Nelson Piquet e a singela Ensign. |
Estava há pouco falando com um amigo de longa data no skype (Tadeu de Ourinhos, mais conhecido como
Capitão Tormenta) e ele me perguntou singelamente: quando teremos outro brazuca no pódio? A minha resposta foi rápida: acho que demora. Depois, refletindo mais calmamente, analisei: pouco me importa! Eu gosto mesmo é de velocidade, de adrenalina, de pilotos bons. Foi por isso que mesmo antes do fenômeno Emerson Fittipaldi, eu adorava o Jim Clark, o Graham Hill, admirava o Jackie Stewart, o Chris Amon, Jack ickx e tantos outros. Sim amigos, eu gosto de corridas, races, carreras, garas!
É muito legal ter um compatriota correndo e bem. Mais legal ainda ver este conterrâneo ganhando corridas, quiçá títulos. Mas esta não é uma condição "sine qua non" para que eu continue a acompanhar e a gostar de corridas. Já torci por tantos estrangeiros: Niki Lauda, adversário-mor do Emerson sempre contou com minha simpatia. James Hunt era o tipo do cara que me fazia vibrar em suas vitórias e seu doido estilo de vida. Ronnie Peterson fazia arrepiar com suas curvas de lado, no limite. Confesso não ser fã de carteirinha do Gilles Villeneuve, pois acho que ele era muito bruto, pouco técnico, apesar de inegavelmente veloz. Dos franceses, gostava do Patrick Depailler, do Jacques Laffite, do Jabouille, do Pironi. Grande cara o Patrick Tambay!
Passo a refletir melhor e analiso que gosto de pilotos que têm uma história de vida mais completa, mais cheia, talvez mais "gauches". Jo Siffert era um pilotaço. Assim como Pedro Rodriguez. Nunca gostei muito do Scheckter, pela sua personalidade meio estranha. O Alan Jones me dava azia, pela prepotência. Alain Prost não me entusiasmava, apesar de reconhecer nele o talento diferenciado. Gostava por demais do Mansell, do Elio de Angelis. Gerhard Berger era outro cara para quem muito torci. Nunca fui fã do Schumacher, mas o cara é gênio, sem dúvida. Já o Damon Hill podia contar sempre com minha torcida. Em minha curta carreira como piloto na Inglaterra, tive oportunidade de correr contra (ou pelo menos participar da mesma corrida) diversos pilotos que mais tarde estiveram na Formula 1, e Damon foi o mais bem sucedido. Corri contra Johnny Herbert, Mark Blundell, Bertrand Gachot, Eddie Irvine, Perry McCarthy, Gary Brabham, Julian Bailey e devo ter esquecido alguns. Ah , sim, Roland Ratzenberger.
Enfim.....sempre torci pelo Emerson, Wilsinho e Pace, a trinca "sagrada". Depois vieram Ingo e Alex, sem chances, infelizmente. Quando Piquet estreiou naquele distante Grande Prêmio da Alemanha de 1978, à bordo do lindo e singelo Ensign, eu sabia que havia encontrado um piloto brasileiro que nos daria muitas alegrias. Depois vieram Chico Serra, com poucas e limitadas oportunidades. Moreno, para quem eu sempre torci e muito. Senna, não com o fervor das viúvas, mas com a satisfação de saber que o cara era um fora-de-série. Rubinho sempre contou com minha torcida e simpatia, e Felipe Massa parece ser um cara legal. Mas no grid de hoje, se os brazucas se forem, me restam para torcer o Hamilton, inglesinho veloz e com indubitável sangue brazuca nas veias, Button, Vettel, Alonso (é mala, mas é craque), Hulkenberg ( este volta e tem potencial de campeão do mundo), Perez e muitos outros.
Seria legal torcer por brasileiros. Quem sabe o Bruno Senna, o Di Grassi, talvez o Felipe Nasr, ou o Cesar Ramos. Mas se eles não chegarem lá, sempre torcerei por aquele de melhor tocada e personalidade mais compátivel com a minha!
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