quarta-feira, 11 de setembro de 2013

TODOS OS PALPITES DO MUNDO ACABAM EM.....


O assunto, claro, não poderia ser outro: as mudanças no plantel de pilotos da equipe Ferrari para o próximo ano. Vários fatores estão em jogo: a dispensa do piloto brasileiro Felipe Massa, que aparentemente pode ser o estopim que faltava para uma crise sem precedentes para o automobilismo brasileiro, pois pela primeira vez em mais de quarenta anos não teremos um piloto compatriota na categoria máxima. Ouvir a voz ufanista do Galvão Bueno tecendo loas a algum gringo vai ser de lascar. O segundo a própria "química explosiva" em juntar fogo com gelo no mesmo lugar. Alonso é em minha modestíssima opinião o melhor piloto da atual geração, tendo o inegável mérito de ter desbancado ninguém menos que o alemão anterior, Schumacher. Já Kimi tem algo a provar, em minha opinião: a motivação! Quem não se lembra de sua medíocre temporada em 2009, quando foi praticamente defenestrado da Ferrari em favor do próprio Alonso, ainda que regiamente pago para ficar em casa (ou no seu caso, brincando com os carros de rally, nos quais não fez feio e até, numa ou outra prova na Nascar)?
A dispensa de Massa se justifica plenamente por sua falta de competitividade nos últimos anos. Bom piloto ele continua a ser, mas algo deu errado na composição da dupla com Alonso. Ele não fez feio diante de Schumacher e muito menos de Raikkonen, mas com Alonso, pareceu murchar, encolher e isso, com as justificativas de que o acidente o havia afetado, não evoluiu com o tempo. Eu até diria que a escuderia foi muito paciente com ele, provavelmente pela pessoa amável e "team player" que certamente sempre foi. Terá mai sete oportunidades para tentar reverter a imagem de total submissão ao espanhol, mas eu não acredito em mudanças radicais na forma apresentada por ambos até agora. Alonso sempre consegue extrair algo mais de seu equipamento, parece estar bem em qualquer circunstância e se lhe dão meia chance ele a aproveita por inteiro. Ironicamente, Alonso está se transformando numa espécie de Stirling Moss, eterno vice-campeão, mas Moss tinha como pedreira no seu caminho o iluminado Fangio, enquanto Alonso teve contratempos intra-equipe e externos, como a boa forma de Sebastian Vettel a bordo dos carrões do Newey.
Discordo da maioria dos saudosistas que tecem elogios sem fim aos pilotos do passado em detrimento dos atuais. Tive a oportunidade de assistir a muitas corridas de Formula 1 nos anos 80, e penso justamente o oposto: aqueles pilotos eram bons, velozes, gênios alguns. Mas os carros quebravam muito, não havia telemetria para mostrar as falhas de pilotagem, trocas de marchas e tudo era feito empiricamente. Hoje em dia, cada rpm é medida e avaliada, cada trajeto, cada tomada de curva, acelerada ou freada mais inoportuna fica registrada e é mil vezes analisada. Portanto, os limites são desumanos e a tolerância a erros e falhas muito pequena, mínima mesmo.
De qualquer maneira a questão mais importante agora, no que tange ao automobilismo brasileiro diz respeito à permanência de Felipe Massa do Brasillllllll na Formula 1 para o próximo ano. O outro Felipe, o Nasr, que tem a minha torcida e simpatia, está deixando a desejar em sua segunda e bem financiada temporada na GP2, e se não for campeão, bye bye.
Quanto a questão de como a Ferrari vai lidar com a super inflação de egos a bordo de suas naves, isto fica para um próximo post. Na minha opinião, a cartada pode dar certo sim, e mesmo que digam que Kimi não seria um segundo piloto para Alonso, eu acho que ele vai acabar sendo, ainda que a peso de ouro. Se Massa for para a Lotus tem chance de refazer sua carreira, talvez não no patamar da Ferrari, mas não devemos nos esquecer que Felipe tem um vice campeonato com muitos méritos em seu nome e de bobo não tem nada!

Um comentário:

João Carlos Bevilacqua disse...

Chefe, penso que Kimi fará o Espanhol suar a camisa e usar todas as fichas que conseguiu, durante os anos " Massa ".
Tráfico de influência ele tem, mas acho que devido ao seu caráter nhé nhé nhé, acabará motivando aos de Maranello a dár-lhe um pé ( aliás em tardia hora ) nos fundilhos.
Um piloto que não vibra, não pula também é um piloto que não incomoda com amolações descabidas. Italianos não são de aguentar gente chorando o tempo todo.