terça-feira, 7 de julho de 2009

ENQUANTO ISSO, NO PLANETA TERRA






























Coisas acontecem, o tempo todo, simultaneamente e concomitantemente. São tantas coisas. Nesse momento mesmo a televisão e boa parte da internet estão mostrando ao vivo o funeral de Michael Jackson. Bem ao gosto americano, tudo "over" e brega ao extremo. Um monte de gente falando um monte de previsíveis baboseiras. Nesse mesmo momento algumas crianças estão nascendo. Por tudo, e pela minha experiência, acho que encontrarão um mundo um pouquinho melhor do que o que eu encontrei ao nascer há quase 50 anos. A Segunda Grande Guerra mundial havia terminado há menos de 15 anos, e ainda se viam muitas marcas, fisicas e psicológicas do cataclisma que sacudiu a humanidade. A Guerra da Coréia ainda estava terminando e a do Vietnã começando. Ou seja: mais matança inútil. Cuba deixava de ser um prostíbulo/cassino de luxo dos Eua, para se transformar num feudo dos medíocres irmãos Castro. Os bet generation ainda engatinhavam em suas tentativas de serem ouvidos e levados a sério. Duvido cá com meus botões que algo daquilo tenha realmente valido a pena. Estes foram a inspiração para os hippies e o movimento "paz e amor" dos psicodélicos anos 60. O rock and roll começava a realmente virar "mainstream" com os pelvis do Elvis. Quatro cabeludinhos de Liverpool, mais ao norte, começavam a afinar suas guitarras e iriam mudar tudo na música e na cultura de massa. A Formula 1 passava por mudanças depois da aposentadoria de Fangio e Moss não soube pegar o lugar que lhe era de direito. Bateu e foi para o hospital de onde sairia mais lento. Um insonso Jack Brabham ganharia o primeiro de seus três títulos, mas nem isso lhe concedeu carisma. Os soviéticos estavam na frente na corrida espacial com a simpática Laika e o coitado do Gagarin. Juscelino visionário, começava a construir Brasília e o Brasil finalmente havia ganho o mundial que ficou engasgado e entalado na garganta de todos no Maracanã em 1950. Carmen Miranda já se fora. Maria Ester Bueno encantava as platéias do mundo com suas graciosas raquetadas e Eder Jofre mandava um monte de gringos para o planeta do sonhos, nocauteando-os. Abilio Couto atravessava o Canal da Mancha a nado e ganhava campeonatos mundiais de natação em águas abertas, mas o Brasil pouco se importava com suas proezas. A indústria automobilística nacional tímidamente ensaiava os passos que a levariam a ser uma das principais do planeta, apenas 50 anos depois. E dá-lhe Romi Isettas, Kombis, Gordinis, Fuscas etc. Roma tinha papas italianos ainda. Kennedy ensaiava assumir a Casa Branca e ser predecessor de Obama - que à excessão de Monteiro Lobato, ninguèm acreditaria ser possível existir. O Brasil ganhava um bi campeonato mundial de basquete masculino, sim, com a geração de Wlamir, Amaury, Rosa Branca, e outros craques. Caramba. 50 anos é muita coisa para uma pessoa, mas nada na linha de tempo da história. Mesmo assim, quanta coisa mudou!

2 comentários:

Ron Groo disse...

Eu odeio ser saudosista, mas tenho de dizer.

O mundo mudou muito neste tempo, e foi deteriorando tudo que a gente achava legal. Diluindo... Diluindo...

Antonio Manoel disse...

Nobre Amigo

50 anos, eu sei como é isso,,
Nós humanos temos essa tendencia a considerar " os antigamente, muito melhor".
Eu acredito que tinhamos muita tecnologia nos anos 60 e 70, que alias foram muito "bótimos".
Temos a mania de achar que as coisas estão piorando a cada ano, não concordo com isso, na verdade ficamos preos ao :
já ouvi, já sei isso, esse final eu já conheço, é o preço da experiência....deduzir quase tudo antes do final.
Hoje temos tambem muitas coisas novas e a humanidade continua indo prá frente(creio nisso) aos trancos,apenas estamos mais velhos e saudosos,, só isso.

Abraço
Manoel