um projeto que ninguém viu, pessoal técnico idem, consegue atrair dois pilotos médios da ativa. Sei lá. Trulli sempre foi um piloto mediano, com momentos de extrema velocidade. Kova, é ruim de doer. Mesmo assim, ambos são pilotos que conseguem classificar um carro e levá-lo até o final, portanto, melhor que os tal de Fauzi qualquer-coisa. Eu acho que estou mesmo ficando velho. Adorava os velhos tempos e as incertezas que havia. Me lembro quando Jody Scheckter deixou a então grande Tyrrell e assinou com a novata Wolf, todos comentaram que ele teria cometido suicidio na carreira. Ganhou na estréia e quase papou o título. Nem Trulli e muito menos Kova são do quilate do Jody. Não espero milagres, mas pelo jeito, correr na Formula 1 hoje é tão fundamental, que até um senhor queixudo que já ganhou sete títulos e noventa e uma corridas, quer voltar. Será que ele ainda tem algo a provar?

Um comentário:

Ron Groo disse...

É ou não para dar risada desta Nueva Lotus? Arranjou dois motoristas. Vai naufragar.