terça-feira, 20 de março de 2012

MUCH ADO ABOUT NOTHING

Os três mosqueteiros.
Ou melhor: muito papo sobre nada! Primeiro a famosa (apesar de ter saído hoje) capa da revista Autosprint italiana, "fritando" Felipe Massa. O que tem de gente dando "pitacadas" no assunto é incrível. De um lado, jornalistas e experts, pessoas que entendem do assunto. De outro, leitores de blogs, pessoas que por terem assistido a meia dúzia de Grandes Prêmios se acham entendidos no "metier". Não quero parecer prepotente, muito pelo contrário, mas acho que a Ferrari e a Fiat não rasgam dinheiro, e não entregariam um de seus dois carros de Formula 1, investimento caríssimo, em mãos despreparadas. Especulações mil a respeito de que "fulano" ou "sicrano" poderiam fazer ou não, são apenas isso, especulações. Os brasileiros em particular, perdem o respeito pelos seus ídolos de forma muito rápida (haja vista o caso do Emerson que quando foi para a Copersucar foi exacrado pela mídia e boa parte da população — para nas décadas seguintes sagrar-se campeão da Formula Indy e ganhar por duas ocasiões as míticas 500 millhas de Indianapolis), e essa nossa informalidade me incomoda, pois vulgariza. Temos talvez os piores políticos do mundo, que são denunciados, cobrados pela imprensa, mas acabam sempre sendo reeleitos. No caso dos ídolos esportivos a cobrança é muito mais severa, cruel mesmo, eu diria. Por décadas o Rubinho foi tratado como um farsante, um bobo da corte, um rufião. Mesmo assim ele ficou no topo por 19 anos e agora mesmo, conseguiu um lugar (pagando — equívoco de quem escreveu que Rubinho virou piloto pagante— ele tem uma ou mais empresas que acham um bom investimento patrociná-lo por causa do retorno de mídia e da possibilidade de obtenção de bons resultados.
Voltemos ao bom Felipe: é claro que o Alonso é mais piloto. É óbvio que o espanhol vem obtendo melhores resultados. Resta saber as razões da Ferrari em mantê-lo e também não devemos nos esquecer que pré-acidente (sim, eu sou daqueles que acho que a mola na cabeça afetou sua qualidade de piloto) ele era um dileto postulante ao título, tendo sido vice-campeão do mundo e vencedor de várias poles e vitórias. Isso, amigos, não é para qualquer um. Basta ver a lista enorme de pilotos que competiram por anos a fio sem ter logrado sequer umazinha. Encabeça-a o aloprado Andrea de Cesaris, que acho, competiu mais de duzentas vezes sem vitória.
Acho sinceramente que a Autosprint quer aumentar suas vendas em banca. Italianos são histéricos, e eu posso falar porque sou parte carcamano. De resto, uma corrida é pouco. Não que a Ferrari não tenha se livrado de pilotos promissores sem cerimônia (me vem a cabeça o Ivan Capelli, o Rene Arnoux e outros).
Acho também que o Felipe tem que se achar e rápido. Talento ele tem.
Quanto ao acidente com o Bruno Senna, lamento dizer, mas em todos estes anos, acho que foi um dos pontos mais baixos de participação dos brasileiros na Formula 1. Mesmo assim, se os pilotos envolvidos o consideram um acidente de corrida, quem sou eu para meter a colher? O fato é que Bruno Senna que tem contrato de apenas um ano com a Williams tem a sua posição muito menos segura que a do Felipe Massa, que como já disse anteriormente, já ganhou corridas e disputou título.
Domingo que vem tem mais! Que venha Sepang.

Um comentário:

Ron Groo disse...

Falar que o carro é uma droga desde 2009 o "troca letras" italiano não disse.