sábado, 5 de dezembro de 2009

PALAVRAS, SUAS INTERPRETAÇÕES E POLÊMICAS GRATUITAS























Não sou advogado de ninguém, muito menos do Dunga, mas desta vez tenho que entrar em "campo" para defendê-lo. Ao afirmar que o Brasil iria enfrentar o Brasil B na Copa da Africa do Sul, não vi menosprezo algum em sua afirmativa, muito pelo contrário, percebi uma grande dose de carinho, pelos laços culturais, afetivos e principalmente porque 3 dos jogadores de Portugal são brasileiros naturalizados, Deco, Liedson e Pepe. Não conheço o Carlos Queiroz ou o seu trabalho, mas acho que ele foi precipitado em ofender-se, e ao mencionar a única memorável derrota da equipe brasileira para a equipe portuguesa, na distante (e polêmica) Copa de 1966 na Inglaterra, onde os comandados do grande Eusébio ganharam do Brasil por 3 a 1, incorreu numa besteira monstruosa. Primeiro porque como disse o próprio Dunga, "passado é passado". Depois porque este jogo à parte, os cartéis (ou como dizem os portugueses, "palmares") de ambas as seleções não podem jamais ser comparados. O Brasil é cinco vezes campeão do mundo e duas vezes vice-campeão. Só isso o coloca num patamar de Ayrton Senna contra Pedro Chaves (nada contra o simpático piloto luso - mas é bom mantermos as perspectivas). Mesmo assim, isso continua a não importar, porque o que realmente conta é o presente e o futuro. Nesse contexto temos que respeitar todos os adversários, da Coréia do Norte até Portugal e os outros se vierem. Ser Brasil B no futebol é um elogio e tanto, e não o contrário. Sempre torci por esportistas portugueses (era fã declarado do grande Carlos Lopes, fundista memorável), e torço pela entrada do Alvaro Parente na Formula 1 no ano que vem, por ser português e por merecer lá estar. Polêmicas as temos sempre, mas nesse caso o senhor Carlos Queiroz está fazendo uma tempestade num copo de água.

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