sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SEXTA FEIRA EM INTERLAGOS

Um dia de clima bom, uma pista seletiva, acertos iniciais, um clima de decisão de campeonato, um monte de atividades de propaganda e sociais extra-pista. Na pista em si, um domínio esperado dos carros da escuderia austríaca, com o jovem Chuck Vettel a frente de seu veterano companheiro Mark Canguru papudo Webber. Logo após o favorito para o título, El Fodon Alonso. Klien substitui Sakamoto, o que não chega a abalar o equilíbrio do universo. Parece que Bruno Senna irá para a equipe Lotus, que além de ter se saído mais ou menos nessa primeira temporada, fechou alguns acordos interessantes na parte técnica, com Renault e RBR. A Formula 1 é reduto de pilotos pagantes desde sempre, e não adianta o pessoal chiar, citar um passado inexistente e etc. Pagou, correu. Alguns pagantes acabaram virando astros, como é o caso de Niki Lauda, que no início da carreira fez um vultuoso empréstimo bancário para comprar uma vaga na equipe March, usando o prestígio do nome de seu avô como garantia (sem que este soubesse, claro).Barrichello pagou para correr no início, a sua primeira Jordan era coalhada de adesivos de empresas brasileiras, como Arisco. Wilson Fittipaldi levou grana para a Brabham em 1972, assim como José Carlos Pace, para a pequena Williams no mesmo ano. É assim que a banda toca, portanto não há nada de errado em se pagar para correr. Mesmo Schumacher, para pegar a vaga que era de Gachot, teve que levar dinheiro para a Jordan. Ou seja, pagar é comum. Depois os bons vão se sobressaindo e passam a ser pagos. Ótimo. Parece que o Bruno Senna vai levar grana da Embratel, e quem está assinando os cheques deve achar um bom investimento, pois do contrário, nada feito. Di Grassi tem sido capaz de atrair um número de empresas para sua equipe, a Virgin, e apesar do aparente pouco sucesso, os patrocinadores continuam a prestigiá-lo.
Voltando a falar do GP do Brasil 2010, amanhã é que as coisas realmente vão começar a tomar forma. Acho que Alonso pode sair com a taça nas mãos, mas não deve ser fácil, pois a RBR em condições de corrida são mais rápidas que a Ferrari do espanhol, portanto, este deve optar pela segurança de um resultado nos pontos. Dificilmente ambos os carros da equipe dos energéticos ficarão de fora novamente. E se chover, as coisas se embaralham um pouco mais.

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