Eu me lembro como se fosse ontem: eu trabalhava na IMO, 101-104, Piccadilly, Londres e entrava as nove. Pelo caminho peguei um café e um croissant que ninguém é de ferro e ao entrar no escritório, vi meu amigo Mario incrívelmente triste. Perguntei o que houve e ele apenas olhou para mim, como se eu estivesse regressando de uma longa viagem por Marte, sem jornais, TV, rádio, nada (Internet não passava de um sonho distante). Eu disse: não. Mataram o John cara. O John? que John — pensei logo num ajudante geral que fazia pequenos consertos no prédio e que tinha um cheiro inacreditável no sovaco, e de certa forma, confesso constrangido, me aliviei. Poderia respirar ar puro de novo! Mas não a tragédia era real, o John em questão era aquele que nos inspirava e embalava nossa geração, John Winston (depois Ono) Lennon. Fiquei estarrecido, todos ficamos. O imbecil do tal Mark Chapman, que está preso há quase trinta anos acabou com a vida de um cara dos mais decentes e íntegros que já povoaram esse nosso pobre planetinha. Grande John! Trinta anos se passaram e ele continua a fazer falta. RIP.
Um comentário:
Vozes que realmente têm o que falar, quase sempre são caladas, de uma forma ou de outra...já as que só falam besteiras continuam a povoar esse pobre planetinha!
Postar um comentário