Pitacos de coisas soltas que ficam, vez por outra, visitando a minha cabeça, batendo na porta do lado de dentro, querendo expressão e eu suprimo, suprimo até que por fim, exausto, dou vazão. De automobilismo, vou falar pouco, mas os tópicos em minha cabeça são bem claros: a falência do automobilismo doméstico no Brasil e a preocupação com o futuro de nossos pilotos em categorias internacionais, notadamente Formula 1. Sinceramente, eu sempre acompanhei a Formula 1, por influência direta de meu pai que assinava as revistas "Auto Esporte" e "Quatro Rodas" além da ótima "Mecânica Popular" nos idos dos anos 1960. Portanto, quando Emerson foi para a Europa e começou a sua incrível escalada, eu já gostava, acompanhava e modestamente, entendia de automobilismo. Foi bom ter brasileiros para quem torcer nesses quarenta e tantos anos, mas eu gostei igualmente neste longo período de Dan Gurney, Ludovico Scarfiotti, Lorenzo Bandini, John Surtees, Jim Clark, Graham Hill, Chris Amon, Jack Brabham, Jochen Rindt, Jackie Stewart, François Cevert, Tim Schenken, James Hunt, John Watson, Niki Lauda, Arturo Merzario, e muitos, muitos outros "gringos". Portanto, haver ou não um piloto compatriota na Formula 1 não irá diminuir o meu entusiasmo. Irá sim, afetar profundamente os interesses comerciais das Redes Globos da vida e afins. Estarei sendo egoísta? Talvez, mas não vejo a necessidade em meu caso específico, de ter um brasileiro na categoria máxima para continuar a apreciar o esporte. Temos muito a agradecer ao trio dos grandes, Emerson, Nelson, e Ayrton, e também a Pace, Barrichello, Massa, Christian, Gugelmin, Moreno, e tantos outros.
Acho que precisamos repensar a estrutura de nosso esporte, fortalecendo clubes, como é feito na Inglaterra, onde a força do automobilismo está na grande capilaridade de categorias e pilotos, e enorme número de eventos. Aqui temos os cartórios, clubes e federações que "vendem" carteiras, inscrições e pedágios. Talvez a criação de uma Liga Independente seja a solução, mas não conheço muito os detalhes.
O Pan de Guadalajara terminou e o Brasil foi durante muitos dias o segundo colocado no quadro geral de medalhas, sendo depois, amplamente superado por Cuba. Não admiro os cubanos, e muito menos seu sistema político que usa o esporte como arma de propaganda, enquanto a população é carente de itens básicos, como liberdade e dignidade. Esta é minha opinião e não vai mudar tão cedo, não importa quantos petelhos (que acho não lêm meu blog) tiverem chiliques.
O P C do B, uma aberração de partido político, sem nenhum compromisso ideológico (pois se o tivesse não compactuaria com governo tão corrupto e também estaria para lá de ultrapassado) domina as verbas federais de esporte e as distribui a seu bel prazer, seguindo suas conveniências de alianças e amizades, muitas vezes excusas. Há que haver uma mudança de mentalidade, atletas não deveriam ter que mendigar apoio e sim o terem por mérito esportivo. Enfim, longa discussão sem solução à vista. Volto depois, resgatando os mesmo temas.
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