terça-feira, 14 de junho de 2011

PASSANDO A RÉGUA NUM INCRÍVEL DOMINGO DE VELOCIDADE


Pois então meu bom povo.....vamos lá, conforme prometido e agora, devidamente cumprido: uma subjetiva e sagaz análise das corridas do último final de semana.
Comecemos pelo começo: as 24 horas de Le Mans que foram incríveis, com dois os três carros da poderosa Audi se acidentando de maneira grave. No sábado mesmo, Allan McNish pode se considerar um homem de muita sorte, pois ao albarroar o carro de seu companheiro de equipe e a lenta Ferrari de Anthony Beltoise (com um sobrenome destes é o filho do famoso Jean Pierre, ex piloto de Formula 1 francês dos anos sessenta e setenta para quem muito torci) sua Audi bateu com violência contra a barreira de proteção, e virou algumas vezes no ar, despedaçando-se no processo. A noite, a outra Audi com Mike Rockenfeller também sofreu acidente igualmente grave, deixando apenas o carro número 3 com a difícil incumbência de manter o incrível record de nove vitórias nos últimos dez anos da marca das argolas germânica. Assim o trio de Benoit Trélyuier/Marcel Fassler/André Lotterer logrou vencer uma das mais fascinantes provas do mundo. Em segundo, apenas 14 segundos atrás (sim, 14 segundos após 24 horas e 355 voltas!) o Peugeot de Sebastian Bordeais/Pedro Lamy (ambos com passagem pela Formula 1 e o rapidissimo francês, ex-piloto de Gil de Ferran, Simon Pagenaud. A corrida que sempre me fascinou, e espero poder assistir "in loco" no futuro, cumpriu assim suas expectativas e mostra como existe vida interessante no automobilismo fora da Formula 1.
Que por falar nela....trouxe um Grande Prêmio do Canadá para ninguém botar defeito, com dramas do começo ao fim. A prova que foi paralisada após 25 voltas por falta de condições climáticas (chuva intensa e má drenagem da pista — o que ninguém falou, mas é fato) demorou para ser reiniciada. A nossa amada Vênus platinada, com compromissos com os seus patrocinadores, cortou para o futebol e aos fãs de automobilismo restou praguejar contra o tempo e o resto. 
De qualquer maneira, tivemos uma belíssima prova de automóveis, e onde pudemos observar os melhores fazendo o que somente eles conseguem: tirar o máximo de seus bólidos, nas mais terríveis condições climáticas. Jenson Button, correu como campeão e tirou o doce da boca da criança (Chuck Vettel) na última volta, para dar um colorido a mais na corrida e no próprio campeonato. Vettel foi segundo e tirar o bicampeonato do moleque parece tarefa cada vez mais difícil. Mark Webber fez outra prova Weberiana: boa, mas ineficaz de modo geral. Com o melhor (ou segundo melhor) bólido nas mãos, é pouco. O destaque negativo ficou com o irreconhecível Lewis Hamilton, que anda abusando do talento natural enorme com que foi agraciado pela natureza, e revivendo a saga do "Dick Vigarista" em seus melhores (ou piores) dias. Este aliás, fez um corridão, e chegou em quarto, tendo o pódio em vista durante boa parte da corrida. Felipe Massa teve uma corrida de altos e baixos, e ultrapassou o incrível Japa-San na linha de chegada pelo sexto lugar, salvando mais alguns pontinhos para a Ferrari, já que seu companheiro Fernando Alonso se envolveu num acidente com Button e não terminou a prova. Sergio Perez chegou a treinar na sexta-feira, mas sentiu-se mal e foi substituído pelo incrível Pedro de la Rosa, que não fez feio, pelo contrário. Rubens Barrichello levou o carro sofrível da Williams para mais dois pontinhos e vai cumprindo seu papel. De maneira geral a prova teve muitas disputas de alto nível, ultrapassagens emocionantes, e ninguém pode reclamar de falta de adrenalina na pista. Agora é esperar pelo Grande Prêmio da Europa em Valência em menos de duas semanas.
E eu fui a Interlagos no sábado, mas disso eu falo em outro post. Aguardem.

Um comentário:

Rui Amaral Lemos Junior disse...

É isso Cezar, sou fã de Button acho que é um grande piloto, o interessante é que quando a corrida foi interrompida achava mesmo que era para ele.
Grande mesmo a vitória da Audi em Le Mans, não sabia que o mancebo da Ferrari era filho de J.P. um pilotasso, lembra Mônaco 72?
Quero agora ver as fotos de Interlagos.

Um abraço