segunda-feira, 7 de junho de 2010

CURTAS DE UMA SEGUNDA FEIRA FRIA


Semana em que a Copa do Mundo de Futebol monopoliza todas as atenções de todas as emissoras de TV do país, numa redundante repetição de reportagens ocas e insossas. Credo! Quanta falta de originalidade. Milhares de profissionais filmando insignificâncias num Mundial que em minha opinião será frustrante e insignificante, pois o time do Mestre Dunga não me inspira a menor confiança. Posso morder a língua, a seleção canarinho voltar com o caneco e tudo o mais, sou brasileiro, sou torcedor, mas mesmo assim, já dá para sentir uma sensação de '94 no ar— um campeonatinho chocho.

A polêmica da Stock Car foi muito bem explorada em outros blogs e eu já dei meu pitaco aqui ontem. Acredito que a essência do automobilismo sejam as disputas por posição na pista, as ultrapassagens, as visíveis demonstrações de habilidade dos pilotos. Uma pista de rua proporciona o palco ideal para isso, separando os corajosos dos burocráticos, os craques dos apenas bons. No entanto, essa mesma pista tem que proporcionar espaço para que as disputas aconteçam. A gestão da CBA é de um amadorismo atroz, para não dizer coisa pior. Já foi dito em vários espaços que na semana anterior, no malfadado e muito mutilado autódromo de Jacarepaguá no Rio, no lançamento das Formula Linea e Future, iniciativa alvissareira para nosso moribundo automobilismo, o senhor presidente (em minúsculo mesmo) da CBA, um tal de Clayton Pinheiro, estava passeando por Indianápolis, certamente às custas do dinheiro da entidade que cobra exorbitantes taxas dos pilotos e dos clubes e nada dá em retorno. Que tristeza os vícios de corrupção e incompetência das "panelinhas" que se encastelam na gestão dos principais esportes do país. Basquete, judô, natação, futebol, claro, todos estão no mesmo barco, ou cenário desolador. Me apavoro diante da idéia dos absurdos que estão para acontecer para que seja realizada a Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil. A roubalheira será tanta que fará corar até Arruda de Brasília. Pobre país que para que as coisas aconteçam, tem que pagar pedágio!

Depois da prova das 500 milhas de Indianápolis, as 500 milhas do Texas são meio "anti clímax", com sabor de final de festa. Chamou a atenção o amadorismo dos fiscais de pista no resgate da Simona de Silvestro e a má sorte que vem acometendo os pilotos brasileiros.

Outro destaque do final de semana foi o acidente grave sofrido pelo Valentino Rossi que o deixará afastado das pistas por cerca de dois meses de seu quase certo décimo título mundial.

A semana começa com um friozinho gostoso aqui no litoral e os cobertores estão ganhando serventia após quase um ano no armário. No final de semana acontece a prova que mais gosto de todas, as 24 horas de Le Mans, além da Copa do Mundo, claro. Haja cafézinho!

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