A corrida acabou há pouco tempo, portanto as impressões ainda estão fortes e nítidas. Após ter feito a primeira fila sozinha na classificação, a equipe Mclaren foi a maior prejudicada na prova de hoje, pois conseguiu "salvar" apenas uma terceira colocação com um abatido Lewis Hamilton, que parecia totalmente contrariado no podium. Seu companheiro Jenson Button tinha tudo para se consagrar na prova de hoje, bem ao seu feitio, com chuvas e períodos de pista úmida, mas cometeu um erro bobo ao chocar-se com uma HRT (e o imbecil do Galvão latindo que a equipe não deveria participar da Formula 1 — no entanto foi ali que o Bruno Senna deu suas primeiras aceleradas na categoria). Outra equipe a perder muito na Malasia foi a Red Bull que não começa bem o ano. Um apagado Mark Webber conseguiu um discreto quarto lugar, enquanto o bicampeão Sebastian Vettel cometeu um erro bobo ao chocar-se contra — adivinhem!: uma lenta HRT e ficou fora dos pontos em décimo primeiro. Isso dá algum alento a um campeonato que está apenas começando, mas a grande estrela da prova, foi sem dúvida o velho bicampeão e raposon, Dom Fernando Alonso. Com um carro nitidamente inferior a Ferrari vive um inferno astral digno dos anos setenta, mas o talento de Alonso, as condições precárias de pista e muitas rezas carcamanas fizeram com que as coisas funcionassem e a vitória de hoje foi talvez a mais improvável que eu tenha assistido da equipe italiana. Felipe Massa.....sei lá o que escrever de um piloto que eu tanto defendo. Se eu fosse seu advogado de defesa, hoje, eu me demitiria, simples assim!
Mas além de Alonso, o grande destaque da prova foi o rápido mexicano Sergio Perez, que devolveu a alegria aos nossos simpáticos amigos mexicanos, fez o sisudo Peter Sauber derrubar umas lágrimas suiças e colocou o seu companheiro mítico numa perspectiva não muito boa. Um brilhante segundo lugar, apesar da saída de pista meio "mandrake" (Fernando is faster than you— all over again) e eis que temos um novo ocupante do pódio. Perez tem tido boas apresentações, tem o apoio financeiro do homem mais rico do mundo e seu caminho talvez seja a Ferrari na vaga disponível por lá.
De Hamilton e Webber eu já falei. Kimi Raikkonen outra vez fez corrida para lá de segura, levantando o astral de sua equipe e obtendo o quinto lugar, pontuando pela segunda vez consecutiva. Seu insosso companheiro de equipe, a besta Grosjean, ainda não conseguiu passar das primeiras curvas. Sexto lugar foi um merecido prêmio para um esforçado Bruno Senna que fez ótima corrida— mas não é o gênio apregoado pelo pai de Cacá Bueno. Bom piloto, boa prova, mas vamos aguardar mais. De qualquer maneira a equipe Williams já fez mais pontos nesta prova do que no ano passado todinho. Pastor Maldonado, coitado, burrinho como só ele, deve ter estourado o marcador de pressão de óleo e mandou um Renault semi-novo para as cucuias ("pero que me gusta rojo y quando lo miré, estaba rojo, entonces my papa Chaves estaba contento").
Em sétimo e nono os corretos Di Resta e Hulk, trazendo sólidos pontos para a titubeante Force India e em oitavo lugar um piloto que vem me impressionando muito bem: Jean Eric Vergne, o jovem francês que com pouca experiência anterior já anda melhor que o seu badalado "team mate", Canguru II Ricciardo. Nome para ser observado com atenção e carinho.
Em décimo, certamente frustrado, pois largou num ótimo terceiro lugar, o velho Schummy. Pelo menos salvou um pontinho para a decepcionante equipe Mercedes. Seu companheiro Rosberg, que na visão de Galvão chama-se Keke (ou talvez a Barbie tenha ficado em casa de castigo e o velho pai o substitiu), anda meio apagado este ano.
Dos demais, destaque negativo para Felipe Massa e Kobayashi que não foram vistos após a corrida......
Um comentário:
A cada corrida sou obrigado a me render um pouco mais ao Alonso.
E Sérgio Perez heim... Este tem futuro.
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