segunda-feira, 10 de junho de 2013

ESTARIA VETTEL "SCHUMACHERIZANDO" A FORMULA 1 ATUAL?

     
O que faz de Vettel um piloto tão formidável? A força da mente aliada ao talento nato e a disciplina germânica!

 Para especular apenas: os dirigentes, Mr. Ecclestone à frente se desdobram em inventar artimanhas regulamentares, tais como "asas móveis", "kers", pneus que se autoderretem  e outras, para criar pluralidade entre os vencedores de Grandes Prêmios, para dar emoção, ainda que tão real quanto Las Vegas, e vem um garotinho, com sorriso meio bobo, dedo espetado para cima, a bordo de uma super máquina e estraga os planos. Se eu fosse Seb "Chuck" Vettel, ficaria esperto para não ser abatido por algum assassino de aluguel, a mando da FIA, pois ele está, decididamente, estragando o campeonato. Se não vejamos: temos regras que em hipótese provocam equilíbrio como poucas vezes se viu na categoria máxima, cinco campeões mundiais em atividade, proibição de testes durante a temporada (burlada por Mercedes et Pirelli, mas isso vai ter consequências em breve), equipes grandes com investimentos pesados, um monte de autódromos do seculo XXI. A receita está certa, não? Errado. Quando lá no topo as coisas clicam, e clicam mesmo, combinando até com uma boa dose de sorte, é difícil bater os homens.
      Em várias ocasiões tivemos períodos de hegemonia. Houve a época Fangio (caso de hegemonia do gênio, uma vez que as máquinas eram pouco confiáveis e ele, para não deixar dúvidas trocava de carros e equipes e continuava a dominar a tudo e a todos), tivemos a hegemonia Chapman (pena que ele pensasse que pilotos eram itens descartáveis, pois seus carros eram frágeis e matavam mais que guilhotina em Paris no tempo da revolução), tivemos é claro a era McLaren Honda  e o duelo fraticidade entre Prost e Senna, tivemos as muitas dominações WIlliams, com Piquet, Mansell, Prost, Hill e Villeneuve, todos campeões e devidamente descartados em seguida, tivemos o incrível domínio de Michael Schumacher e da Ferrari no começo dos anos 2000 com cinco títulos consecutivos, que juntando-se aos dois conquistados pelo queixudo teutônico pela Benetton em 94/95 fazem dele, com sete triunfos, o maior vencedor de títulos e colecionador de recordes da histórias. Os detratores de Schummy (e em especial as viúvas de Senna) costumam minizar as suas conquistas, como se ganhar 91 corridas na Formula 1 fosse algo corriqueiro. Recordes que pareciam inalcançáveis, impossíveis de serem igualados, mas que a cada ano que passa, pasmem, frente ao "rolo compressor" Vettel, parece mais plausível do que nunca de serem igualados, se não superados. E olha que temos na mesma época e mesma pista, pilotos do calibre de Alonso, de Hamilton, de Raikkonen, de Button, etc, para ficar apenas nos campeões. 
     O conjunto Red Bull/motor Renault é imbátivel? Certamente que não. Mas o conjunto Red Bull/Renault/Vettel é osso duro de roer mesmo para um inspiradíssimo Alonso. Eu gosto de ver disputas, na pista e fora delas, com o choque de personalidades, a briga de egos, a psicologia superando a pura destreza técnica. Por isso me deleitava ao ler os depoimentos do Emerson em suas áureas épocas de Lotus e Mc Laren, ao ler como ele com a mente superava adversários montados em carros mais rápidos, como Regazzoni, Hulme e por vezes até Cevert e Stewart. Vettel parece ter além da incrível forma técnica, da juventude, da gana de vencer, uma mente a prova de "tilts", o que não se pode dizer de Hamilton, por exemplo, sempre incomodado com algo extra pista, a escamotear-lhe o talento. Quem viver, verá!

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