E tudo parecia se encaminhar para um final chocante, zebrante na edição comemorativa dos cem anos da mítica Indy 500: após as muitas trocas de pilotos na liderança, a pouco mais de dez voltas para o final a insonsa Danica Patrick, para deleite dos marmanjos e dos americanos, estava na liderança. Depois, Bertrand Baguete (quem????) passou a frente com autoridade e parecia que a vitória iria para a Bélgica. Nada. Um novato, com nome estranho e patrocínio oblíquo (da Guarda Nacional - tradicional em Indy, mas estranho para nós) no carro da Panther, ia ganhando a corrida mais tradicional, mais fantástica do universo e começou a fazer contas. Um milhão e trocos de dólares — "vou trocar meu stereo velho, talvez comprar um IPad II, quem sabe fazer a retífica no meu velho Maverick" — e eis que, num átimo de segundo de desconcentração, aquela mancha ameaçadoramente branca, o muro, se aproximou demais e bang!!!!! "Nâo....não pode estar acontecendo, deve ser um pesadelo, pensou o quase-fedelho, beliscando a si mesmo enquanto se arrastava, perpendicular à malfadada muralha, que parecia sorrir zombeteiramente em sua cara: "toma, moleque, aprende que a gente só vence depois que termina!"
Enquanto isso, numa pequena e quase pobre equipe, o piloto que havia perdido seu lugar na Panther para o menino prodígio, e que já havia vencido ali uma vez, num longíquo 2005, além de ter ficado em segundo lugar nos dois últimos anos, que só tinha contrato para esta única prova, vinha contente celebrando mais um segundo lugar no pódio, quando viu o inacreditável: fedelho esfregando-se caprichosamente contra o implacável muro, no caso dele, de lamentações!
Nem um roteirista de Hollywood, daqueles fodões, conseguiria escrever tamanho roteiro. Ah, e o fedelho, como se pode ver pela foto acima, arrastando-se, conseguiu salvar um ótimo segundo posto. Pelo menos dá para reformar o Maveco!
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