O primeiro Grande Prêmio da "nova Formula 1", com mudanças de regras, presença de quatro campeões mundiais, teoricamente quatro equipes em condições de disputar o título e etc, finalmente começou hoje no Baherein.
O domínio da primeira parte da corrida foi do jovem alemão Sebastian Vettel e sua Red Bull Renault. Atingido por um problema (provavelmente no motor) que lhe causou abrupta queda de rendimento, Vettel teve muita competência para administrar seu carro até o final, perdendo as três primeiras posições, mas salvando alguns pontos que poderão ser muito importantes no final do ano para si e para a equipe. Seu companheiro Mark Webber teve uma corrida discreta, chegando ao final na oitava posição, posição esta, aliás, que ocupou durante boa parte da prova.
As duas Ferraris em estado de grande equilíbrio (até na necessidade de troca de motores para ambos antes da largada) decidiram a corrida na maior agressividade de Fernando Alonso na primeira curva, ao superar seu companheiro Felipe Massa com uma manobra ousada, ainda que leal. Ambos fizeram boas corridas, notadamente o brasileiro, que retornava após seu terrível acidente na Hungria no ano passado. Pela segunda vez Massa presenciou a estréia de um companheiro de equipe com vitória ( Kimi Raikkonen estreou vencendo em 2007 pela equipe) e isso, além de lhe dar uma sensação de "deja-vu" deve ter acendido algumas luzinhas internas de alerta. Todo mundo sabe da enorme competência de Fernando Alonso, seus dois títulos são eloquentes provas disso, mas ao vencer na estréia, marca seu território dentro da equipe e coloca pressão no campo de Massa. De qualquer maneira, a equipe italiana fez um bom trabalho em comparação com o ano passado, quando tinha um carro bem inferior ao F10 desse ano. Após superar Vettel, Alonso controlou a corrida como quis e completou uma estréia de sonhos para si.
O terceiro colocado foi Lewis Hamilton que fez uma corrida discreta e muito eficiente com a Mclaren, que precisa de alguns ajustes para poder brigar pelas vitórias. De qualquer maneira, como era esperado, superou amplamente seu companheiro, o atual campeão do mundo, Jenson Button, que chegou na sétima posição.
A equipe Mercedes, cercada por toda a atenção da mídia graças ao retorno de Michael Schumacher, teve seu outro piloto, Nico Rosberg roubando as atenções. Ambos fizeram boas provas, com o jovem Rosberg em quinto e Schummy em sexto. O carro tem muito a evoluir, mas a corrida foi promissora.
Grande corrida a de Vitantonio Liuzzi e sua Force India, terminando na nona posição e superando seu companheiro Adrian Sutil, que terminou em décimo segundo. O décimo colocado e último piloto a pontuar na prova de abertura do mundial foi Rubens Barrichello, que teve diversos problemas no final de semana, mas superou seu jovem companheiro Hulkenberg com folga. Este último andou rodando, demonstrando uma certa ansiedade, normal, mas deve se encontrar em breve, pois é um dos mais talentosos da nova geração.
Em décimo primeiro lugar, Robert Kubica teve uma corrida decepcionante em sua estréia na Renault, sua posição de largada sugeriria uma melhor apresentação, mas uma rodada logo na primeira volta comprometeu seu ritmo de corrida. Seu companheiro, o russo Petrov vinha bem, até ser vítima de problemas mecânicos durante sua parada para troca de pneus.
Nota de destaque para os dois carros da equipe Lotus que terminaram a corrida, ainda que lá atrás, feito não conseguido por nenhum dos carros da Virgin ou da Hispania. Lucas di Grassi deu apenas três voltas antes de ser vítima de problemas hidráulicos, parando no circuito, e Bruno Senna conseguiu quase duas dezenas de giros, com sua recalcitrante Hispania, antes de desistir. Destaque negativo novamente para a péssima narração de GB, que tentava artificialmente insulflar o ritmo da transmissão com suas babaquices de sempre.
Um comentário:
Bingo... O Alonso venceu sem convencer, quem convenceu mesmo foi o engenheiro que "aconselhou" o Massa a poupar equipamento...
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