Nos sonhos de qualquer promotor de qualquer esporte possível, o equilíbrio entre os competidores e a consequente imprevisibilidade dos resultados é uma situação ideal. O boxe com suas marmeladas e seus campeões que mandavam os adversários para a lona em menos de um assalto, como Mike Tyson, acabou sucumbindo ás incertezas dos golpes do vale tudo, muito inspirado no jiu-jitsu estilo Gracie. Hoje o boxe é uma sombra do que foi e o Vale Tudo está em alta. No futebol também, os times que protagonizam um jogo como o da última quarta-feira, entre Santos e Flamengo, com nove gols, viradas e jogadas espetaculares certamente ficarão na memória dos fãs por um longo tempo.
Na Formula 1 períodos de hegemonia, como o de Schumacher e a Ferrari no início dos anos 2000 são um desastre para os organizadores. Toda vez que uma única equipe ou piloto ameaçam um domínio solo, a úlcera de Mr. Ecclestone dá sinais de vida. Foi assim com a Brawn GP em 2009 que graças a uma inteligente interpretação das regras dos difusores por Ross Brawn disparou na primeira metade da temporada, propiciando a Jenson Button tamanha vantagem que mesmo depois de alcançados e superados em desempenho pela Red Bull e outras, não foi possível deixar escapar o título. Desde o ano passado as genialidades combinadas de Adrian Newey na prancheta e Sebastian Vettel no volante fizeram as apostas começarem por quem seria o segundo colocado, pelo menos no grid. De duas ou três corridas para cá, este panorama parece estar mudando, graças ao crescimento de desempenho de Ferrari e Mclaren, principalmente. Isso é bom para a Formula 1 como um todo. Ninguém acredita em sã consciencia que o jovem Vettel vá perder este bicampeonato, mas pelo menos as disputas pela liderança voltarão a ser interessantes. Mesmo porque, a despeito de muitas críticas, as regras criaram ultrapassagens e é isso que a galera quer ver!
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