segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
ANÁLISES CURTAS E POLITICAMENTE INCORRETAS SOBRE A TEMPORADA QUE SE ENCERRA
Bastante tempo sem postar, devido, entre outras coisas, à minha péssima conexão de internet e a um ano excepcionalmente corrido, não poderia deixar que o mesmo se encerrasse sem dar meus pitacos. Vou tentar ser breve de modo a preservar vosso interesse e paciência.
Sobre o campeonato de Formula 1:
- Destaque absoluto para Max Verstappen que provou ser aguerrido, valente e muito talentoso. Aliás, a Red Bull está muito bem servida no quesito pilotos, pois reputo seu companheiro, Daniel Ricciardo como outro grande talento dessa nova geração. As Mercedes estavam muito á frente da concorrência, devido à sua impecável organização germânica, a um caminhão de dinheiro, e claro, aos pilotos que tem. Hamilton é reconhecidamente mais talentoso que Rosberg, mas tem seus momentos de "porra louca", principalmente fora das pistas. Rosberg é aplicado, eficiente, competente e ...chato pacas.
- Quanto ao abandono do Rosberg: não vou ficar em cima do muro e dizer, como muitos disseram, que foi uma "saída honrosa". Na minha opinião, houve sim uma "manipulação" por parte da equipe para privilegia-lo, óbvio que não posso provar, mas houve um momento que, após ter enorme vantagem na pontuação, 43 pontos sobre Hamilton, ele começou a definhar e psicologicamente, perder o título. Se não fosse um ou outro problema mecânico no carro do inglês, este teria levado o caneco antes do final do campeonato com certa folga. No final, Rosberg ficou com o título, não é fácil recuperar-se psicologicamente desta maneira e, aparentemente, o esforço foi demais para ele. Quanto ao abandono, acho que cada qual faz o que lhe diz sua respectiva consciência, mas foi meio broxante. Ano que vem, com o título, sem a pressão, ele poderia render até mais. Ou não.... Em minha humilde opinião, amarelou sim. Uma vida de enormes privilégios materiais, a possibilidade da influência religiosa (dizem que ele é budista - e os budistas são conhecidos pelo desapego material, o que não combina muito com a minha concepção de quem mora desde sempre em Mônaco) , e outros fatores podem ter pesado na balança. O Niki Lauda, de quem sou fã confesso, soltou sua metralhadora verbal condenando a atitude de Rosberg. O problema de Lauda deve ser a idade, que afeta a memória, pois ele fez pior em 1979 ao abandonar a equipe Brabham no meio dos treinos para o GP do Canadá. Voltou alguns anos depois, convencido por Ron Dennis e precisando de grana, e pragmaticamente ainda levou mais um campeonato em 1984, já sem o brilho ou a velocidade de outrora.
- O Brasil sem pilotos na Formula 1. Bom, uma situação inédita, mas previsível devido ao precário estado de nosso automobilismo doméstico, cortesia de uma casta de dirigentes incompetentes e cuja maior preocupaçao é faturar emitindo carteirinhas e cobrando taxas. Não há renovação, não há automobilismo de base, apesar de alguns notáveis esforços isolados, e é uma tristeza ver um esporte que tanta alegria nos trouxe, minguar da forma como vem fazendo. Eu nunca torci por piloto algum apenas baseado em sua nacionalidade. Sempre fui muito mais fã de pilotos que eu identificava por características que me agradavam. Assim, ao longo dos anos, torci por feras como Ronnie Peterson, Chris Amon, Patrick Depailler, Jo Siffert, François Cevert, Arturo Merzario, Elio de Angelis, Nigel Mansell, e muitos outros. Claro que em se tratando do triunvirato brasileiro, Emerson, Nelson e Ayrton, não tinha como não torcer, assim como para o Pace e o Wilsinho. Agora, tivemos nossa parcela de inespressivos pilotos pagantes que pouco motivavam minha vontade de torcer. Gosto do Rubinho, acho que ele teve uma carreira muito digna, gosto do Christian, que acho um desperdício, e Felipe Massa teve seus momentos. Mas no conjunto da carreira, teve mais baixos que altos, vamos combinar. Parar agora foi a decisão correta e ele não tem nada do que se envergonhar, ou mesmo se queixar, teve oportunidades, aproveitou algumas, o destino não quis que fosse campeão mundial, e talvez tenha sido para melhor. Felipe Nasr é um bom piloto, mas sem carisma. Carisma tinha o Pupo Moreno, mas este não tinha apoios de estatais, como outros, talvez pela falta de contatos, ou falta de aparência de galã de Malhação.
Por ora, paro. Acho que o mundo ta ficando muito chato e opiniões tornam a ser massificadas, carentes de uma reflexão maior. Abraços e até a próxima.
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